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CENTRO UNIVERSITÁRIO CIDADE VERDE

CURSO: PSICOLOGIA
DISCIPLINA: RELAÇÕES INTERPESSOAIS E DINÂMICAS
DE GRUPO
ACADÊMICOS: Bruna Quéren Xavier
Maylla Carvalho Cipriano
Pamela Melisa Monzón

PROPOSTA DE PLANEJAMENTO DE GRUPO

MARINGÁ
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO CIDADE VERDE
CURSO: PSICOLOGIA
DISCIPLINA: RELAÇÕES INTERPESSOAIS E DINÂMICAS
DE GRUPO
ACADÊMICOS: Bruna Quéren Xavier
Maylla Carvalho Cipriano
Pamela Melisa Monzón

PROPOSTA DE PLANEJAMENTO DE GRUPO

Trabalho apresentado como parte do processo


Avaliativo para a disciplina de Relações
Interpessoais e Dinâmicas de Grupo, no 4º
semestre do curso de Psicologia matutino.
Orientador: Paulo Navasconi

MARINGÁ
2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4
2. DESENVOLVIMENTO 5
2.2 Tema: 5
2. 3 Tipo de grupo: 5
2. 3 Análise de demanda: 5
2.4 Objetivo do grupo: 7
2.5 Objetivos específicos: 7
2.5 Enquadre terapêutico: 8
3. ATIVIDADES REALIZADAS 9
4. AVALIAÇÃO FINAL 16
5. CONTRATO TERAPEUTICO ORAL 18
6. ANEXOS 19
7. REFERÊNCIAS 20
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1. INTRODUÇÃO
A grupoterapia surge em 1905 com J. Pratt, quando ele propõe uma série
de encontros com seus pacientes de tuberculose, a fim de facilitar o tratamento
da doença a partir da identificação entre terapeuta e paciente. Desde então,
diversos autores partem desse princípio para suas teorias e intervenções grupais.
Todo sujeito nasce, cresce e interage, incessantemente, com micros e
macrogrupos. O indivíduo e a sociedade tornam-se, dessa forma, indissociáveis,
denominando esse campo de interação entre indivíduos como “campos sociais”.
A psicologia das dinâmicas em grupo vem como uma área de estudo e
aplicação dessas teorias, tal qual se debruça K. Lewin. O autor destaca a
importância dessas dinâmicas enquanto instrumento de mudança, solução de
problemas sociais e modificações de comportamentos individuais, a partir da
participação deste indivíduo no grupo.
Dessa forma, o presente trabalho é uma proposta de intervenção grupal,
tendo como tema um grupo de apoio terapêutico a familiares de dependentes
químicos. A importância do tema está no item análise da demanda, onde
destacamos a relevância de trabalhar as famílias do dependente químico, a fim
de obter uma reabilitação desse indivíduo com maior rede de apoio. O trabalho
também contém o enquadre e cronograma referente aos encontros grupais
programados.
O tema é de importância indispensável para a psicologia dos grupos
enquanto ciência e profissão, tornando impossível analisar ou promover
mudanças sociais sem contextualizar o momento histórico-cultural, a
participação e interação do indivíduo em seus grupos sociais.
Para sintetizar o conhecimento apresentado em sala de aula, propomos
aqui um projeto de intervenção grupal através das dinâmicas em grupos, visando
facilitar a comunicação e convivência familiar do dependente químico em
contexto de internamento.
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2. DESENVOLVIMENTO

2.2 Tema:
Grupo terapêutico de apoio a familiares de dependentes químicos.

2. 3 Tipo de grupo:
O grupo é fechado, já que o enquadre e os participantes são previamente
definidos, e é homogêneo, pois apesar dos participantes terem características
particulares, todos os participantes têm algo em comum: são familiares de
dependentes químicos.

2. 3 Análise de demanda:
O uso abusivo e a dependência em substâncias químicas é um problema
global. No Brasil, em 2021, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 400,3 mil
atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao
uso de drogas e álcool. O número mostra um aumento de 12,4% em relação a
2020, ano com 356 mil registros.
O SUS garante o atendimento e acompanhamento para quem tem
qualquer tipo de dependência química. A Atenção Primária à Saúde (APS) é a
porta de entrada e tem papel fundamental na abordagem desses pacientes. A rede
também conta com centros especializados nesse tipo de atendimento, como o
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
Quanto à faixa etária, o maior número de atendimentos fica entre aqueles
que têm entre 25 e 29 anos, que somaram 303,7 mil registros em 2021, seguidos
da faixa de 10 a 24 anos (49,4 mil) e, posteriormente, daqueles com 60 ou mais
(38,4 mil). Em todos os cenários, o número de atendimentos de pacientes do
sexo masculino é maior que o feminino.
Diversas pesquisas feitas por especialistas na área de dependência
química têm revelado a importância da família como fator de proteção e
prevenção à recaída (Carvalho & Almeida, 2003; De Micheli & Formigoni,
2001; Fliglie, Fontes, Moraes, & Payà, 2004). Nos últimos anos, a adição e suas
consequências na vida do indivíduo e sua família têm sido consideradas um
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problema de saúde pública, sendo um fenômeno de grande relevância social e


acadêmica, já que seu tratamento implica na articulação de múltiplas abordagens
terapêuticas (Silva, 2001).
Existem diversas modalidades de tratamento adotadas nos casos de
dependência química as mais utilizadas são as internações em comunidades
terapêuticas (CT) ou clínicas de desintoxicação que podem ser centros de
tratamento específico, destinado a pacientes adictos, como também leitos
demarcados em hospitais públicos ou privado, que visa monitorar sintomas de
abstinência, controlando complicações físicas e psicológicas (Zeni & Araújo,
2011), os atendimentos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são
serviços de saúde pública voltados ao atendimentos de pessoas com sofrimento
psíquico, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool,
crack e outras substâncias, que se encontram em situações de crise ou em
processo de reabilitação psicossocial, como outra opção terapêutica existem
grupos de apoio, também chamados de grupos de autoajuda, muitas vezes
coordenados por ex-usuários ou algum familiar envolvido com
uso/abuso/dependência de drogas. Destacam-se os AA (alcoólicos anônimos) e
os Nas (Narcóticos anônimos).
Não obstante as diversas modalidades terapêuticas até aqui mencionadas
são opções de tratamento que pouco contemplam a inserção familiar. Entretanto,
a literatura e diversas pesquisas têm referido a importância do enfoque familiar
para o tratamento das adições. No intuito de fomentar o envolvimento da família
no tratamento e sucesso terapêutico e oferecer um espaço de acolhimento e
escuta ativa, foi desenvolvido o “Grupo de Apoio para familiares de dependentes
químicos”.
Diversos estudos confirmam a importância de oferecer aos familiares
ações de suporte e identificam seus benefícios: identificação, reconhecimento e
compreensão das próprias necessidades de saúde, sociais e emocionais, que
estimulam a procura de ajuda; ampliação da compreensão sobre a problemática
enfrentada, que contribui na redução da ansiedade e na desmistificação do
comportamento dos usuários de drogas; a redução do nível de tensão familiar
por meio da melhora na comunicação; redução do isolamento e oferta de
informações sobre serviços e redes; aumento do suporte para o usuário de
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drogas, na medida em que as famílias adquirem habilidades para lidar com os


problemas.
Acolher usuários e familiares e torná-los sujeitos requer a mudança no
olhar e na escuta profissional, e a ruptura com a racionalidade médica que reduz
as pessoas a objetos de intervenção. Deve-se acolher os sujeitos e buscar
compreender suas histórias e singularidades, de tal forma que as “estratégias de
intervenção daí decorrentes ampliam-se para a construção de projetos marcados
pela diversidade. Cuidar é montar, tecer projetos de vida” Thornicroft G,
Tansella M, Boas práticas em saúde mental comunitária. Barueri: Manole; 2010.
Os espaços da intervenção grupal podem possibilitar a expressão de
sentimentos negativos e ambivalentes associados à vivência cotidiana com os
usuários, reconstruindo espaços de sociabilidade que facilitam a interação, a
troca e a abertura de narrativas marcadas pelo sofrimento, pela vergonha e
desorientação que acompanham a história de vida de familiares, e a ação de
cuidado sobre vetores que vulnerabilizam e fragilizam a própria vida dos
familiares. As estratégias grupais dirigidas aos familiares apresentam potencial
de cuidado, pois respondem às necessidades de ampliação do acesso das famílias
aos serviços e de compreensão sobre uso prejudicial de substâncias psicoativas e
seus tratamentos. Fortalecem estratégias de educação em saúde e promovem
aproximação e vínculo entre profissionais, familiares e usuários, ofertando
suporte social e emocional, a partir do estabelecimento de redes de relações
solidárias e de cuidado.

2.4 Objetivo do grupo:


Criar um espaço de acolhimento e diálogo para familiares de dependentes
químicos, no intuito que adquirem habilidades para lidar com as diferentes
realidades no contexto familiar do usuário.

2.5 Objetivos específicos:


O grupo de apoio a familiares de dependentes químicos visa auxiliá-los a
lidar com seus sentimentos, tanto os já vividos quanto os que ainda vão viver em
relação ao seu familiar em situação de dependência química, promovendo
sentimentos de empatia, e ajudando o familiar a gerar um ambiente de
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acolhimento e compreensão para quando o dependente voltar para casa,


colaborando assim para uma melhor relação entre ambos.

2.5 Enquadre terapêutico:


O grupo é destinado a familiares de pacientes em situação de
dependência química e internos da Clínica de Recuperação William G. Wilson.
A divulgação será feita através do e-mail ou contato telefônico de familiares de
internos e cartazes na própria clínica onde também estará disponível a lista de
inscrição para participação do grupo. Os encontros serão realizados com o
número de 15 participantes por grupo, no salão n°10 cedido pela clínica com
duração de 1h15min, um encontro por semana, sendo previstos um total de sete
encontros.
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3. ATIVIDADES REALIZADAS

1º Encontro: “Recepção dos familiares”

Objetivos:
Recepcionar os participantes, estabelecer um conhecimento prévio dos
integrantes e iniciar a formação de um vínculo terapêutico.

Procedimentos:
a) Forma-se uma roda de cadeiras.
b) O coordenador do grupo faz uma breve apresentação de si, da equipe, do
tema e do objetivo do grupo.
c) Em seguida, é apresentado o cronograma e planejamentos do percurso.
d) É estabelecido/apresentado o contrato terapêutico.
e) Inicia-se a primeira dinâmica: a dinâmica do nome, com o intuito de
‘quebrar o gelo’ do grupo e memorizar os nomes dos integrantes. O
apresentador faz as instruções da dinâmica, onde um participante vai
falar seu primeiro nome associado a um gesto de sua escolha, e o
próximo colaborador vai repetir esse nome e o gesto feito, e, em seguida,
vai apresentar seu próprio nome associado a outro gesto, e assim
sucessivamente.
f) Para finalizar, o orientador faz a pergunta ‘o que o trouxe até aqui e qual
sua maior dificuldade em conviver com um dependente químico?’ e
todos que se sentirem a vontade podem responder um a um.

2º Encontro: “Levantando questões”

Objetivos:
Conscientizar sobre a importância do grupo para a resolução de
problemas e associar palavras, sentimentos e vivências sobre o tema.

Procedimentos:
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a) O coordenador chama os participantes para fazerem alguns alongamentos


enquanto falam, um a um, de suas vidas desde o último encontro.
b) Inicia a dinâmica dos problemas. A equipe distribui papel e caneta e
apresenta uma lista de palavras-chave para os participantes escolherem,
tais quais: mentiras, desconfianças, comunicação, recaídas, brigas,
inimizades, críticas, arrogância, agressividade etc. Em seguida, é
distribuído bexigas vazias para os participantes colocarem seus papéis
dobrados.
c) O facilitador pede para encherem as bexigas e a tratarem como os seus
problemas, identificando seu nome nelas. A seguir, as bexigas são
jogadas pra cima e a regra do jogo é não as deixar cair, ajudando,
inclusive, os colegas a manter as bexigas no ar. Um a um, o coordenador
pede para que se sentem e observem o restante.
d) Quando o facilitador perceber que os mínimos participantes não estão
dando conta de segurar todas as bexigas, ele pede para que a plateia volte
para a roda e pergunta sucessivamente qual foi a sensação de quem ficou
segurando os problemas por último e qual foi a sensação de quem saiu
antes.
e) Após essa conversa, o coordenador devolve as bexigas a seus respectivos
donos e aponta que dividir os problemas facilita na sua própria resolução.
f) Para finalizar, o facilitador pede para que estourem suas bexigas e leiam
seus papéis, um a um, fazendo uma associação da palavra com o tema e
os sentimentos ela que desperta.

3º Encontro: “Círculo de escolha de uma emoção”

Objetivos:
Conviver com alguém que usa drogas não é uma tarefa simples. Os
familiares podem, muitas vezes, vivenciar mudanças na rotina e, além disso,
sentimentos de decepção, de solidão e de pouca proteção, tanto na convivência
diária quanto em lidar com o tratamento. Os sentimentos de dó, raiva, ódio,
vergonha, culpa e medo são comuns e você não deve se sentir culpado por senti-
los. No entanto, apesar desses sentimentos e destas frustrações, a família é uma
parte muito importante do processo de mudança. É importante lembrar que as
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expectativas da família devem ser alinhadas ao que é possível ser feito no


momento. As mudanças não serão imediatas e sim construídas conforme a
realidade de cada pessoa. No processo de recuperação, toda a família também
necessita de ajuda ou tratamento. Eles são uma parte essencial da equipe de
apoio, mas também devem ajudar e ser suporte um ao outro enquanto
desenvolvem estratégias positivas de enfrentamento. Nessa dinâmica, os
objetivos são: possibilitar um espaço dentro do grupo, que permita a expressão
de sentimentos sem julgamentos, reduzindo o isolamento e desesperança, além
de permitir a troca de experiências e aprendizado. Também iremos capacitar os
participantes a identificar e nomear uma gama de estados emocionais e a
desenvolver maior empatia para com os outros ao expressarem sentimentos
semelhantes.

Procedimentos:
a) Conjunto de cartelas ou pedaços de papel com uma emoção positiva ou
negativa escrita em cada cartela.
b) Conduza os participantes no seguinte exercício de relaxamento.
c) Pergunte aos participantes: “O que são emoções? Você pode dar um
exemplo de uma emoção?” Passe o objeto da palavra e escreva suas
sugestões em um quadro ou em um pedaço de papel. Passe um pote com
cartelas ou pedaços de papel; em cada um deverá estar escrita uma
emoção. As cartelas devem incluir tanto emoções positivas como
negativas. Peça aos participantes que peguem uma cartela. Verifique para
certificar-se de que todos entendem a emoção que escolheram. Convide
os participantes a descreverem em detalhes uma vez em que
experimentaram aquela emoção. Que acontecimentos ativaram a emoção,
e que sensação tiveram no seu corpo? Passe então o objeto da palavra (o
facilitador fica por último).
d) Faça mais uma rodada, perguntando: “O que você aprendeu hoje,
escutando os outros falarem de suas emoções?”. Seus sentimentos
mudaram com o tempo? Se outras pessoas participaram do mesmo
acontecimento, elas tiveram sentimentos semelhantes a respeito da
experiência? Quais são seus sentimentos agora, pensando no mesmo
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acontecimento? Suas emoções naquela experiência influenciaram seu


comportamento?
e) Convide todos a ficarem em pé e esticarem seus braços para cima
enquanto tomam o ar. Em seguida, diga-lhes para baixarem os braços
enquanto soltam o ar.
f) Convide-os a demonstrar tristeza com seu corpo (sem falar). Devem
permanecer um momento na posição de tristeza.
g) Convide-os a liberar a tristeza e então demonstrar curiosidade usando seu
corpo (sem falar).
h) Convide-os a liberar a curiosidade e então demonstrar raiva usando seu
corpo.
i) Convide-os a liberar a raiva e então demonstrar entusiasmo usando seu
corpo.
j) Convide-os a liberar o entusiasmo e então demonstrar satisfação usando
seu corpo.
k) Convide-os a sacudir seu corpo por inteiro soltando o ar profundamente e
completamente, expulsando qualquer sentimento negativo.

4º Encontro: “Carta de Libertação”

Objetivos:
O objetivo dessa técnica é fazer com que o familiar se liberte
mentalmente e emocionalmente das suas experiências traumáticas e desafiadoras
que aconteceram no passado com o dependente químico. Ressignificar o
passado através de um novo olhar mais saudável para a situação vivida. Extrair o
aprendizado da experiência e escolher como levará para o seu futuro.

Procedimentos:
a) O terapeuta deve orientar o familiar sobre os objetivos da técnica,
explicar da necessidade de estar num espaço confortável, com papel e
caneta na mão, e até com sons da natureza (música de meditação
disponíveis no youtube), a pessoa deve utilizar a respiração consciente
para conectar-se com sua condição atual, e aceitar todas as emoções que
vierem no momento da escrita, do início ao final. O cliente deve
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escolher o tema que quer libertar-se, podendo ser um momento negativo,


uma situação específica, no seu passado. O terapeuta explica ao cliente
que ele deve escrever tudo o que vem a sua mente conforme cada
pergunta, sem censurar, nem julgar, apenas registrar.
b) O cliente deve dar início a carta:
c) Consciência: escrevendo tudo o que vier a mente sobre a experiência
vivida, todos os detalhes que considerar significativos, escrever com os
verbos no passado por exemplo: naquele dia eu senti medo, e muita
raiva, naquela situação você me tratou muito mal, pensava até em fugir
de tudo.
d) Após deve-se trazer a escrita para o momento presente:
e) Ressignificar: utilizar os verbos no presente, por exemplo: neste
momento eu escolho me libertar de toda a mágoa e angustia que sinto
por você, ou por aquela situação; escrever todos os aprendizados que
extraiu da situação a partir de hoje, desculpar a si e ao outro por ter
passado por tudo isso, e definir o que levará para sua vida como maior
aprendizado; também registrar no papel como levará sua vida deste
momento em diante libertando-se de todo sentimento negativo, e
apropriando-se dos sentimentos positivos que sente.
f) Feito isso, o cliente deve continuar a carta escrevendo como será o seu
futuro, tendo reelaborado aquelas experiências difíceis:
g) Ponte ao Futuro: o cliente deve fazer uma ponte ao seu futuro,
escrevendo como enfrentará sua vida, como lidara com
situações/pessoas semelhantes, registrando os novos recursos internos
que ativou com a libertação mental e emocional.
h) Finalização: Após o encerramento da carta o cliente, deve sair deste
cenário, dar uma volta para espairecer os pensamentos e em 10 a 20
minutos retornar para o local, reler a carta com ênfase, e a partir daqui
permitir emocionar-se em cada momento seguinte:
i) Rasgar a carta com as próprias mãos em pedaços bem pequenos;
j) Queimar a carta no fogo, preferencialmente num espaço que permita o
fogo com carvão, e enquanto queima sentir a libertação de toda a
história vivida, ficando apenas com o ressignificado.
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k) Possíveis Resultados: Os resultados dessa técnica estão voltados a


libertação mental e emocional sobre aspectos ou situações
traumatizantes.

5º Encontro: “Situações”

Objetivos:
Verificar como o grupo atuaria em determinadas situações em relação
aos seus familiares em estado de dependência e promover sentimentos de
empatia.

Procedimentos:

a) Materiais: arquivos com imagens ou notícias.


b) O terapeuta explicará que eles apresentarão uma série de situações ao
grupo e que cada um, individualmente, deve reconsiderar cada um deles.
Você pode anexar uma lista de perguntas, como as seguintes: que
sentimentos as pessoas transparecem, como você acha que elas se
sentem, como você se sentiria, o que você faria se fosse elas, etc.
c) Eles têm tempo para responder individualmente e, em seguida,
prosseguir para uma discussão em grupo.

6º Encontro: “A força da família”

Objetivos:
Essa é uma dinâmica para reflexão em grupo, todos devem entender qual
a importância de a família estar unida.

Procedimentos:
a) Material: barbante.
b) O terapeuta distribui 1 pedaço de barbante para todos os participantes,
então pede para que cada um parta ao meio o pedaço.
c) Depois disso, pede que junte as duas partes e tente quebrar novamente, o
terapeuta instrui os participantes a perceberem que o barbante estará
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mais difícil de se partir e assim sucessivamente continuam o mesmo


movimento proposto, até que não consigam mais quebrar o barbante.
d) O terapeuta recolhe o material e faz a conclusão com a fala de que,
quanto mais juntos estiverem, mais difícil vai ser de se quebrarem, ou
serem derrubados. Eles são uma família, têm que andar juntos, porque
sozinhos são alvos fáceis de serem abatidos.
e) É aberto um momento de escuta sobre os sentimentos que essa atividade
lhes desperta.

7º Encontro: “Despedida”

Objetivos:
Reforçar os conteúdos que foram aprendidos ao longo do encontro, além
de encerrá-lo com uma mensagem positiva, tanto do indivíduo para si mesmo,
como para os seus colegas de grupo.

Procedimentos:

a) O grupo se reúne num círculo, onde cada um de seus componentes


deverá falar os seguintes itens:
• O que eu aprendi hoje e ao longo dos encontros;
• O que eu desejo para o meu futuro;
• O que eu desejo para os meus colegas de grupo.
b) Concluir sobre o aprendizado do grupo e reforçar o aprendizado com
uma revisão dos conteúdos trabalhos.
c) Finalizar a oficina com um coffee break.
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4. AVALIAÇÃO FINAL

1. Considerando sua experiência nos encontros, como foi a sua vivência hoje?

2. Em uma escala de 1 a 7, sendo 7 a mais alta, como você classificaria o encontro


de hoje?

3. Por favor, indique até 3 coisas que você mais gostou deste encontro?

4. Por favor, indique até 3 coisas que você não gostou deste encontro.

5. Como você classificaria a organização deste encontro?


• Muito bom
• Bom
• Aceitável
• Ruim
• Muito ruim

6. Quão útil foi o encontro de hoje?


• Extremamente útil
• Muito útil
• Algo de útil
• Não é tão útil
• Não é nada útil

7. Por favor, indique o seu nível de concordância para a declaração: A duração do


evento
foi perfeita. (Nem muito longa, nem muito curta).
• Discordo totalmente
• Discordo
• Neutro
• Aceitável
• Totalmente de acordo
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8. Você já participou de algum de nossos eventos antes?


• Sim
• Não

9. Qual foi a razão pela qual você decidiu participar do nosso evento e quais
foram as suas expectativas?

10. O evento cumpriu as suas expectativas?


• Sim
• Não

11. Em geral, quão satisfeito você estava com o encontro?


• Muito insatisfeito
• Insatisfeito
• Neutro
• Satisfeito
• Muito satisfeito

12. Você diria que o encontro de hoje foi interativo?


• Não, a comunicação era superficial.
• Sim, foi muito interativo

13. O encontro de hoje ajudou você a obter novos aprendizados ou conhecimento?


• Sim
• Não
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5. CONTRATO TERAPEUTICO ORAL

O contrato será lido para todos os integrantes do grupo no primeiro


encontro. Para assumir o papel de continente do grupo, a equipe elaborou as
seguintes orientações:

● Limite de no máximo 10 participantes;


● Cada sessão terá a duração de 1:15 minutos;
● Faltas deverão ser avisadas previamente;
● A tolerância a atrasos será de 15 minutos;
● Cada integrante tem o direito a 3 faltas durante o processo;
● A equipe se disporá de 20 minutos após o término da dinâmica
para possíveis assuntos pessoais, dúvidas e afins;
● Será demarcado o compromisso ético entre os integrantes do
grupo e sugerido uma atenção especial com esse espaço de
acolhimento.
● O tempo de fala, de expressão e a individualidade dos integrantes
serão respeitadas.
● A equipe sugere que, para que o grupo se desenvolva, os
integrantes e a equipe devem sair da ‘zona de conforto’ e se
arriscarem, na medida do possível, a participar de todas as
dinâmicas.

___________________ ____________________
FACILITADOR PARTICIPANTES
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6. ANEXOS

Cronograma:

Convite:
20
21

7. REFERÊNCIAS

ZIMERMAN, David Epelbaum. Fundamentos básicos das grupoterapias.


Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1993.

MARTINS, Sueli Terezinha Ferreira. Psicologia social e processo grupal: a


coerência entre fazer, pensar e sentir em Sílvia Lane. São Paulo:
Universidade Estadual Paulista, 2007.

PASQUALINI, Juliana C., MARTINS, Fernando Ramalho, FILHO, Antonio


Euzébios. A “dinâmica de grupo” de Kurt Lewin: proposições, contexto e
crítica. Natal-RN: Universidade Federal de Rio grande do Norte, 2021. Acesso
em: 09/07/2022. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1413-294X2021000200005.

FELIPO. 10 Dinâmicas sobre família. Minhas Atividades. Disponível em:


<https://minhasatividades.com/10-dinamicas-sobre-familia/>. Acesso em: 10 de
setembro de 2022.

MARQUES, José. Dinâmica de despedida - como funciona e como aplicar?.


JRM Coaching. Disponível em: <https://jrmcoaching.com.br/blog/dinamica-de-
despedida-como-funciona-e-como-aplicar/#:~:text=O%20que%20eu%20aprendi
%20hoje&text=Cada%20grupo%20se%20re%C3%BAne%20num,os%20meus
%20colegas%20de%20grupo>. Acesso em: 10 de setembro de 2022.

VIRTUALE, Maestro. 10 Dinâmica da inteligência emocional para crianças e


adultos. Maestro Virtuale. Disponível em: <https://maestrovirtuale.com/10-
dinamica-da-inteligencia-emocional-para-criancas-e-adultos/>. Acesso em: 10 de
setembro de 2022.

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