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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURICIO DE NASSAU

PSICOLOGIA

Victória Mirelly Morais Ferreira


Resumo

VII Congresso Nacional Multidisciplinar de Saúde de Psicologia

Centro Universitário Mauricio de Nassau (Uninassau)

Recife
2022
O VII Congresso Nacional Multidisciplinar de Saúde de Psicologia, trouxe conhecimentos diversos
através dos palestrantes e suas respectivas mesas, com temas pertinentes, atuais e inovadores para o
campo da psicologia e para a contribuição acadêmica dos estudantes do curso. A princípio é de suma
importância ressaltar a necessidade do ambiente extra acadêmico para o estudante, que se encontra
dentro da faculdade, de uma sala de aula, onde muitas vezes se sente inquieto pela demandas e carga
horária, tendo em vista a sua vida pessoal, a instituição promover eventos que despertem no estudante
curiosidade, novas experiências e senso de atuação da profissão através das palestras e apresentações
dos palestrantes já é algo que se possa mencionar como favorável.
Dentre os muitos temas abordados, se pode relacionar alguns formando uma teia do desenvolvimento
humano relacionado a neuropsicologia, a psicologia social e a clínica. A palestra de
Neurodesenvolvimento e o lugar do afeto na cognição, de Taciana Feitosa, iniciou trazendo o
conhecimento do cérebro e dos seus processos, da sua neuroplasticidade e do seu desenvolvimento ao
longo do início da vida humana com a formação do cérebro, nascimento e infância e da importância da
compreensão do Neurodesenvolvimento. Buscando relacionar o aprendizado dessa palestra com a
nossa, é de suma importância entender como o cérebro funciona, e de como ele pode ser afetado pelas
experiências que vivenciamos desde a nossa infância, o afeto e os cuidados que recebemos desde o
útero, quando nascemos e cada fase, ou a ausência de afeto irá causar impactos no cérebro e danos na
aprendizagem, concentração, comportamento e nossa forma de se relacionar na vida adulta. Trouxe
um despertamento da importância da humanização como essencial para o psicólogo, visto que o
cérebro possui conexões sustentadas pelo afeto, que tem impacto químico nos processos neurais
liberando hormônios que beneficiam a saúde e a cognição. As experiências compartilhadas da
palestrante no meio social, em creches ensinando as cuidadoras como cuidar de crianças abandonadas
também trouxe manejos próprios da área da neuropsicologia se inserido num meio social.
Dando continuidade aos temas abordados, pode se citar a Palestra do Cuidado e manejo da ansiedade
na clinica psicológica do adolescente, apresentada por Anna Karla, introduziu o tema trazendo alguns
conceitos do ser adolescente, segundo a OMS (organização mundial da saúde), que compreende o
período a partir dos 10 anos de idade até aos 19 anos completos, compreendendo-se 3 fases: pré-
adolescência, adolescência e juventude, porém o ECA (o estatuto da criança e do adolescente)
considera adolescência a fazia etária dos 12 até os 18 anos de idade completos. O que é curioso pois
trouxe a compreensão de como a fase da adolescência é uma etapa intermediária entre infância e fase
adulta. E partindo desse princípio se pode observar uma fase de muitas mudanças para se adaptar e
entender, são mudanças biológicas, psicossociais e no meio de interação. Com base nesses fatos, é
inerente ao futuro psicólogo se apropriar da realidade que permeia e circunda os adolescentes, ainda
que não seja o foco da atuação do profissional, todas as pessoas que estão na fase adulta vivenciou e
carregará com si experiências dessa fase. Como estudantes muito nos atravessa essa fase, pois ainda
nos circundam conflitos com o desenvolvimento biológico, psicossocial e interação com o meio, a
família, os colegas da faculdade e futuramente o ambiente profissional. Alguns dos conflitos expostos
pela palestrante como o cyberbullying e redes sociais é bastante atual, afeta uma geração e continuará
se perpetuando, através das tecnologias que acelera as transmissões das informações, além de
aumentar a exposição da vida social o que causa a comparação dos estilos de vidas sociais, a cultura
dos corpos padrões de beleza reforçam os estereótipos causando ansiedade exacerbada nos usuários
que resultam em transtornos de ansiedade, que possuem características que possuem como base: medo
e ansiedade em excesso. São emoções que pressionam e perturbam os comportamentos. Há alguns
critérios para ser diagnosticado com transtornos de ansiedade, como perda do ente querido,
afastamento de casa ou pessoas que são figuras importantes, relutância em dormir sozinho, entre
outros. Além de que há tipos de transtornos de ansiedade. Ao longo da exploração do conteúdo foi
pontuado as principais causas da ansiedade no adolescente. É importante relacionar que a ansiedade
sem o exagero é lícito e normal, pois ao longo da vida vivemos situações que nos inquietam. O que
está em concordância com aquilo que tem sido ensinado na sala de aula sobre compreender que o
papel do psicólogo é antes de tudo ouvir, buscar compreender e não consertar pessoas ou resolver a
vida delas, mas a escuta e buscar ferramentas de manejo para auxilia-las para promover saúde mental e
bem estar físico.
Prosseguindo com os temas abordados tivemos uma palestra com a temática de Terapia de Aceitação e
Compromisso no contexto do envelhecimento: desafios para a prática clínica, com o palestrante
Gabriel Medeiros, com foco na clinica está temática trouxe uma abordagem curiosa e necessária e
pouco refletida, nos trouxe uma nova visão acerca do que é a fase do envelhecimento e de sua
importância e peculiaridades que devem ser consideradas e estudadas. Foi abordado acerca de alguns
pilares para a terapia do idoso, como o processo do envelhecimento, como se dá e quais demandas
possíveis, quais fatores estão ligados, a terapia de aceitação e compromisso, e a prática clínica. A
palestra foi enriquecidos pois nos atravessou quando expôs sobre os comportamentos idosos que
despertou a memória de entes queridos: pais, avós, tios, na fase da velhice. Foi possível fazer conexões
sobre comportamentos vistos no cotidiano das relações familiares, e através dessas relações já se pode
colocar em prática o olhar de empatia e respeito.
Concluindo, as temáticas das palestras, trazendo a Psicologia Preta: Contribuições para uma prática
psicológica, ministrado por Gioconda Sousa, ela discorreu acerca de sua história o seu percurso
familiar e profissional. Com uma grande bagagem Gioconda representou a mulher negra, rompendo
com os estigmas e preconceitos, sobre o que uma mulher pode ser e qual lugar pode alcançar, como a
sua cor não a desmereceu em nada, mas a colocou no lugar de representação e deu voz a mulheres
negras. Discorreu acerca do movimento do embranquecimento e instigou aos estudantes e assumir os
papéis de conscientização acerca das lutas negras, dos espaços que eles podem e devem ocupar.
Atravessando os estudantes que sofrem as vezes dentro das instituições acadêmicas sem
representações e ainda foi questionado a necessidade de disciplinas que tratem da psicologia preta,
como necessário para a formação do profissional, sendo ou não psicólogo se faz necessário conhecer a
história de forma desvendada. Como meio de assegurar os direitos humanos. É indubitável que o
congresso gere nos estudantes o senso de pesquisa e busca por ferramentas de compreensão que
viabilizem um manejo que estabeleça uma conexão do psicólogo com o paciente nas diversas esperar
que circundam, afinal, toda psicologia é social.

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