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Aula 01

→O que é um diagnóstico
-O diagnóstico da saúde mental tem questões específicas diferentes das outras áreas
da saúde
-Objetivo primário: identificar condições específicas que acometem o paciente
-Quanto mais fácil e objetivo, mais fácil será o diagnóstico
-O que precisa para um diagnóstico: sinais, sintomas, história clínica, história de vida

→O que é o DSM?
-é o manual estatístico diagnóstico que é usado por psicólogo e psiquiatra para
diagnósticas transtornos mentais
-3 componentes do DSM
1)classificação diagnóstica
2)Conjunto de critérios diagnósticos
3)Texto descritivo de cada transtorno
-Diferença da CID: o DSM é pra transtorno mental, a CID é geral (tem endócrino,
cardiologia, e outras áreas)
-Quem criou o dsm: Foi criado em 1952, numa força tarefa da APA
-A APA que faz as revisões do DSM, sendo um manual que constantemente busca
mudar (e isso é bom! principalmente quando estamos falando de ciência) utiliza
diversos pesquisadores (neurociência, genética, psiquiatria, genética, ciências sociais,
saúde pública e etc) de forma voluntária
-Objetivo da APA ao revisar o manual: atualizar o texto para colocar novas descobertas
de pesquisa

→Problemas do diagnóstico na saúde mental


-Qualquer classificação é problemática .Ao classificar de uma forma, pode ter diversas
opções , possibilidades
-O diagnóstico é essencialmente clínico, não tem marcadores biológicos específicos,
muitas vezes não tem exames
-Ou seja, não existe “sintomas patognomônicos”: um sintoma x é específico do
diagnóstico y
-Erro comum: a minha paciente ouve vozes, logo tem esquizofrenia (está errado! um
sintoma não é patognomônicos na saúde mental)
-O Manual de transtornos é ruim, mas é muito pior que ficar sem eles. Como você vai
conduzir um tratamento sem rumo?
-Sem um diagnóstico eu não consigo pensar numa condução do tratamento e na
melhora clínica do paciente (não sei o que tem, nem se vai melhorar ou não)
-O diagnóstico proporciona a uniformização: consigo falar com vários profissionais a
mesma língua
-Resumindo: DSM não é bom, mas é o melhor que temos
-DSM é atualizado na medida do conhecimento científico é atualizado
→Estrutura do DSM
1)nome do transtorno
2)Procedimentos para registro
3)Subtipos ou especificadores
4)Características diagnósticas
5)Características associadas, prevalências, desenvolvimento e curso, fatores de risco
e prognóstico, fatores relacionados à cultura, questoes diagnositoca a sexo e genero,
marcadores diagnosticos, assosiação com pensamentos ou comportamentos su1c1d*s
, consequências funcionais, diagnóstico diferencial e comorbidade

-se vc ja esta atualizado no 5, fique tranquilo, pq as mudanças são pequenas

→ Os diagnósticos vão acabar?


-Os modelo trasndiagnoscios estao para somar, e não para excluir
-Os diagnósticos não vão acabar
-Os processos desadaptativos que estão sendo alvos de estudos, ex:
1)Desregulação emocional: presente em vários transtornos (Bipolar, TDAH …), é um
sintoma
2)Déficit nas funções executivas: ex, memória de trabalho
3)Flexibilidade cognitiva: capacidade mudar ou não
4)hipervigilância: na maioria dos transtornos de ansiedade
-O protocolo visa trabalhar os processos desadaptativos
-O foco está nos componentes que causam desajuste, o que mantém o transtorno
-compreender o que causa e o que mantém

Anotações de aula 02
→Pq é importante estudar a psicopatologia e a semiologia dos transtornos mentais?
-A semiologia é importante pois contempla a entrevista clínica, auxilia o profissional a
ter um diagnóstico mais assertivo
-Na psicopatologia não tem marcadores biológicos, exames de sangue ou algo do tipo
para fazer diagnóstico no transtorno mental
-é preciso compreender os sinais e sintomas possíveis dos transtornos, para conseguir
fazer um entrevista clínica e fazer um exame de estado mental
-Um sinal x não significa um transtorno
-Só é possível fazer um diagnóstico se eu souber da existência daquele diagnóstico

→Os 3 eixos da psicopatologia


Fenomenológica
-Não tem diagnóstico
-Não classifica, ela observa o fenômeno

Psicodinâmica
-Utiliza 3 categorias (neurose,psicose, perversão)
-Usa o modelo hierárquico
-Trabalha conflitos do inconsciente

Descritiva/ Ateórica:
-não pressupõe uma teoria explicativa de base, é um modelo descritivo baseado na
descrição dos sinais e dos sintomas
-Criador: kraepelin

→O que é transtorno mental?


-conjunto de sinais e sintomas caracterizado por uma perturbação clinicamente
significativa -o paciente precisa ter um prejuízo consistente, a vida dele fica
prejutificada, na cognição, regulação emocional e no comportamento
-isso reflete uma disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou do
desenvolvimento subjacente do transtorno mental
-Tem intensidade, frequência e causa prejuízo na pessoa
-Frequentemente associado ao sofrimento
-Afeta as atividades sociais, afetivas, no trabalho e etc
-Obs: perder alguém e ficar triste não é um transtorno mental, é congruente a situação.
o problema quando o se estende a muito tempo ,
→Histórico do transtorno mental
- Gall - Frenologia: a medida do cérebro diz sobre a pessoa
-Pinel: libertou pacientes de um hospital psiquiátrico e inaugura a psiquiatria. não
como desviante, mas uma pessoa doente que requer cuidados
-Wundt: primeiro laboratório de psicologia experimental, tirou a psicologia da filosofia
-Freud: mudou a história da psicoterapia, primeiro teórico que sistematizou como
funciona uma psicoterapia
-kraepelin: todas as doenças mentais têm uma base biológica. Pai da psicopatologia
ateórica
-Reforma psiquiátrica: diagnósticos foram questionados, os tratamentos também. Com
poucas informações uma pessoa pode ser internada. Contribuição da Farmacologia,
com os antipsicóticos

→Doença, transtorno ou síndrome?


-Doença mental é um termo incorreto
-Síndrome: não conhece o curso, a etiologia e o prognóstico (ou seja, não sei a
origem, como o paciente vai evoluir e o que vai acontecer com o paciente no futuro)
-Transtorno: Conheço o curso e o prognóstico, mas não conheço a etiologia (sei como
o paciente evolui e o que esperar do paciente no futuro/ com ou sem tratamento)
-Doença: conheço a etiologia, curso e prognóstico

→Qual a causa dos transtornos?


-é multifatorial (genética, ambiente, familiar, personalidade, fator biológico)
-Correlação é diferente da causalidade: o fal3ciento de alguém não é garantia de
depr3ssão
-Existem fatores predisponentes, mas eles não são a causa
-Ex: no tept, o que ocorreu não é a causa, é o fator desencadeante, é o gatilh0

→teoria da tripla vulnerabilidade


-Questão Genética: o que é herdado pelos pais
-Vulnerabilidade psicológica (aspecto da personalidade)
-Componente específico (Ambiental) -
-Criador: Barlow
-a soma das 3 vulnerabilidades ajuda a contribuir um transtorno, não é só um ponto
específico
→Genética e ambiente têm pesos diferentes?
-Exemplo da esquiz0frenia: com estudos de gêmeos idênticos foi identificado que a
chance é muito maior de ter esse transtorno. Ter parentes com ele tem mais chances
de desenvolver
-Genes são responsáveis, neste caso, a tornar as pessoas mais vulneráveis a esse
transtorno. Não é um gene específico, mas a combinação deles

→Existe cura para o transtorno mental?


-Não falamos em cura quando se trata de transtorno mental.
-Existe remissão parcial ou remissão total
- não existe cura, pois é possível você ter de novo(mesmo se a chance for pequena).
-Remissão significa o retorno a funcionalidade
-Remissão total: 70% da funcionalidade
-Remissão: 50/60%
-transtornos crônicos podem estar em remissão

→4 Grupos dos transtornos


1.Transtorno episódico -Exemplo: transtorno depr3ssivo - existe um episódio de
depr3ssão, são mais prováveis de ter remissão
2.Transtorno crônico -Exemplo: esquiz0frenia, transtorno de personalidade, bip0lar - o
paciente vai ter para a vida toda , de difícil remissão
3. Transtorno do Neurodesenvolvimento -Ex: TDAH, TEA - já nasce com, irreversível,
difícil de ter remissão
4.Transtorno degenerativo -Ex: Alzheimer - quando iniciado ele não regride(é possível
estagnar, mas não melhora), difícil de ter remissão

-Sinais: postura corporal, vestimentas, cabelo penteado, expressões faciais, o que


posso observar
-sintomas: a vivência subjetiva do paciente, as queixas, as narrativas
-Egossintônico: o paciente sente o sintoma como parte de si mesmo (comum no
transtorno de personalidade) “esse é meu jeito”
-Egodistônico: paciente percebe esse sintoma como algo estranho “antes não era
assim” (pode ocorrer na depressão) identifica um antes e depois
-Nenhum manual exclui uma boa avaliação clínica
→Modelos alternativos ao dsm
-HITOP: totalmente dimensional, do bem leve ao grave, é uma taxonomia hierárquica,
que traz a ideia da dimensionalidade, se dialoga com o big five.

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