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SEMINÁRIO

AUTISMO

A Palavra Autismo deriva do grego “autós” que significa “voltar-se para si


mesmo”.
É um termo usado dentro da Psiquiatria para denominar comportamentos
humanos que se centralizam em si mesmos, voltado para o próprio
individuo.
O quebra-cabeça representa o mistério e complexidade do autismo (não se
sabe a origem e não descobriram a cura – o que temos são inúmeras formas de
tratamento). As diferentes cores e formas representam a diversidade das pessoas e
das famílias convivendo com a desordem.

O distúrbio que acomete uma em cada 68 crianças e que, aos poucos, começa a ser
aceito sem os velhos preconceitos. Estima-se que no Brasil existam 2 milhões de
casos diagnosticados.

O QUE É AUTISMO?

O Autismo é uma alteração no desenvolvimento normal do cérebro que


compromete as habilidades sociais e de comunicação. É configurado como
um Transtorno Global do Desenvolvimento que afeta o comportamento, a
compreensão, a fala e o convívio social.  Em termos clínicos os sintomas
podem aparecer desde o nascimento ou surgirem em algum momento antes
dos 3 anos de idade.
CAUSAS
 O autismo é uma doença física vinculada à biologia e à química anormais no
cérebro. As causas exatas dessas anomalias continuam desconhecidas mas,
essa é uma área de pesquisa muito ativa. Provavelmente há uma combinação
de fatores que leva ao autismo e a tendência atual é admitir entre eles, a
existência de causas genéticas e biológicas.
De acordo com as últimas pesquisas, cerca de 25 milhões de pessoas no
mundo inteiro, segundo dados de 2015. Provoca dificuldade de comunicação e
interação social, bem como comportamental restrito e repetitivo. Apesar das
diversas pesquisas sobre o tema, as causas do autismo ainda não foram
identificadas.
— A maioria dos estudos indica que se trata da união de fatores genéticos com
causas ambientais.

Uma nova luz sobre o funcionamento do cérebro no autismo :

Novo estudo sugere que há um excesso de sinapses em pelo menos


algumas partes dos cérebros de crianças com autismo, e que a capacidade do
cérebro de reduzir o número dessas sinapses é comprometida.
(SINAPSES- são os pontos de junção que permitem a comunicação entre os
neurônios.)

Crianças com Autismo teriam mais sinapses Cerebrais.


EXAMES DE IMAGENS CEREBRAIS.

Graças a estudos que utilizam métodos de imagem cerebral, os cientistas


obtiveram uma idéia melhor dos circuitos neurais envolvidos .Os transtornos do
espectro do autismo.
Cientistas britânicos e japoneses complementam esses achados por imagens,
pois descobriram que a velocidade neural de algumas áreas do cérebro pode
estar ligada aos sintomas cognitivos das pessoas com autismo.

Para entender a descoberta, é preciso lembrar que as áreas sensoriais do


cérebro que processam informações ligadas aos reflexos humanos, vindas dos
olhos, pele e músculos, têm períodos de processamento curtos e rápidos

.Já áreas que processam informações mais complexas, como a memória, a


inteligência e a tomada de decisões, respondem naturalmente de forma mais
lenta.

Novos estudos mostram que essa hierarquia de “tempos neurais” é diferente


em pessoas autistas. O estudo, que usou ressonância magnética, descobriu
que o cérebro dos autistas processa sinais sensoriais mais depressa que o
normal.

Já as respostas do núcleo caudado direito, região do cérebro ligada ao


aprendizado e ao controle de impulsos motores, são mais lentas.

Apesar de o núcleo caudado processar informações mais lentamente no


cérebro de pessoas com autismo, ele tem mais neurônios. Segundo os
pesquisadores, isso pode contribuir para padrões comportamentais
recorrentes e repetitivos, bem como as dificuldades de comunicação e
interação enfrentadas pelos autistas.

O cérebro de uma criança com autismo apresenta alterações no corpo


caloso, amígdala e cerebelo 
Corpo caloso: Facilita a comunicação entre os dos hemisférios do cérebro;
Amigdala: Afeta o comportamento social e emocional;
Cerebelo: Envolvido com as atividades motoras, o equilíbrio e a coordenação.

SINTOMAS DO AUTISMO
 A maioria dos pais de crianças autistas suspeita que algo está errado já nos
primeiros anos de vida da criança, e mesmo sendo mais comum os sinais
ficarem evidentes antes dela completar três anos, ainda assim, dificilmente os
sintomas são identificados precocemente.

COMORBIDADES NEUROLÓGICAS NO AUTISMO


Quando uma criança é diagnosticada com autismo, a primeira providência é
procurar qual a melhor intervenção para o caso apresentado. Sendo assim, é
possível notar que o tratamento é crucial para que a pessoa seja submetida a
procedimentos que a levarão a resultados completamente satisfatórios. Mas
e quando o autismo vem acompanhado de comorbidades neurológicas? O
que fazer?
O que são comorbidades?
Podemos defini-las como condições que se associam a outras condições e
que, porventura, estão clinicamente juntas.

Bom, quando os pais lidam com situações semelhantes, a opção que se


apresenta como a melhor é o acompanhamento médico. A presença de
especialistas é de total importância para que eles possam proporcionar
tratamento tanto para o autismo em si, como para a comorbidade
manifestada.

Quais são as principais comorbidades?

De acordo com pesquisas, cerca de dois terços de pacientes diagnosticados


com autismo apresentam transtornos psiquiátricos associados. Há casos de
crianças que manifestam até mais de um. No entanto, como cada situação é
única, fica difícil falar sobre as incidências. O que se pode elencar aqui é
uma lista com principais, pelo menos aquelas que costumam aparecer na
vida das pessoas com autismo.  .
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), enxaquecas
e cefaléias; os distúrbios do sono; as encefalopatias crônicas e as paralisias
cerebrais. Sendo assim, todas elas (uma ou mais) podem coexistir em uma
criança com TEA.

Outra comorbidade que afeta a criança é a deficiência intelectual, porque


ela faz com que o menor não consiga atingir situações ou patamares
básicos da aprendizagem básica na escola. A presença da deficiência
intelectual fará com que a instituição estabeleça um regime curricular bem
diferenciado, o que implica em mais dependência, pois a criança terá
dificuldade considerável de entender e abstrair os conteúdos.

O autismo afeta 3 a 4 vezes mais meninos do que meninas e é marcado por


algumas características fundamentais:

- Inabilidade para interagir socialmente;


-Falta de contato visual;
-Dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se;
- Fixação por objetos;
-Aparente resistência a dor;
- Padrão de comportamento restrito e repetitivo;
-Acessos de raiva;
- Desinteresse por jogos interativos preferindo o isolamento;
- Hiperatividade ou extrema passividade;
- Ter visão, audição, tato, olfato ou paladar excessivamente sensíveis.

. O termo "autismo" inclui um espectro amplo de crianças com grau de


comprometimento e intensidade variável: vai desde quadros mais leves,
como a síndrome de Asperger (na qual não há comprometimento da fala e
da inteligência), até formas graves em que o paciente se mostra incapaz de
manter qualquer tipo de contato interpessoal e apresenta comportamento
agressivo e retardo mental.
Na adolescência e vida adulta, as manifestações do autismo dependem de
como as pessoas conseguiram aprender as regras sociais e desenvolver
comportamentos que favoreceram sua adaptação e auto-suficiência.  

TRATAMENTOS

  Como o autismo inclui um amplo espectro de sintomas, uma avaliação


única e rápida não pode indicar as reais habilidades da criança. O ideal é
que uma equipe de diferentes especialistas, incluindo o psicopedagogo,
avalie a criança com suspeita do transtorno, verificando assim o
desenvolvimento de importantes áreas, como:  

-Comunicação;
-Linguagem;
-Habilidades motoras;
-Fala;
-Êxito escolar;
-Habilidades de pensamento.

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