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Applied Behavior Analysis (ABA)

e Autismo
Psicólogo Esp. Felipe Tardem

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Felipe Tardem
• Especialista em Análise do Comportamento Aplicada pelo Centro Universitário Filadélfia - UniFil.
• Mestrando em Psicologia Experimental na Universidade de São Paulo (USP).
• Pesquisador do Laboratório de Estudos de Operantes Verbais (LEOV-USP).
• Supervisor clínico do Centro para Autismo e Inclusão Social (CAIS-USP).
• Sócio-proprietário do Instituto de Psicologia e Análise do Comportamento (IPAC).
• Trabalhou na Applied Behavioral Consultant Services (ABCS) em uma intervenção ABA
(Applied Behavior Analysis) junto a um adulto autista, sob a supervisão da Dra. Gladys Williams em
Nova Iorque.
• Trabalhou na David Gregory School em intervenção ABA (Applied BehaviorAnalysis) com crianças autistas
em New Jersey.

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5 Módulos
1º Módulo: ABA e seus fundamentos

2º Módulo: Estratégias de ensino

3º Módulo: Linguagem e comunicação

4º Módulo: Autocuidado e habilidades sociais

5º Módulo: Habilidades acadêmicas e comportamentos desafiadores


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1º Módulo: ABA e seus fundamentos
a) O que é ABA, qual sua origem, e sua efetividade;

b) Como a ABA pode ajudar meu filho/aluno?

c) Relembrando os critérios diagnósticos do Transtorno do


Espectro Autista;

d) Aprendizagem comportamental e seus princípios básicos;

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Mas, então, o que é ABA?

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“Método” ABA?

Mas, então, o que é ABA?


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ABA
• ABA: Applied Behavior Analysis, ou: Análise do Comportamento
Aplicada

• ABA é uma das áreas derivadas do modelo explicativo chamado


Análise do Comportamento

• Vamos voltar um pouco...

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Sistemas explicativos

Sócio-histórica
(Vygotsky)
Psicanálise - Freud,
Analítica -
Lacan, Melaine Klein...
Jung

Análise do
Comportamento
Gestalt- Fenomenologia
Lewin
Psicologia do
desenvolvimento -
Piaget

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Sistemas psicológicos
• Dois critérios diferenciam os sistemas psicológicos:

1. Objeto (o que se quer conhecer);

2. Método (como conhecer);

(Tourinho, 2009)

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Básica: geralmente envolve
experimentação, com manipulação
precisa de variáveis de modo a
identificar relações funcionais
fundamentais.

Métodos de estudo
Aplicada: envolve
experimentação e modelos
Conceitual/histórica: busca ordenar
quase experimentais de modo a
coerentemente e com fidedignidade
identificar relações funcionais
o conhecimento produzido pela área
socialmente relevantes.
de modo a promover coesão entre
práticas de pesquisadores e
profissionais.

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Efetividade ABA

• Dizer que a prática da Análise do Comportamento Aplicada é


eficiente não a torna eficiente...

• É preciso ter bases empíricas e confiáveis: pesquisas!

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Fuller (1949)
• Em 1949, Fuller fez uma das primeiras pesquisas com humanos.

• Seguindo os princípios de aprendizagem descobertos a partir da pesquisa


básica, ele ensinou um paciente de 18 anos, considerado “retardado
vegetativo”, incapaz de aprender, a pedir por comida por meio do movimento
da mão, depois do braço. O que deu a oportunidade de escolha ao paciente e
auxiliou no trabalho dos cuidadores.

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Lovaas (1987)
Behavioral Treatment and Normal Educational and Intellectual
Functioning in Young Autistic Children

Tratamento Comportamental e Educação Normal e o


Funcionamento Intelectual em Crianças Autistas Pequenas

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Lovaas (1987)
Objetivo: Verificar a efetividade de um ambiente de intervenções
comportamentais intensivas e compará-la com a efetividade de
tratamentos convencionais.

Participantes: 38 crianças (19 - experimental, 19 - controle) não verbais,


menos de 2 anos, ou verbais, mais de 2 anos.
Diagnóstico de Autismo e atraso nos testes de QI.

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Lovaas (1987)
Método
Grupo Experimental (ABA):
• 40 horas por semana (+-6 horas por dia) durante 2 anos (+- 2190
horas);
• Na escola, em casa, na comunidade (ambiente natural)
• Instrução 1:1 (reforçamento, generalização...)

Grupo Controle (convencional):


• 10 horas ou menos por semana (+-522 horas);
• Instrução 1:1.

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Lovaas (1987)
Resultados
Experimental Controle
Níveis
QI 43% QI 2%
Normais de QI
após a
intervenção

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Lovaas (1987)
Discussão
• Grande parte das crianças expostas à condição experimental
tiveram ganhos expressivos em comportamentos socialmente
relevantes, medidos pelos testes de QI;

• Níveis normais de QI indicam que as crianças estavam aptas à


acompanhar seus colegas com desenvolvimento típico em uma
sala de aula do ensino regular. Logo, saíram do diagnóstico.

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Remington, B., et al. (2007)
• Comparação entre tratamentos.

• Participantes:
44 crianças
Diagnóstico de Autismo
Média de idade: 3 anos
Estudavam em escolas regulares

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Intervenção
ABA:
Tratamento intensivo em casa durante 2 anos;
25 horas por semana;
1:1 – Ensino por tentativas discretas, generalização, treino em
ambiente natural e comportamento verbal

Comparação:
Tratamentos ecléticos: TEACCH, programas escolares, sistemas
comunicativos, fono.

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Resultados
Desempenho na escola:
ABA:
Pré: 0%; Após 1 ano: 57%; Após 2 anos: 74%
Comparação:
Pré: 0%; Após 1 ano: 48%; Após 2 anos: 48%

QI:
ABA:
Pré: 61,4%; Após 1 ano: 68,8%; Após 2 anos: 73,4%
Comparação:
Pré: 62,3%; Após 1 ano: 58,9%; Após 2 anos: 44,4%

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ABA
“Análise do comportamento aplicada é a ciência em que
táticas derivadas dos princípios do comportamento são
aplicadas sistematicamente para melhorar
comportamentos de relevância social e experimentação é
usada para identificar variáveis responsáveis pela
mudança comportamental.”
(Cooper et al., 2007, p. 20)

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Recapitulando
• Nessa aula nós vimos o que é e as origens da Análise do
Comportamento Aplicada (ABA);

• Nós vimos também pesquisas que mostram sua efetividades e


forma de pensar intervenções comportamentais com pessoas
com TEA;

• Na próxima aula nós veremos como a ABA pode ajudar o seu


filho/aluno! Não perca!
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Muito obrigado!
Felipe Tardem

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