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SAIBA QUAIS SÃO AS

ESTRATÉGIAS DE ENSINO USADAS


NA ABA PARA CRIANÇA COM TEA
Professora: Tahena Silva Ferreira
Especialista em Análise do Comportamento Aplicada (ABA)
Doutora em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem
Seres Sociais

Natureza do Simon Baron-


Cohen

TEA
Intensidade
Condição Multifatorial
1%

Causas do 18%

TEA
81%

Genética herdade Transcrição do código parental Ambiente intrauterino


Diagnóstico de TEA
Prejuízo persistente
na comunicação
social e na interação

Transtorno
do
Neurodesen-
volvimento
Interesses restritos e
comportamentos
repetitivos
Diagnóstico de TEA
Prejuízo persistente
na comunicação
social e na interação

Déficit na Prejuízo na linguagem Iniciação e


reciprocidade verbal, não verbal ou na manutenção de
socioemocional integração entre elas relações sociais
Diagnóstico de TEA
Interesses restritos
e comportamentos
repetitivos

Estereotipias Insistência em Hiperfoco: adesão Alterações


vocais ou rotina, padrões inflexível a temas, sensoriais
motoras inflexíveis, rituais objetos ou alguma significativas
outra coisa
Precisa estar O prejuízo
presente na precisa ser
Condicionantes primeira
infância
clinicamente
significativo

Diagnósticas
para o TEA Não podem ser melhor
explicadas por um
atraso global do
desenvolvimento ou
deficiência intelectual
Sinais de alerta para o TEA

Dificuldades Comunicação Interesses Dificuldades


em interações deficitária e restritos e sensoriais
sociais disfuncional padrões ou de
repetitivos aprendizagem
Níveis de suporte para o TEA
Nível 1 Nível 2 Nível 3
• Apoio leve • Apoio substancial • Apoio muito
• Precisam de dicas • Dificuldades na fala substancial
mais pontuais para funcional, em • Fala funcional
interações e habilidades sociais ausente
comunicação e pode apresentar • Habilidades
• Sem deficiência interesses restritos cognitivas baixas
intelectual e/ou estereotipias • Inflexibilidade
comportamental
Prevalência do TEA 1/30

1/44

1/54
1/59
1/68 1/68

1/88
1/110
1/125
1/166 1/150

2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2021 2022

Fonte: Center of Diseases Control and Prevention (CDC) – EUA


ABA não é...
Um método
Uma técnica
Apenas uma teoria
Apenas aplicada ao autismo
Um pacote ou uma receita
Somente ensino na mesinha
Uma abordagem
Um produto ou uma propriedade
Simples ou simplista
ABA
Análise do Comportamento Aplicada
É uma ciência que tem
seus princípios e
Applied procedimentos próprios.

Behavior ABA é uma das áreas


derivadas do modelo

Analysis explicativo chamado


Análise do
Comportamento
E o que fez a
ABA ser tão
relacionada ao
TEA?
Lovaas (1987)
O estudo realizado, comparando uma
intervenção intensiva em ABA e uma
intervenção “convencional”.

Os dados mostraram que 47% das


crianças do GE apresentaram níveis de QI
considerados normais e conseguiram
acompanhar seus colegas de classe em
uma sala de aula de ensino regular. O
mesmo resultado foi apresentado em
apenas 2% das crianças que eram do GC.
Mas, o que
levou a ABA a
apresentar esses
resultados?
Foco nos
Ensino
Base científica comportamentos
sistematizado
alvo
7 dimensões
Generalizada
da ABA
Tecnológica Analítica

ABA Comporta-
mental
Efetiva

Conceitual Aplicada
Então, como
nosso repertório
comportamental
é formado?
Organismo Ambiente
Modelo de seleção por consequências

Filogênese Gene Vantagem evolutiva

Ontogênese Operante Reforço (+ ou-)

Práticas Reforço mediado por


Sociedade
Culturais outras pessoas
Tríplice Contingência
x
Aumentar a Diminuir a
frequência dos frequência dos
comportamentos comportamentos
considerados considerados
adequados ou interferentes ou
socialmente socialmente
relevantes reprováveis

x
E como saber o
que faz com que
aumentem ou
diminuam?
Tipos de consequências

Reforço Punição Extinção


A
Antecedentes
B
Comportamento
C
Consequência
Tudo que está no A ação, o comportar- Aquilo que vem depois da
ambiente da pessoa. se, seja explícito ação e que altera o padrão
Chamado de (aberto ou público) ou do responder, aumentando
“ambiente”, implícito (encoberto ou diminuindo a
“contexto”, “situação”, ou privado) probabilidade de a resposta
“estímulo voltar a ocorrer no futuro
antecedente Sd)”
E quais são as
funções que um
comportamento
pode ter?
Atenção Tangível Fuga/Esquiva Sensorial

Obter atenção Comportar-se Comportar-se O reforço não


direta ou de maneira que de qualquer depende do
indireta o objetivo final maneira para ambiente
seja ter acesso sair de uma social,
a algo situação geralmente
aversiva que relacionados a
está ocorrendo estados
ou evitar que internos
ela ocorra
Por onde
começar a
intervenção?
Déficits e excessos comportamentais

Avaliar é Padrões de interação social da criança

preciso Tipos de comunicação que a criança apresenta em


seu repertório

Quais são os itens de interesse da criança

Estereotipias e comportamentos repetitivos


Tendo as
habilidades-alvo
de ensino
definidas, como
ensiná-las?
DTT - Treino de Tentativas Discretas

Formato de ensino estruturado na ABA que se caracteriza por


uma série de sequências de aprendizados divididos em
pequenos passos (discretos), com o uso de consequências
reforçadoras em cada etapa e, quando necessário, é incluída a
apresentação de uma dica.
Ensino naturalístico ou incidental

Também é baseado nos princípios da ABA e torna-se uma


alternativa para o ensino de habilidades em ambientes menos
controlados. Tem como principal característica o uso da
motivação da criança e a interação geralmente é iniciada por ela,
a partir do brincar, o que favorece o uso de reforçadores naturais.
“ Não considere nenhuma prática como
imutável. Mude e esteja pronto a mudar

novamente. Não aceite verdade eterna.
Experimente.
(B. F. Skinner)
Referências:
BAUM, W. Understanding behaviorism. 2.ed., Malden, M.A.: Blackwell, 2005.

COOPER J.O., HERON T.E., HEWARD W.L. Applied behavior analysis (2nd ed.). Upper Saddle River, NJ: Pearson, 2007.

LOVAAS, I. O. Ensinando Indivíduos com atraso de desenvolvimento: técnicas básicas de intervenção. Austin, (Texas/USA):
Pro-Ed, 2003.

MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007.

SELLA, Ana Carolina; RIBEIRO, Daniela Mendonça. Análise do comportamento aplicada ao transtorno do espectro autista.
Appris Editora e Livraria Eireli-ME, 2018.

SIDMAN, M. Aprendizagem-sem-erros e sua importância para o ensino do deficiente mental. Psicologia, v. 11, n. 3, p. 1-15,
1985.

SKINNER, B. F. Ciência e comportamento humano. São Paulo: Martins Fontes, 2007. (Obra publicada originalmente em 1953).

SKINNER, B. F. O comportamento verbal. São Paulo: Cultrix, 1957/1978.


Obrigada!
cadetahena
Sugestões de literatura:
SELLA, Ana Carolina; RIBEIRO, Daniela Mendonça. Análise do comportamento aplicada ao
transtorno do espectro autista. Appris Editora e Livraria Eireli-ME, 2018.

MOREIRA, Márcio Borges; DE MEDEIROS, Carlos Augusto. Princípios básicos de análise do


comportamento. Artmed, 2018.

ROGERS, Sally J.; DAWSON, Geraldine; VISMARA, Laurie A. Autismo: Compreender e agir
em família. Lisboa: Lidel, p. 213-235, 2015.

BERNIER, Raphael A.; DAWSON, Geraldine; NIGG, Joel T. O que a ciência nos diz sobre o
transtorno do espectro autista: fazendo as escolhas certas para o seu filho. Artmed
Editora, 2021.

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