Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
&
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
PAOLA DO CARMO RICHTER DORNELES
PSICÓLOGA - CRP 07/25621
ESPECIALISTA EM TCC NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
MESTRANDA EM PROMOÇÃO DA SAÚDE, DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIEDADE
PÓS-GRADUANDA EM INTERVENÇÃO ABA PARA AUTISMO E DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
(APA, 2014)
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ser definido como um transtorno do
neurodesenvolvimento, logo, presente desde a infância.
dimensões dimensões
sociocomunicativas comportamentais
(APA, 2014)
TEA é concebido como um transtorno complexo, com ampla variação não
somente de sintomas, mas também de intensidade dos mesmos, além dos
prejuízos apresentados pelo indivíduo.
Não houveram
diferenças
entre
Déficits e prejuízos
“Exige apoio”
Déficits graves 3 graves na
comunicação social
Dificuldade em
iniciar 2 na comunicação social e no funcionamento.
1 interação
Social.
¢ Modelo DENVER;
¢ Reforçador alimentar;
¢ Reforçador social;
¢ Troca de reforçadores.
§ Levantar comportamentos funcionais que necessitam ser
maximizados;
IDENTIFICAR CONSÊQUENCIAS
¢ Entender repertório de comunicação da criança: presença de linguagem
ou não, contato visual ou não, atendimento de ordens;
¢ Como se relaciona com o seu ambiente? Como reage às pessoas? Qual
a função do seu comportamento?
¢ Em que circunstâncias alguns comportamentos disfuncionais ocorrem e
em que situações deixam de correr?
¢ Identificar função do comportamento problema;
¢ Quais as consequências fornecidas a esses comportamentos
problemas? Ex.: criança se atira no chão no mercado, a mãe com
vergonha da o que a criança quer.
Com base nas informações acima é possível traçar objetivos de
terapia e planejar programas.
¢ Trabalhar déficits;
¢ Desenvolver habilidades.
¢ Para lidar com repertório pobre de comportamentos são ensinadas
diversas habilidades, como brincar, socializar, higiene, autonomia,
comunicação e habilidades acadêmicas;
¢ Mesmo aprendendo novos comportamentos, as estereotipais ainda vão
se repetir, tenderão a engajá-las e não nos comportamentos novos.
¢ Tornar estímulos externos mais atrativos que estímulos internos;
¢ Reforço positivo diferencial (elogios, atenção e acesso a itens de
interesse);
¢ Retirar consequências reforçadoras dos comportamentos inadequados,
não dar atenção, não falar sobre comportamentos;
¢ Minimizar reforçadores automáticos (sensações prazerosas)
redirecionando a atenção da criança para outras atividades de se
interesse. Ex.: Substituir flapping (balançar mãos) por jogo de seu
interesse. A melhor forma de prevenir estereotipais é ocupar o tempo
da criança.
¢ Comportamentos-problema são aqueles que impedem a
realização de comportamentos adequados, retardando a
aprendizagem e, consequentemente, a evolução da criança.
Podem ser:
1. Disruptivos e birras;
2. Estereotipias;
3. Rituais;
4. Interesse restrito.
¢ As estereotipias são movimentos repetitivos mantidos por
autoestimulação;
¢ Costumam ocorrer em três situações: quando a criança está ansiosa,
quando está muito excitada ou quando não tem atividades produtivas a
fazer;
¢ Os movimentos podem ocorrer com objetos (como bater na mesa
repetidamente) ou com o próprio corpo da criança (agitar os braços,
morder-se, correr pela casa, etc);
¢ Além disso, a ecolalia e o balbuciar ininterrupto são formas de
estereotipia;
¢ A regra de ouro para evitar as estereotipias é manter a pessoa com
o problema sempre ativa – engajar em atividades produtivas
¢ A melhor forma de lidar com a estereotipia é manter a criança em
atividades adequadas durante todo o tempo;
¢ Infelizmente isso não acontece o tempo todo. Uma alternativa é seguir
esses passos:
1. Faça uma lista de todas as estereotipias da criança e em que
situações elas ocorrem (anote a hora da estereotipia e o que estava
acontecendo no ambiente da criança).
2. Com base no levantamento feito, fique atento às situações em que
os movimentos costumam acontecer
3. Nas situações em que os movimentos ocorrem, seja mais rápido do
que a criança e direcione o comportamento dela para uma
atividade adequada ANTES de a estereotipia ocorrer.
4. Repita os passos insistentemente por alguns dias, ou até semanas.
¢ Rituais tem semelhanças com as estereotipias. Também são
¢ Hierarquia de Dicas;
¢ Modelagem;
¢ Generalização.
¢ Utilizar motivadores (reforçadores) poderosos é central na
Terapia ABA. Há vários tipos de reforçadores:
A HIERARQUIA:
• Ajuda Física;
• Ajuda Leve;
• Ajuda Gestual;
• Sem ajuda.
¢ A modelagem permite ensinar comportamentos complexos
de forma gradual e afim com a evolução da criança.
A prática ABA no Brasil é considerada um serviço de saúde, sendo inclusive coberto por
diversos planos de saúde.
Em sua grande maioria está atrelada à profissão do psicólogo, uma vez que a profissão
de analista do comportamento não é regularizada no país.
Porém, uma recente pesquisa realizada demonstrou que profissionais da psicologia não
saem da graduação sentindo-se capacitados para trabalhar com pacientes com TEA.
ABA? Já
ouvi falar
mas não
atendo.
ABA? Não
ABA? sei onde
tem para ABA?
COMO?
indicar. Nunca ouvi
ONDE? falar.
AB
A
Tendo em vista que o profissional da psicologia tem papel fundamental na análise do
comportamento aplicada e o aumento de casos diagnosticados nos últimos anos, faz-se necessário a
investigação proposta pelo presente estudo.
Ressalta-se também que devido aos altos custos da aplicação de ABA 15 horas
semanais, justamente por ser um tratamento intensivo e com baixa oferta no
mercado de profissionais, torna-se indispensável instrumentalizar as famílias.