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A HIPOSSENSIBILIDADE NOS AUTISTAS

A hipossensibilidade é caracterizada como um distúrbio do processamento


sensorial, a princípio é como se estabelecesse uma relação contrária a
hipersensibilidade, no entanto, trata-se de uma condição neurológica em que
há uma baixa resposta, sub-responsiva, a entrada sensorial, certamente
indivíduos autistas hipossensíveis necessitam de um constante estímulo
sensorial.
Algumas características do individuo autista hipossensível podem chamar
a atenção, por isso é extremamente importante que os pais, familiares,
profissionais de educação, entre outros fiquem atentos aos sinais peculiares
dessa condição.

1. O individuo hipossensível ao que nós chamamos de entrada auditiva,


tendem a buscar ouvir sons em um volume mais alto do que o considerado
normal, ou em alguns momentos encostam o ouvido perto da fonte sonora,
como se buscasse uma melhor posição para a decodificação sonora.
2. O individuo hipossensível ao que nós chamamos de entrada tátil, tendem a
não decodificar temperaturas como saber quando está quente ou quando está
frio, pode não sentir dor, ou até mesmo preferir deitar-se ao chão ao invés de
ficar sentado ou em pé...
bem como o seu toque
. pode às vezes parecer agressivo, pois ele precisa
apertar para poder sentir, e isso às vezes pode ser mal interpretado, tido como
um individuo grosseiro ou violento, o que não é verdade.
3. O individuo hipossensível a estímulos olfativos ou gustativos tendem a
colocar objetos na boca ou a lamber objetos que notadamente não são
comestíveis.
4. O individuo hipossensível à entrada vestibular tendem a gostar de se
balançar por horas ou até mesmo a ficar girando em torno do próprio eixo
várias vezes sem ficar tonto, como aconteceria normalmente com um individuo
sem hipossensibilidade.

É preciso ressaltar que essa hipossensibilidade, apresentada por alguns


dos indivíduos com autismo, não o torna mais autista ou menos autista, tão
pouco pode ser levada em consideração como uma condição para o seu não
desenvolvimento, muito pelo contrário, é preciso conhecer para entender e
assim possibilitar novos mecanismos de aprendizagem, tanto por meio de
terapias, quanto pelo acolhimento de todos os ambientes em que estão
inseridos.

O autismo é .uma realidade em nossa sociedade, não podemos fechar


os olhos para eles, tão pouco fingir que eles não existem, pois as famílias que
outrora não tinham conhecimento sobre o assunto, hoje busca redes de apoio
e informações que possam auxiliam o desenvolvimento dos seus filhos. Ao
longo dos anos vários estudos foram realizados, e o compartilhamento dessas
informações tem levando a disseminação de conteúdos que podem auxiliar a
trilhar essa caminhada inclusiva, em que os autistas sejam vistos como um ser
como qualquer um outro, que tem suas dificuldades, mas tem também suas
potencialidades.
Atualmente, temos vários educandos nos bancos escolares com
Transtorno do Espectro Autismo, em que infelizmente, grande parte do corpo
docente da escola não tem a mínima noção de como proceder com este
educando dentro e fora da sala de aula, imagine-se numa eventual crise que
por ventura esse educando possa vir a sofrer. A formação inicial de continuada
dos profissionais de educação não contempla de forma prática o Transtorno do
Espectro Autismo, principalmente quando se refere a uma prática inclusiva de
fato e de direito, visto que a escola não pode se tornar um depósito de
crianças, tão pouco a garantia da matricula significa está incluso, ou seja,
inserido na escola.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
GRANDIN, Temple. O cérebro autista. Rio de Janeiro, Record, 2015
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