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e TDAH
Transtornos Globais do Desenvolvimento
Os sintomas devem estar presentes precocemente, antes dos 2 anos de idade, no período do
desenvolvimento, mas podem não se tornar plenamente manifestos até que as demandas
sociais excedam as capacidades limitadas ou podem ser mascarados por estratégias
aprendidas mais tarde na vida.
Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social,
profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo no presente.
Muitos indivíduos com transtorno do espectro autista também apresentam
comprometimento intelectual e/ou da linguagem. Mesmo aqueles com inteligência média
ou alta apresentam perfil irregular de capacidades. A discrepância entre habilidades
funcional adaptativas e intelectuais costuma ser grandes.
Transtorno do Espectro Autista
Etiologia e patogênese:
Fatores psicossociais e familiares: em seu primeiro relato Kanner indicou que poucos pais de
crianças autistas eram amáveis e simpáticos. Dizia que a maioria deles eram preocupados com
abstrações intelectuais e a falta de responsividade emocional das mães era considerada
responsável pelo autismo. Nenhuma evidência foi encontrada para apoiar essa teoria.
Fatores biológicos: a alta incidência de retardo mental em crianças com transtorno autista e as
taxas mais altas do que o esperado de transtornos convulsivos sugerem uma base biológica para o
TA. o transtorno também está associado a condições neurológicas (rubéola congênita,
fenilcetonúria, esclerose tuberosa e transtorno de Rett) e achados de que as crianças afetadas têm
bem mais anomalias físicas congênitas do que o esperado sugere desenvolvimento anormal no
primeiro trimestre de gestação.
Fatores imunológicos: os linfócitos de algumas crianças autistas reagem com anticorpos
maternos, o que levanta a possibilidade de que tecidos neurais embrionários, ou
extraembrionários possam ser danificados durante a gestação.
Transtorno do Espectro Autista
Fatores genéticos: a taxa de autismo entre irmãos de autistas é cerca de 50 vezes maior do que na
população geral e estudos recentes encontraram evidencia bastante forte de que duas regiões nos
cromossomos 2 e 7 contêm genes associados ao transtorno.
Fatores perinatais: uma incidência de complicações perinatais mais alta que o esperado parece
ocorrer em bebês mais tarde diagnosticados com o transtorno autista.
Fatores neuroanatômicos: estudos de RM comparando indivíduos autistas e controles normais
demonstraram que o volume cerebral total era maior entre os primeiros. O maior tamanho
percentual médio ocorreu no lobo occipital, no lobo parietal e no lobo temporal.
Fatores bioquímicos: inúmeros estudos demonstraram que cerca de um terço dos pacientes
autistas têm altas concentrações de serotonina plasmática. Esse achado também é encontrado em
crianças com retardo mental. Em algumas crianças autistas, altas concentrações de ácido
homovanílico (principal metabólito da dopamina) no líquido cerebrospinal (LCS) estão
associados a aumento do retraimento e estereotipias.
Transtorno do Espectro Autista
Diagnóstico diferencial:
Síndrome de Rett.
Afasia adquirida com convulsão.
Transtornos da linguagem e transtorno da comunicação social.
Deficiência intelectual com sintomas comportamentais.
Transtorno do movimento estereotipado.
TDAH.
Esquizofrenia com inicio na infância
Transtorno do Espectro Autista: Tratamento
Os ISRS têm sido usados como tratamento adjuntos para diminuir e modificar
comportamentos obsessivo-compulsivos e estereotipados, porém a quantidade de melhora
obtida ainda não está clara.
Outras substâncias utilizadas: Amantadina, Lamotrigina, Clomipramina, Fenfluramina,
Naltrexona, Carbonato de Lítio.
Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH)
O TDAH consiste de um padrão persistente de desatenção e/ou comportamento hiperativo
e impulsivo que é mais grave do que o esperado em crianças da idade e nível de
desenvolvimento.
Para satisfazer os critérios diagnósticos deve haver prejuízo por desatenção e/ou
hiperatividade em pelo menos duas situações e este interferir no funcionamento social,
acadêmico e em atividades extracurriculares.
O TDAH é mais prevalente em meninos do que em meninas (2:1 até 9:1).
Irmãos de crianças afetadas têm um risco mais alto do que a população em geral de
desenvolver transtornos de aprendizagem e dificuldades acadêmicas.
Os pais dessas crianças apresentam uma incidência aumentada de hipercinesia, sociopatia,
transtorno por uso de álcool e transtorno conversivo.
Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH)
Etiologia:
As causas do TDAH são desconhecidas.
Os fatores que contribuem para o seu desenvolvimento incluem exposições tóxicas pré-natais,
prematuridade e dano pré-natal ao sistema nervoso central.
Fatores genéticos.
Fatores do desenvolvimento.
Dano cerebral.
Fatores neuroquímicos.
Fatores neurofisiológicos.
Fatores psicológicos.
Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH)
Características clínicas:
O TDAH pode ter seu início entre os 0 e os 3 anos.
Bebês com o transtorno são muito sensíveis a estímulos e incomodados por ruído, luz,
temperatura e outras alterações ambientais.
As características mais citadas de crianças com TDAH são, em ordem de frequência,
hiperatividade, prejuízo motor perceptivo, labilidade emocional, déficit de coordenação geral,
déficit de atenção (período de atenção curto, distratibilidade, perseveração, falha em terminar
tarefas, desatenção, má concentração), impulsividade, déficits de memória e pensamento,
incapacidades de aprendizagem específicas, déficits de fala e audição e irregularidades no EEG.
Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH)
Curso e prognóstico:
O curso do TDAH é variável.
Os sintomas podem persistir até a adolescência ou a idade adulta ou diminuir na puberdade. A
hiperatividade pode desaparecer, mas o período de atenção diminuído e problemas de controle dos
impulsos persistem.
A hiperatividade costuma ser o primeiro sintoma a diminuir e a distratibilidade o último.
A remissão geralmente se dá entre os 12 e 20 anos e pode ser acompanhada de uma vida
adolescente e adulta produtiva, relacionamentos interpessoais satisfatórios e poucas sequelas
significativas.
Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH)
Tratamento:
O uso de medicamento, isoladamente, em geral não é suficiente para satisfazer as necessidades
terapêuticas abrangentes das crianças com o transtorno e grupos de habilidade sociais, treinamento
para os pais e intervenções comportamentais na escola e em casa costumam ser eficazes no manejo
global de crianças com TDAH.
É importante a avaliação e tratamento de transtornos de aprendizagem coexistentes ou outros
transtornos psiquiátricos.
Os agentes farmacológicos que demonstraram eficácia significativa e excelentes registros de
segurança no tratamento do TDAH são os estimulantes do SNC.
Principais estimulantes:
Preparações de liberação curta e prolongada de Metilfenidato (Ritalina, Ritalina LA, Concerta, Metadate CD,
Metadate ER).
Dextroanfetamina.
Combinação de Dextroanfetamina e sal de anfetamina.
Bibliografias sugeridas