Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Biologia e Geologia
10.º CT1
1.
1. O sinal que conduz à propagação do impulso nervoso do neurónio pré-sináptico ao
neurónio pós-sináptico é a propagação do potencial de ação do neurónio.
Alguns venenos atuam ao nível das sinapses, bloqueando a transmissão do impulso nervoso de um
neurónio para o seguinte, como, por exemplo o curare.
O curare é uma substância que atua ao nível das sinapses neuromusculares, bloqueando os
recetores de acetilcolina, impedindo, assim, a estimulação do músculo.
Esta substância utilizada por alguns índios para envenenar as pontas das flechas de caça, provoca a
morte da vítima quando o bloqueio neuromuscular atinge os músculos respiratórios.
Doses moderadas de curare podem ser utilizadas, em práticas cirúrgicas, para relaxar os músculos,
não afetando o funcionamento do músculo cardíaco, pois esta substância não se liga aos recetotes
muscarínicos da aceteilcolina presentes neste órgão.
Alguns inseticidas e algumas armas químicas (como o gás de nervos) são venenos porque
bloqueiam a enzima acetilcolinesterase, responsável pela rápida degradação da acetilcolina.
A atuação normal da enzima acetilcolinesterase impede que o neurotransmissor (a acetilcolina)
continue a estimular os neurónios indefinitivamente. Se a acetilcolina não for retirada da fenda
sináptica, não é possível a propagação de um novo impulso nervoso.
Se as membranas dos neurónios apresentarem pontos de contacto entre elas, permitindo que a
despolarização se propague de forma, praticamente, contínua, sem intervenção de
neurotransmissores, então as sinapses são elétricas e não químicas.
Ficha de Trabalho 12
Várias evidências demonstram que os défices cognitivos e funcionais da doença de Alzheimer (DA) estão
relacionados principalmente com a diminuição dos níveis plasmáticos de acetilcolina, um importante
neurotransmissor. Pacientes com DA apresentam melhoria dos sintomas cognitivos, comportamentais e
funcionais quando tratados com inibidores de acetilcolinesterase (AChE), uma enzima cuja ação é crucial na
propagação do impulso nervoso. A AChE inativa a ação do neurotransmissor acetilcolina (ACh) hidrolisando-
o em acetato e colina. Esses inibidores aumentam os níveis de acetilcolina presentes nas sinapses entre
neurónios colinérgicos.
A acetilcolina é sintetizada e armazenada em vesículas no neurónio pré-sináptico, sendo que a libertação
depende de alterações iónicas e elétricas da membrana plasmática. Estas alterações da membrana
plasmática do neurónio pré-sináptico promovem o influxo de cálcio, seguido da fusão de vesículas
sinápticas com a membrana plasmática. Essa fusão promove a libertação de acetilcolina na fenda sináptica
e a difusão até ao recetor localizado na membrana plasmática do neurónio pós-sináptico. Antes que ocorra
nova libertação de acetilcolina, a molécula previamente libertada deve ser hidrolisada pela AChE.
Tendo em conta que a grande utilidade dos inibidores da AChE na medicina e as limitações terapêuticas
para o tratamento da DA, este trabalho teve como objetivo a avaliação in vitro da atividade inibitória da
AChE de extratos aquosos e etanólicos de diversas plantas medicinais.
Para a preparação dos extratos aquosos e alcoólicos foram utilizadas diferentes partes das plantas, que
foram secas à temperatura ambiente, trituradas e pulverizadas, e depois diluídas em água e etanol,
respetivamente. A atividade enzimática da acetilcolinesterase foi determinada por espectofotometria.
Nome científico da planta Tipo de extrato Percentagem de inibição (%) Intensidade da inibição
Erythrina verlutina Aquoso 0 Nula
Erythrina verlutina Etanólico 0 Nula
Maytenus rigida Aquoso 4 Fraca
Maytenus rigida Etanólico 7 Fraca
Phoradendron piperoides Aquoso 40 Moderada
Phoradendron piperoides Etanólico 0 Nula
Vitex agnus-castus Aquoso 74 Potente
Vitex agnus-castus Etanólico 0 Nula
Tabela – Inibição e classificação da intensidade de inibição segundo espécies e extratos utilizados
2. Na despolarização do neurónio pré-sináptico, deve ocorrer abertura dos canais de (…), o que permite
que o potencial da membrana do neurónio se torne (…).
A. … K+ (…) negativo
B. … Na+ (…) negativo
C. … K+ (…) positivo
D. … Na+ (…) positiva
I. O extrato etanólico de Phoradendron piperoides tem mais eficácia na inibição da AChE do que o
extrato aquoso da mesma planta.
II. Pacientes com DA tratados com extrato aquoso de Phoradendron piperoides terão maior
probabilidade de apresentar melhoria das funções cognitivas e comportamentais.
III. Os resultados sugerem uma maior eficácia dos estratos aquosos para o tratamento da DA.
6. Nos neurónios, o material genético encontra-se organizado e (…), sendo possível encontrar inúmeras
(…) na membrana plasmática.
A. associado a proteínas (…) mitocôndrias.
B. não associado a proteínas (…) mitocôndrias.
C. associado a proteínas (…) permeases.
D. não associado a proteínas (…) permeases.
A-B-D-C-E
8. Com base nos dados experimentais, conclui que extrato de planta medicinal deve ser usado para
testar na indústria farmacêutica, a fim de melhorar a qualidade de vida dos doentes de Alzheimer,
relacionando a sua utilização com o mecanismo de ação da acetilcolinesterase na sinapse nervosa.
FIM