Você está na página 1de 19

TEA

Transtorno do Espectro do Autismo


Saber e agir
Guia para auxiliar a família após o diagnóstico
Por que
desenvolvemos este
material?

Por: Tatiane Hollandini

Somos uma empresa especializada em


desenvolvimento infantil e atuamos com o
intuito de promover a qualidade de vida para
com crianças e/ou adolescentes que apresentam
desenvolvimento típico ou atípico, por meio
da aplicação de programas baseados em
evidências científicas que foram validados como
tendo os melhores benefícios à curto e longo
prazo.

Um dos componentes
do nosso trabalho é
Disseminar
Conhecimento
O que é Transtorno
do Espectro do
Autismo ?

Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma


condição complexa do desenvolvimento
caracterizado por déficits nas áreas de
comunicação social e comportamento, incluindo
sintomas emocionais, cognitivos, motores e
sensoriais. Hoje, o autismo é representado por
uma única categoria diagnóstica, adaptável
conforme a apresentação clínica individual, pois,
o quadro pode acompanhar algumas
comorbidades como: epilepsia, deficiência
intelectual, distúrbio do sono, entre outros.
O marcador que define a "gravidade" do TEA,
está dividido em leve, moderado e severo e,
baseia-se no nível de suporte que o indivíduo
necessita em sua vida diária.

Déficits

Comportamento Comunicação
Social
Manifestações
clínicas

ALTERAÇÕES
DO SONO

PREJUÍZOS ALTERAÇÕES DE
HUMOR
SOCIAIS

PREJUÍZOS
ANSIEDADE COGNITIVOS
PREJUÍZOS NA
APRENDIZAGEM
COMPORTAMENTOS
REPETITIVOS
TDAH

EPILEPSIA
IRRITABILIDADE
AGRESSIVIDADE
(AUTO E HETERO)
Gravidade no
TEA

COMPORTAMENTOS REPETITIVOS
COMUNICAÇÃO SOCIAL
E INTERESSES RESTRITOS

Dificuldades em iniciar relações


Inflexibilidade de
sociais e claros exemplos de
respostas atípicas e sem comportamentos causa
sucesso no relacionamento interferencia significativa no
social. Observa-se interesse funcionamento em diversos
diminuído pelas relações contextos. Dificuldade em
sociais. trocar de atividade bem como
problemas de organização e
planejamento.
REQUER SUPORTE

Graves déficits em Preocupações ou interesses


comunicação social verbal e fixos frequentes, óbvios a um
não verbal que aparecem observador casual, e que
sempre, mesmo com suporte, interferem em vários
em locais limitados. Observam- contextos. Desconfortos e
se respostas reduzidas ou frustrações visíveis quando
anormais ao contato social rotinas são interrompidas, o
com outras pessoas. que dificulta o redicionamento
dos interesses restritos .

REQUER GRANDE SUPORTE

Graves déficits em Preocupações, rituais


comunicação verbal e não imutáveis e comportamentos
verbal ocasionando graves repetitivos que interferem
prejuízos no funcionamento muito com o funcionamento
social , mesmo com apoio; em todas as esferas. Intenso
desconforto quando rituais ou
interações sociais muito
rotinas são interrompidas, com
limitadas e mínima resposta grande dificuldade no
social ao contato com outras redirecionamento dos
pessoas. interesses.
REQUER SUPORTE INTENSO Fonte: - DSM-V;APA,2013
DESAFIOS HABITUAIS

FLEXIBILIDADE DE
PENSAMENTO

COERÊNCIA
CENTRAL

TEORIA DE
MENTE

FUNÇÕES
TAREFAS EXECUTIVAS

HABILIDADES
OCULTAS

AUTO PRAGMÁTICA
SOCIAL
DEFESA

REGULAÇÃO DAS REGULAÇÃO DA


REGULAÇÃO
EMOÇÕES E DA ATENÇÃO E
SENSORIAL
ANSIEDADE IMPULSOS
E quais são as
causas?

Um dos maiores questionamentos das famílias após


o diagnóstico é o que pode ter causado essa
condição. Estudos recentes demonstram que os
fatores genéticos predominam (estima-se que em
mais de 97%), sendo 81% hereditário. Os fatores
ambientais (menos de 3%) ocupam uma discutição
ainda inconsistente mas, também podem contribuir
para o desenvolvimento do quadro, como por
exemplo, a idade paterna avançada ou o uso de
ácido valpróico na gravidez que são considerados
fatores de risco importantes e comprovados, outras
questões estão recebendo melhores pesquisas. O uso
de vitaminas, vacinas, dentre outros, não tem
impacto significativo. Existem atualmente mais de
mil de genes mapeados e implicados como fatores
de risco para o transtorno e, os avanços tecnológicos
foram importantíssimos para a evolução do
conhecimento e sua identificação relacionados à
etiologia do TEA. O modelo genético que explica o
autismo foi chamado de “modelo de copo” , é um
modelo de herança e limiar multifatorial que
97%
apresenta os impactos das variantes genéticas e
ambientais com maior ou menor risco associado ao
TEA.
Hereditário Genético

81% 97%

3% Fatores Ambientais
Fonte: Revista Autismo
PREVALÊNCIA DO
AUTISMO NOS EUA EM
2020
O CDC (Centro de Controle de Doenças e Prevenção
do governo dos EUA) publicou na data de
26.mar.2020, um estudo na qual aponta uma
prevalência de 1 autista para cada 54 crianças. A
pesquisa é realizada frequentemente e atualizada a
cada dois anos. O aumento representa um
acréscimo de 10% no número anterior que era de 1
para 59.

O NÚMERO DE DIAGNÓSTICOS EM MENINOS É


4 VEZES MAIOR QUE O DE MENINAS.
COMORBIDADES
MAIS COMUNS

Comorbidade é um termo médico que descreve outras


condições manifestadas junto ao transtorno do espectro
autista.
Um estudo publicado no Journal of Autism and
Developmental Disorders, revelou que 95% das crianças
apresentam pelo menos uma condição além do TEA.

podem desenvolver alguma alteração no sono;

apresentam sintomas de Transtorno de Déficit


de Atenção e Hiperatividade - TDAH;

à 56% possuem transtorno de ansiedade;

tem inteligência abaixo da média;

apresentam sintomas de Transtorno Bipolar;

tem transtorno opositivo desafiador

à 75 % podem apresentar depressão;

apresentam transtornos alimentares;


Identificando os
sinais

Os sinais de autismo podem aparecer


precocemente, neste período inicial da vida, há
alguns comportamentos que fogem do chamado
“desenvolvimento típico” e servem de alerta para
familiares e profissionais da saúde.
A seguir listamos os sinais mais comuns e,
apenas três deles presentes no desenvolvimento
da criança justificam a suspeita, desta forma a
família deve procurar um médico neuropediatra
ou um psiquiatra da infância para as orientações
adequadas.

Importante:
Não há necessidade
de esperar a
confirmação do
diagnóstico para
iniciar as
estimulações.
AS TERAPIAS PRECISAM
TER INÍCIO AO MENOR
SINAL DE ATRASO

Não imitar;

Alinhar objetos;

Não compartilhar à atenção;

Não brincar de faz-de-conta;

Dificuldade no contato visual;

Interesse restrito ou hiperfoco;

Girar objetos sem função aparente;

Não atender quando chamado pelo nome;

Fixação pela rotina, inflexível a mudanças;

Atraso na comunicação verbal ou não verbal;

Isolar-se ou não se interessar por outras pessoas;

Não brincar com brinquedos de forma convencional;

Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;

Repetir frases ou palavras em momentos inadequados,

sem a devida função (ecolalia);


Iniciando o
tratamento
É de suma importância iniciar o tratamento
precocemente mesmo que ainda seja apenas uma
suspeita clínica, sem diagnóstico concluído, pois,
quanto antes começarem as intervenções, maiores são
as possibilidades de melhorar a qualidade de vida da
pessoa.
O tratamento com mais evidência de eficácia, segundo
a Associação Americana de Psiquiatria, é a terapia de
intervenção comportamental.
A Análise do Comportamento Aplicada, popularmente
conhecida como terapia ABA (sigla em inglês
para Applied Behavior Analysis ) possuí atualmente a
melhor consistência metodológica e teórica na qual,
seus procedimentos são comprovados cientificamente
como eficazes para crianças com desenvolvimento
atípico. Os tratamentos fundamentados nesta ciência
são individualizados, baseados na função do
comportamento, em evidências com constante
avaliação e reavaliação de dados e resultados.

Um analista do comportamento tem como tarefa


identificar as contingências que estão operando,
quando se deparar com determinados
comportamentos ou processos comportamentais
em andamento, bem como propor, criar e
estabelecer relações de contingência para o
desenvolvimento de certos processos
comportamentais. De Souza (2001 a,p.85)
RESULTADOS DA IMPLEMENTAÇÃO
DA TERAPIA FUNDAMENTADA EM
ABA

20-50% DAS CRIANÇAS DESENVOLVEM NÍVEIS


NORMAIS DE INTELIGÊNCIA E ESCOLARIDADE
ADEQUADA

20-40% APRESENTAM MELHORAS, PORÉM


REQUEREM SUPORTE ACADÊMICO E
EDUCACIONAL

20% FAZEM MÍNIMOS PROGRESSOS E


NECESSITAM DE CONSIDERÁVEL SUPORTE
PERMANENTE
Os resultados dependem da implementação fidedigna ao modelo e critérios individuais;
Principais práticas baseadas em
evidências que contribuem para o
desenvolvimento da criança com TEA
O National Professional Development Center - NPDC, sinaliza 27 práticas. Mesmo que a
nomenclatura seja diferente de ABA, a grande maioia é derivada da mesma.

INTERVENÇÃO BASEADA EM ENSINO POR TENTATIVAS INTERVENÇÕES


ANTECEDENTES DISCRETAS NATURALISTICAS

AVALIAÇÃO SISTEMA DE
NARRATIVAS SOCIAIS
FUNCIONAL DO COMUNICAÇÃO PELA
COMPORTAMENTO TROCA DE FIGURAS -
PECS

TREINAMENTO DE ANÁLISE DE TAREFAS SUPORTE VISUAL


HABILIDADES SOCIAIS
TREINO DE COMUNICAÇÃO INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO
FUNCIONAL IMPLEMENTADA POR COGNITIVO
PAIS COMPORTAMENTAL

DICAS (PROMPTING) MODELAÇÃO INTERVENÇÃO


MEDIADA POR PARES

VÍDEO MODELAÇÃO REFORÇAMENTO TREINO DE RESPOSTA


PIVOTAL
QUAL A FINALIDADE DO
TRATAMENTO?
A base do tratamento dessa condição é terapeutica e tem
como objetivo otimizar o funcionamento adaptativo
minimizando os prejuízos centrais do TEA, afim de
facilitar o desenvolvimento global , promovendo as
habilidades sociais e aprendizagem, reduzindo os
interesses restritos e comportamentos estereotipados e
oferecendo um amplo suporte às famílias na qual deve ser
prioritário. Para isso é necessário um conjunto de
profissionais que trabalham em equipe.

FONOTERAPIA PSICÓLOGO
Foco na comunicação Saúde mental

ANALISTA DO COMPORTAMENTO PSICOPEDAGOGO


Terapia ABA Habilidades acadêmicas

TERAPIA OCUPACIONAL
ASSISTENTE TERAPEUTICA
Atividades de vida diária e
integração sensorial Auxilio nas demandas diárias

GENETICISTA NEUROLOGISTA / PSIQUIATRA


Busca pelas causas Avaliar e acompanhar para os
genéticas ajustes necessários

É importante ressaltar que a criança precisa ser avaliada individualmente para

verificar quais profissionais são necessários para a evolução de seu quadro.


O SUCESSO NA
INTERVENÇÃO DEPENDE DE:

PRECOCIDADE INTENSIDADE

INTEGRIDADE FATORES GENÉTICOS

Quando falamos em modalidade de equipe, segundo a


literatura, a transdiciplinariedade é a mais eficaz,
modalidade esta que nós do CEDIA seguimos. Esta forma
de intervenção acontece quando "diferentes disciplinas
mantêm seu conhecimento individual, mas têm uma
base teórica comum, então os profissionais usam uma
linguagem comum e, portanto, permite uma abordagem
consistente e conjunta da intervenção. (Fennell, B. &
Dillenburger, K., 2014).
O melhor para o
desenvolvimento
do seu filho está aqui!

#Vem com
a gente!
cedia_desenvolvimento_infantil centro especializado em desenvolvimento infantil

Rua Eurilemos nº 361


Arapongas / PR
Fone: (43) 3316-0469
98810-7409

www.aprendizagemsignificativa.com
REFERENCIAL
BIBLIOGRÁFICO
Baer, D. M., Wolf, M. M., & Risley, T. R. (1968). Some current dimensions of applied behavior analysis.

Journal of Applied Behavior Analysis, 1(1), 91–97.

Chiattone, H. B. de C. A significação da psicologia no contexto hospitalar. In: ANGERAMI-CAMOM, V.


A. (Org.) Psicologia da saúde: um novo significado para a prática clínica. São Paulo: Thomson
Learning, 2006. Cap. 4, p. 73-165.

Duarte, P. C. Coltri, L. Velloso; DE L. R.Estratégias da Análise do Comportamento para Pessoas com

Transtorno do Espectro Autismo. São Paulo: Memnon Edições Cientificas,2018.

Fennell, B. & Dillenburguer, K. Evidence Debate for Behavioural Interventions for autism. International

Research in Education. ISSN 2327-5499, v.2, n.2, 2014.

Gholipour. Bahar. Co-occurring conditions alter timing of autism diagnosis. Disponível em:
https://www.spectrumnews.org/news/co-occurring-conditions-alter-timing-autism-diagnosis/
acesso em 10 de agosto de 2020.

Jacquemont, S., Coe, B. P., Hersch, M., Duyzend, M. H., Krumm, N., Bergmann, S., Beckmann, J. S.,

Rosenfeld, J. A., & Eichler, E. E. (2014). A higher mutational burden in females supports a "female

protective model" in neurodevelopmental disorders. American journal of human genetics, 94(3), 415–

425. https://doi.org/10.1016/j.ajhg.2014.02.001

Junior, P. F. 1 para 54. Prevalência de autismo nos EUA com números quase idênticos entre negros e

brancos mostra que algumas etnias têm menos acesso ao diagnóstico. Revista Autismo, São Paulo,

ano IV, nº 09 úmero da edição, p.32 , jun.julh.ago. 2020.

Moreira, D. P. Estudos de comorbidades e dos aspectos genéticos de pacientes com transtorno


do espectro autista. Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.

Ng M, de Montigny JG, Ofner M, Do MT. Environmental factors associated with autism spectrum

disorder: a scoping review for the years 2003-2013. Health Promotion and Chronic Disease Prevention

in Canada 37(1): 1–23, 2017.

Sam, A.M., Cox, A.W., Savage, M.N. et al. Disseminating Information on Evidence-Based Practices for

Children and Youth with Autism Spectrum Disorder: AFIRM. J Autism Dev Disord 50, 1931–1940 (2020).

https://doi.org/10.1007/s10803-019-03945-x

Sella; C.A. Ribeiro; M. D. Análise do comportamento aplicada ao transtorno do espectro autista. 1 ed.
Curitiba: Appris,2018.

Soke, G. N., et al. “Prevalence of Co-occurring Medical and Behavioral Conditions/Symptoms Among
4-and 8-Year-Old Children with Autism Spectrum Disorder in Selected Areas of the United States in
2010.” Journal of autism and developmental disorders (2018): 1-14.

Todorov, J. C. (1985). O conceito de contingência tríplice na análise do comportamento humano.

Psicologia: Teoria e Pesquisa, 1, 75-88.

Você também pode gostar