FISIOTERAPI A Jhessyca Vidon, Lavínia Lacourt e Milena Acchar O que é Dispareunia?
■ A Dispareunia pode ser definida como dor sentida durante a tentativa de
penetração sexual, podendo ser no momento da penetração (superficial/de introito), na penetração profunda, com o movimento peniano ou no pós-coito. Causas As possíveis causas da Dispareunia são multifatoriais, o que envolve questões como: ■ Lesão do assoalho pélvico durante o parto vaginal ■ Doença inflamatória pélvica ■ Infecção Vulvovaginal ou pélvica ■ Cistite intersticial ■ Aderências ou consequências de cirurgias ■ Violência sexual ou abuso sexual ■ Fatores psicossociais (Depressão, ansiedade) ■ Distúrbios urológicos, neurológicos ou musculares ■ Distúrbios intestinais (síndrome do cólon irritável, obstipação crônica) ■ Patologias ginecológicas: endometriose, miomas uterinos, síndrome de congestão pélvica Tipos Superficial Profunda Dor que é sentida na penetração, na Dor sentida quando o pênis penetra vulva e ou no óstio vaginal profundamente na vagina. Atuação da fisioterapia ■ Anamnese ■ Inspeção visual e palpação do AP ■ Cinesioterapia ■ Eletroestimulação ■ Biofeedback ■ Cones vaginais ■ Terapias manuais Cinesioterapia/Exercícios de Kegel
■ Normalização do tônus muscular
■ Aumento da conscientização perineal ■ Vascularização ■ Melhora da dor ■ Recrutamento muscular local ■ Sensibilidade do clitóris e melhor capacidade orgástica ■ Podem ser realizados de 4 maneiras: rítmica, tremulação, sucção e expulsão Biofeedback ■ Auxilia na realização bem sucedida dos exercícios, além de promover uma maior percepção e melhor controle de maneira voluntária da musculatura do assoalho pélvico a fim de promover uma conscientização sobre o seu corpo e suas funções ■ Pode ser usado de forma isolada ou associado a outras técnicas. Cones Vaginais ■ Permite uma maior percepção da região pélvica e promove um feedback sensorial à paciente e, durante o treinamento, há uma contração involuntária da musculatura, bem como o relaxamento, evitando a fadiga muscular e a saída do cone da vagina ■ Atuam no recrutamento das fibras de contração lenta (tipo I) e de contração rápida (tipo II), aumentando a propriocepção dos músculos, da força e tônus muscular. Terapia manual ■ Alívio de tensões musculares, como pontos de gatilho e restrição de mobilidade, com digito pressão e deslizamentos na musculatura pélvica para liberação miofascial e redução de possíveis contraturas. ■ Favorece a normalização do tônus muscular por meio de ações reflexas e mecânicas, aumentando a circulação sanguínea local, melhorando a flexibilidade e fortalecimento muscular, diminuindo a percepção da dor Eletroterapia ■ O TENS proporciona dilatação dos vasos sanguíneos na área lesionada aumentando a distribuição de oxigênio no local, colaborando para o aumento da analgesia ■ OFEStem como intuito o fortalecimento muscular, aumento do fluxo sanguíneo e consequentemente a redução da dor, além de reduzir a atrofia muscular. Há estudos que relatam também que esse método ajuda na sensibilidade e conscientização tátil, pois ativa as fibras sensoriais. Na prática Metodologia • A participante do estudo possui 24 anos de idade, casada há um ano e três meses. • Queixa principal: dor na relação sexual e o não desejo em realizar o ato há mais ou menos 10 meses. • Na primeira sessão realizou-se a avaliação. • Na 8º sessão foi realizada uma roda de conversa com a paciente, • Na 20° foi realizada a reavaliação da paciente. • Além das condutas realizadas em ambulatório, a participante do estudo também recebeu orientações de exercícios a serem realizados em domicílio sendo indicado a partir da 7° sessão, fazendo o uso de conscientização corporal, uso da bola de ben wa e dos cones vaginais. Conclusão Referências VIEIRA, Jhade Leão. FISIOTERAPIANADISPAREUNIA. 2022. • SANTOS, Emilly Gabrielly Dantas dos. Atuação da fisioterapia nas disfunções sexuais femininas: vaginismo e dispareunia. 2021. • AQUINO, LAURA HELENA DA COSTA et al. Intervenções fisioterapêuticas na dispareunia. 2019. • OLIVEIRA, Ellen Gabriela Santos. Efeitos da intervenção fisioterapêutica nas disfunções sexuais femininas. 2021. • DE SOUZA ANTONIOLI, Reny; SIMÕES, Danyelle. Abordagem fisioterapêutica nas disfunções sexuais femininas. Revista Neurociências, v. 18, n. 2, p. 267-274, 2010. • LIMA, Raíssa Gabriella Rabelo et al. Tratamento fisioterapêutico nos transtornos sexuais dolorosos femininos: revisão narrativa. Revista Eletrônica da Estácio Recife, v. 2, n. 1, 2016. • SAMICO, Drª Ana; QUINTAS, Drª Andrea; FREIRE, Drª Maria José. DISPAREUNIA. • DANTAS, Daiane Abrantes et al. Aimportância dos exercícios de kegel no tratamento da dispareunia. Revista Liberum accessum, v. 4, n. 1, p. 31-37, 2020.