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Material

de Apoio

Exame Físico
da Anca
NEURO & MSK
INTERVENTIONAL
GROUP
CURSO DOR-MÚSCULO-NERVO
INTERVENÇÃO GUIADA
POR ECOGRAFIA
EM CADÁVER
MEMBRO INFERIOR

Edição

25 & 26 FEVEREIRO 2022


Faculdade de Ciências
Médicas da Universidade
Inscrições Abertas em: Nova de Lisboa
cadaver.neuromskgroup.com
APOIOS

NEURO & MSK


INTERVENTIONAL
GROUP

curso
abordagem à patologia
músculo-esquelética.
CURSO ONLINE PRESENCIAL
8 MAIO 9 & 10 SETEMBRO 2021
ISEP
INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO

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NEURO & MSK
INTERVENTIONAL
GROUP
curso
abordagem
à patologia
músculo-
esquelética.

Inspeção em ortostatismo
• Postura geral, alinhamento dos membro inferiores, assimetrias, deformidades, sinais inflamató-
rios, amiotrofias, alterações do padrão de marcha

Amplitudes articulares
• Goniometria
• Ativas
Flexão: 110 a 120º
Extensão: 10 a 15º
Abdução: 30 a 50º
Adução: 30º
Rotação lateral: 40 a 60º
Rotação interna: 30 a 40º
• Passivas
Rotação medial diminuída pode ser o primeiro sinal de artrose da articulação coxo-femoral

Força muscular
• Flexores, extensores, abdutores e adutores da anca

Sinal de Trendelenburg
Estrutura a avaliar: Músculos abdutores da anca (principalmente glúteo médio)

Descrição do teste: Com o paciente em ortostatismo é pedido para realizar flexão ativa da coxa do lado
contralateral a avaliar de forma a retirar o pé do solo.

Achados: O teste é positivo quando o paciente apresenta “queda” da pélvis para o lado contralateral ao
que estamos a avaliar, neste caso avalia-se se a “queda” da pélvis ocorre no lado em que o pé não está
em contacto com o solo.

Legenda: Sinal de Trendelenburg (A: teste negativo; B: teste positivo)

Importância do Teste: : Um teste positivo é indicação de défice de força muscular dos músculos
abdutores da anca ou instabilidade da articulação coxo-femoral do lado que estamos a avaliar.
curso
abordagem
à patologia
músculo-
esquelética.

Testes específicos
Log Rolling Test
Estrutura a avaliar: Este teste pode auxiliar em casos de suspeita de fratura de estruturas da
articulação coxo-femoral ou em lesões do labrum ou ligamentares desta articulação.

Descrição do teste: Com o paciente em decúbito dorsal e membros inferiores em extensão, o


examinador realiza movimentos passivos de rotação interna e externa da anca até aos extremos de
amplitude articular.

Achados: O teste é positivo quando surge dor referida na articulação coxo-femoral, podendo indicar
fratura articular. Em alguns casos pode-se ouvir um estalido ou um clique. Nesses casos é necessário
descartar lesão do labrum. Na presença de aumento do arco de amplitudes articulares
comparativamente com o lado contralateral pode ser indicativo de presença de laxidez ligamentar.

Legenda: Log Rolling Test


curso
abordagem
à patologia
músculo-
esquelética.

Teste FABER/Patrick
Estrutura a avaliar: Tendão Psoas-ilíaco, articulação coxofemoral e articulação sacroilíaca

Descrição do teste: Com o paciente em decúbito dorsal, o examinador cruza a perna do paciente,
colocando o pé do paciente no joelho contralateral, forçando a abdução e rotação externa da anca ao
realizar pressão no joelho em flexão e na anca contralateral. Assim, a articulação coxofemoral fará os
seguintes movimentos: Flexão até 90º + ABdução + Rotação Externa (External Rotation).

Achados: O teste é positivo quando não é possível atingir com o joelho do membro a testar o nível em
que se encontra o membro contralateral na marquesa. Com testes positivos, o paciente pode referir dor
na articulação coxo-femoral ou na região sagrada.
Consoante a zona mencionada a patologia em causa difere:
• Dor na sacroilíaca: artropatia sacroilíaca ou sacroileíte
• Dor articular na região inguinal: lesão do tendão Psoas-Ilíaco ou patologia intra-articular da articulação
coxofemoral
• Dor na região posterior da anca: conflito femoro-acetabular posterior

Legenda: Teste FABER/Patrick

Importância do teste: É um teste de rastreio para um vasto conjunto de patologias


músculo-esqueléticas, desde a sacroileíte (componente de algumas doenças reumatológicas), lesões
tendão Psoas-Ilíaco ou patologia intra-articular da anca.
curso
abordagem
à patologia
músculo-
esquelética.

Teste FADIR
Estrutura a avaliar: É um teste que permite avaliar diversas estruturas da articulação coxofemoral,
desde labrum, músculos piriforme, glúteos e Psoas e pode auxiliar a descartar presença de conflito
femoro-acetabular.

Descrição do teste: Com o paciente em decúbito dorsal, o examinador realiza passiva e


sucessivamente os seguintes movimentos com a anca do paciente: Flexão até 90º + ADdução + Rotação
Interna (Internal Rotation).

Legenda: Teste FADIR

Achados: O teste é positivo quando o paciente refere dor na região correspondente à estrutura a
avaliar.

• Patologia articular / bursite do psoas: Dor na região inguinal (caso exista envolvimento do labrum, o
movimento pode ser acompanhada por um clique).

• Síndrome do piriforme: Dor na nádega ou dor com irradiação radicular (por compressão do nervo
ciático pelo músculo piriforme)

Importância do teste: É um teste pouco específico, devendo ser realizado juntamente com outros
testes específicos, uma vez que pode ser positivo para patologia de diferentes estruturas.
curso
abordagem
à patologia
músculo-
esquelética.

Teste de Thomas
Estrutura a avaliar: Avaliar encurtamento ou contraturas dos músculos flexores da anca,
nomeadamente Psoas-Ilíaco, reto femoral e tensor da fáscia lata.

Descrição do teste: Com o paciente em decúbito dorsal, com as ancas e coxas sobre a marquesa e as
pernas pendentes, este flexiona, de forma alternada, cada uma das coxas, tentando levá-la até junto do
peito (máxima flexão da anca possível) usando ambos os membros superiores. É importante garantir
que a região lombar se encontra fixa sobre a marquesa. Em alternativa pode ser o examinador a realizar
este movimento.

Achados: O teste é positivo quando a coxa contralateral se eleva da marquesa, revelando uma
encurtamento dos flexores da anca desse lado.

Legenda: Teste de Thomas -1: Sem encurtamento dos flexores da anca ou deformidade em
flexão da anca. 2: Com encurtamento dos flexores da anca ou deformidade em flexão da anca.

Importância do teste: Este teste tem elevada importância pois permite avaliar a presença de
deformidade em flexão fixa da anca, que pode ocorrer por várias razões. Desde em consequência de
espasticidade, dor ou encurtamento muscular, como também por alterações ósseas secundárias à
osteoartrose ou outras alterações ósseas que possam causar limitação na extensão da anca. É
importante ter a noção de que o teste pode ser falso positivo na presença de lordose lombar fixa ou
inclinação pélvica posterior
curso
abordagem
à patologia
músculo-
esquelética.

Teste de Ober
Estrutura a avaliar: Banda iliotibial e músculo tensor da Fáscia Lata

Descrição do teste: O utente é colocado em decúbito lateral sobre o lado não afetado. A anca e o joelho
do lado não afetado devem estar fletidos para retificar a lombar. O examinador coloca-se
posteriormente ao doente, colocando uma mão sobre o grande trocânter para estabilizar a bacia. Com
a outra mão segura a perna afetada. O examinador começa então por fazer uma ligeira extensão
passiva seguida de abdução da anca afetada. De seguida baixa passivamente lentamente a perna em
direção à marquesa (adução da anca) até que o movimento se encontrar limitado. É importante que a
bacia esteja bem estabilizada e a anca afetada não realize flexão nem rotação interna durante o teste
para garantir a adequada avaliação de todo o comprimento da banda iliotibial.

Achados: O teste é positivo quando há limitação marcada da adução (associada ou não a dor na região
lateral da coxa e/ou joelho), podendo ser sinal de Síndrome da Banda Iliotibial.

Legenda: Teste de Ober

Importância do teste: A Banda Iliotibial é a fáscia de continuação do músculo tensor da fáscia lata.
Estas estruturas atuam de forma sinérgica com o glúteo médio na abdução da anca. O Síndrome da
Banda Iliotibial frequente pode surgir em corredores e ciclistas devido à fricção continuada entre a
banda iliotibial e o côndilo lateral do fémur durante os movimentos repetitivos de flexão e extensão do
joelho.
curso
abordagem
à patologia
músculo-
esquelética.

Teste de Stinchfield ou Teste da flexão resistida da anca


Estrutura a avaliar: Descartar que a dor seja por origem de patologia articular da anca.

Descrição do teste: Com o paciente em decúbito dorsal, com os joelhos em extensão, o utente inicia
flexão ativa da anca até aos 30-45º. Nessa altura o examinador oferece resistência ao movimento.

Achados: O teste é positivo quando existe dor na região inguinal ou na região anterior da coxa à flexão
resistida da anca, sugerindo patologia articular da anca. Dor na região posterior da anca ou na região
lombar pode indicar patologia lombar ou sacroilíaca.

Legenda: Teste de Stinchfield

Importância do teste: Este teste pode ajudar a descartar a presença de patologia articular como
conflito femoro-acetabular ou patologia do labrum, assim como auxiliar a diferenciar se as queixas do
doente se associam a patologia lombo-sagrada ou da articulação coxo-femoral.

Palpação de estruturas específicas


• Grande trocânter – Descartar bursite trocantérica:
- Dor à palpação da bursa trocantérica
• Piriforme
• ...

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