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VERSÃO 2.0

GUIA PRÁTICO DA
ANTROPOMETRIA APLICADA
PROF. DAVID HALULI SOBRINHO

YOUR CULINARY DELIGHTS


SOBRE O AUTOR

"DAR UMA NOVA PERSPECTIVA


SOBRE A AVALIAÇÃO FÍSICA É O
MEU MAIOR OBJETIVO!"

Ola, sou o David Haluli Sobrinho, formado em Educação Física pela UFPE,
especialista em treinamento Funcional, Biomecanica e Cinesiologia e atuo
no mercado da atividade física há 15 anos. Sou criador do CONCEITO SABER
AVALIAR, uma nova perspectiva em avaliação física para diversos públicos.
Nos últimos 10 anos vim estudando e aperfeiçoando uma nova metodologia
de entregar conteudo para o profissional e estudante de Educação Física e
Nutrição, quando falamos de Avaliação Física e Analise Corporal.

Em meus cursos presenciais, minhas lives em redes sociais e nos meus cursos
on-line, sempre explico nas correlações de variaveis adquiridas durante as
avaliações fisicas. E acredito muito nisso. O CONCEITO SABER AVALIAR veio
dessa inquietação, que, junto a com ciencia, precisamos querbrar a barreira
que existe em realizar confrontos de dados dos testes e protocolos utilizados
na avaliação física, tentando em neutralizar (ou minimizar) possíveis erros
e assim potencializando as prescrições dos profissionais de Educação Física.

Espero que goste do conteudo e que consiga utilizar todas as informações


em suas avaliaçãoes e possíevis prescrições para o trienamento epsortivo.

Um grande abraço do HALULI

― Prof. David Haluli


SUMÁRIO

AVALIAÇÃO ANTROPOMETRICA
1    FUNDAMENTOS DAS MÉTODOS
CINEANTROPOMÉTRICOS

2 CONHEÇA OS PONTOS ANATÔMICOS   

3   CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS


ANTROPOMÉTRICAS

4 DIÂMETROS ÓSSEOS

AVALIAÇÃO PERIMÉTRICA

AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO
CORPORAL

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS CLÁSSICAS
GUIA DA ANTROPOMETRIA
APLICADA

AVALIAÇÃO
ANTROPOMÉTRICA
OS PONTOS ANATÔMICOS NORTEIAM NOSSAS MEDIDAS. SAIBA COMO
USA-LOS AO SEU FAVOR
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

FUNDAMENTOS DAS MÉTODOS


CINEANTROPOMÉTRICOS
Constantemente temos que programar uma série de exercícios físicos para um
indivíduo ou para um conjunto de pessoas, buscando um objetivo específico, que é
em geral definido como a capacitação plena para desenvolver uma determinada
atividade ou habilidade motora. Quer seja uma prescrição para  o treinamento de
coronarianos, sedentários, escolares ou atletas.

Cada um dos participantes destes diferentes grupos possui, no entanto, um


conjunto de aptidões e limitações oriundas do seu potencial genético, de atividades
físicas prévias ou, até mesmo, de eventuais disfunções orgânicas.

Torna-se pois imprescindível que estas qualidades e deficiências sejam


diagnosticadas, analisadas, comparadas aos valores-padrão estabelecidos,
classificadas e adequadamente orientadas. Este processo, fundamental para a
maior eficiência do aprendizado, caracteriza a avaliação funcional.

Porém, apesar de todo individuo possui um padrão integrado, indivisível,


precisamos, didaticamente, estudá-lo em 3 (três partes), que são   denominadas
variáveis da performance, descritas por Astrand (De Rose, 1980) :

Variável Cineantropométrica Variável Metabólica


Proporcionalidade Metabolismo Aeróbio
Composição Corporal Metabolismo anaeróbio Alático
Somatotipo Metabolismo anaeróbio Lático
Variável Neuromuscular
Velocidade de Reação
Força
Técnica

A performance passa a ser o somatório da adequação e condicionamento de cada


uma destas três variáveis ao tipo de atividade desenvolvida. Nesta lógica,
entendam, um maratonista depende sobretudo de sua capacidade de produzir
energia aeróbica, enquanto um atleta de saltos ornamentais tem sua performance
basicamente determinada pela estruturação e condicionamento da variável
neuromuscular.

Saber das Variáveis de Performance eleva as possibilidade de baterias de testes


especificas para determinadas modalidades esportivas. Mas o que seria uma
bateria de testes? Caracteriza-se por um conjunto  de medidas para obter um
determinado dado expresso quantitativamente e que constitui a base do sistema de
avaliação funcional. Este processo se conclui pela decisão em termos de tipo,
intensidade, freqüência e tempo de duração dos exercícios a serem prescritos,
visando atingir um determinado objetivo.
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

Dois aspectos são importantes: O primeiro é a caracterização do conjunto de


medidas, testes e avaliação como um meio e não um fim; o segundo caracteriza
avaliação como um processo contínuo, com a realimentação do sistema
estabelecido em direção ao produto final desejado. Desta forma, a avaliação
vincula-se ao controle e à verificação do produto final obtido.

Para uma análise mais correta, alguns pontos foram internacionalmente


direcionados para confiabilizar algumas medidas antropometricas. A
Cineantropometria, no entanto, possui técnicas específicas que foram
estabelecidas inicialmente para a análise dos atletas participantes dos Jogos
Olímpicos de Montreal, em 1976. Técnicas estas  desenvolvidas por Behnke Jr.,
Carter, Hebbelinck e Ross, é hoje utilizada universalmente em estudos nesta
especialidade para análise de composição corporal, somatotipo e
proporcionalidade.

CONHEÇA OS PONTOS ANATÔMICOS


Os Pontos Anatômicos
servem como referência e
padronização para a tomada
de medidas
antropométricas, para uma
melhor colocação dos
instrumentos de medida, no
momento da avaliação
antropométrica é preciso
que esses pontos sejam
identificados por meio de
palpação e marcados com
caneta dermográfica.

São pontos de referência localizados por inspeção visual, palpação ou com oauxílio


de computador que são úteis na localização de estruturas na superfície ou dentro
do corpo humano.

Estando o indivíduo na posição descrita, são determinados os seguintes pontos


anatômicos; que servirão como referência para a tomada de medidas
antropométricas:
Vértex: É o ponto localizado na parte mais alta do crânio. A cabeça deve estar
posicionada no plano de Frankfurt. Serve para medir a estatura (em pé ou
sentada).
Acromial: Localizado na borda superior do processo lateral do acrômio da
escápula. Os pontos acromiais são usados para medir o diâmetro biacromial e os
tamanhos dos membros superiores e do braço.
Meso-esternal: No ponto médio do esterno ao nível da articulação da quarta
costela. Usado para o diâmetro tóraco-transverso e ântero-posterior.
Xifoidal: Situado na parte mais inferior do esterno (processo xifóide). 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

Radial: Localizado na cabeça do rádio, em seu bordo mais superior e lateral.


Serve para medir o comprimento do braço e do antebraço.
Estiloidal: No ponto mais distal do processo estilóide do rádio. Usa-se na medida
do antebraço e da mão.
Dáctiloidal: Ponto mais distal da extremidade do dedo médio da mão.
Empregado na medida do comprimento total do membro superior e da mão.
Ileocristal: Ponto mais lateral do bordo superior da crista ilíaca. Empregado na
medida do diâmetro biileocristal.
Trocantérico: No trocanter maior do fêmur, em seu ponto mais alto. Utilizado
para a medida do diâmetro bitrocantérico e no comprimento da coxa e do
membro inferior.
Mesofemural: Ponto médio entre o ponto trocantérico e o tibial medial.
Tibial: Na margem medial da tibia em seu ponto mais superior. Utilizado na
medida da coxa e da perna.
Maleolar: Ponto mais inferior do maléolo da tíbia. Empregado para determinar o
comprimento da perna.
Pternial: Ponto mais posterior do calcanhar. Usado para medir o comprimento
do pé.
Acropodial: Ponto mais anterior dos dedos do pé. Também usado para medir o
comprimento do pé.

CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS


ANTROPOMÉTRICAS
As medidas cineantropométricas são classificadas em: lineares, de superfície, e de
massa.

Embora cada medida tenha sua metodologia específica, existem algumas regras
básicas que devem ser observadas para assegurar a correção do que se determina.
Assim, o indivíduo estudado deve estar evidentemente descalço e com roupas que
não esteja por cima dos pontos anatômicos ou em contato com os equipamentos de
medição. O plano base sobre o qual se posiciona o indivíduo ou o equipamento deve
estar nivelado. Não devemos esquecer também que o material usado deve ser
freqüentemente calibrado e convém ainda que nada ou ninguém perturbe a coleta
dos dados, pois um erro feito neste momento dificilmente poderá ser corrigido. A
postura do indivíduo será sempre a posição anatômica, salvo quando explicitado de
outra forma. O antropômetro e o paquímetro devem ser ajustados sem que haja
maior pressão, e sempre colocado perpendicularmente aos pontos anatômicos.
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

Medidas Anatômicas: As medidas lineares são divididas, segundo os planos e os


eixos em que se encontram, em longitudinais, transversais, ântero-posteriores e
circunferenciais. As dobras cutâneas são, também, medidas lineares. Em geral,
seguem o eixo transversal e, eventualmente, o oblíquo. Entretanto, por serem
usadas para estimar o percentual de gordura, são descritas na parte de perimetria e
composição corporal.

Medidas Longitudinais: São medidas lineares realizadas no sentido vertical e


recebem o nome de alturas. Teoricamente, qualquer ponto do corpo humano pode
gerar uma distância ao solo, estando o indivíduo em posição anatômica,
caracterizando assim uma variável que permite a análise cineantropométrica.

As alturas mais utilizadas na rotina de avaliação são descritas a seguir:

Altura Total: Distância entre o ponto dactiloidal da mão direita e a região


plantar.
Estatura: Distância entre o vértex e a região plantar, procurando por em contato
com o instrumento de medida as superfícies posteriores do calcanhar, cintura
pélvica, cintura escapular e região occipital.
Altura Sentada: Distância entre o vértex e a porção mais inferior da bacia,
estando o indivíduo sentado em um banco com 50cm de altura, sendo a marca
zero colocada ao nível do acento deste banco.
Alturas do Membro Superior: Acromial, radial, estiloidal e dactiloidal, estando o
indivíduo na posição anatômica
Comprimento do Membro Superior: Caracteriza-se pela distância entre os
pontos anatômicos Acromial e Dactiloidal.
Alturas do Membro Inferior: Trocantérico, tibial e maleolar, respeitando a
posição anatômica. Às vezes, é bastante difícil palpar o grande trocânter. Alguns
movimentos de flexão e extensão da coxa facilitam sua localização
Comprimento do Braço: Caracteriza-se pela distância entre os pontos
anatômicos Acromial e Radial.
Comprimento do Antebraço: Caracteriza-se pela distância entre os pontos
anatômicos Radial e Estiloidal.
Comprimento da Mão: Caracteriza-se pela distância entre os pontos anatômicos
do Estiloidal e Dactiloidal.
Comprimento do Membro Inferior: Da mesma forma, caracteriza-se as
distâncias entre os pontos anatômicos Trocantérico e Maleolar. Às vezes, é
bastante difícil palpar o grande trocânter.
Comprimento da Coxa: Caracteriza-se pela distância entre os pontos
anatômicos Trocantérico e Tibial.
Comprimento da Perna: Caracteriza-se pela distância entre os pontos
anatômicos Tibial e Maleolar.
Envergadura: Caracteriza-se pela distância entre os dois pontos dactiloidal, com
o indivíduo em pé e com os braços abertos e paralelo ao solo, antebraço
supinado.
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

Observação: Somente nas avaliações de estatura e altura tronco-cefálica são


realizadas três vezes consecutivas, nas demais avaliações uma única medida é
suficiente.

Precauções Estatura e Altura Tronco Cefálica:


O avaliador deve preferencialmente se posicionar a direita do avaliado;
Registrar a hora em que a medida foi realizada;
Evitar que o indivíduo se encolha quando o cursor tocar sua cabeça;
Exigir mudança de posição entre uma medida e outra.

Principais cálculos para avaliação cineantropométrica

Medidas Transversais: São medidas lineares realizadas em projeção entre dois


pontos considerados, que podem ser simétricos ou não, situados em planos
geralmente perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo. As medidas podem ser
realizadas em ambos os lados do corpo, mas quando o fator tempo para aplicação
for considerado, o lado direito deverá ser o escolhido por convenção internacional.
Sua aplicação está relacionada com a determinação do peso ósseo e do somatotipo.
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

DIÂMETROS ÓSSEOS
É definido pela menor distância entre duas extremidades ósseas. Tem como
finalidade determinar a constituição física, para fins ergonômicos, para fins de
assimetria aplicada a uma área desportiva e para acompanha o crescimento
humano. O instrumento utilizado para este fim é o PAQUÍMETRO.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

Durante a realização da medida do diâmetro,o avaliador deve empregar uma


pequena pressão com as mãos nas hastes do aparelho, evitando, desta forma, a
interferência dos músculos, gordura e pele que revestem a região onde o
diâmetro está sendo medido.
A medida deve ser realizada no mínimo 03 vezes, contudo, a segunda e a
terceira medidas devem ser obtidas seqüencialmente (não consecutivamente),
a fim de evitar tendência do avaliador;
Diâmetro são medidas transversais com características lineares realizadas no
sentido horizontal.
São divididas em :pequenos e grandes diâmetros e diâmetros ântero-posteriores.

Os DIÂMETROS ÓSSEOS utilizados em Cineantropometria são os seguintes:

DIÂMETROS PEQUENOS
BI-EPICÔNDILO-UMERAL
A medida é realizada com o avaliado em pé ou sentado, com
as articulações do ombro e cotovelo em flexão de 90 graus, no
plano sagital. As hastes do paquímetro devem ser
introduzidas obliquamente, num ângulo de 45 graus em
relação à articulação do cotovelo, tocando as bordas externas
dos epicôndilos medial e lateral do úmero direito.

BI-ESTILÓIDE
Com o avaliado em pé, a articulação do cotovelo a 90 graus e
a mão relaxada, o paquímetro é introduzido no plano
horizontal, tocando os pontos de maior distância entre as
apófises estilóides do rádio e da ulna direitos
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

BI-CÔNDILO FEMURAL
A medida é realizada com o avaliado sentado, com a
articulação do joelho flexionado a 90 graus e os pés sem tocar
o solo. As hastes do paquímetro sevem ser introduzidas a 45
graus em relação à articulação do joelho, tocando as bordas
externas dos côndilos medial e lateral do fêmur direito.

BI-MALEOLAR
O avaliado deve estar em pé em uma superfície elevada, para
facilitar a realização da medida, com afastamento lateral dos
pés e o peso do corpo igualmente distribuído sobre eles. A
medida é realizada com as hastes do paquímetro tocando os
pontos que compreendem a maior distância entre o maléolo
medial e o maléolo lateral da tíbia direita, em um plano
horizontal

TRANSVERSO DA MÃO
O avaliado deve estar com os dedos da mão abertos numa
superfície firme e plana A medida é realizada com as hastes do
paquímetro estarão dirigidas para baixo em um ângulo de
aproximadamente 45 graus, na altura dos metacarpos lateral e
medial dos dedos polegar e mínimo, para que a leitura seja
realizada.
TRANSVERSO DA CABEÇA
O avaliado deve estar sentado com a coluna ereta, e a cabeça
respeitando o plano de Frankfurt. O avaliador localiza com
os dedos indicadores ou médios o ponto de maior
proeminência entre o osso temporal direito e esquerdo do
avaliado. As hastes do paquímetro são colocadas nos
pontos mencionados, paralelamente ao plano horizontal
paraa leitura seja feita.

TRANSVERSO DO PÉ
O avaliado deve estar com o pé apoiado no solo, formando
assim,um ângulo de 90 graus com a respectiva perna. As
hastes do paquímetro dirigidas para baixo, são colocadas nos
pontos em um ângulo de aproximadamente 45 graus, para
que a leitura possa ser realizada.
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

DIÂMETROS GRANDES
BI-ACROMIAL
É a distância entre as bordas súpero-laterais dos acrômios
direito e esquerdo, estando o avaliado em pé, na posição
ortostática, pois com o indivíduo sentado há interferência na
postura requerida para a medida (Wilmore et al., 1988).
Preferencialmente, o avaliador deve posicionar-se atrás do
avaliado para a execução da medida

TORÁCICO TRANSVERSO
A medida é realizada com o avaliado em pé, com abdução dos
membros superiores a fim de permitir a introdução do
aparelho, transversalmente na altura da sexta costela, sobre a
linha axilar média.

BI-ILEOCRISTAL
O avaliado deve estar em pé, com os pés afastados
aproximadamente 5 cm, com os braços cruzados à frente para
permitir que o aparelho seja posicionado no ponto de maior
distância entre ascristas ilíacas.
OBS: Pode ser mensurado pela frente ou por trás.

BI-TROCANTERIANO
É a distância entre as projeções mais laterais dos trocânteres
maiores. O avaliado, a exemplo da medida bi-leocristal, deve
manter seus membros superiores fora do alcance do
paquímetro para permitir a realização da medida.

TORÁXICO ÂNTERO-POSTERIOR
Com o avaliado em pé, uma das pontas do paquímetro é
colocada sobre o esterno, na altura da quarta articulação
esterno-costal, e a outra ponta sobre o processo espinhoso da
vértebra localizada no mesmo plano transversal.

OBS: Caso o paquímetro utilizado for o de pontas rombas, o avaliado pode ficar
com o braço estendido ao lado do corpo.
GUIA DA COMPOSIÇÃO CORPORAL

AVALIAÇÃO
PERIMÉTRICA
ENTENDA SOBRE OS PONTOS ANATÔMICOS E A SUA UTILIZAÇÃO NAS
MEDIDAS PERIMÉTRICAS
AVALIAÇÃO PERIMÉTRICA

MEDIDAS CIRCUNFERENCIAIS OU
PERIMETRAIS
A  perimetria  é a mensuração em centímetros da circunferência, feita com fita
métrica que consiste em encontrar o perímetro máximo de um
segmentocorporal quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo.

Podem ser definidos como perímetro máximo de um segmento corporal quando


medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo. Conforme as diferentes
escolas, que Utilizam estes tipos de medida, variam os pontos em que elas são
tomadas. Os perímetros aparecem no trabalho de quase todos que usaram a
referência antropométrica para aferir quer o tipo físico, quer sua correlação com a
performance.

PERÍMETRO DO PESCOÇO

Medida realizada com a cabeça


no plano horizontal de
Frankfurt e a coluna vertebral
reta. Pode ser realizado de pé
ou sentado. Posicionar a fita no
ponto de menor circunferência
do pescoço, logo acima da
proeminência laríngea (pomo
de Adão).

PERÍMETRO DO TORAX
Medida realizada no plano
horizontal, ao final de uma
expiação normal, com o
avaliado em pé. Existem 3
formas de medição, como
mostra a imagem ao lado.
AVALIAÇÃO PERIMÉTRICA

PERÍMETRO DO BRAÇO

A – Estando o braço relaxado


no prolongamento do corpo,
sendo a fita posicionada no
ponto de maior perímetro
aparente.
B – Estando o braço a 90º em
relação ao tronco e ao
antebraço, posicionar a fita no
ponto de maior perímetro
aparente, estando o braço
relaxado.
C –Estando o braço a 90º em
relação ao tronco e ao
antebraço, posicionar a fita no
ponto de maior perímetro
aparente, realizando uma
contração isométrica máxima.

PERIMETRO DO ANTEBRAÇO

Estando o antebraço relaxado


no prolongamento do corpo,
posicionar a fita no maior
perímetro aparente

PERIMETRO DO PUNHO

Estando o antebraço relaxado


no prolongamento do corpo,
posicionar a fita sobre os
processos estilóides do Rádio e
da Ulna.
AVALIAÇÃO PERIMÉTRICA

PERÍMETRO DO CINTURA
Medida realizada no plano
transverso, na metade da
distância entre o último arco
costal e a crista ilíaca, com o
avaliado em pé, em posição
ortostática. Geralmente
localiza-se a cerca de 2 cm da
cicatriz umbilical.

PERIMETRO DO ABDOMEN

Medida realizada no plano


transverso. Estando o avaliado
em pé, em posição ortostática,
posicionar a fita métrica sobre
a cicatriz umbilical.

PERIMETRO DO QUADRIL

Medida também realizada no


plano transverso. Estando o
avaliado em pé, em posição
ortostática, posicionar a fita
métrica no ponto de maior
circunferência dos glúteos.
AVALIAÇÃO PERIMÉTRICA

PERÍMETRO DA COXA
Coxa proximal (superior)
Medida realizada no plano
transverso. Estando o avaliado
em pé, em posição ortostática,
posicionar a fita métrica sobre
imediatamente abaixo da
prega glútea.

Coxa Medial
Posicionar a fita no ponto meso-
femural. Alguns autores recomendam
posicionar a fita na metade da
distância entre a linha inguinal e a
borda superior da patela.

PERIMETRO DA PERNA

Medida também realizada no


plano transverso. Estando o
avaliado em pé, em posição
ortostática, posicionar a fita
métrica no ponto de maior
circunferência dos glúteos.

PERÍMETRO DO TORNOZELO
Medida realizada no plano
transverso. Estando o avaliado
em pé, com as pernas
levemente afastadas, o peso
uniformemente distribuído dos
dois pés. Posicionar a fita
métrica no ponto de menor
circunferência do tornozelo,
imediatamente acima dos
maléolos medial e lateral
AVALIAÇÃO PERIMÉTRICA

Precauções: Não utilizar fita muito larga; Nunca utilizar uma fita elástica ou de
baixa flexibilidade; Cuidado com a compressão exagerada, colocar a fita
levemente na maior circunferência; Não deixar o dedo entre a fita e a pele; Medir
sempre sobre a pele nua; São feitas três medidas considerando-se a média.

Índice Cintura Quadril (ICQ)

Estudos prospectivos mostram que a gordura localizada no abdômen é fator de


risco para doenças cardiovasculares, metabólicas e câncer. Para avaliar a
distribuição de gordura corpórea, um método simples é o índice cintura-quadril
(ICQ), obtida pela divisão dos perímetros da cintura (cm) e do quadril (cm).

Índice de Massa Corporal (IMC)


É determinado pela divisão do peso corporal do
indivíduo em quilogramas (kg), pela altura
corporal em metros ao quadrado (m2) (GUEDES
e GUEDES, 1998). Tem sido recomendado pela
OMS como um indicador da gordura corporal,
por ser obtido de forma rápida e com baixo
custo.
GUIA DA COMPOSIÇÃO CORPORAL

COMPOSIÇÃO
CORPORAL
SABER QUAIS PONTOS CORPORAIS DEVE USAR É A BASE DE UMA
MENSURAÇÃO DE DOBRAS CUTÂNEAS
COMPOSIÇÃO CORPORAL

COMPOSIÇÃO CORPORAL
O ser humano pode ser descrito com grande precisão através de medidas da sua
morfologia externa, tais como alturas, diâmetros, perímetros e dobras. Deutsch e
Ross referem em 1978 mais de 800 trabalhos relacionados com a composição
corporal, e a maioria deles são equações utilizando uma ou várias medidas
antropométricas para determinar o percentual de gordura, e que se fundamentam,
sobretudo, na medida da dobra cutânea.

Quando se mede esta variável é essencial caracterizar com exatidão a referência


anatômica, além de seguir um procedimento técnico adequado. O compasso é
tomado na mão direita, e com a esquerda pinçamos o tecido adiposo entre o
polegar e o indicador. As extremidades do compasso são ajustadas,
perpendicularmente, a uma distância de cerca de 1cm deste ponto, aguardando-se
dois segundos para efetuar a leitura. Em geral toma-se a medida três vezes,
utilizando-se o valor médio. As dobras cutâneas são medidas sempre do lado
direito, estando o indivíduo na posição anatômica e com a musculatura relaxada.

Os pontos anatômicos onde são medidas as dobras cutâneas são os seguintes


COMPOSIÇÃO CORPORAL

PREGA DO TRICEPS
Face posterior do braço di-
reito, paralelo ao eixo longitu-
dinal, no ponto que com-
preende a distancia media
entre o acromio e o processo
do olecrano da ulna.

PREGA SUBESCAPULAR
Executar a medida obliqua-
mente em relação ao eixo
longitudinal, seguindo a
orientação dos arcos costais,
sendo localizada a 2 centí-
metros abaixo do ângulo
inferior da escápula.

PREGA DO BICEPS
Ponto médio na face anterior
do braço, entre o processo
acromial da clavícula e o
processo do olécrano da ulna
(coincide com o ponto da
dobra do tríceps na face
posterior do braço).

PREGA PEITORAL
Primeiro terço (proximal) da
linha formada entre a axila
anterior e o mamilo para
ambos os sexos (Santos, 2000).
Costa (2001) menciona que
deve ser oblíqua em relação ao
eixo longitudinal na metade da
distância entre a linha axilar
anterior e o mamilo.
COMPOSIÇÃO CORPORAL

PREGA AXILAR MEDIA


É localizada no ponto de
interseção entre a linha axilar
média e uma linha imaginária
transversal na altura do
apêndice xifóide do esterno. A
medida é realizada
obliquamente ao eixo
longitudinal, com o braço do
avaliado para trás ou para
frente.

PREGA SUPRAILIACA
É obtida obliquamente em
relação ao eixo longitudinal, na
metade da distância entre o
último arco costal e a crista
ilíaca, sobre a linha axilar
média. É necessário que o
avaliado afaste o braço para
trás para permitir uma boa
execução e leitura da medida.

PREGA SUPRA-ESPINHAL
Localiza-se a dobra 5 a 7 cm
acima da espinha ilíaca
anterior, sobre uma linha que
vai da borda axilar anterior
para baixo e para a região
medial a 45 graus.

PREGA ABDOMINAL
Medida a aproximadamente
dois centímetros à direita da
cicatriz umbilical para-
lelamente ao eixo longitudinal
do corpo.
COMPOSIÇÃO CORPORAL

PREGA COXA MEDIA


É o ponto médio entre a prega
inguinal e a borda superior da
patela. O avaliado deve estar
em pé com a perna
relaxada. É medida sobre o
músculo reto femural.

PREGA PANTURRILHA
Ponto medial da perna no
maior perímetro da
panturrilha. O avaliado deve
estar sentado, com a
articulação do joelho em flexão
de 90 graus, o tornozelo em
posição anatô-mica e o pé com
ou sem apoio.

Precauções:

A dobra cutânea é medida entre o polegar e o indicador, procurando-se definir o


tecido celular subcutâneo do músculo subjacente;
A borda superior do compasso é aplicada na maioria das dobras a um cm abaixo
do ponto de reparo, sendo algumas a dois cm do ponto de reparo;
Recomenda-se aguardar 2 segundos para que toda pressão das bordas do
compasso possa ser exercida;
No caso de ocorrer discrepância entre uma medida e as demais, uma nova
determinação deve ser feita;
As mensurações devem ser realizadas no hemi-corpo direito do avaliado;
São realizadas três medidas sucessivas no mesmo local, considerando-se a
média das três como valor adotado para efeito de cálculo.
COMPOSIÇÃO CORPORAL

EQUAÇÕES PREDITIVAS PARA


COMPOSIÇÃO CORPORAL
Após a demonstração de toda a formas de mensurar perimetria e dobras cutâneas,
está na hora de mostrar como devemos utilizar os dados obtidos pela medição dos
valores. Em grande parte das equações preditivas de percentual de gordura e
demais informações de composição corporal, existe uma equação que é utilizada
para conversão do resultado em porcentagem de gordura, que é a fórmula proposta
por Siri (1961), descrita abaixo. Em seguida, segue, como uma forma de mostrar que
as predições de percentual de gordura e demias valores para verififcar a composição
corporal, uma sequencia de euqações de densidade corporal, de diversos públicos.

Equação de Siri (1961)


%G = [(4,95/D) – 4,50] x 100

PRINCIPAIS EQUAÇÕES PREDITIVAS


Durnin & Rahaman, 1967
Homens (18 - 34 anos )
D = 1,1610 - 0,0632 log (BI+ TR+ SE +SI)

Mulheres (18 - 29 anos )


D = 1,1581 - 0,0720 log(BC+ TR+SB+SI )

Wilmore & Behnke, 1969


Homens (17 - 37 anos)
D = 1,08543 - 0,000886 (AB) - 0,00040 (CX)

Mulheres (18 - 48 anos )


D = 1,06234 - 0,00068 (SE) - 0,00039 (TR) - 0,00025 (CX)
Faulkner, 1968
%G = 5,783 + 0,153(TR+SB+SI+AB)

Yuhasz, 1962
Homens (18 a 30 anos)
%G = 3,64 + 0,097(TR+PT+SB+SI+AB+CX)

Mulheres (18 a 30 anos)


%G = 4,56 + 0,143(TR+PT+SB+SI+AB+CX)
COMPOSIÇÃO CORPORAL

Jackson e Pollock, 1980


Homens (18 a 29 anos)
DC=1,112 - 0,00043499 (TR+SB+PT+AX+SI+AB+CX) + 0,00000055
(TR+SB+PT+AX+SI+AB+CX) 2 - 0,00028826(idade)
Homens (29 a 61 anos)
DC=1,109380 - 0,0008267(PT+AB+CX) + 0,0000016(PT+AB+CX) 2 - 0,0002574(idade)

Mulheres (18 a 29 anos)


DC=1,096095 - 0,0006952(TR+SI+AB+CX) + 0,0000011(TR+SI+AB+CX) 2 - 0,0000714(idade)
Mulheres (29 a 55 anos)
DC=1,0994921 - 0,0009929(TR+SI+CX) + 0,0000023(TR+SI+CX) 2 - 0,0001392(idade)

Guedes, 1994
Homens (17 a 27 anos)
D = 1,1714 – 0,0671 Log10 (TR+SI+AB)

Mulheres (18 a 30 anos)
D = 1,1665 – 0,0706 Log10 (CX+SI+SB)

Petroski, 1995
Homens (18 a 61 anos)
D = 1,10726863 – 0,00081201 (SB+TR+SI+PL) + 0,00000212 (SB+TR+SI+PL) – 0,00041761
(idade)

Mulheres (18 a 51 anos)
D = 1,19547130 – 0,07513507 * Log10 (AX+SI+CX+PL) – 0,00041072 (idade em anos)

Sloan et al., 1962


Homens (18 a 26 anos)
D = 1,1043 – 0,001327 (CX) - 0,001310 (SE)

Mulheres (17 a 25 anos)


D = 1,0764 – 0,00081 (SI) - 0,00088 (TR)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Então é isso! Espero que aproveite bastante e consiga realizar sua avaliação física
com toda a confiabilidade que ela merece.

A base de toda avaliação de composição corporal está resumida neste livro. A


composição corporal norteia nossa avaliação, regendo a continuidade da análise
corporal como um todo.

E aguardem pelos próximos volumes da ENCICLOPÉDIA DA AVALIAÇÃO FISICA SABER


AVALIAR.

1. Avaliação Antropométrica - parte 2


2. Avaliação Postural
3. Avaliação da Flexibilidade
4. Avaliação do Esforço aeróbio
5. Avaliação do Esforço Anaeróbio
6. Avaliação do Movimento Funcional

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REFERÊNCIAS CLÁSSICAS
1. MARINS, J.C.B. & GIANNICHI, RS, Avaliação & prescrição de atividade física.

Editora Shape, 1996.

2. MATSUDO, V.K.R., Testes em ciências do esporte. Gráficos Burti Fotolito

Editora Ltda., São Paulo, 1984.

3. MOLIN KISS, M.A.P.D., Avaliação em educação física: Aspectos biológicos e

educacionais. Editora Manole Ltda., 1987.

4. PINTO, J.R., Caderno de Biometria. Universidade Castelo Branco.

5. DE ROSE, E.R; PIGATTO,E. e DE ROSE, R.C.F. Cineantropometria, Educação

Física e Treinamento Desportivo. Prêmio Liselott Diem de Literatura Desportiva,

1981. Ministério da Educação e Cultura, Fundação de Assistência ao

Estudante, Rio de Janeiro, 1984.

6. RIBEIRO, J.P.; LUZARDO. A.; DE ROSE. E.H. Potência Anaeróbica em Indivíduos

Treinados e Não Treinados. Revista Brasileira doEsporte. São Caetano do Sul,

1(3):11-15. maio. 1980

7. GUEDES, D.P. & GUEDES, J.E.R.P.. Crescimento, composição corporal e

desempenho motor em crianças e adolescentes. Editora CLR Balieiro,

londrina-Paraná, 1997.

8. De POLLOCK, M.L., SCHMIDT, D.H. & JACKSON, A.S.: Exercícios na Saúde e na

Doença: Avaliação e Prescrição para Prevenção e Reabilitação. MEDSI São

Paulo, 1986.

9. HEYWARD, Vivian H.; STOLARCZYK, Lisa M. AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO

CORPORAL APLICADA. Ed. Manole, São Paulo – 2000

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