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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA


CENTRO DE EDUCAÇÃO

MARCELLY IDÁLINA LEITE RODRIGUES RAMOS

A INCLUSÃO ESCOLAR DAS CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO


INFANTIL: UMA PERSPECTIVA DOCENTE

NATAL/RN
2022
MARCELLY IDÁLINA LEITE RODRIGUES RAMOS

A INCLUSÃO ESCOLAR DAS CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO


INFANTIL: UMA PERSPECTIVA DOCENTE

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como requisito parcial
à obtenção do grau de Licenciatura
em Pedagogia pela Universidade
Federal do Rio Grande do Norte.

Orientadora: Dra. Gessica Fabiely


Fonseca

NATAL/RN
2022
MARCELLY IDÁLINA LEITE RODRIGUES RAMOS

A INCLUSÃO ESCOLAR DAS CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO


INFANTIL: UMA PERSPECTIVA DOCENTE

Artigo apresentado ao Curso de


Pedagogia, da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte,
como requisito parcial à obtenção
do título de Licenciado em
Pedagogia.

Aprovada em:

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________
Profa. Dra. Gessica Fabiely Fonseca - Orientadora
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

___________________________________________
Prof. Dr. Pedro Luiz dos Santos Filho
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

___________________________________________
Profa. Ma. Márcia Jerônimo de Souto
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
AGRADECIMENTOS

Foi uma caminhada longa, mas prazerosa, muitos desafios que contribuíram para
o desenvolvimento pessoal e profissional, estou realiza por ter concluído o curso de
Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Agradeço à minha família, especialmente aos meus pais Maria José e João
Rodrigues que sempre me apoiaram nessa jornada, e a minha irmã Myllena Fernanda
pelo incentivo. Ao meu esposo Tiago Costa que acompanhou minha trajetória durante
todo o curso e presenciou os desafios de cursar duas graduações e não desistir de
realizar um dos maiores objetivos da minha vida, que é ser professora.

Agradeço aos meus professores, em especial a minha orientadora, Gessica


Fabiely Fonseca, que me acolheu, não apenas por ter aceitado ser minha orientadora,
orientando-me magistralmente, mas por ter sido uma professora humana, solidária,
prestativa, profissional e atenciosa. Nos momentos que mais precisei, pude contar com
o seu profissionalismo e dedicação, obrigada por aceitar fazer parte da minha história
acadêmica, obrigada por acreditar em mim, sem sua orientação e ajuda essa realização
não seria possível.

Agradeço a todos colegas de curso, os que dividiram as mesmas aflições,


angústias e medos, obrigada pela parceria nos trabalhos e seminários, vocês foram
muito importante nessa trajetória.

A todos vocês, o meu muito obrigada!


RESUMO

Este artigo tem como objetivo descrever a perspectiva de docentes sobre a inclusão das
crianças com deficiência na educação infantil e suas relações com a atuação do
profissional de apoio escolar. Trata-se de uma pesquisa exploratória, realizada em um
Centro Municipal Infantil de Parnamirim/RN, no qual atualmente detinha um elevado
índice de alunos com laudo ou sob investigação, matriculados na instituição. Como
instrumentos para a coleta de dados, foi realizada entrevista com quatro professoras e
a observação da rotina do Centro Infantil, no qual ficou evidente a ausência de
formação continuada, principalmente cursos de aperfeiçoamento sobre educação
inclusiva. Mediante o exposto, conclui-se que a inclusão escolar das crianças com
deficiência na educação infantil na perspectiva docente, no Centro Municipal de
Educação Infantil da cidade de Parnamirim-RN, é realizada, mas é possível identificar a
necessidade de formação continuada das docentes em face da educação inclusiva, a
essencialidade do auxiliar de sala ou estagiário para auxiliar no acompanhamento
pedagógico do aluno, contribuindo a inclusão deste na escola, dentro da sala de aula e
nos diversos espaços da instituição de ensino evidenciando, priorizando dessa forma a
interação social do aluno.

Palavras chaves: Inclusão Escolar; Educação Infantil; Formação Docente.


ABSTRACT

This article aims to describe the teachers' perspective on the inclusion of children with
disabilities in early childhood education and their relationship with the work of school
support professionals. This is an exploratory research, carried out in a Municipal
Children's Center in Parnamirim/RN, which currently had a high rate of students with a
report or under investigation, enrolled in the institution. As instruments for data
collection, interviews were carried out with four teachers and the observation of the
Children's Center routine, in which the absence of continuing education was evident,
mainly improvement courses on inclusive education. Based on the above, it is
concluded that the school inclusion of children with disabilities in early childhood
education from the teaching perspective, at the Municipal Center for Early Childhood
Education in the city of Parnamirim-RN, is carried out, but it is possible to identify the
need for continued training of teachers in face of inclusive education, the essentiality of
the classroom assistant or intern to assist in the pedagogical monitoring of the student,
contributing to his/her inclusion in the school, inside the classroom and in the different
spaces of the educational institution, evidencing, in this way, prioritizing the social
interaction of the student. student.

Keywords: School Inclusion; Child Education; Teacher Training.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................…………………………. 04
2 METODOLOGIA………………………………………………………………………... 06
3 EDUCAÇÃO INFANTIL………..........................................................................….. 07
4 EDUCAÇÃO ESPECIAL EM UMA PERSPECTIVA INCLUSIVA…………………. 08
5 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS ……………………………..……..…… 11
6 O APOIO ESCOLAR ………………..……………………………........…….....…….. 12
7 RESULTADO DAS ENTREVISTAS E OBSERVAÇÕES: os reflexos do ver e
ouvir………………………………………………………………………………………... 13
7.1 OS REFLEXOS DA FORMAÇÃO DOCENTE……………………………………... 13
7.2 OS REFLEXOS DO OBSERVADO…………………………………………………. 15
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................…………. 17
9 BIBLIOGRAFIA......................................................................……………………... 19
10 ANEXOS...............................................................................……………………… 21
10.1 ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA…………………………………………….. 21
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1 INTRODUÇÃO

A educação inclusiva escolar ainda é um assunto muito debatido nas escolas e


pelos profissionais da educação, e está resguardada na Constituição Federal, em seu
artigo 206, I “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;” diante
disso, as crianças com deficiência possuem o direito de estar na escola e permanecer,
e para isso, a escola precisa adaptar-se para fornecer as condições necessárias para o
acesso desses alunos.
Trata-se de não apenas colocar aquele aluno em sala de aula com os demais, e
sim incluí-lo no planejamento, adaptando as atividades de acordo com suas
necessidades educativas, criar estratégias didáticas inclusivas, no qual propicie e o
envolvimento do aluno, e não menos importante, a adaptação do espaço físico da
instituição escolar, assim como a formação continuada dos professores, tendo em vista
que a sociedade passa por mudanças e evoluções, assim como o processo educativo e
este, precisa ser inovado e atualizado rotineiramente, seja através de cursos,
especializações ou aperfeiçoamentos, é importante a atualização acadêmica
profissional.
Outra ressalva muito importante é o olhar sobre a inclusão do aluno não apenas
em sala de aula, no contexto educativo, como também nos locais de aprendizagem que
fazem parte do ambiente escolar, como o refeitório, o pátio, sala de vídeo, sala de
leitura e o parque, tendo em vista que o processo educativo acontece também através
de interação entre o sujeito e o meio social, nas relações interpessoais. As teorias
chamadas psicogenéticas, de Piaget, Vygotsky e Wallon que estudaram a origem e
evolução de pensamento, linguagem, afetividade, psicomotricidade dentre outros.
Esses três teóricos se fundamentam nas teorias interacionistas e convida os indivíduos
a interação, à vida em equipe e ao contato com o outro e com o meio, e assim evoluir
em seu caráter, fisicamente, intelectualmente, espiritualmente e afetivamente.
O aluno precisa ter a vivência social, pois contribui para o aprendizado, as interações
com o meio são fundamentais para o seu desenvolvimento, segundo Morin (2003, p. 119)
5

“o fenômeno social, são as interações entre indivíduos que produzem a sociedade; mas
a sociedade, com sua cultura, suas normas, retroage sobre os indivíduos humanos e os
produz enquanto indivíduos sociais dotados de uma cultura.”.
Considerando esse posicionamento, é de relevante interesse social que tenhamos
esse olhar crítico para a inclusão educacional dos alunos com deficiência da educação
infantil, ou seja, a necessidade de ouvir os professores e suas perspectivas em face do
contexto atual de inclusão desses alunos, e suas estratégias didáticas inclusivas.
Considerando a necessidade de atenção à educação infantil, pois é o início da vida
estudantil do aluno, e o intuito dessa pesquisa é ressaltar a importância desse tema,
principalmente nos dias atuais, no qual identificamos um aumento gradativo e
considerável de crianças com laudo ou em investigação nas escolas.
Atualmente, com o que foi observado no centro infantil é evidente a falta de
formação continuada do corpo docente, assim como da gestão administrativa,
pedagógica e coordenação no contexto inclusivo educacional pedagógico, pois
simplesmente não acontece o planejamento inclusivo, nem se quer são citados nas
reuniões de planejamento, tudo é pensando para os demais alunos e os que não se
adaptam ao programado, são deixados com algum profissional da rede de apoio e
retirado daquela socialização escolar, ou seja, o auxiliar de sala, o estagiário ou a apoio
escolar, serve como suporte para alocar o aluno que não se encaixa no planejamento
ou atividade projetada pelo docente ou pela escola.
Nesses casos, fica claro a exclusão do aluno com deficiência, por não se encaixar
naquela realidade, talvez o problema não seja o encaixe, mas a inserção deste na
escola, o que nos dias atuais não acontece, ele é apenas recebido e colocado ali,
apenas para exercer o que a legislação prevê. Nesse sentido, de acordo com Freire
(1980, p.75) “Não há outro caminho para a humanização – a sua própria e a dos outros
– a não ser uma autêntica transformação da estrutura desumanizante”, é a busca dessa
humanização que este trabalho quer alcançar.
Tendo como objetivo geral, analisar a perspectiva de docentes sobre a inclusão
das crianças com deficiência na educação infantil, as estratégias didáticas dos
docentes, e como objetivos específicos, compreender a inclusão das crianças com
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deficiência na educação infantil e identificar qual o papel do cargo de apoio escolar e a


sua contribuição na inclusão desses alunos.

2 METODOLOGIA

O artigo foi realizado com base em uma abordagem qualitativa, tendo em vista
que a pesquisa qualitativa de acordo com Gonsalves (2011, p.70) “preocupou-se com a
compreensão, com a interpretação do fenômeno, considerando o significado que os
outros dão às suas práticas, o que impõe ao pesquisador uma abordagem
hermenêutica”, tendo como objetivo investigar o tema proposto e observar a realidade
da inclusão escolar na educação infantil, a perspectiva de docentes sobre a inclusão
das crianças com deficiência na educação infantil e suas relações com a atuação do
profissional de apoio escolar, sendo também exploratória, pois foram analisados alguns
autores com pesquisas semelhantes e que corroboram a pesquisa.
Trata-se de uma pesquisa exploratória, de acordo com Gonsalves (2011, p. 67) “é
aquela que se caracteriza pelo desenvolvimento e esclarecimento de ideias, com o
objetivo de oferecer uma visão panorâmica, uma primeira aproximação a um
determinado fenômeno que é pouco explorado.” Como instrumento para a coleta de
dados, foi usado a entrevista, de acordo com Gerhardt e Silveira (2009, p.56) “A coleta
de dados compreende o conjunto de operações por meio das quais o modelo de análise
é confrontado aos dados coletados. Ao longo dessa etapa, várias informações são,
portanto, coletadas.” a qual foi realizada com quatro professoras e a observação da
rotina do Centro Infantil, analisar as práticas pedagógicas, suas perspectivas em face
da inclusão na educação infantil no contexto atual, as professoras participantes da
pesquisa, são professoras do Centro Municipal de Educação Infantil do município de
Parnamirim/RN, possuindo em seu quadro, alunos com deficiência. Tendo como
instrumentos de coleta de dados, observação e entrevista semiestruturada.
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3 EDUCAÇÃO INFANTIL

A educação infantil está resguardada na Constituição Federal de 1988 em seu


artigo 208, IV “educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos
de idade”, os alunos possuem a idade de 0 a 5 anos, requer cuidados especiais, ou
seja, não tem como ter educação sem cuidar do corpo, da alimentação, saúde, higiene,
desenvolvimento motor e físico. Podemos considerar também, a formação dos
esquemas afetivos, sociais e cognitivos, todos fundamentais para o desenvolvimento da
personalidade do indivíduo.
As características mais marcantes das crianças de 0 a 3 anos de idade, é o seu
desenvolvimento, a transformação física e corporal, perceptivas e sensoriais, o
raciocínio cognitivo e as emoções socioafetivas, é um ser humano vulnerável,
dependente de cuidados 24 horas por dia. É uma fase da vida, na qual estão
desenvolvendo a capacidade de aprender, adquirindo competência para sua
maturação, e desenvolvendo sua própria cultura, através da influência do meio. A
relação entre o inato e o adquirido, o biológico e o cultural, de acordo com Oliveira
(2011, p. 38) “A concepção inatista de desenvolvimento parte do pressuposto de que os
eventos que ocorrem após o nascimento não são essenciais e/ou importantes para o
desenvolvimento, dado que o indivíduo já nasce com padrões inatos de
comportamento.”.
O início da atividade sensorial acontece com os reflexos, o choro, a sucção,
apreensão e os movimentos iniciais espasmódicos, que se tornam gradualmente
expressivos e significativos, possibilitando combinações entre expressões faciais,
reações motoras e sentimentais. O desenvolvimento dessas características ocorre
mediante interações entre o bebê e o meio social, no qual o choro representa uma
reação de desconforto fisiológico, e posteriormente, a causa pode ser oriunda de
reações sentimentais interiorizadas pelo convívio com o ambiente.

A concepção sociointeracionista de desenvolvimento […], apoia-se, portanto, na


ideia de interação do indivíduo-meio e vê a aquisição de conhecimentos como
um processo construído pelo indivíduo durante toda a sua vida, não estando
8

pronto ao nascer, nem sendo adquirido passivamente graças às pressões do


meio.(OLIVEIRA, 2011, Pág.40)

As transformações dessas funções biológicas em culturais ocorrem mediante


assimilação acomodação, internalizando os saberes na criança através da mediação,
entre o sujeito e o meio social, através do uso da linguagem, expressões e do tato
como o movimento de pinça, que é um estímulo da criança para iniciar sua percepção
motora. Através do outro, das pessoas que o rodeiam, lhe fornecem a cultura e o
aprendizado, contribuindo para a significação da criança com o real vivido pelo bebê, a
construção da função de olhar, pegar, manipular, sugar, morder, mover-se, deslocar-se
(engatinhando) possibilitam o nascimento de uma inteligência prática ou sensório-
motora, a noção de permanência, iniciais de tempo e espaço e antecipação dos
resultados da ação, dependem de fatores biológicos, sociais e interacionais.
A criança transforma toda a informação que recebe em sua volta, desenvolvendo a
imaginação e fantasia, com a ajuda da brincadeira e do faz de conta. O
desenvolvimento da criança ocorre através de fatores biológicos, como o inato e fatores
sociais e culturais, como o adquirido pelo meio social.

Sendo assim, de acordo com Morin (2003, p.21) “[…] mais vale uma cabeça bem-
feita que bem cheia […]” não adianta encher a criança com informações e aprendizado,
pois apenas acumular o saber não é o suficiente para o desenvolvimento e aprendizado
do aluno, o importante é fazer com que o aluno reflita e execute o aprendizado de forma
que aquilo faça sentido e seja efetivado na sua rotina, não adiante uma cabeça cheia, é
necessário uma cabeça bem-feita.

4 EDUCAÇÃO ESPECIAL EM UMA PERSPECTIVA INCLUSIVA

A educação especial na perspectiva da educação inclusiva é a atual perspectiva


da Educação Especial no Brasil, assim definida de acordo com a Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva:
9

Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a constituir a


proposta pedagógica da escola, definindo como seu público-alvo os alunos com
deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que implicam em transtornos
funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o
ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais
especiais desses alunos. (BRASIL, 2008, p.15)

É organizada de diferentes modos, de acordo com cada nível, etapa ou


modalidade, tendo como objetivo atender os alunos adequadamente, respeitando suas
diversidades e especificidades. De acordo com Fonseca (2015, p. 42) “Pensar a escola
numa perspectiva inclusiva implica considerar as diversas concepções dos docentes a
cerca da deficiência e de ser e torna-se professor de alunos com deficiência no
contexto do debate sobre os conceitos de ensino e aprendizagem.”
Dessa forma, podemos ressaltar o direito de matricular o aluno na escola comum,
ou seja, uma instituição que atende a diversidade dos alunos, não apenas os alunos
com deficiência como também todas as situações de exclusão proporcionadas pela
escola ou vividas na escola. De acordo com a Política Nacional de Educação Especial
na Perspectiva de Educação Inclusiva (2008, p.15) “as pessoas se modificam
continuamente transformando o contexto no qual se inserem. Esse dinamismo exige
uma atuação pedagógica voltada para alterar a situação de exclusão, enfatizando a
importância de ambientes heterogêneos que promovam a aprendizagem de todos os
alunos.”
Temos que considerar que existe uma diferença entre a educação especial e a
educação inclusiva, sendo a primeira uma área de conhecimento que estuda a
aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos com deficiência, já a segunda é a
educação que recepciona a diversidade do aluno, e nesse caso, todos aprendem
juntos, independente das diferenças presentes em sala de aula, é a adaptação da
educação tradicional em uma educação inclusiva.
De acordo com o documento Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) “Consideram-se alunos com
deficiência àqueles que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida
10

sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade.” Podemos citar algumas


patologias, mas nunca podemos determinar que existem apenas essas, não podendo
assim categorizar e limitar as características atribuindo a um quadro de deficiência,
transtornos ou distúrbios.
Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que
apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na
comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e
repetitivo. Incluem-se nesse grupo, alunos com autismo, síndromes do espectro
do autismo e psicose infantil. Alunos com altas habilidades/superdotação
demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas
ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes.
Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na
aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. Dentre os
transtornos funcionais específicos estão: dislexia, disortografia, disgrafia,
discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros. (BRASIL, 2008,
p. 15).

A sociedade modifica-se com o passar dos anos, de acordo com o contexto social
que está inserida, diante dessas condições, é necessário que tenhamos uma atuação
pedagógica voltada para um pensamento inclusivo, proporcionando ambientes
adaptados e que promovam a aprendizagem, atendendo as diferenças e necessidades
do aluno.
A inclusão escolar é um assunto delicado e muito importante, trata-se de um
direito do aluno resguardado pela legislação, participar da educação escolar sem
discriminação e diferença de tratamento, salvo o que contemple suas limitações de
acordo com suas necessidades.

Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino


evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar
alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no
debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação
da lógica da exclusão. A partir dos referenciais para a construção de sistemas
educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais passa a
ser repensada, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para
que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas. (BRASIL, 2008, p.
5).

A função da escola é contribuir para o desenvolvimento educacional do aluno


criando alternativas de inclusão deste nas práticas educacionais da escola,
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ocasionando mudanças necessárias na instituição, sejam essas, estruturais ou


culturais, de acordo com as necessidades de cada estudante.
Tomando como base a teoria Interacionista, na relação do sujeito e do meio,
sendo a educação infantil, responsável por iniciar o desenvolvimento físico, psicológico,
intelectual e social, a escola deve proporcionar o convívio dos alunos na escola
acompanhado da família e a comunidade escolar, dessa forma, a criança desenvolve-
se de forma integrada a simultânea, sendo esses os desenvolvimentos do sensório-
motor, afetivo e cognitivo.

5 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS

A educação infantil nos dias atuais, está passando por um novo cenário, o qual
possui um aumento gradativo de alunos com necessidades educativas especiais, e o
professor precisa estar preparado para atender adequadamente a criança na escola, o
processo de escolarização precisa ser adaptado para a nova realidade. Dessa forma,
compreendemos que para o desenvolvimento dos alunos com deficiência, é necessário
que o professor organize um PEI para o aluno e relacione ao planejamento de acordo
com a turma incluindo as necessidades pontuais do aluno com necessidades
educativas especiais.
As ações educativas nos centros infantis de ensino devem ser planejadas de
forma inclusiva, para atender a todos os alunos da instituição, de modo a contribuir o
desenvolvimento destes, e o professor precisa estar capacitado para tal função e
desempenhá-la em parceria com a família, tendo em vista que o seu desenvolvimento
profissional reflete no seu profissionalismo, de acordo com Oliveira-Formosinho (2002,
p. 41) “à ação profissional integrada, onde a educadora devolve junto às crianças e
famílias com bases nos seus conhecimentos, competências e sentimentos, assumindo
a dimensão moral da profissão.”.
O professor da educação infantil não desenvolve suas atividades de forma
individualizada, pelo contrário, ele faz parte de uma rede de apoio, segundo Oliveira-
Formosinho (2002, p. 49) “a profissionalidade das educadoras é baseada em uma
12

grande rede de interações alargadas: com os pais e as mães, com as auxiliares da


ação educativa […]”.
Temos que idealizar e fixar a ideia de que toda e qualquer atividade com a criança
tem um sentido educativo, ela está em constante aprendizado e desenvolvimento,
principalmente na educação infantil, o início da trajetória escolar da criança, de acordo
com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva:

A inclusão escolar tem início na educação infantil, onde se desenvolvem as


bases necessárias para a construção do conhecimento e seu desenvolvimento
global. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas diferenciadas de
comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos físicos, emocionais,
cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças favorecem
as relações interpessoais, o respeito e a valorização da criança. Do nascimento
aos três anos, o atendimento educacional especializado se expressa por meio
de serviços de intervenção precoce que objetivam otimizar o processo de
desenvolvimento e aprendizagem em interface com os serviços de saúde e
assistência social. (BRASIL, 2008, p. 16)

O professor/educador tem a função de intervir junto ao aluno com o intuito de


ampliar o seu conhecimento e aprofundá-lo, levando em considerações suas práticas
sociais para que seja realizado o trabalho pedagógico em virtude disso. Segundo
Carvalho; Schmidt (2021, p.1) “A Educação Inclusiva preconiza equidade de
oportunidades para os alunos em todas as etapas da educação, inclusive na Educação
Infantil.”, sendo assim, o ensino infantil preconiza de acordo com Carvalho; Schmidt
(2021, p.1), “O conhecimento e a implementação de práticas com evidências de eficácia
no cotidiano escolar podem favorecer a concretização dos princípios da Educação
Inclusiva”.

6 O APOIO ESCOLAR

O cargo de apoio escolar foi criado com o intuito de apoiar o professor e o auxiliar
de sala no espaço escolar, limitado ao espaço externo, fora da sala de aula, ou seja, o
apoio é responsável pela alimentação, locomoção e a higiene do aluno. Na cidade de
Parnamirim, compreendida no Estado do Rio Grande do Norte, foi criado o cargo do
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apoio escolar em 23 de julho de 2019, pela Lei Complementar nº 0152/2019, a qual


ressalta as atribuições do cargo.
O apoio escolar nas escolas, tem a função de proporcionar ao aluno o auxílio fora
da sala de aula, nos ambientes da escola, com a importância de ampliar e melhorar seu
desenvolvimento e a relação social desse estudante, proporcionando vivências com os
demais alunos, ou seja, vivenciar na prática de fato a inclusão, que devido as suas
limitações, muitas das vezes não consegue participar de todas as atividades da escola.
O movimento mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social e
pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem
juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A
educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na
concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como
valores indissociáveis, e que avança em relação à idéia de eqüidade formal ao
contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e
fora da escola. (BRASIL, 2008, p. 5)

Fica evidente a importância da criação do cargo de apoio escolar, visando


atender as necessidades dos alunos, não apenas em sala de aula, assim como também
no espaço escolar, pois a educação do aluno não ocorre apenas em sala, mas sim em
todos os espaços da escola, seja no refeitório, no pátio, sala de vídeo e outros, fica
claro o intuito da lei, proporcionar ao aluno uma apoio de acordo com as suas
necessidades e limitações contribuindo para a sua permanência na escola, pois
sabemos que devido as dificuldades, muitos pais e alunos acabam desistindo da
educação infantil, sendo essa, um passo muito importante para o desenvolvimento do
aluno no âmbito escolar.

7 RESULTADO DAS ENTREVISTAS E OBSERVAÇÕES: os reflexos do ver e ouvir

7.1 OS REFLEXOS DA FORMAÇÃO DOCENTE

As entrevistas e observações foram realizadas em um Centro Municipal de


Educação Infantil, localizado em Nova Parnamirim, na cidade de Parnamirim, RN.
Composto por 14 salas, no qual a maioria possui 1 aluno com laudo ou em
investigação. São 19 crianças no total, sendo 9 com laudo e 10 em investigação, dentre
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as deficiências identificamos o transtorno do espectro autista (TEA), Transtorno do


déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e deficiência física.
A instituição não possui rampa de acessibilidade na entrada, não tem sala de
recursos multifuncionais, não possui banheiros adaptados, pisos táteis, rampa de
acessibilidade para o parque e as rampas de acesso à sala de leitura e as demais salas
é muito alta, impedindo que o aluno cadeirante consiga locomover-se sozinho, e não
fornece atendimento de especializado pelo profissional que realize o atendimento
educacional especializado.
O resultado das entrevistas, as quais foram realizadas presencialmente no Centro
Infantil, através de uma entrevista semiestruturada, registrada de forma escrita, de
acordo com as respostas das entrevistadas, além das observações da rotina dos alunos
realizadas na instituição. Foi possível compreender e analisar a opinião de quatro
professoras, sendo todas licenciadas em pedagogia pela Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN), sendo 4 dessas docentes especialistas em, educação infantil,
psicopedagogia clínica e institucional e 1 dessas Mestranda em Educação Profissional,
todas do sexo feminino, com idades entre 32 e 45 anos e do quadro efetivo de
professores do município com experiência em sala de aula entre 4 a 20 anos de
docência.
Professora 1: Realizei a especialização na educação infantil, porque era a área
que queria trabalhar e após o concurso precisava do aumento da pós.
Professora 2: Realizei a especialização na educação infantil, porque era a área
que me identifico e trabalho desde que passei no primeiro concurso e não tenho
interesse de fazer uma nova pós.
Professora 3: Sou especialista em educação infantil, e faço mestrado em
educação profissional, e não tenho nenhum aperfeiçoamento na área de
inclusão, porque antes era tão raro receber um aluno com laudo em sala.
Professora 4: Sou especialista em psicopedagogia, não apenas para o
aumento salarial, mas por interesse na área, e constantemente participo de
cursos, palestras, eventos sobre inclusão, práticas pedagógicas ou qualquer
tema voltando para a inclusão, porque atualmente o caso de crianças com
deficiência aumentou bastante, e eu tenho que saber lidar com esse contexto, já
que me formei a muitos anos e não estudei muito sobre o assunto.

Os dados analisados ressalva carência na formação acadêmica das professoras,


perceptível pelo currículo, e pela didática em sala de aula com os alunos, a ausência de
práticas e planejamento inclusivo. Diante disso, foi questionado sobre especializações,
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formação continuada, aperfeiçoamento relacionado à inclusão, principalmente com o


alto índice de alunos com deficiência na escola e até mesmo em sala de aula, tendo em
vista que uma das professoras possuem 2 alunos com laudo e 2 em investigação. Mas
a falta de interesse no aprimoramento do currículo voltado para a inclusão é quase
unânime, sendo apenas uma das professoras que muda o discurso.
Na entrevista foi questionado sobre qual era a concepção individual de cada uma
das docentes sobre inclusão dos alunos na educação infantil e como elas realizavam
esta inclusão:
Professora 1: Incluir o aluno com deficiência na escola regular para ser tratado
igualmente junto aos demais. Temos que seguir a Lei, mesmo que não
concordamos, receber um aluno sem auxiliar e estagiário é muito complicado,
mas temos que cumprir ao lei, se não, somos a errada em recusar a receber o
aluno, mas incluir o aluno, eu não tenho como fazer sozinha.
Professora 2: A inclusão ocorre no atendimento da criança com deficiência na
escola, favorecendo a permanência desta na instituição assim com os outros.
Eu não realizo atividades adaptadas pois não tenho como aplicá-las sem um
estagiário.
Professora 3: A inclusão do aluno deveria ocorrer de forma completa, não
apenas na sala de aula, mas nem se quer na sala conseguimos atendê-lo como
deveríamos, eu confesso que não faço atividade adaptada, uma sala com 22
alunos, além de 2 alunos com laudo, mal consigo fazer a rotina.
Professora 4: A inclusão desses alunos deve ser realizada de acordo com as
suas necessidades, atividades adaptadas e acompanhamento, mas a Prefeitura
não envia estagiários para que possamos fazer um bom trabalho, temos que
nos desdobrar em 3 para dar conta de 25 alunos, que é o número máximo da
sala de aula, infelizmente a única adaptação das atividades que faço é incluir o
aluno nas atividades fora da sala de aula, como atividades no pátio e dentre
outras.

Fica evidenciado na fala das entrevistadas que é necessário respeitar a legislação


vigente, e receber o aluno na escola, contudo, fica claro a falta de atividades
adaptadas, plano educacional individualizado, e o interesse em mudar a situação atual
do aluno, de acordo com as observações realizadas na instituição, o aluno é apenas
recebido na escola, mas não recebe o atendimento educacional adaptado em sala de
aula, deixando as vezes de participar das atividades, por não se adaptar à turma.

7.2 OS REFLEXOS DO OBSERVADO


16

Para Valente (2001), a aprendizagem acontece em três perspectivas: a do


caçador-ativo; a do receptor-passivo e a do profissional-capaz. Porém, não somente de
forma independente, mas sim concomitantemente e intercaladamente essas
perspectivas ocorrem. De maneira predominante, essas são presentes em
determinados estágios da vida. A exemplo da infância e da terceira idade, onde
encontra-se o caçador-ativo. Ou seja, a infância, é o início da trajetória acadêmica do
aluno, é a fase inicial do seu desenvolvimento, é importante que este seja incluído na
rotina da escola, tenha um acompanhamento individualizado, seja incluído nas
atividades, caso contrário, ele estará apenas presente na aula e não ativo nesta.

A essência da atividade dinâmica (prática) do professor é o ensino-


aprendizagem. Ou seja, é o conhecimento técnico prático de como garantir que
a aprendizagem se realize como consequência da atividade de ensinar.
Envolve, portanto, o conhecimento do objeto, o estabelecimento de finalidades
e a intervenção no objeto para que a realidade (não aprendizagem) seja
transformada, enquanto realidade social. (PIMENTA, 2012,p. 95)

O aluno necessita do estímulo e acompanhamento do professor para que seja


possível desenvolver a inclusão desse aluno, as professoras já possuem mais de 5
anos de conclusão de curso e a academia não contemplou todo o conhecimento
necessário para o atendimento das crianças com deficiência, e a realidade atual da
rede municipal de educação é extremamente diferente dos últimos anos, considerando
o alto índice de crianças com laudo ou em investigação. O professor precisa intervir,
transformar a realidade do aluno, incluí-lo na realidade social da escola e para isso,
precisa de uma forma continuada específica, aperfeiçoamentos, cursos, palestras,
seminários e dentre outros.
Mediante o exposto, resta demonstrado que de fato, a inclusão do aluno não
ocorre de fato, por diversos fatores, a falta de formação continuada, a ausência de
auxiliar de sala, estagiário ou professor auxiliar, e não menos importante, mas um dos
principais fatores é a falta incentivo, apoio e orientação da coordenação e da gestão da
escola, as professoras não recebem o devido apoio na adaptação das atividades, e
nesse aspecto fica evidenciado falta de atenção da coordenação pedagógica e da
gestão pedagógica da Instituição.
17

Assim, entende-se que a profissionalidade específica da coordenação


pedagógica em creches e pré-escolas esta relacionada à ação do coordenador
pedagógico junto aos professores, crianças e famílias, tendo como referência
seus conhecimentos sobre criança, infância, desenvolvimento infantil e EI, suas
competências e sentimentos. (PEREIRA, 2015, pág. 7)

Conforme citado acima, a coordenação pedagógica tem a função de atuar junto


aos professores, estabelecendo uma aliança da escola e a família do aluno, é de
extrema importância que essa relação exista e seja mantida durante toda a
permanência do aluno na escola, pois é através desta, que o aluno conseguirá um
melhor acompanhamento e desenvolvimento na instituição, pois o trabalho que será ali
desenvolvido deve ser continuado em casa, com a ajuda dos pais ou responsáveis.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante as entrevistas realizadas, através de perguntas norteadoras e na


observação da rotina da escola e do cotidiano da sala de aula, que a formação
acadêmica das professoras em pedagogia não é o suficiente para o ensino infantil das
crianças com deficiência, é evidente a necessidade da formação continuada específica
na educação inclusiva, principalmente na realidade dos dias atuais a qual é retratada
nessa pesquisa através de um Centro Municipal de Educação Infantil localizado na
cidade de Parnamirim/RN.
A necessidade de um auxiliar de sala ou estagiário, acompanhando e auxiliando a
criança é de extrema importância para o desenvolvimento educacional desta, um único
profissional para atender 20 a 25 crianças sozinho, não consegue efetivar um bom
trabalho, e ao menos atender as necessidades educacionais específicas do aluno com
laudo, e além disso, é necessário à adaptação das atividades em sala e fora dela, o
docente deve incluir no planejamento semanal, interações inclusivas, independente do
local no qual seja desenvolvida a atividade, pois a inclusão deve acontecer em todo o
espaço escolar.
18

A inclusão do aluno da educação infantil não acontece apenas dentro da sala de


aula, mas também fora, seja no refeitório, pátio, parque, sala de vídeo, sala de leitura e
demais espaços da escola, todos os locais são palco da educação, a relação e
interação com o outro e o meio que a criança está inserida contribui para o seu
desenvolvimento. Progressos em face da educação inclusiva tem acontecido, para
melhor atender o aluno e ampliar a rede de colaboração na escola, a criação do cargo
do apoio escolar foi um passo fundamental para os alunos, pois esses profissionais são
responsável pela alimentação, higiene e locomoção das crianças, favorecendo assim a
presença e participação desses alunos nas atividades externas à sala de aula,
contribuindo para a ampliação do trabalho do professor e efetivando a inclusão do aluno
no ambiente escolar.
Nos dias atuais, é perceptível o aumento da demanda de alunos com
necessidades educacionais, como no CMEI citado, foram identificados 21 alunos,
sendo desses 10 com laudo e 11 sem laudo conclusivo determinando alguma patologia
clínica, são evidências que ainda existe a necessidade da sala de atendimento
educacional especializado (AEE) exclusiva para o próprio centro infantil, pois a
quantidade de alunos da educação especial cresceu consideravelmente nos últimos
dois anos. Não esquecendo que é impreterível a formação continuada do professor,
tendo em vista o tempo de carreira, as mudanças na educação e a demanda de alunos
com deficiência na sala de aula, é necessário que ocorra a capacitação desses
profissionais, mesmo com uma rede de apoio em ascensão.
Assim como no passado, nos dias atuais, é de extrema importância à participação
e a inclusão familiar do aluno com deficiência na instituição de ensino, com efetivação
da gestão democrática na escola, esse vínculo entre a escola e família tem se
fortalecido e ampliado, pois é necessário o estreitamento do contato entre ambos, pois
a família é a extensão da educação dessas crianças, tendo dessa forma que andar de
mãos dadas, através de apoio mútuo e confiança. Assim como, o incentivo e
acompanhamento da gestão com os docentes, buscando uma troca de conhecimento a
primoramento nas práticas e inovações educacionais, como a promoção de cursos e
atividades inclusivas na escola.
19

9 BIBLIOGRAFIA

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10 ANEXOS

10.1 ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA

1. Você possui alguma especialização?


2. Há quantos anos leciona? E na rede municipal de Parnamirim?
3. Já fez algum aperfeiçoamento ou qualquer outro tipo de formação continuada voltada
para a inclusão escolar?
4. Na sua concepção, o que é inclusão?
5. Como é sua prática inclusiva com os alunos em sala?

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