OFICINAS PEDAGÓGICAS: A IMPORTÂNCIA DO

LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Anna Beatriz de Araújo Bacelar Leão, Pamela Martins Lima Cezimbra, Keila Gervásio¹
Mirley Teodoro do Nascimento²

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo oportunizar ao educador a compreensão do significado e da

importância das atividades lúdicas na educação, procurando provocá-lo, para que insira o brincar
em seus projetos educativos, tendo intencionalidade, objetivos e consciência clara de sua ação em
relação ao desenvolvimento e à aprendizagem infantil. Por meio das atividades lúdicas, a criança
comunica-se consigo mesma e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações
sociais, constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente.

Palavras-chave: lúdico. brincar. aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

Brincar com a criança não é perder tempo, é ganhá-

lo; se é triste ver menino sem escola, mais triste
ainda é vê-los sentados, tolhidos e enfileirados em
uma sala de aula sem ar, com atividades
mecanizadas, exercícios estéreis, sem valor para a
formação dos homens críticos e transformadores de
uma sociedade.

Carlos Drummond de Andrade

Ao pensarmos na palavra lúdico automaticamente pensamos em um momento de lazer, de

brincadeira e descontração e é exatamente isso que o lúdico proporciona, momentos de diversão,
contudo, o lúdico é muito mais que isso. Quando adultos nos deparamos com uma montanha de
problemas que acreditamos não ter solução, corações partidos, trabalhos mal remunerados,
frustações pessoais e profissionais e sempre que precisamos fugir desse caos procuramos ouvir
música, ir a praia, sair com os amigos, assistir filmes que se pareçam com nossa realidade e que de
alguma forma possam nos dar uma resposta para nossas inquietações.
Com a criança acontece o mesmo, mas seu mundo, muitas vezes é tão limitado, cheio de
regras e ela precisa aprender a lidar com as suas próprias frustações. Enquanto adultos, responsáveis

1 Nome dos acadêmicos

2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (FLC3930PED) – Prática do Módulo VII –
08/12/2022
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por estes pequenos é nosso papel proporcionar momentos onde elas possam encontar um meio de
resolver seus problemas e é aí que entra o lúdico.
FIGURA 1 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM

FONTE:
https://www.saomarcosonline.com/wp-content/uploads/2018/05/23799917_1525924620826710_670102718041029899
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As atividade lúdicas são uma forma de nós professoras trazer para a sala de aula debates
sociais e realistas, do dia a dia e que são necessários para o desenvolvimento da criança. Uma
atividade lúdica não é só brincar, é uma atividade planejada, por nós, professoras, para facilitar o
aprendizado, pois as crianças elas aprendem enquanto brincam, a brincadeira mesmo, na hora do
recreio da escola ajuda a criança em desenvolver outras aptidões, que não nos convem abordar aqui,
mas que pode ser assunto de um próximo trabalho. Nosso foco hoje é trata da “brincadeira de sala
de aula” como assim é chamada a atividade lúdica por muitos pais, por não terem o conhecimento
da importância daquela “brincadeira”
As atividades lúdicas permitem o desenvolvimento integral da criança, trazendo benefícios
físicos como o desenvolvimento de habilidades motoras e expressão corporal, também proporciona
o desenvolvimento cognitivo, pois durante a atividade lúdica a criança trabalha inúmeras
habilidades, dentre elas as perceptuais como a atenção, por exemplo, já no contexto social, é através
do lúdico que as crianças se deparam com problemas reais, trazidos para o ambiente escolar de
modo educativo, então ao ser exposta a situações semelhantes as reais a criança aprende a interagir
com as pessoas, aprendem a compartilhar a dar a vez ao próximo, aprendendo a dividir a atenção
com os outros. É através de atividades lúdicas que nós ensinamos valores e o respeito ao próximo e
suas diferenças.
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FIGURA 2- A IMPORTÂNCIA DO APRENDIZADO LÚDICO

FONTE: https://kitsoescola.com/wp-content/uploads/2020/07/a-importancia-do-aprendizado-ludico-930x620.jpg

Neste trabalho vamos abordar a importância do lúdico na vida das crianças e como elas
impactam diretamente em sua formação e amadurecimento. Atraves de um questionário
realizado com a turma do 5º período do curso de pedagogia da UNIASSELVI poderá ser visto
diferentes interações com pessoas de diferentes lugares do Brasil, selecionamos aqui neste
trabalho 3 pessoas, anônimas, onde suas respostas são bem diferentes umas das outras e
podemos ver de que forma o lúdico foi abordado durante a infância dessas pessoas, de que
forma as brincadeiras contribuíram para sua formação adulta e profissional, afinal, todos são
alunos de licenciatura e futuros professores/professoras.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

“A Educação Infantil no Brasil, inicialmente se caracterizou por um atendimento

assistencialista” (BACELAR, 2009), mesmo sendo de maior prioridade dar auxilio as mães que
trabalhavam fora de casa, a expansão da Educação Infantil trouxe outras perspectivas, mas que
também, apesar das variações o atendimento dessa modalidade ainda é voltado para o cuidado com
as necessidades básicas de crianças de 0-3 anos, que corresponde a creche e ao preparo das crianças
de 4-6 anos, que estão na pré-escola, para a entrada no ensino fundamental (CAMPOS apud
BACELAR, 2009).
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Ainda com esta visão de que a sala de aula da Educação Infantil precisa ser acolhedora e
capaz de cativar as crianças

Pestalozzi afirmava que a função principal do ensino é levar as

crianças a desenvolver suas habilidades naturais e inatas. A
escola idealizada por Pestalozzi deveria ser não só uma
extensão do lar como inspirar-se no ambiente familiar, para
oferecer uma atmosfera de segurança e afeto. (VENTAVOLI,
JUNIOR E BORGES, 2017)

Esse ambiente idealizado por Pestalozzi, e abordado pelos autores citados, torna as vivências
educativas muito mais satisfatórias e com resultados duradouros, sendo função do professor
promover o desenvolvimento dos valores que a criança já possui e elevar a importância da família
na formação da personalidade da mesma (VENTAVOLI, JUNIOR E BORGES, 2017).

FIGURA 3 MÉTODOS LÚDICOS PARA TRABALHAR A MOTIVAÇÃO EM SALA DE AULA

FONTE: https://th.bing.com/th/id/OIP.QQ105EK1FG9LIRoBvapVuwHaE8?pid=ImgDet&rs=1

Os professores contemporâneos, pelo menos em alguns países, inclusive no Brasil, estão

imersos em uma tarefa séria e desafiadora: Educar os indivíduos em uma sociedade onde o
conhecimento cognitivo racional é o único objetivo, com vistas a passar exame de vestibular
(BACELAR, 2009). Essa exigência, ao meu ver, torna a sala de aula um ambiente, muitas vezes,
um local de difícil convivência para os alunos.

A valorização do desenvolvimento cognitivo, racional,

informativo vem em detrimento de outras capacidades e
habilidades que integram as dimensões do ser humano, as quais
deveriam fazer parte do programa de todas as instituições
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educacionais. Infelizmente, nem a esta dimensão mental, a que

se propõem os referidos programas, a escola tem correspondido
satisfatoriamente, considerando-se as lacunas de conhecimento
e de cultura dos nossos jovens e adultos atualmente. Para o
educador da educação infantil, especificamente da creche, essa
realidade chega a ser angustiante, levando-o, frequentemente,
ao desestímulo, à baixa auto-estima, a somatizações e até ao
abandono da carreira. (BACELAR,2009)

Na visão de Bacelar (2009), e confesso que compartilhamos de sua visão, os professores são
apenas vítimas de um sistema que cada vez mais negligencia todos os aspectos da educação, desde a
falta de recursos humanos e materiais até a falta de políticas públicas que se encaixem no caráter de
um país tão rico em artes, conhecimento, cultura, geografia, tradições, etc.
Enfrentando as dificuldades constantes - falta de materiais, condições insuficientes, apoio
emocional insuficiente, etc. – resta ao professor viver na miséria se quiser continuar a sobreviver na
sua profissão. Pode parecer exagero, mas esta é a realidade, apontada por Bacelar (2009) e também
a que vivenciamos hoje, ao acompanhar as atividades das professoras durante as atividades de
estágio que já realizamos.
Retornando então a sala de aula, nos deparamos ainda com espaços pequenos, cheios de
cadeiras, uma turma com mais 20 alunos matriculados e muitas vezes o professor não conta nem
com um apoio de um auxiliar de sala, que são colocados apenas quando há requisição da escola para
a secretaria de educação em caso excepcionais, como por exemplo quando na sala há alunos com
necessidades especiais, esses relatos são meus, por experiência em um estágio nos anos iniciais do
ensino fundamental em uma escolinha próxima a minha residência.
Apesar de tais dificuldades temos professoras que dedicam sua vida a esta profissão e que se
esforçam para que a sala de aula seja de fato um objeto de transformação proporcionando
momentos lúdicos com as crianças, como jogos, brincadeiras, rodas de leitura, ações simples, mas
que se tornam de fato significativas para a aprendizagem.

Na perspectiva histórico-cultural, a criança e o conhecimento

devem interagir de forma mútua nos aspectos afetivos e
científicos fazendo relação com o cotidiano da criança,
acreditando que a diversidade e heterogeneidades devem ser
consideradas elementos essenciais no desenvolvimento infantil.
Então, para perspectiva histórico-cultural, a aprendizagem, o
ensino e o desenvolvimento são processos que não se
confundem, mas estão interligados, dependendo um do outro.
(CREMONINI, 2012)

3. METODOLOGIA
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De acordo com a BNCC (2018), os eixos estruturantes da Educação Infantil são as interações
e a brincadeira, buscando garantir aos alunos o direito de conviver, brincar, participar, explorar,
expressar e conhecer-se durante todo o processo de aprendizagem e desenvolvimento. Tendo em
vista isso, o respectivo trabalho buscou refletir acerca da importância do lúdico na Educação
Infantil. Para isso, foram realizadas pesquisas em artigos científicos e livros com base nesse tema
através de recursos tecnológicos, utilizando fontes seguras e autores de renome nesse assunto para o
desenvolvimento do trabalho.

Figura 1 – BNCC

Fonte: BNCC (2018).

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao longo do trabalho foi observado que, de acordo com Melo (2011), o professor
desempenha um papel muito importante no desenvolvimento da ludicidade no espaço escolar. Mas,
para isso, esse profissional precisa compreender a importância do lúdico e inclui-lo em seus
projetos e planejamentos, com atividades dinâmicas, agradáveis, descontraídas e divertidas.
Explorando a imaginação, o faz de conta e a criatividade através de brincadeiras, jogos e músicas.

Usando o lúdico, o professor irá estimular, incentivar e levar os alunos a refletirem, a

pensarem, a exporem suas ideias e a interagirem impactando diretamente no pensamento crítico, na
criatividade e na socialização. Com isso, possibilitará uma aprendizagem mais significativa e
prazerosa, colaborando para o progresso cognitivo dos alunos (MELO, 2011).

Levando em consideração tais aspectos, o lúdico é um excelente recurso para o professor,

pois desperta o interesse, a participação e o envolvimento dos alunos durante todo o processo de
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ensino e aprendizagem. No entanto, tudo deve ser planejado, organizado e utilizado pelo professor
com critério, no momento adequado e com intencionalidade (PIANEZZER, 2016).

Tendo em vista tudo isso, foi realizado um questionário com três estudantes de Licenciatura
em Pedagogia do Módulo V da Uniasselvi, com objetivo de instigar os futuros docentes a refletirem
a respeito da importância do lúdico no processo de ensino e aprendizagem e a perceberem a sua
responsabilidade como professores na vida dos seus alunos, pois tudo que uma criança vive e
experiência durante toda a sua infância, impactará fortemente para o resto de sua vida. Através das
respostas desses docentes em formação, pode-se perceber como eles enxergam o lúdico, como o
lúdico era visto durante a infância deles e o quanto a presença e a falta de atividades lúdicas
impactou em suas vidas até os dias de hoje.

TABELA 1 – Questionário com estudantes de Licenciatura em Pedagogia

QUESTIONÁRIO:

1- O que é o lúdico para você?

Resposta A: Brincadeira, diversão, momento de lazer e de proporcionar aprendizado por meio da brincadeira.

Resposta B: Algo que conecta conhecimento e brincadeira.

Resposta C: O lúdico representa tudo aquilo que te leva a brincar, divertir, ou seja, fazer aquilo que a imaginação te
pede de maneira que te favoreça momentos felizes.
2- Na sua infância, como foi a sua experiência na escola?
Resposta A: Tive experiências muitos boas, um ou outro momento traumatizante, mas estou viva.

Resposta B: Péssima, sofria bullying.

Resposta C: Na minha infância eu vivi momentos que marcaram minha vida até nos dias de hoje. Ou seja, na minha
infância eu brincava muito, existia diversas brincadeiras como por exemplo: pula corda, esconde-esconde, tomar
banho na chuva, cair no poço, mamãe mandou, casinha de boneca etc. Esses foram alguns exemplos de brincadeiras
vividas por mim. Porém eu também trabalhava muito na roça, minha família é muito grande, então nós mesmos
teríamos que plantar nossos próprios alimentos. Mas com tudo isso eu era muito feliz.
3- Quais os momentos em que o lúdico (atividades lúdicas) estava presente no seu dia a dia?
Resposta A: Quado era pequena, na escola e em casa também, todos ajudavam com minhas atividades e
reconheciam a importância do brincar para a aprendizagem.

Resposta B: Somente nas aulas de artes e de recreação.

Resposta C: Então, sabemos que nem sempre vivemos momentos bons. Mas como sempre gosto de fazer com que
meus dias me proporcione os melhores momentos, eu fico feliz quando tudo estar bem, mas também não gosto de
reclamar quando as coisas não acontecem como eu gostaria. No meu dia à dia eu fico muito feliz quando minha
família estão todos bem e reunidos.

4- Quem eram as pessoas que faziam parte destas atividades lúdicas?

Resposta A: Na escola minhas professoras, minha mãe e tias quando a atividade era em casa.

Resposta B: Alunos

Entrevistado C: Meus irmãos. como nós éramos 10 não faltava gente pra brincar.
5- Na escola em que você trabalha hoje como são desenvolvidas essas atividades lúdicas para os seus
alunos?
Resposta A: Através de projetos, feiras e atividades realizadas anualmente.
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Resposta B: Em forma de projetos.

Resposta C: Eu ainda não atuei em nenhuma escola, só que, minha única experiência foi meu estágio, posso dizer
que na escola que eu participei eu observei que os momentos lúdicos as crianças são bem diferentes do tempo em que
eu estudava quando criança. Existia um momento específico para o momento de brincadeiras, que era o recreio,
nesse momento nós poderíamos brincar do que a gente quiséssemos. Quando terminava o recreio a gente teria que
estudar mesmo sem quaisquer tipos de entretenimento.

6- Em relação à sua formação acadêmica, como foi visto o lúdico? (através de

disciplinas, estágios ou outra experiência)
Resposta A: Disciplinas, estágios e participação em feiras.

Resposta B: Na parte dos estágios e das práticas pedagógicas.

Resposta C: Na minha visão, o lúdico é apenas uma válvula de escape para mascarar as mazelas da educação em
alguns aspectos, porém traz grandes benefícios para as crianças, assim ela consiga a aprender como viver perante a
sociedade. Aprender que o modo não é um lugar fácil para sobreviver, e que precisa aprender a viver com as
dificuldades encontradas pelas suas trajetórias desde seus primeiros anos de vida.
7- Em relação a sua atuação profissional, principalmente em relação a sua atuação na educação infantil,
quais contribuições a sua formação acadêmica trouxe para sua prática?
Resposta A: Por conta das grandes oportunidades que obtive trago para a minha sala de aula diversas coisas que
aprendi, sobre, principalmente a importância da ludicidade para a criança.

Resposta B: Programas como o PIBID e o Residência Pedagógica ajudaram bastante

Resposta C: Como já citei mais em cima, ainda não atuei como profissional. Mas com a experiência com o estágio,
vale ressaltar que não será fácil, porém nada é impossível.
8- Como você vê a sua prática no início de sua atuação profissional na educação infantil com relação a
sua prática de hoje?
Resposta A: Ainda estou no começo da carreira.

Resposta B: Ainda estou no começo.

Resposta C: Só vivendo essa experiência na prática que eu poderia responder com precisão esse questionário, mas
como acadêmica futura professora direi que será um grande desafio.
9- Diante da consideração anterior, como você trabalha o lúdico no cotidiano escolar?
Resposta A: Mensalmente a escola realiza atividades de projetos com todas as turmas, minhas turmas fazem
atividades de pintura, dança, teatrinho entre outras.

Resposta B: Não respondeu.

Resposta C: Com base no meu estágio de observação, direi que com certeza usaria de metodologias diferente das
que eu presenciei.
10- Tendo em vista sua experiência profissional, quais mudanças as atividades em sala de aula podem
trazer para a vida da criança?
Resposta A: A sala de aula pode ser um ambiente enriquecedor, tudo depende da abordagem do professor com os
alunos. Os anos iniciais são triviais para a formação da personalidade da criança como aluno e agente direto na sua
dedicação com os estudos.

Resposta B: Inúmeras mudanças, na sociabilidade, na forma de aprendizado e na desenvoltura.

Resposta C: Sou a favor das mudanças, porém algumas mudanças terão que acontecer de acordo com as
necessidades de cada criança, para que não atrapalhe o aprendizado de cada uma. Como por exemplo a metodologia
usada não alcance o intelecto do outro, por isso é importante observar o desenvolvimento de cada um
individualmente.
11- Você encontra algum tipo de dificuldade para trabalhar ludicamente com as crianças? Quais?
(institucionais, corporais, espaciais)
Resposta A: Não, são todas bem receptivas, as vezes acontece da falta de alguns materiais, mas sempre conseguimos
dar um jeito.
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Resposta B: Até agora o fato das escolas ainda verem o lúdico como algo que não é educativo.

Resposta C: Quando eu começar, talvez sim. Mesmo porque é impossível agradar a todos.
12- Você considera que o lúdico no cotidiano escolar facilita seu trabalho? Como?
Resposta A: Sim, demais, trabalhar com as crianças pequenas, principalmente com idade até os 4 anos, que requer
muito mais dinamicidade, se torna mais prazeroso e fácil de abordar por conta das atividades lúdicas.

Resposta B: Facilita, pois me aproxima dos estudantes e me envolve com eles e o conhecimento.

Resposta C: Com relação ao meu trabalho talvez sim. Porque eu não concordo em partes com a ludicidade
exagerada. Acredito que há momentos para tudo e as crianças elas precisam a aprender a ter responsabilidades desde
cedo para que si torne um adulto bem sucedido.
FONTE: Elaboração própria das autoras com base nos dados de pesquisa.

5. CONCLUSÃO

O lúdico proporciona um desenvolvimento sadio e harmonioso, sendo uma tendência

instintiva da criança. Ao brincar, a criança aumenta a independência, estimula sua sensibilidade
visual e auditiva, valoriza a cultura popular, desenvolve habilidades motoras, diminui a
agressividade, exercita a imaginação e a criatividade, aprimora a inteligência emocional, aumenta a
integração, promovendo, assim, o desenvolvimento sadio, o crescimento mental e a adaptação
social.

É buscando novas maneiras de ensinar por meio do lúdico que conseguiremos uma educação
de qualidade e que realmente consiga ir ao encontro dos interesses e necessidades da criança. Cabe
ressaltar que uma atitude lúdica não é somente a somatória de atividades; é, antes de tudo, uma
maneira de ser, de estar, de pensar e encarar o ambiente escolar, bem como de relacionar-se com os
outros alunos. É preciso saber entrar no mundo da criança, no seu sonho, no seu jogo e, a partir daí,
jogar com ela. Quanto mais espaço lúdico proporcionarmos, mas alegre, espontânea, criativa,
autônoma e efetiva ela será.

É preciso que o professor assuma o papel de artífice de um currículo que privilegia as

condições facilitadoras de aprendizagem que a ludicidade contém nos seus diversos domínios,
afetivo, social, perceptivo-motor e cognitivo, contornando e complementando a função das
instituições de ensino de mero local onde se deixa crianças para suas mães trabalharem e torne se
um local de constante aprendizagem e desenvolvimento de crianças de maneira prazerosa.
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REFERÊNCIAS

BACELAR, Vera Lúcia da Encarnação. Ludicidade e educação infantil. Salvador: EDUFBA,

2009.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (Versão Final). Ministério
da Educação, Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>
Acesso em: 08 nov. 2022.

CÔCO, Valdete; SOARES, Leticia Cavassana. Brincadeiras no parque: Sentidos produzidos a

partir de vivências na educação infantil. Revista Educativa-Revista de Educação, v. 19, n. 1, p. 7-
32, 2016.

CREMONINI, Márcia Warken. Brincadeiras de faz-de-conta na educação infantil: reflexões a

partir da ação pedagógica. Repositório Institucional da UFSC. Florianópolis, 2012. Disponível em
<https://core.ac.uk/works/18439102>. Acesso em 30 de out. de 2022

MELO, Fabiana C. M. A musicaliazação na educação Infantil e O papel do professor no processo

de musicalização. In: UNIASSELVI. Lúdico e Musicalização na Educação Infantil. 1. ed.
Indaial: [s.n.], 2011. Cap. 2, p. 131-162.

PIANEZZER, Lúcia Cristiane Moratelli. Metodologia e conteúdos básicos de matemática.1.ed.

Indaial: Uniasselvi, 2016.

SILVA, Fabiana Fernandes da. A vivência lúdica na prática da Educação Infantil: dificuldades e
possibilidades expressas no corpo da professora. Universidade Federal de São João Del–Rei-
Departamento de Ciências da Educação. São João Del–Rei–MG, 2011.

SILVA, Pamela. TCC: metodologias. Amazon. Kindle, 2017. E-book.

VENTAVOLI, Fabíola Magda Andrade; JUNIOR, José Cortez; BORGES, Rafael Silva e.
Pestalozzi e a incorporação do afeto à sala de aula. Kindle, 2017. E-book.