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FICHA DE LEITURA
“A educação infantil passou a ser, de alguns anos para cá, um espaço efetivo de
escolarização, ao contrário do que ocorria antes, quando se chamava pré-escola, e
passava a impressão de que era simplesmente um lugar em que as crianças esperavam a
vez de ir para a escola. ” (p.12)
“Já não bastasse o fato de que os pequenos geralmente se traumatizam muito com a ida
para a escola — passam dias e dias chorando, fazem um escarcéu danado por causa da
separação das coisas e pessoas de sua casa, ainda tem a questão econômica da escola:
professores competentes custam caro, e às vezes é preferível contratar alguém que não
terminou ainda sua formação, ou nem a iniciou (apesar de termos de reconhecer a
competência de algumas professoras não formadas em escolas). ” (p.13)
“A criança, em sua primeira infância, é muito centrada nela mesma. Constrói sua
realidade trabalhosamente, adquirindo noções espaciais, temporais e do próprio corpo,
diferenciando-se, assim, dos objetos ao seu redor. ” (p.13)
o A criança em sua fase inicial de acordo com o autor é muito centrada nela
mesma, esse período inicial é crucial no seu desenvolvimento cognitivo,
físico, social e emocional que é construído nas suas vivencias.
“Em relação ao seu papel pedagógico, a Educação Física deve atuar como qualquer
outra disciplina da escola, e não desintegrada dela. As habilidades motoras precisam ser
desenvolvidas, sem dúvida, mas deve estar claro quais serão as consequências disso do
ponto de vista cognitivo, social e afetivo. Sem se tornar uma disciplina auxiliar de
outras, a atividade da Educação Física precisa garantir que, de fato, as ações físicas e as
noções lógico-matemáticas que a criança usará nas atividades escolares e fora da escola
possam se estruturar adequadamente. ” (p.15)
o Este ponto fala da importância da Educação Física como disciplina, que deve
ser inserida no âmbito escolar e não ser retirada, pois nela vai ser trabalhado
as habilidades motoras que consequentemente ajudaram no desenvolvimento
cognitivo, afetivo e social.
“Vencida a primeira etapa da viagem, a criança parte para outras, mais arriscadas, mais
distantes. Em sua bagagem, entretanto, carrega todas as conquistas da primeira. Seus
meios de transporte, que no começo eram os automatismos, passam, após poucos meses,
a constituir movimentos intencionais.... Nessa segunda etapa da viagem, os atos motores
se ampliam. A matriz inicial, de poucas ações, dá origem a diversos esquemas motores,
de tal forma que a mão que podia pegar agora pode manipular objetos e levá-los à boca,
que é capaz de sugar. A criança se arrasta para alcançar as coisas que a atraem, vê mais
longe, distingue sons e imagens, engatinha, fica em pé e anda. ” (p.17)
o Quando nascemos saímos do ambiente confortável do útero, somos expostos
ao um ambiente novo que temos que nos adaptar, na primeira etapa
passamos por um processo de desenvolvimento que é automático devido as
necessidades, com o passar do tempo os movimentos acabam sento
intencionais, na segunda etapa do desenvolvimento humano, os movimentos
motores se ampliam no gesto de pegar e segurar já se avança com de
manipular os objetos ou levá-los a boca, e a cada vez vamos nos
desenvolvendo mais ainda no de gatinhar, pegar coisas, ficar de pé e andar.
o De fato, tudo que é visto como lixo ou descartável para nós adultos, para
uma criança se torna algo extraordinário, assim como o autor diz adquirem
vida esses objetos, podem tornar-se várias coisas, como brinquedos que pode
fazer parte de suas histórias.
“O mais importante é fundamental é que a criança não seja privada da Educação Física
a que tem direito. Desloquemos a questão dos interesses mais gerais. Se a pessoa mais
competente para cumprir a tarefa aqui discutida for o profissional de Educação Física,
então deveria ser ele o indicado pelo poder público para realizar essa tarefa. Se ele não
possuir essa competência, e a professora de sala sim, não há dúvidas de que ela seria a
profissional mais indicada. ” (p.41)
“Crianças dos anos iniciais do ensino fundamental 1 diferem, de modo geral, daquelas
que estão na primeira infância em um aspecto fundamental: passaram os anos anteriores
de suas vidas formando estruturas motoras, afetivas, sociais e cognitivas para agir com
compreensão, no mundo em que vivem. Ou seja, a questão para o ser humano não é só o
fazer, mas o tomar consciência daquilo que faz. ” (p.43)
“A criança compreende aquilo que vive, que concretiza na sua ação. Quando, num
contexto de jogo, o professor oferece materiais variados, que podem inclusive ser
confeccionados junto com as crianças, está permitindo que elas possam vivenciar e
tomar consciência da realidade concreta, transformando o real em função de suas
necessidades. ” (p. 55)
“O que se vê, na maioria das vezes, é uma quase total desconsideração, por parte da
escola, do conhecimento que toda criança com certeza possui, independentemente da
escola. Ora, se quanto à leitura e à escrita a criança chega às instituições de ensino com
um considerável conhecimento, que dirá das atividades corporais? Ela é uma
especialista em brinquedo, mais até que a própria professora. Não uma especialista em
teorizar sobre o brinquedo, mas em brincar. ” (p.57)
4. A respeito do jogo
“Existe muita confusão a respeito dos termos brinquedo, brincadeira, jogo e esporte. As
definições dessas palavras em nossa língua pouco as diferenciam. Brincadeira,
brinquedo e jogo significam a mesma coisa, exceto que o jogo implica a existência de
regras e de perdedores e ganhadores quando de sua prática. Também esporte e jogo
representam quase a mesma coisa, apesar de esporte ter mais a ver com uma prática
sistemática. ” (p.60)
5. Cognição
o A cognição está ligada a informação que obtemos ao longo da nossa vida por
meio de ensino e experiências, a cognição está ligada aos nossos sentidos,
nesse processo inclui-se a atenção, memoria, conseguir tomar decisões,
linguagem e foco que devem ser trabalhadas.
6. Motricidade
“Não sou partidário das linhas de Educação Física que se identificam com
aprendizagem motora, creio ter deixado isso claro ao longo do texto. Em primeiro lugar,
porque não acredito numa aprendizagem que não seja significativa, isto é, que não
esteja vinculada ao contexto concreto da vida das crianças, de sua cultura, de sua
sociedade. Em segundo lugar, porque creio que a Educação Física deve ser uma área de
promoção humana. Ser humano é mais que movimentar-se, repito; é estabelecer
relações com o mundo de tal maneira que se passe do instintivo ao cultural, da
necessidade à liberdade, do fazer ao compreender, da sensível à consciência. ” (p. 75)
7. A questão da competição
“De fato, a competição exige a presença do outro. Nenhuma criança poderá se sair
vencedora em um jogo se não houver uma outra que esteja competindo com ela. Nesse
sentido, a competição ganha características de verdadeira cooperação. Creio que a
escola deveria explorar principalmente esse aspecto do jogo competitivo. ” (p. 80)
“Não se trata apenas de uma questão de repressão do adulto sobre a criança. Quanto
mais nova ela for, maior será a resistência para sufocar um desejo. A criança chora,
esperneia, grita, tentando, de todas as formas, fazer valer sua vontade. Geralmente não
consegue, pois os mecanismos de repressão adulta são muito fortes e violentos. Talvez
seja necessário que aqueles que educam crianças mais novas (da primeira infância) —
pais, professores, assistentes — entendam a dificuldade que uma criança tem para se
colocar no ponto de vista do outro. Esta é a condição necessária para levar em conta os
desejos e interesses dos demais e assim, voluntariamente, ceder dos próprios, pelo
menos em parte, a partir do que se podem estabelecer regras de convívio social. Antes
de um certo amadurecimento, isso é bastante difícil, e a criança bem que se esforça.
Basta observá-la brincando. ” (p. 82)
o Nas primeiras fases da infância as crianças tende a fazer algumas birras, como
gritar, chorar, espernear ou até mesmo jogar objetos que estão a sua volta, estas
situações acontecem quando a uma repressão dos seus desejos ou vontades, o
adulto que tem os mecanismos da repressão mais forte acaba não cedendo ou
agindo de forma violenta. As crianças pequenas precisam da mediação dos pais,
professores ou responsáveis, de fato, entendem que as crianças nas fases iniciais
tende a ter mais dificuldade de entender o lado do outro, por isso é importante a
mediação, porque é a partir disso que estabelecem regras para ajudar no
convívio social. Notasse que não é fácil para os pequenos, até buscam tentar se
esforçando.
“Não há dúvidas de que essa forma dá mais trabalho para o professor que a tradicional.
Pode ser que, no início do programa, com crianças pouco acostumadas ao processo, se
leve mais tempo na organização que no jogo propriamente. Acontece que a organização
faz parte do jogo, uma parte de que, quase sempre, só o professor participa. ” (p.84)
9. Afetividade
“A afetividade do educador é colocada em evidência, mais que nunca, quando da
realização de atividades de Educação Física. Lidar com corpos em movimento não é o
mesmo que fazê-lo quando são obrigadas a permanecer imóveis, olhares fixos no
quadro-negro ou cabeças baixas sobre os cadernos. ”. (p. 87)
o Quando uma criança aprende com prazer, este conhecimento fica marcado em
sua mente, os jogos não têm o objetivo de prejudicar o aprendizado da criança,
mas sim ajudar o aluno a se desenvolver, na educação infantil o jogo sempre
anda junto com as atividades tanto que não se pode vê-los separadamente.