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FAVENI - Faculdade de Venda Nova do Imigrante

NEUROPSICOPEDAGOGIA CLINICA

SUZANA CRISTINA BERTOCCO RUIZPEREIRA DE ASSIS

A IMPORTÂNCIA DA NEUROPSICOPEDAGOGIA NA ESCOLA

SÃO VICENTE
2021
A IMPORTÂNCIA DA NEUROPSICOPEDAGOGIA NA ESCOLA

Suzana Cristina Bertocco Ruiz Pereira de Assis.

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO

A pedagogia neuropsicológica é um novo campo de conhecimento que visa pensar e lidar com as
dificuldades de aprendizagem. Este artigo é baseado em publicações da literatura bibliográfica de autores
conhecidos que se concentram no ensino de leitura e escrita com crianças em idade escolar, e as
escolas são espaços institucionais que ajudam a desenvolver práticas de educação neuropsicológica.
Este artigo introduz a importância de especialistas em educação neuropsicológica em instituições
escolares como um auxílio para superar problemas de aprendizagem. As opiniões de vários autores
sustentam o referencial teórico utilizado para argumentar e contrariar os dados obtidos, destacando as
contribuições e limitações que ainda existem na prática neuropsiquiátrica. Não há aprendizado sem o
cérebro, incluindo ciência, neurociência e neurolearning. Compreender a função do cérebro e do sistema
nervoso é essencial para entender o processo de aprendizagem. Na área do cérebro responsável pelo
aprendizado, a plasticidade neural é maior e a área do córtex cerebral é ativada ao mesmo tempo no
processo. Fatores importantes que os profissionais da educação devem conhecer. Ao estudar a maneira
como o cérebro aprende, os professores obterão maior sucesso na arte de ensinar.

PALAVRAS-CHAVE: Neuroaprendizagem. Dificuldades de Aprendizagem. Aprendizagem significativa.


Córtex Cerebral.
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1 INTRODUÇÃO

A pedagogia neuropsicológica é um campo de conhecimento que está


intimamente relacionado a outros conhecimentos e princípios em diferentes partes das
humanidades, incluindo psicologia, pedagogia, sociologia, antropologia etc., para
desconstruir as falhas da escola e entender os erros individuais no processo de
construção. Seu conhecimento, aprendizado significativo e interação são fatores
importantes no desenvolvimento de habilidades cognitivas.
Portanto, os profissionais de pedagogia neuropsicológica desempenham um
papel importante na resolução e resolução de dificuldades de aprendizagem na fase de
alfabetização. Como aprender a ler é fazer com que as crianças enfrentem novos
desafios relacionados ao conhecimento da linguagem, essa tarefa se torna complicada
e requer uma equipe interdisciplinar cujo objetivo é determinar as causas das
dificuldades de aprendizagem, nas quais a etiologia do problema pode ser baseada.
Vários tipos de psicose biológica e doenças sociais da família.
Como a relação entre o sucesso de aprender a ler e as habilidades intelectuais
deve ser considerada, são esperadas dificuldades no processo. Comparadas com
crianças mais fracas, crianças com habilidades de inteligência mais altas
definitivamente terão mais habilidades de leitura e escrita.
Outro fator a considerar é a aprendizagem significativa, na qual o novo
conhecimento adquirido está relacionado ao conhecimento anterior do aluno, sendo
importante ressaltar que este é um processo dinâmico, no qual a formação de novos
conceitos se torna um futuro para novas aprendizagens. Ponto de ancoragem
(AUSUBEL et al., 1980).
O conhecimento existente na estrutura cognitiva dos alunos é chamado de
descendente por Ausubel, ou seja, os descendentes são todos conhecimentos prévios
dos aprendizes e podem ser usados como base para novas informações relevantes.
Portanto, existe uma conexão substancial entre os dois. Não há dúvida de que temos
importantes experiências de aprendizagem que podem ser usadas como métodos
eficazes de ensino na educação. Alguns educadores acreditam que os alunos devem
aprender muito.
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O conhecimento oral que a criança trouxe é extremamente importante para a sua


aprendizagem. Estudos bibliográficos indicam que esse conhecimento deve ser
utilizado pelos educadores na forma de interação com a linguagem. A aprendizagem
deve ocorrer nos três espaços da criança: escola, família e sociedade.
Geralmente, acredita-se que as questões socioeconômicas atuais e a
desagregação familiar (separação/divórcio) impedem que os pais participem ativamente
da escola, aumentando assim os problemas de indisciplina, dificuldades educacionais e
consequentes abandono escolar. Essa situação pode ser aliviada se a família se
envolver mais na vida escolar das crianças.
É um erro grave pensar que o aprendizado começa na idade escolar; o fato é
que as crianças desenvolveram hipóteses e têm uma certa compreensão do mundo
antes de irem para a escola e, portanto, apresentam um conteúdo importante em seu
aprendizado.
Como todos sabemos, a influência da família é o fator decisivo para a
aprendizagem dos alunos. Os pais ausentes não estão interessados nas atividades
diárias de seus filhos na escola e no ambiente social e familiar. Estas crianças vivem
uma vida desvalorizada e emocionalmente depreciada, resultando em desconfiança,
insegurança, baixa produtividade e tédio, para que fiquem impressionado. Esses alunos
encontrarão mais dificuldades no processo de ensino da aprendizagem escolar no
futuro.

2 ALFABETIZAÇÃO COM AUXÍLIO DA NEUROPSICOPEDAGOGIA

O processo de alfabetização envolve o desenvolvimento de um conjunto de


habilidades para facilitar a leitura e a escrita e a sequência pré-definida do curso de
alfabetização que orientará o aprendizado (metacognição) (DE ABREU, 2010).
Segundo Vygotsky (1988), nos estágios iniciais da escola, os alunos estão
aprendendo a ler. Prioridade, atenção e energia estão focadas em quebrar,
decodificar códigos de letras, entender o significado dos símbolos gráficos e as
palavras que eles querem representar. Este é o estágio de aprender a ler. Na
segunda etapa, o aluno decodificou as palavras sem esforço e é capaz de lê-las
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fluentemente. Ele aprenderá a ler: aprenda o significado das palavras, transmita


conceitos em um determinado texto e descubra novos horizontes. Os professores
desempenham um papel ativo e são capazes de desafiar os alunos a se sentirem
cada vez mais proficientes na realização de tarefas difíceis.
Os educadores têm conhecimento, portanto, é necessário usar estratégias
(métodos) diferentes para alcançar as metas propostas, porque quando os alunos
são alfabetizados, eles serão diferentes em termos de tempo e espaço (SOUZA;
GOMES, 2015).

2.1 O que fazer com alunos que parecem não aprender?

Autores conhecidos ensinam que vários aspectos devem ser considerados,


mas um dos fundamentos é que essas crianças precisam de um monitoramento
diferente e rigoroso. Mesmo com a ajuda de colegas sugeridos em duplas, é
essencial a intervenção direta e contínua do professor. Em algum momento, o apoio
será importante para incentivá-los a continuar expressando suas ideias. O
relacionamento com a criança e o relacionamento com a criança são essenciais
para que ele se sinta capaz de aprender. No entanto, em outros momentos, são
necessárias intervenções mais explícitas para prestar atenção às características do
sistema de escrita (BEAR, et al., 2002).

A escola é uma forma específica de socialização e um lugar para


estabelecer formas específicas de relações sociais; ao disseminar
conhecimento, está fundamentalmente conectada à forma de exercício do
poder. Isso não é verdade apenas para as escolas: toda forma de
socialização, toda forma de relação social implica simultaneamente
conhecimento (conhecimento construtivo ou não construtivo, como objetivo,
explícito, sistemático, Conhecimento codificado) e o estudo das relações de
poder. Ainda a característica de um método é que ele apresenta a principal
tarefa para professores e alunos. Quando o modelo de ensino é
implementado no sistema educacional, o modelo de ensino será
implementado no escopo de uma tarefa específica com um significado
específico. O dia escolar ou a qualquer momento é a única combinação de
tarefas de alunos e professores (GIMENO SACRISTÁN, 2000, p.211).

O autor afirmou que, dessa perspectiva, o número, o tipo e a sequência de


tarefas, sua particularidade na aplicação, seu significado para professores e alunos
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e sua continuidade no conceito educacional adaptativo são definidos em conjunto. A


singularidade (DE SOUZA; DA SILVA, 2019).

2.2 Jogos Educativos

Por que usar jogos de quebra-cabeça no processo de ensino? Piaget e


Vygotsky são consistentes em teoria sobre a importância do uso de jogos no
processo de ensino.
Para Piaget (1978, p. 370) os jogos tem dupla função:

Eles consolidam a estrutura que foi formada (aprendizado significativo) e


fazem a criança se sentir feliz e/ou equilibrada emocionalmente. Ele divide
o jogo em estágios de acordo com a estrutura psicológica.
Os alunos do ensino fundamental (6 a 10 anos) estão em fase pré-
operatória e específica da cirurgia, portanto o contato com os objetos de
aprendizagem é crucial, o que é favorecido pelo uso de jogos.

Vygotsky (2001, p. 59-83 e p. 119-142) enfatizou a influência do brincar no


desenvolvimento das crianças. Com esse aprendizado, as crianças aprendem a
agir, estimulam a curiosidade e ganham iniciativa e autoconfiança. Promove o
desenvolvimento da linguagem, pensamento e concentração.
O processo de compreensão da natureza das letras do sistema de escrita
desenvolve o mecanismo para ler e escrever as palavras das crianças. Embora
muitos deles aprendam esses mecanismos com relativa facilidade, o
desenvolvimento de habilidades relacionadas à leitura e escrita de palavras leva
tempo e requer treinamento infantil. Por esse motivo, desde a primeira série do
ensino fundamental, uma série de atividades de leitura e escrita de palavras e frases
deve fazer parte do plano de ensino do professor (CASEMIRO; FONSECA, 2014).

3 A CONTRIBUIÇÃO DOS PAIS NA APRENDIZAGEM DE ALUNOS QUE


APRESENTARAM BAIXO RENDIMENTO ESCOLAR

Sabendo que as dificuldades de aprendizagem e comportamento estão


aumentando a um ritmo alarmante nas escolas, muitos pesquisadores concentraram
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suas pesquisas nesse tópico, concentrando-se na importância da família na


aprendizagem escolar. Os resultados obtidos mostram claramente que a família tem
uma grande influência no desempenho acadêmico das crianças, pode intervir para
motivar os alunos a frequentar a escola e ajudá-los a desenvolver habilidades e
habilidades por meio de relacionamentos amigáveis (DELORS; NANZHAO, 1998).
Vários autores acreditam que os pais precisam interagir com seus filhos e
escolas e estar cientes das dificuldades de aprendizagem que enfrentam para
ajudá-los a alcançar o desenvolvimento global, incluindo educação escolar, social e
intelectual para seus filhos. aluna. Funayama (2005, p. 27-28) nos diz que alguns
pais cuidam dos filhos e dos problemas em vez de se preocupar com as
dificuldades.
Smith Strick (2001, p. 17) nos diz que é muito importante para os pais de
crianças com dificuldades de aprendizagem formar uma aliança com eles na escola,
para que possam formular planos de desenvolvimento apropriados para esses
alunos, a fim de garantir suas necessidades educacionais. Acredita-se que os
problemas serão resolvidos automaticamente nesses anos; portanto, esses pais só
procuram ajuda profissional quando a situação se deteriora e seus conhecimentos e
níveis de aprendizado estão muito abaixo das expectativas e podem ser forçados a
reler o ano letivo. Os pais precisam estar cientes de que, se seus filhos têm
dificuldade em realizar tarefas, precisam de ajuda ou confirmação de outras pessoas
e têm problemas de relacionamento com seus colegas, precisam procurar ajuda
para que possam analisar a causa desse comportamento e auxiliar na educação
futura das crianças.
As crianças podem obedecer às regras somente depois de entenderem suas
razões. Da mesma forma, eles respeitarão apenas as limitações que conhecem.
Caso contrário, eles farão tudo à sua maneira. Ao estabelecer regras claras em
casa, a criança saberá exatamente a maneira correta de falar, pensar, raciocinar e
agir em cada situação, o que lhe trará segurança e tranquilidade. Limites claros
permitirão que ele saiba até onde pode ir, o que lhe trará um senso de
responsabilidade e caráter (FONSECA, 2014).
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O autor Smith e Strick (2001, p. 36) ainda nos diz que crianças com
dificuldades de aprendizado podem ser crianças inteligentes, criativas e talentosas
em outros campos, mas em nossa sociedade, a alta ênfase no desempenho escolar
faz Essas crianças se sentem derrotadas, principalmente quando comparadas com
crianças com melhores habilidades cognitivas, o que cria obstáculos cada vez mais
sérios no processo de aprendizagem. Paralelamente a uma sociedade que busca
constantemente sucesso e competência profissional, a escola também segue essa
filosofia. Aqueles que não conseguem atender aos requisitos institucionais podem
ter problemas de aprendizado. A busca incansável e direta pela perfeição leva à
marcação daqueles que não atendem aos parâmetros impostos.
Para evitar que o aprendizado escolar se torne um paradoxo, os pais têm a
responsabilidade e a obrigação de formular regras e restrições em casa, para que
os filhos aprendam a respeitar e crescer com base na compreensão dos valores
morais e morais. Portanto, é necessário entender: Há uma grande diferença entre
uma criança “ativa” e uma criança “rude”. As crianças precisam ser animadas,
precisam brincar, perguntar ou até atrapalhar. Os problemas surgem quando essas
atitudes excedem os limites e a criança não respeita o que seus pais pensam ser o
mais correto para ele. Os pais têm a obrigação de educar seus filhos. Inicialmente,
isso significava estabelecer regras básicas para sua boa convivência na família e
em toda a sociedade. Estabelecer um cronograma e tomar medidas para
conscientizar as crianças da existência de autoridade e limitações na família pode
ajudar a desenvolver os elementos básicos da formação de papéis (HERCULANO,
2015).
Tiba, (2002, p. 183) nos diz que, se for estabelecida uma parceria entre a
família e a escola, se ambas as partes falam a mesma língua e exibem valores
semelhantes, a criança aprenderá sem grandes conflitos. O que precisa ser
enfatizado é que o papel da família na educação das crianças é o fator básico na
formação da autoestima e, portanto, a base da aprendizagem dos alunos, que lhes
dá a oportunidade de crescer em assuntos que podem ajudar a construir uma
sociedade livre e democrática. Se a família não está interessada na criança e em
sua vida escolar, ela não pode aprender; portanto, quando vive com outras pessoas,
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especialmente com seus pais, a criança aprende a se comportar na sociedade. Os


comportamentos mais ingênuos são aprendidos através da imitação,
experimentação e invenção.
As crianças precisam aceitar regras claras e objetivas que possam
recompensar o bom comportamento e o comportamento disciplinado sem gritar ou
agressivo, apenas garantindo que as regras sejam seguidas. Há uma diferença
entre punição e disciplina. Punição é punição, agressão e disciplina é ensinar.
Educação é transmitir a vida (TABAQUIM, 2003). As ameaças às crianças não
podem ser resolvidas, porque os pais nem sempre as obedecem, o que acaba
levando à perda de autoridade. Suponha que a autoridade não tenha nada a ver
com gritar ou usar violência. Este não é um método de educação. Ao mostrar
restrições às crianças, você deve ser firme, mas cuidar no momento certo para que
elas saibam que as regras lhe são impostas porque você as ama (LIMA, 2017).

4 NEUROCIÊNCIA: COMPREENDENDO O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA


NERVOSO

A neurociência tenta entender as funções do sistema nervoso e integrar suas


várias funções (motor, sensação, emoção, pensamentos, etc.). O sistema nervoso é
conhecido por ser plástico, ou seja, pode mudar sob a ação de estímulos
ambientais. Esse processo é chamado de plasticidade do sistema nervoso e é
devido à formação de novos circuitos neurais, à reconfiguração de árvores
dendríticas e a alterações na atividade sináptica de um determinado circuito ou
grupo de neurônios. É essa característica em constante mudança do sistema
nervoso que nos permite adquirir novas habilidades mentais, cognitivas e
emocionais e melhorar as habilidades existentes (MANTOVANINI, 2001).
O sistema nervoso central é composto pelo cérebro e medula espinhal e
desempenha um papel fundamental no controle do sistema humano. As principais
partes do cérebro são: cérebro, tálamo, hipotálamo, mesencéfalo, ponte, cerebelo e
medula oblonga. O cérebro é o centro de controle do sistema nervoso, é a parte
mais desenvolvida e maior do cérebro e o sangue bombeado pelo coração
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representa cerca de 20% do sangue total (VAL-DA SILVA, 2010). Possui duas
substâncias diferentes: a substância branca que ocupa o centro e a substância cinza
que forma o córtex cerebral. O córtex cerebral é dividido em mais de 40 áreas com
funções diferentes, cada uma das quais controla atividades específicas. O cérebro é
dividido em duas metades, os hemisférios esquerdos e direito. O lóbulo frontal é
responsável pela cognição e aprendizagem (LUCCI, 2006).
Segundo a psicopedagoga Maria Irene Maluf, em entrevista ao Direct
Educador: “A pesquisa em neurociência deve ser aplicada em cursos profissionais
para professores”. Ele acredita que “nenhum aprendizado não pode ser feito através
do cérebro, da ciência, da neurociência e do neurolearning, e o uso de imagens
neurais é um fator importante na prevenção do fracasso acadêmico”. Apontou que a
compreensão das funções do cérebro e do sistema nervoso é essencial para a
compreensão do processo de aprendizagem (PATTO, 1999).
Maluf (2005) enfatiza a necessidade de ajustar as características etárias
específicas dos alunos para alcançar o sucesso escolar. Na área do cérebro
responsável pela aprendizagem, a neuroplasticidade é maior e o córtex cerebral é
ativado ao mesmo tempo durante o processo de aprendizagem, que é um fator
importante que os profissionais da educação devem conhecer. Ao estudar como o
cérebro aprende e usa esse conhecimento na educação, os professores obterão
maior sucesso no ensino de arte (grifo nosso).
Maluf (2005) acredita que o sucesso da escola depende do apoio da família,
devido ao apoio físico, social e emocional da criança. O apoio a professores e
escolas é essencial para ajudar a desenvolver capacidades de aprendizagem e
perceber que a autonomia é o principal objetivo da educação.

Compreender a função do cérebro é essencial para entender como


aprender na educação formal em todas as idades e em todas as situações,
especialmente para todas as pessoas na escola. No entanto, deve-se
enfatizar que, como o objetivo da neurociência cognitiva é estudar e
estabelecer a relação entre o cérebro e a cognição principalmente em áreas
relacionadas à educação, o diagnóstico precoce das dificuldades de
aprendizagem é um dos focos da aprendizagem neural. Também revelará
melhores métodos de ensino para desenvolver o cérebro. Adquirir
informações e conhecimentos entre crianças com dificuldades de
aprendizagem e dificuldades de aprendizagem e determinar seus estilos
pessoais de aprendizagem no ambiente escolar. Isso se deve
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principalmente a descobertas em neurociência, que envolvem como


desenvolver atenção, memória, linguagem, emoções e cognição, o que
trouxe contribuições valiosas para a realização da educação (MALUF,
2005).

Em vista desse complexo sistema nervoso, a estrutura de ensino da escola


deve apresentar seu conteúdo processual, com a dinâmica de grupo da turma e com
a dinâmica individual dos alunos que apresentam diversidade cognitiva para a
maioria dos alunos. O ensino deve ser direcionado e seletivo, tentando entender se
as dificuldades de aprendizagem estão relacionadas ao ambiente social da família
ou a fatores de doenças neurológicas (PERUZZOLO; COSTA, 2015).

5 CONCLUSÃO

Levando em consideração as teorias e motivações de ensino das obras literárias


dos autores consultados, as pessoas precisam cada vez mais perceber a importância e
incorporar o entendimento da função e desenvolvimento do sistema nervoso na prática
de ensino dos educadores. Analisar os recursos neurocientíficos da pedagogia
neuropsicológica como fator para descobrir dificuldades de aprendizagem nas escolas,
verificar a estrutura do ensino, materiais e métodos com professores e coordenadores e
respeitar o desenvolvimento e as diferenças cognitivas dos alunos.
Nessa perspectiva, a experiência, o conhecimento e o conhecimento acumulados
na educação infantil são considerados, primeiro, como parâmetros para práticas e
intervenções de ensino a serem estabelecidas em novas escolas primárias. Uma
questão a considerar envolve o respeito pela criança e sua vida útil. Segundo a opinião
do autor da consulta, a educação obrigatória não deve prestar muita atenção ao
conteúdo da educação, para não prejudicar a disciplina e sua forma socializada. Essa
proposição é particularmente proeminente, especialmente quando consideramos as
características da sociedade contemporânea, a aprendizagem significativa (remissão)
pode proporcionar um maior desenvolvimento cognitivo.
Por outro lado, não podemos ignorar os direitos intelectuais dessa parte da
população, especialmente o direito de obter linguagem escrita. As crianças são objeto
de interação com outros grupos sociais e suas obras simbólicas, e a linguagem escrita
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é uma daquelas obras que as crianças são familiares e curiosas para entender e usar
desde muito jovens.
No entanto, as famílias e os profissionais da educação sabem que garantir o
aprendizado da leitura e da escrita sempre foi um dos maiores desafios da escola,
especialmente considerando que a educação abrangente deve ser realizada nos três
espaços da criança: escola, família e sociedade.

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