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Vulnerabilidade e risco social e seus

desdobramentos na sociedade
contemporânea

Apresentação
A Política Nacional de Assistência Social (PNAS), aprovada em 2004, inova ao apresentar uma nova
perspectiva de análise para as situações que se colocam ao Serviço Social no cotidiano,
especialmente no que se refere à questão da vulnerabilidade e do risco social. Tais terminologias
têm sido utilizadas em substituição ao termo "pobreza", que não contempla os objetivos da política
em sua totalidade. Assim, a proteção social prevista na PNAS visa atender a situações de
vulnerabilidade e risco social por meio dos programas, projetos e serviços disponibilizados.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer conceitos importantes como vulnerabilidade e
risco social, além de conhecer as políticas de proteção social na contemporaneidade e o alcance
dessas políticas no enfrentamento das manifestações da questão social.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Definir vulnerabilidade, risco social e seus desdobramentos.


• Identificar as políticas de proteção social na contemporaneidade.
• Discutir acerca do alcance das políticas de enfrentamento às vulnerabilidades e aos riscos
como expressões da questão social.
Desafio
A Política Nacional de Assistência Social considera as situações de vulnerabilidade e risco social
como norteadoras de suas ações por serem conceitos mais amplos que não reduzem a condição do
indivíduo, apenas a sua situação econômica. Em seu cotidiano profissional, o assistente social
precisa ter claro esse direcionamento, a fim de embasar sua atuação profissional.

Suponha que você é um dos assistentes sociais de um grande hospital terciário e que atende,
portanto, pessoas com graves problemas de saúde, e recebeu a seguinte demanda para
atendimento:
Após avaliação social, indique as possibilidades que você, enquanto assistente social, identifica para
o atendimento da demanda apresentada.
Infográfico
A proteção social está prevista na Política Nacional de Assistência Social com o intuito de assegurar
aos indivíduos o atendimento de suas necessidades básicas, assegurando rendimentos, acolhida e
convívio ou convivência familiar. A Política prevê a proteção social por meio dos programas,
projetos e serviços oferecidos pelos Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e Centro de
Referência Especializado da Assistência Social (CREAS).

Confira neste Infográfico um pouco mais sobre os CRAS e CREAS.


Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Conteúdo do livro
No Brasil, a Constituição Federal de 1988 inseriu a Assistência Social na política da Seguridade
Social e assegurou proteção social não contributiva a todos os cidadãos que dela necessitarem. Em
1993, foi promulgada a Lei Orgânica da Assistência Social e dando continuidade a essa linha
evolutiva, em 2004, foi aprovada a Política Nacional de Assistência Social, que inova ao introduzir
os conceitos de vulnerabilidade e risco social, que passam a embasar as ações e o público-alvo
dessa Política. A partir disso, são oferecidos programas, projetos e serviços na tentativa de
responder às manifestações da questão social.

No capítulo Vulnerabilidade e risco social e seus desdobramentos na sociedade contemporânea, da


obra Questão Social, Direitos e Diversidade, você vai compreender um pouco mais sobre os conceitos
de vulnerabilidade e risco social, bem como da proteção social proposta na Política de Assistência
Social como forma de enfretamento às manifestações da questão social.

Boa leitura.
QUESTÃO
SOCIAL,
DIREITOS
HUMANOS E
DIVERSIDADE

Daniella Tech Doreto


Vulnerabilidade e risco social
e seus desdobramentos na
sociedade contemporânea
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Definir vulnerabilidade, risco social e seus desdobramentos.


 Identificar as políticas de proteção social na contemporaneidade.
 Discutir acerca do alcance das políticas de enfrentamento às vulnera-
bilidades e aos riscos como expressões da Questão Social.

Introdução
A vulnerabilidade e o risco social são condições vivenciadas por muitos
indivíduos usuários da Política Nacional de Assistência Social. Os termos
“vulnerabilidade” e “risco” substituíram o termo “pobreza”, já que este é
mais simples e limitado à questão econômica. Assim, a Política não deixa
de considerar a situação de pobreza, mas inclui outras questões, como
vitimizações, fragilidades e demais situações com que os indivíduos
se deparam ao longo de suas vidas em razão de contingências sociais,
econômicas e políticas. Nesse sentido, a Política Nacional de Assistência
Social propõe um padrão de proteção social destinado a atender a situ-
ações de vulnerabilidade e risco social, oferecendo programas, projetos
e serviços específicos (BRASIL, 2005a).
Neste capítulo, você vai conhecer conceitos importantes, como os
de vulnerabilidade e risco social. Além disso, vai conhecer as políticas
de proteção social na contemporaneidade e verificar o alcance dessas
políticas no enfrentamento das manifestações da Questão Social.
2 Vulnerabilidade e risco social e seus desdobramentos na sociedade contemporânea

Vulnerabilidade e risco social


Antes de estudar os conceitos de vulnerabilidade e risco social, você deve
se situar no contexto em que ambos vêm sendo amplamente utilizados.
Monteiro (2011) mostra que as discussões sobre vulnerabilidade social se
iniciaram na década de 1990, quando o conceito de pobreza começou a se
mostrar insuficiente, pois estava limitado às questões econômicas. A autora
comenta ainda que essa tendência de utilização de uma nova terminologia
também foi difundida por organismos internacionais, como a Organização
das Nações Unidas (ONU), o Banco Mundial e a Comissão Econômica
para a América Latina e o Caribe (CEPAL), orientadores do uso dos novos
termos nas políticas sociais.
No Brasil, a Constituição Federal de 1988 inseriu a assistência social na
política da seguridade social e assegurou proteção social não contributiva a
todos os cidadãos que dela necessitassem. Em 2004, com a Política Nacional
de Assistência Social (PNAS), são adotadas as recomendações dos organismos
internacionais, e as conceituações mencionadas se tornam norteadoras nessa
política (BRASIL, 2005a). De acordo com Semzezem e Alves (2013), a Polí-
tica de Assistência Social fala em vulnerabilidades referindo-se não apenas às
condições de pobreza, mas a vitimizações, fragilidades e outras situações com
que os indivíduos se deparam ao longo de suas vidas em razão de contingências
sociais, econômicas e políticas. Ainda segundo as autoras, pode-se pensar
que as vulnerabilidades “[...] vinculam-se a situações de empobrecimento da
classe trabalhadora, relacionadas a dificuldades materiais para a manutenção
da sobrevivência, mas, também, a dificuldades relacionais e culturais, pois
estas interferem na forma de viver dos trabalhadores e de suas famílias [...]”
(SEMZEZEM; ALVES, 2013, p. 144).
Para Carmo e Guizardi (2018, documento on-line):

Muito embora possamos considerar que a vulnerabilidade se instale, em maior


grau, nas populações pobres, nas sociedades capitalistas contemporâneas, em
que as relações sociais se desenvolvem por modos marcadamente complexos,
a questão econômica é relevante, porém não determinante. Devido ao precário
acesso à renda, os sujeitos ficam privados ou acessam com mais dificuldade
os meios de superação das vulnerabilidades vivenciadas, sejam tais meios
materiais ou capacidades impalpáveis, como a autonomia, a liberdade, o au-
torrespeito. É nesse sentido que se torna possível associar a vulnerabilidade à
precariedade no acesso à garantia de direitos e proteção social, caracterizando
a ocorrência de incertezas e inseguranças e o frágil ou nulo acesso a serviços
e recursos para a manutenção da vida com qualidade.
Vulnerabilidade e risco social e seus desdobramentos na sociedade contemporânea 3

Isso posto, você deve refletir sobre o que exatamente é a vulnerabilidade


social. Em termos conceituais, há uma variedade de definições, conforme
afirma Monteiro (2011). Afinal, trata-se de um tema complexo, constituído por
dimensões que podem se direcionar a uma abordagem econômica, ambiental,
de saúde, de direitos, etc. Ainda que essa temática venha sendo trabalhada
ao longo de anos, ela é um conceito em construção, dadas sua magnitude e
sua complexidade. Para alguns autores, a vulnerabilidade pode ser entendida
a partir da exposição de indivíduos a riscos de ordens diversas, como fatores
econômicos, culturais, sociais e outros que impõem desafios para seu enfren-
tamento (VIGNOLI, 2001; CAMARANO et al., 2004).
Nessa mesma perspectiva, Monteiro (2011, p. 33) também concorda que
são múltiplos os condicionantes da vulnerabilidade social, “[...] constituindo
um conjunto complexo e multifacetado de fatores emergentes do contexto,
devido à ausência ou precarização de recursos materiais capazes de garantir a
sobrevivência (variáveis de exclusão social que impedem que grande parte da
população satisfaça suas necessidades) [...]”. Assim, para a autora, a vulnera-
bilidade se constitui em uma construção social, resultado das transformações
societárias, adquirindo diferentes formatos de acordo com os condicionantes
históricos, que muitas vezes acentuam fragilidades e contradições (MON-
TEIRO, 2011).
A PNAS (BRASIL, 2005a), ao definir seus usuários, estabelece que
são os indivíduos que se encontram em situação de vulnerabilidade e risco
social. É o caso de situações como estas: famílias e indivíduos com perda
ou fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento e sociabilidade;
identidades estigmatizadas em termos étnico, cultural e sexual; desvantagem
pessoal resultante de deficiências; exclusão pela pobreza e/ou no acesso às
demais políticas públicas; uso de substâncias psicoativas; diferentes formas
de violência advinda do núcleo familiar, grupos e indivíduos; inserção pre-
cária ou não inserção no mercado de trabalho formal e informal; estratégias
e alternativas diferenciadas de sobrevivência que podem representar risco
pessoal e social.
Para Carmo e Guizardi (2018), indivíduos vulneráveis são aqueles que
não obrigatoriamente sofreram algum tipo de dano, mas encontram-se mais
suscetíveis a eles, pois estão em condição de desvantagem para a mobilidade
social, o que dificulta alcançarem patamares mais elevados de vida e cidadania.
Para as autoras, esses indivíduos precisam ser apoiados para a criação das
condições necessárias para saírem dessa situação.
4 Vulnerabilidade e risco social e seus desdobramentos na sociedade contemporânea

A Política Nacional de Assistência Social aborda a questão da territorialidade


definindo-a como essencial para se trabalhar a vulnerabilidade social, pois é no
território que se estabelecem as condições de vida dos indivíduos. Além disso, os
indicadores capazes de mensurar as situações de risco e de violação de direitos são
construídos com base no território. Pode-se considerar ainda que as vulnerabilidades
sociais relacionam-se com a situação de empobrecimento da classe trabalhadora e
com sua dificuldade em manter a sobrevivência. Isso interfere na forma de viver dos
indivíduos e de suas famílias, manifestando-se concretamente no território onde
vivem (SEMZEZEM; ALVES, 2013).

Além de estabelecer conceitualmente a vulnerabilidade social, faz-se


necessário também falar sobre o risco social, uma vez que ambos possuem
entre si uma tênue diferença. Para Hüning (2003 apud MONTEIRO, 2011),
a situação de risco concentra-se no indivíduo. Assim, possui um caráter
subjetivo, o que a naturaliza e legitima. Carmo e Guizardi (2018, documento
on-line) apontam que:

[...] as imbricações entre os conceitos de risco e vulnerabilidade no campo


da assistência social levam a concepções que tomam desde a dimensão mais
individual do primeiro sobre o segundo, passando pela assunção daquele como
a condição da frágil sociedade contemporânea e deste como a condição dos
indivíduos inseridos nesta sociedade, culminando por atrelar a situação de
vulnerabilidade dos sujeitos a um certo risco.

Você pode considerar ainda que o risco relaciona-se com a possibilidade que
determinado evento tem de acontecer. A partir disso, é necessário estabelecer
estratégias na tentativa de minimizar seus efeitos. Embora situações de risco
possam atingir todos os cidadãos, o que diferencia os sujeitos atingidos são os
recursos disponíveis para enfrentar a situação, considerando a precariedade
de vida e cidadania. As respostas às situações de risco podem ser mais amplas
para alguns do que para outros, variando conforme os mecanismos de proteção
social que os indivíduos encontram em seu território, no caso, programas,
projetos, serviços (SPOSATI, 2009).
Conforme Janczura (2012), é essencial que os indivíduos tenham ciência
dos riscos aos quais podem estar expostos, não somente na iminência de um
Vulnerabilidade e risco social e seus desdobramentos na sociedade contemporânea 5

perigo, como também antes dele. Afinal, há a possibilidade de ocorrerem


perdas pela ausência de ações preventivas, que servem tanto para minorar
o risco quanto para que ele deixe de existir. Janczura (2012) destaca ainda
a importância de a Política Nacional de Assistência Social definir quais
são as situações que mais expõem os indivíduos à violência, ao risco ou à
vulnerabilidade social.

A Política Nacional de Assistência Social foi proposta a partir de uma ideia de proteção
social que implica conhecer os riscos e as vulnerabilidades aos quais os indivíduos estão
sujeitos. Você deve ter em mente que é no cotidiano que os riscos e as vulnerabilidades
surgem (BRASIL, 2005a).

As políticas de proteção social na atualidade


Antes de iniciar seu estudo sobre as políticas de proteção social atuais, você
deve se familiarizar com o conceito de proteção adotado aqui. Tal conceito
vem de Di Giovanni (1988, p. 10): a proteção social consiste em formas “insti-
tucionalizadas que as sociedades constituem para proteger parte ou o conjunto
de seus membros. Tais sistemas decorrem de certas vicissitudes da vida natural
ou social, tais como a velhice, a doença, as privações”.
Com a Constituição Federal de 1988 e posteriormente com a regulamen-
tação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), de 1993, a assistência
social passa a ser definida como “[...] direito do cidadão e dever do Estado,
é Política de Seguridade Social não contributiva que provê os mínimos
sociais, realizada através de um conjunto integrado de iniciativa pública
e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas [...]”
(BRASIL, 1993, documento on-line). Em 2004, dando continuidade às
legislações anteriores, mais um avanço surge na área, com a elaboração da
Política Nacional de Assistência Social e a proposta de incluir os “invisíveis”
e conhecer os riscos e vulnerabilidades a que estão sujeitos os indivíduos,
bem como de viabilizar os recursos disponíveis para enfrentar essa situação
(BRASIL, 2005a).
6 Vulnerabilidade e risco social e seus desdobramentos na sociedade contemporânea

Conforme a PNAS (BRASIL, 2005a), a proteção social busca assegurar


rendimentos, acolhida e convívio ou vivência familiar. Veja a seguir cada
um desses itens.

 Segurança de rendimentos: trata-se da garantia de que todos tenham


uma forma monetária para viabilizar a sua sobrevivência, independen-
temente de limitações para o trabalho ou desemprego. Não é apenas
uma compensação do valor do salário mínimo. São exemplos de sujeitos
afetados: pessoas com deficiência, idosos, desempregados e famílias
numerosas e/ou desprovidas de recursos.
 Segurança de acolhida: é considerada uma das principais seguranças
previstas na Política de Assistência Social, pois se trata da provisão
das necessidades humanas, como alimentação, vestuário, abrigo. E
ainda prevê a autonomia na provisão dessas necessidades básicas. No
entanto, é possível que alguns indivíduos não consigam, durante sua
vida, ou até mesmo por um período dela, a autonomia na provisão
dessas necessidades básicas.
 Segurança da vivência familiar ou segurança do convívio: pressupõe
a não aceitação de situações de reclusão, de situações de perda das
relações. As barreiras relacionais criadas por questões individuais,
grupais, sociais por discriminação ou múltiplas intolerâncias estão no
campo do convívio humano. As dimensões multicultural, intergeracio-
nal, interterritorial, intersubjetiva, entre outras, devem ser ressaltadas
na perspectiva do direito ao convívio.

Dessa forma, a Política de Assistência Social assegura condições espe-


cíficas aos cidadãos e configura as responsabilidades do Estado nessa área.
Ela tem como objetivos oferecer serviços, programas, projetos e benefícios
de proteção social básica e/ou especial para indivíduos, famílias e grupos que
deles necessitem (BRASIL, 2005a). A Política Nacional de Assistência Social
prevê a proteção social básica e a proteção social especial, como você pode
ver a seguir (BRASIL, 2005a).

Proteção social básica


Tem como objetivos prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento
de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários (BRASIL, 2005a). Destina-se à população que vive em situação
de vulnerabilidade social decorrente de pobreza, privação (ausência de renda,
Vulnerabilidade e risco social e seus desdobramentos na sociedade contemporânea 7

precário ou nulo acesso aos serviços públicos, entre outros) e/ou fragilização
de vínculos afetivos — relacionais e de pertencimento social (discriminações
etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, entre outras) (BRASIL, 2005a).
A Política visa ainda ao “[...] desenvolvimento de serviços, programas e
projetos locais de acolhimento, convivência e socialização de famílias e de
indivíduos, conforme indicação da situação de vulnerabilidade apresentada
[...]” (BRASIL, 2005a, p. 34). Constituem-se como serviços da proteção social
básica aqueles que têm a família como unidade de referência, “[...] fortalecendo
seus vínculos internos e externos de solidariedade, através do protagonismo
de seus membros e da oferta de um conjunto de serviços locais que visam
à convivência, à socialização e ao acolhimento, em famílias cujos vínculos
familiar e comunitário não foram rompidos [...]” (BRASIL, 2005a, p. 36).
Fazem parte da proteção básica o Programa de Atenção Integral à Família
(PAIF), o Programa de inclusão produtiva e projetos de enfrentamento da
pobreza, os centros de convivência para idosos, o Beneficio de Prestação
Continuada (BPC), os benefícios eventuais, entre outros. Tais programas são
executados no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) ou pelo
atendimento em rede por meio das entidades e organizações de assistência
social da área de abrangência dos CRAS, sob coordenação do órgão gestor,
por se tratar de equipamento público estatal (BRASIL, 2005a).

Proteção social especial


É uma modalidade de atendimento destinada a famílias e indivíduos em
situação de risco pessoal e social — por abandono, maus tratos físicos e/ou
psíquicos, abuso sexual, perda de vínculos, uso de substâncias psicoativas,
cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, trabalho infantil,
etc. (BRASIL, 2005a). Dentro da proteção especial, existem os serviços de
média complexidade e de alta complexidade, como você pode ver a seguir.

 Proteção social especial de média complexidade: oferece atendimento


às famílias e aos indivíduos com seus direitos violados, mas cujos
vínculos familiar e comunitário não foram rompidos. São oferecidos os
serviços: de orientação e apoio sociofamiliar; plantão social; abordagem
de rua; cuidado no domicílio; habilitação e reabilitação na comuni-
dade das pessoas com deficiência; medidas socioeducativas em meio
aberto. A proteção especial de média complexidade envolve também
o Centro de Referência Especializado da Assistência Social, visando
à orientação e ao convívio sociofamiliar e comunitário. Difere-se da
8 Vulnerabilidade e risco social e seus desdobramentos na sociedade contemporânea

proteção básica por se tratar de um atendimento dirigido às situações


de violação de direitos.
 Proteção social especial de alta complexidade: é composta por serviços
que garantem proteção integral — moradia, alimentação, higienização
e trabalho protegido para famílias e indivíduos que se encontram sem
referência e/ou em situação de ameaça, necessitando ser retirados de
seu núcleo familiar e/ou comunitário (BRASIL, 2005a). Serviços ofe-
recidos: atendimento integral institucional; casa-lar; república; casa de
passagem; albergue; família substituta; família acolhedora; medidas
socioeducativas restritivas e privativas de liberdade e trabalho protegido.

De acordo com o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), os serviços


socioassistenciais estão organizados considerando três referências: a vigilância
social, a proteção social e a defesa social e institucional.

A Política Nacional de Assistência Social reconhece a importância da família no contexto


social e a coloca como merecedora da proteção do Estado. No entanto, a realidade tem
evidenciado que cada vez mais as famílias sofrem com a falta de proteção social. Nesse
sentido, a matricialidade sociofamiliar tem adquirido papel de destaque, baseada na
premissa de que para a família prevenir, proteger, promover e incluir seus membros é
necessário, em primeiro lugar, garantir condições de sustentabilidade para tal. Nesse
sentido, a formulação da Política de Assistência Social é pautada nas necessidades das
famílias, de seus membros e dos indivíduos (BRASIL, 2005a).

Monteiro (2011) aponta que a Política de Assistência Social configura-


-se como uma política pública de proteção social. Ela se articula às demais
políticas setoriais e caracteriza-se como um dos instrumentos de garantia de
direitos capazes de proporcionar condições favoráveis de vida, emancipação
humana e autonomia.
Depois de você conhecer os aspectos mais relevantes da PNAS, vale se
inteirar também a respeito da elaboração da Norma Operacional Básica (NOB)
de 2005, que instituiu o Sistema Único de Assistência Social e trouxe avanços
importantes para a área da assistência. A NOB/2005 definiu aspectos relacio-
nados ao pacto federativo, estabelecendo as competências dos entes federados
na gestão do financiamento e da execução da PNAS (BRASIL, 2005b). Em
Vulnerabilidade e risco social e seus desdobramentos na sociedade contemporânea 9

uma linha evolutiva, em 2011, destaca-se a Lei nº. 12.435, que alterou a LOAS
e incluiu o SUAS, suas unidades, serviços, programas e projetos na legislação
existente. Em 2012, houve a aprovação da NOB/2012, que disciplina a gestão
da Política de Assistência em todo o território brasileiro e avança na vigilância
socioassistencial, no aperfeiçoamento da gestão, além de no controle e na
participação social (BRASIL, 2012).
Além disso, vale destacar que a assistência social vivenciou uma importante
evolução do ponto de vista normativo a partir da LOAS. Apesar de ter princípios
mais genéricos, a LOAS foi capaz de romper com a prática assistencialista,
uma vez que a assistência social foi elevada à condição de política pública.
Por fim, a NOB/2012 completa o ciclo de normatização. Além de princípios
e diretrizes organizativos, essa norma apresenta também conteúdos éticos,
relacionando a atuação profissional às normas e reafirmando a importância
da instrumentalização da PNAS.

Políticas de enfrentamento às vulnerabilidades e


aos riscos enquanto expressões da Questão Social
A Questão Social é “[...] apreendida como o conjunto das expressões das
desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem uma raiz comum: a
produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente
social, enquanto a apropriação dos frutos mantém-se privada [...]” (IAMA-
MOTO, 2003, p. 27). Ainda segundo a autora:

[...] a Questão Social resulta da divisão da sociedade em classes e da disputa


pela riqueza socialmente gerada, cuja apropriação é extremamente desigual no
capitalismo. Supõe, desse modo, a consciência da desigualdade e a resistência à
opressão por parte dos que vivem de seu trabalho. Nos anos recentes, a Questão
Social assume novas configurações e expressões, e “as necessidades sociais
das maiorias, as lutas dos trabalhadores organizados pelo reconhecimento de
seus direitos e suas refrações nas políticas públicas, arenas privilegiadas do
exercício da profissão”, sofrem a influência do neoliberalismo, em favor da
economia política do capital [...] (IAMAMOTO, 2008, p. 107).

Dessa forma, não somente a pobreza, mas vulnerabilidades e riscos se


constituem historicamente em manifestações da Questão Social, objeto
da intervenção profissional do assistente social. Yazbek (2012) situa essas
condições nas relações constitutivas do padrão de desenvolvimento capita-
lista, que é extremamente desigual, de modo que a acumulação de riquezas
10 Vulnerabilidade e risco social e seus desdobramentos na sociedade contemporânea

e a miséria convivem normalmente. Citando Sposati (1996 apud YAZBEK,


2012) aponta que não é viável o enfrentamento das situações de pobreza sem
mudanças no modelo econômico concentrador, embora alguns avanços já
tenham ocorrido nessa área.
Diante disso, deve-se compreender que, para a efetivação de um sistema
de proteção social, faz-se necessário um conjunto de políticas públicas que
garantam direitos e respondam às diversas e complexas necessidades básicas
da população. Nesse contexto, a expansão da Política de Assistência Social
vem exigindo cada vez mais que o assistente social atue na viabilização dos
direitos sociais por meio da consolidação do Estado democrático, da univer-
salização da seguridade social e das políticas públicas e do fortalecimento
dos espaços de controle social.
No que se refere à Política de Assistência Social, pode-se afirmar que,
apesar de previsto o atendimento das necessidades básicas, a universaliza-
ção e a focalização fazem parte dessa política e dos programas e serviços
vinculados a ela. Isso quer dizer que, embora estejam preconizados o aten-
dimento às necessidades básicas e a garantia dos mínimos sociais, o acesso
aos benefícios fica limitado à exigência da rentabilidade econômica, que
considera a situação de extrema pobreza e os mínimos para garantir condições
de sobrevivência. Portanto, tal política é incapaz de diminuir desigualdades
sociais no mundo capitalista.
Segundo Beordo (2017, p. 62):

[...] a construção das políticas sociais que tornam o cidadão apenas como
assistido localiza-se também na política de emprego e na renda mínima; além
de serem intermitentes, não atacam a desigualdade social e suas relações de
mercado, estabilizando a pobreza como está e atrelando a esta pessoa o sen-
timento de que a assistência é normal e o melhor a ser oferecido, provocando
conformismo e vinculação ao Estado, o que não demonstra perspectivas de
mudança no atual sistema produtivo.

Entre os programas, projetos e serviços desenvolvidos na Política de As-


sistência Social para o enfrentamento da pobreza, as vulnerabilidades e os
riscos, há os programas de transferência de renda. De acordo com Silva,
Yazbek e Giovanni (2004), tais programas podem ser entendidos como aqueles
responsáveis por garantir um valor monetário a famílias ou indivíduos, de
forma compensatória, no intuito de romper com as condições em que vive boa
parte da população brasileira e romper com o ciclo de reprodução da pobreza.
Vulnerabilidade e risco social e seus desdobramentos na sociedade contemporânea 11

Embora as políticas de enfrentamento das vulnerabilidades e riscos desen-


volvidas na atualidade tenham um caráter focalizado e, portanto, possuam um
alcance limitado, pois não conseguem atender a todos nem provocar sempre
os efeitos esperados na superação dessas vulnerabilidades e riscos, Couto et
al. (2012, p. 8) analisam que:

Em uma conjuntura social adversa, é relevante analisar o significado que


os serviços e benefícios sociais passam a ter para os trabalhadores precari-
zados. Também são conhecidos os impactos dos benefícios sociais como o
Bolsa Família ou aposentadoria rural nas economias locais, especialmente
nos pequenos municípios dependentes da agricultura, que em muitos casos
constituem as mais significativas fontes de renda a movimentar o mercado
interno de bens e serviços essenciais.

Diante desses breves apontamentos, você pode considerar que as polí-


ticas de enfrentamento das vulnerabilidades e riscos são necessárias, mas
deveriam ser materializadas na prática como transformadoras da realidade
social. No entanto, como você viu, tal situação somente seria possível se
houvesse uma mudança estrutural na forma de lidar com essas situações.
Isso porque as políticas disponibilizadas pelo Estado possuem um caráter
focalizado, isto é, são voltadas para segmentos específicos e em condições
mais precárias, o que, de certa forma, contraria o princípio da universalidade
previsto na Constituição.
Indivíduos em situação de privação necessitam afirmar sua condição de
carência e de “não cidadãos” para ter o acesso mínimo aos direitos assegurado.
Dessa forma, é importante para o assistente social considerar os beneficiários
das políticas como sujeitos de direitos, sem culpabilizá-los pela situação de
vulnerabilidade, risco social ou carência em que se encontram. Quanto aos
programas de transferência de renda instituídos pelo Estado, correm o risco
de não atender às necessidades dos cidadãos. Nesse contexto, destaca-se a
importância da articulação dos programas de transferência de renda com outros
programas, a fim de trabalharem para a emancipação humana. A articulação
entre as políticas ocorre por meio da intersetorialidade, entendida como uma
possibilidade para a resolução integrada dos problemas dos indivíduos (consi-
derados na sua totalidade), e da interdisciplinaridade, considerada a partir da
relação entre os profissionais das diversas áreas. Como você pode imaginar,
isso também favorece a participação, a partir do acesso que os indivíduos
passam a ter à informação.
12 Vulnerabilidade e risco social e seus desdobramentos na sociedade contemporânea

BEORDO, M. Construindo pontes entre nós: os microempreendedores individuais de


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Conteúdo:
Dica do professor
A matricialidade sociofamiliar é um dos eixos estruturantes da Política Nacional de Assistência
Social, sob o qual se organizam as ações desenvolvidas na área.

Torna-se de fundamental importância a apropriação da matricialidade sociofamiliar no contexto


profissional de forma a conduzir a atuação do assistente social.

Conheça nesta Dica do Professor um pouco mais sobre a matricialidade sociofamiliar.

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Exercícios

1) O conceito de vulnerabilidade social tem sido amplamente utilizado especialmente após a


aprovação da Política Nacional de Assistência Social. Qual alternativa descrita abaixo
contempla uma afirmativa verdadeira sobre a vulnerabilidade social?

A) A vulnerabilidade social e a pobreza são termos similares em seus significados.

B) O conceito de vulnerabilidade social é restrito e o limita somente à questão econômica.

C) A vulnerabilidade social envolve contingências sociais, econômicas e políticas que os


indivíduos encontram ao longo da vida.

D) A vulnerabilidade social não interfere no modo de vida dos indivíduos.

E) A Constituição Federal de 1988 introduziu o conceito de vulnerabilidade social.

2) A proteção social da Política de Assistência Social tem por direção o desenvolvimento


humano e social e os direitos de cidadania. Neste sentido, quais são as garantias
asseguradas?

A) A segurança de acolhida; renda e convívio ou vivência familiar, comunitária e social.

B) Matricialidade sociofamiliar e territorialidade.

C) Segurança de rendimentos complementares ao salário e matricialidade sociofamiliar.

D) Segurança de sobrevivência em situações de vulnerabilidade e garantia de renda mínima.

E) Garantia de convívio familiar e integração comunitária.

3) Uma das principais seguranças previstas na Política Nacional de Assistência Social trata da
provisão das necessidades humanas como alimentação, vestuário, abrigo e prevê a
autonomia na provisão dessas necessidades. Qual segurança da Política Nacional de
Assistência Social prevê os elementos citados?

A) Segurança de renda.

B) Segurança de convívio familiar.


C) Segurança de acolhida.

D) Segurança de desenvolvimento da autonomia.

E) Segurança de sobrevivência a riscos circunstanciais.

4) A Política Nacional de Assistência Social prevê a proteção social, estruturando-a por tipo de
atendimento. Assim, qual é o objetivo da Proteção Social de Média Complexidade?

A) Prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e o


fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

B) Oferecer atendimento às famílias e aos indivíduos com seus direitos violados, mas cujos
vínculos familiar e comunitário não foram rompidos.

C) Atender famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, por abandono, maus tratos
físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, perda de vínculos, uso de substâncias psicoativas,
cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, trabalho infantil e outras.

D) Garantir proteção integral – moradia, alimentação, higienização e trabalho protegido para


famílias e indivíduos que se encontram sem referência e/ou em situação de ameaça,
necessitando serem retirados de seu núcleo familiar e/ou comunitário.

E) Assegurar a convivência familiar a partir da matricialidade sociofamiliar.

5) A questão social pode ser entendida como o conjunto das desigualdades da sociedade
capitalista madura, que tem uma raiz comum: produção social coletiva e trabalho
amplamente social (IAMAMOTO, 2003). Neste sentido, assinale a alternativa que contém
manifestações da questão social.

A) Risco, vulnerabilidade e pobreza.

B) Trabalho, renda e convívio familiar.

C) Igualdade social, desemprego e trabalho infantil.

D) Pessoas em situação de rua, emprego formal e renda.

E) Trabalho infantil, acolhimento e ausência de riscos.


Na prática
O Programa de Atenção Integral à Família (PAIF) é um dos programas desenvolvidos pelo Centro de
Referência da Assistência Social (CRAS) e tem como objetivo o atendimento às famílias em situação
de vulnerabilidade social.

Confira, neste Na Prática, como é o trabalho do PAIF.

Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!


Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

O conceito de vulnerabilidade e seus sentidos para as políticas


públicas de saúde e assistência social
Neste artigo, os autores fazem uma análise crítica sobre a questão da vulnerabilidade social e a
atuação profissional no âmbito da Assistência Social.

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Vulnerabilidade social, abordagem territorial e proteção na


política de assistência social
Neste artigo, as autoras apresentam o conceito de vulnerabilidade social em territórios aos quais se
destina a função protetiva da política de assistência social, prevista na PNAS/2004.

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