A vulnerabilidade social se origina a partir do momento que inicia a exclusão
social, a falta de representatividade, a vulnerabilidade de determinados grupos
relacionado as questões históricas, culturais e políticas. O termo vulnerabilidade já assumiu várias conotações, entre estas, designando grupos ou indivíduos fragilizados, juridicamente ou politicamente, que necessitam de auxílio e proteção para a garantia de seus direitos como cidadãos. O vulnerável carrega, nesse sentido, a ideia do mais fraco, ou seja, aquele que está em desvantagem quanto ao critério de distribuição (renda, serviços, qualidade de vida, educação e saúde) e que é alvo de políticas públicas específicas de auxílio e de busca de garantia de direitos (Ayres et al., 2009; Figueiredo & Noronha, 2008). O ser humano passou por diferentes mudanças estruturas da sociedade ao longo dos tempos sempre que um plano de base se torna vulnerável ocorre a mudança. Visando isso há pequenas aberturas da história que nos mostra que quem não adapta se torna excluído, vulnerável e sem importância para a classe dominante. Seguindo essa linha, o período de colonização do Brasil e o embarque cultural que ocorreu com a chegada de uma cultura colonialista é um exemplo de como uma classe dominante exclui e desprestigia uma cultura presente para empregar suas teorias moralistas e preconceituosas, segundo Camino et al,2001 a partir de uma visão dialética, considera-se que os preconceitos se desenvolvem no interior dos processos de exclusão social e se modificam junto com estes, podendo ser definidos como uma forma de relação intergrupal onde, no quadro das relações de dominação entre grupos, desenvolvem-se e expressam-se atitudes negativas e deprecatórias, bem como comportamentos hostis e discriminatórios em relação a membros de um grupo, pelo fato de pertencerem a esse grupo. Logo, quando a cultura de base necessita influenciar uma sociedade ela implanta teorias como a única maneira correta de sobrevivência e quem não seguir se torna vulnerável e descartável e inútil para sociedade.
Pedersen e Silva (2013) afirmam que atualmente o conceito de vulnerabilidade
social tem sido usado para caracterizar uma parcela da população, cada vez maior, que se encontra em uma situação desfavorável em relação a outros grupos populacionais. De acordo com Morais, Raffaelli e Koller (2012), o conceito de vulnerabilidade social pode ser aplicado a pessoas que vivenciam situações de adversidade em seu cotidiano, ou seja, a vulnerabilidade social pode estar associada a fatores de risco que afetam negativamente as pessoas e seu cotidiano. São considerados fatores de risco aqueles cujas condições ou variáveis provocam efeitos negativos ou indesejáveis, ou até mesmo comportamentos que comprometam a saúde e o bem-estar do indivíduo. Entre os fatores de risco, estão os comportamentos de risco que podem ser igualmente prejudiciais. Para Paulino e Lopes (2010), comportamento de risco pode ser definido como ações ou atividades que aumentam a probabilidade de consequências adversas para o desenvolvimento psicossocial. Essas consequências, por sua vez, podem desencadear ou, até mesmo, agravar danos ou doenças para quem as realizou. Dessa forma, entendesse que, no comportamento de risco, existem variáveis psicológicas e sociais que interferem no bem-estar do indivíduo (Koller, De Antoni & Carpena, 2012; Morais, Morais, Reis & Koller, 2010).
A vulnerabilidade social em suas facetas
A vulnerabilidade social está vigente em vários grupos de diferentes idades e sexos, qualquer indivíduo que se encontra em situação de exclusão fragilizado e vulnerável diante de outras pessoas ou comunidade está dentro dessa circunstância. Segundo significados a vulnerabilidade social é o conceito que caracteriza a condição dos grupos de indivíduos que estão à margem da sociedade, ou seja, pessoas ou famílias que estão em processo de exclusão social, principalmente por fatores socioeconômicos. Considerando os aspectos como baixa escolarização, relações familiares violentas ou conflituosas, ausência ou insuficiência de recursos financeiros e serviços de saúde, além de poucas perspectivas profissionais e de futuro, constituem-se, portanto, enquanto fatores individuais, coletivos e contextuais que configuram o que se chama de vulnerabilidade social (Farias & Moré, 2011, p. 597). Alguns cenários marcam o que seria um indivíduo vulnerável como a falta ou inconstância de moradia, acesso à educação primária e secundária, saneamento básico, saúde, jovens sem uma estrutura ou apoio familiar e a falta de organismos de subsistência necessário para a vivência de forma segura, tranquila e saudável. Está nesse quadro não significa sinônimo de pobreza mais sim um princípio de risco social que seria um meio no qual as pessoas não dispõem dos direitos e deveres garantidos pela legislação e leis da constituição do país e a constituição geral dos direitos humanos universais, são cidadãos que vivem à margem da desigualdade ocasionado pela falta de direito ao acesso ao bem-estar e participação das vantagens sociais econômicas. Em princípio a vulnerabilidade está relacionada as condições socioeconômicas e o desiquilíbrio ao acesso aos instrumentos necessários para acopla as carências presentes de determinados indivíduos como os jovens com falta de oportunidade ao seu primeiro emprego, famílias sem moradia e sem terra como a população que participa do MST e MTST(Movimento dos trabalhadores sem teto e sem-terra), crianças sem acesso à educação infantil, famílias sem acesso as necessidades de subsídio básicos entre outro qualquer aspecto que fragiliza um ser humano e os priva de diretos básicos para sobreviver de modo sustentável. Sites: https://www.scielo.br/j/prc/a/gf4NkZvLCMPf3Z43BnykymD/?lang=pt https://www.significados.com.br/vulnerabilidade-social/ https://www.politize.com.br/vulnerabilidade-social/ http://pepsic.bvsalud.org/pdf/per/v24n2/v24n2a13.pdf