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Segundo Saltini (1999, p. 38) “[...] a educação deverá ter uma certa
sensibilidade, pois quando nos colocamos diante de uma criança devemos pensar
em como prepara-la para viver”.
Percebe-se, então que é preciso renunciar a nossa vaidade, a atitudes que o
professor sabe tudo, inclusive do que se passa no íntimo do coração da criança.
Nossa posição frente ao aluno é de fazer deste “pequeno homem” um homem
verdadeiro.
A construção do relacionamento humano é fundamental para o processo
educativo. Os próprios alunos percebem uma classe unida, onde há calor humano,
respeito, aceitação, é motivo de dar gosto de ir para a escola, ajudando inclusive,
cada um a lidar com seus defeitos, com seus limites.
Não podemos perder que a construção do conhecimento em sala de aula
necessita da construção do indivíduo e este depende da construção do coletivo,
base de toda construção.
Por outro lado, o desinteresse a frieza do professor pelos alunos apresenta
como uma característica principal negativa, gerando uma relação antipática, onde o
professor muitas vezes inconscientemente, responde as reações da criança como se
ela fosse um adulto.
O papel do professo é fundamental no processo de desempenho escolar de
seu aluno, pois cabe a ele doar sem esperar retorno, ser fiel à sua consciência,
ensinar seus alunos a serem pensadores e não repetidores.
Para Goleman (2001, p. 50) “[...] a maior contribuição que a educação pode
dar ao desenvolvimento de uma criança é ajudá-la a encaminhar-se para um campo
onde seus talentos se adaptem melhor, onde ela será feliz e competente”.
Diante dessa visão, o professor deve respeitar a personalidade da criança,
entender suas necessidades individuais e valorizar seus progressos. Ele deve
incentivar sempre seus alunos a novas e agradáveis experiências.
Já Cury (2003, p. 72) diz que “[...] ser um mestre inesquecível é formar seres
humanos que farão a diferença no mundo”.
Nesta concepção cota-se que o mestre ultrapassa a função de transmissor
quando descobre um jeito de passar informações, marcando para sempre os seus
alunos. O tempo pode até passar, surgirem dificuldades mas ficará na lembrança a
imagem do mestre.
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Na visão de Tiba (1998, p. 68) “[...] um aluno formado por um mestre adquire,
além do conhecimento da matéria, o prazer de saber e o prazer de ensinar o que
sabe, tornando o mundo mais humanitário”.
Sendo assim, que o professor jamais esqueça de ser humano, criativo,
estudioso, dedicado, leal, amigo e que ame cada vez mais seus alunos e sua
profissão de educador.
Ame sempre e saiba cultivar esse amor.
Cury ainda reforça, “quanto melhor for a qualidade da educação, menos
importante será o papel da psiquiatria no terceiro milênio”. (CURY, 2003, p. 18).
Desta forma que todos tenhamos a oportunidade de atuar naquilo que nos faz
felizes de modo que possamos, assim, colaborar para a felicidade daqueles que
estão a nossa volta.
Os pais podem dar alegria e satisfação para um filho, mão não há como lhe
dar felicidade. Os pais podem aliviar sofrimentos enchendo-os de presentes,
mas não há como lhes comprar felicidade. Os pais podem ser muito bem-
sucedidos e felizes, mão não há como lhes emprestar felicidade. Mas os
pais podem aos filhos dar muito amor, carinho, respeito, ensinar tolerância,
solidariedade e cidadania, exigir reciprocidade, disciplina e religiosidade,
reforçar a ética e a preservação da Terra. Pois é tudo isso que se compõe a
auto-estima. É sobre a auto-estima que repousa a alma, e é nesta paz que
reside a felicidade (TIBA, 2002, p. 1).
Os alunos que fizeram parte da amostra contavam com a idade de sete a dez
anos, divididos em sexo masculino e feminino.
As turmas investigadas eram separadas de acordo com o período de
disposição dos mesmos e com as possibilidades da escola, sendo que no período
matutino constavam três turmas de 1a série, três turmas de 2a série, três turmas de
3a série e duas turmas de 4a série. No período vespertino, três turmas de 1 a série,
quatro turmas de 2a série, três turmas de 3a série e três turmas de 4a série.
O desenvolvimento deste trabalho abrangeu onze etapas assim constituídas:
- contato com a direção da escola;
- contato com os professores para expor o trabalho a ser realizado;
- aplicação dos questionários aos professores;
- contato com os alunos para expor os trabalhos;
- aplicação de um pré-teste com vinte alunos;
- aplicação do questionário com os alunos;
- categorização dos dados, os quais foram categorizados por freqüência dos
dados obtidos e apresentados em tabelas e quadros;
- apresentação dos resultados; os dados foram apresentados por ordem de
freqüência dos resultados obtidos;
- interpretação dos resultados; a interpretação foi processada caso a caso
para facilitar a compreensão;
- observação com registro da atuação do professor e do aluno em sala de
aula; quanto ao roteiro de observação foram selecionados três itens:
a) procedimento do professor
b) procedimento do aluno
c) relacionamento discente / docente
- elaboração do texto relativo à análise dos dados obtidos.
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Importância Freqüência
Grande 10
Máxima 5
Pouca 0
Não tem importância 0
∑ 15
Justificativa Freqüência
Ligação afetiva. 5
Relação de amizade e companheirismo dentro de limites (respeito) 5
Bom relacionamento para que haja aprendizagem. 4
Relação de confiança. 2
∑ 16*
(*) Obs.: O total de freqüência difere ao total de entrevistados em função da opção por mais de uma resposta.
22
Importância Freqüência
Para que haja aprendizagem. 6
Para conhecer o aluno. 5
Para sua autoconfiança. 3
Para que ele sinta-se seguro. 3
Para que não afete no seu aprendizado. 2
Valorização 2
∑ 21*
(*) Obs.: O total de freqüência difere ao total de entrevistados em função da opção por mais de uma resposta.
Aspectos Freqüência
Afetivo 11
Psicológico 11
Psico-motor 9
Motor 6
Outros – Quais: Meio em que vive. 1
∑ 38*
(*) Obs.: O total de freqüência difere ao total de entrevistados em função da opção por mais de uma resposta.
Justificativa Freqüência
Ligação entre todos os aspectos. 8
Para ajudar no desenvolvimento da criança. 4
Ser total e único (respeito à individualidade). 3
Para que haja equilíbrio. 1
∑ 16*
(*) Obs.: O total de freqüência difere ao total de entrevistados em função da opção por mais de uma resposta.
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Freqüência
Sim 13
Não 1
Em branco 1
∑ 15
Justificativas Freqüência
Porque a forma de ensinar levará a uma aprendizagem
12
significativa.
Valorizar conhecimento que traz consigo. 1
Aguçar à vontade em aprender. 1
Em branco. 1
∑ 15
Freqüência
Aulas que envolvam diálogo. 19
Aulas expositivas. 1
Outas – Quais: Trabalhos em grupos. 1
∑ 21*
(*) Obs.: O total de freqüência difere ao total de entrevistados em função da opção por mais de uma resposta.
24
Justificativas Freqüência
Oportunizando momentos de expor idéias, sentimentos, emoções,
11
para melhorar seu desempenho.
Para haver interação. 5
Para dar segurança. 2
Para melhorar a auto-estima. 2
Ministrando suas aulas com prazer. 1
∑ 22*
(*) Obs.: O total de freqüência difere ao total de entrevistados em função da opção por mais de uma resposta.
Forma Freqüência
Ativa 13
Passiva 0
Outro – Qual 0
Em branco 2
∑ 15
Justificativas Freqüência
Afetividade faz parte do desenvolvimento do ser. 3
Para manter igualdade e respeito entre o aluno. 3
Para ter um bom relacionamento e adquirir confiança. 3
Para motivar o aluno. 2
Para conhecer o aluno. 1
Para manter um ambiente agradável. 1
Em branco 2
∑ 15
25
Opiniões Freqüência
Dar importância ao respeito para obter um bom relacionamento. 11
Precisa confiar no professor para que aprenda. 5
∑ 16*
(*) Obs.: O total de freqüência difere ao total de entrevistados em função da opção por mais de uma resposta.
Importância Freqüência
Muito bom 9
Bom 5
Regular 0
Outro – Qual 0
Em branco 1
∑ 15
Justificativas Freqüência
Valorização do aluno. 8
Porque tem relação afetiva. 5
Em branco. 2
∑ 15
Procedimentos Freqüência
Valorização. 10
Motivação e estímulo. 8
Elogiar. 6
Liberdade de expressão. 2
Interação e participação. 2
Diálogo. 1
Chamar a atenção na hora certa. 1
Não humilhar. 1
Acreditar na criança. 1
∑ 32*
(*) Obs.: O total de freqüência difere ao total de entrevistados em função da opção por mais de uma resposta.
26
Opinião Freqüência
Ponto de referência. 9
Imagem positiva e negativa. 3
A família tem maior influência que o professor. 1
Em branco. 2
∑ 21*
Categoria Freqüência
Estudar 51
Brincar 29
Fazer Educação Física 21
Escrever 6
Estudar Matemática 4
Jogar bola 4
Recreio 3
Aulas de Arte 3
Professora 3
Aprender coisas novas 3
Conversar 3
Jogar futebol 3
Jogar vôlei 2
Aulas de informática 1
Tudo 1
Jogar handebol 1
Pintar 1
Fazer atividades 1
Fazer amigos 1
Estudar Ciências 1
Fazer o que a professora mandar 1
∑ 143*
(*) Obs.: O total de freqüência difere ao total de entrevistados em função da opção por mais de uma resposta.
27
Categoria Freqüência
Para aprender coisas novas 77
Para estudar 63
Porque é legal 23
Porque é divertido 21
Para brincar 13
Para ter futuro 10
Para ficar inteligente 5
Para ler e escrever 5
Para fazer amizades 5
Para ver amigos 3
Para praticar esportes 3
Para conversar 3
Para ficar esperto 2
Porque é bom 2
Porque eu gosto 1
Para aprender a ler 1
Porque é necessário 1
Para encontrar os professores 1
Para aprender a me desenvolver 1
∑ 240*
(*) Obs.: O total de freqüência difere ao total de entrevistados em função da opção por mais de uma resposta.
28
Categoria Freqüência
Quando ela explica 40
Quando ela fala 11
Quando ela tem paciência 11
De tudo 11
Quando ela é carinhosa 5
Quando ela ensina Matemática 5
Quando ela brinca 4
Quando ela é legal 4
Quando ela ajuda individual 4
Quando ela se preocupa com se aluno aprendeu ou não 4
Quando ela é sincera 4
Quando ensina Ciências 4
Quando ensina brincando 3
Quando explica Geografia 2
Quando apresenta coisas novas 2
Quando ela escreve 1
Quando ela conta histórias 1
Quando ela lê 1
Quando ela não briga 1
Quando ela é divertida 1
Quando ela tem bom humor 1
Quando ela faz perguntas 1
Quando ela é simpática 1
Quando ela ouve opiniões 1
Quando ela faz gestos 1
Quando ela é justa 1
Quando está alegre 1
Quando ela ensina Português 1
Nada 1
∑ 128*
(*) Obs.: O total de freqüência difere ao total de entrevistados em função da opção por mais de uma resposta.
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Quadro XIV – Do que você gostaria que mudasse no seu jeito de ensinar.
Categoria Freqüência
Nada 69
Não brigasse 15
Não gritasse 15
Tivesse mais paciência 4
Explicasse melhor 4
Falasse com mais tranqüilidade 2
Fosse mais amiga 2
Deixasse o aluno escrever livremente 1
Ser mais rápida na solução de problemas na sala 1
Não xingasse 1
Não falasse palavrão 1
Ensinasse melhor 1
Não fazer correções no quadro 1
Muitas coisas 1
Não chamar a atenção do aluno 1
Não fosse chata 1
Em branco 10
∑ 130
categoria Freqüência
Com os amigos 119
Com a professora 11
Com a prima 3
Com a irmã 1
∑ 134*
(*) Obs.: O total de freqüência difere ao total de entrevistados em função da opção por mais de uma resposta.
30
Categoria Freqüência
Várias coisas 24
Aulas 20
Brincadeiras 14
Futebol 11
Escola 11
Segredos 7
Jogos 6
Coisas legais e interessantes 6
Coisas de casa 5
Provas 4
Vida 4
Planos para o futuro 4
Programas de TV 4
Carros 3
Grupos de amigos 2
Família 2
Vídeo game 2
Piadas 2
Recreio 2
Nada 2
Férias 2
Lanche 2
Final da aula 1
Alunos 1
Próximo ano 1
Homens 1
Desenhos da TV 1
Faculdade 1
Cachorro 1
Músicas 1
Viagens 1
∑ 145*
(*) Obs.: O total de freqüência difere ao total de entrevistados em função da opção por mais de uma resposta.
31
Categorias Freqüência
Bem 60
Normal 12
Legal 8
Confortável 6
À vontade 6
Feliz 5
Inteligente 4
Ótimo 4
Nervoso 4
Ruim 2
Tranqüilo e calmo 2
Mal 2
Concentrado 2
Respeitado 1
Com raiva 1
Alegre 1
Cansado 1
Pensativo 1
Mais ou menos 1
Completo 1
Triste 1
Uma pequena aluna 1
Muito querida 1
Amigável 1
Seguro 1
Em branco 1
∑ 130*
32
Categoria Freqüência
Nada 60
Mais recreio 10
Salas maiores 9
Pátio maior 6
Quadra para jogos 6
Ter natação 5
Recreação 3
Mais disciplina entre os alunos 3
Muitas coisas 3
Que a sala fosse colorida 2
A cor das carteiras 2
Mais banheiros 2
Mais alunos 2
TVs nas salas 2
Inspetor de pátio 1
Mais lixeiras 1
Refeitório 1
Aulas de Inglês 1
Cantina 1
Armário para os alunos 1
A cozinheira 1
As provas 1
A cor da escola 1
Materiais para Educação Física 1
Em branco 1
∑ 130*
A afetividade é uma das coisas boas do ser humano, a partir do momento que
ele começa a fazer parte do convívio escolar, o aluno sente mais confiança no
educador, o que acaba por influenciar na sua aprendizagem. Percebeu-se através
dos dados coletados junto aos professores, que é de suma importância que haja um
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De modo geral, as respostas dos docentes não deixaram claro como podem
promover um relacionamento positivo, sendo que não destacaram estratégias,
técnicas e recursos, apenas destacaram que o professor deve oportunizar
momentos ao aluno de expor idéias, sentimentos, emoções, para que se tenha
integração, ocasionando um melhoramento da auto-estima.
Acredita-se, porém, que a exposição de idéias e sentimentos deve ocorrer
sempre e não em momentos.
As respostas revelaram que 100% dos profissionais têm uma forma afetiva
ativa em sua prática docente.
No entanto, no trabalho de observação, as pesquisadoras constataram que a
forma de afetividade propiciada em sala de aula não é de 100% ativa. Alguns
docentes têm um relacionamento afetivo com seus alunos, tendo consciência do que
vem a ser este relacionamento e a importância do mesmo no processo ensino
aprendizagem. Porém, outros profissionais sabem da sua importância, mas não a
vivenciam.
Segundo os professores o relacionamento professor/aluno/professor nos dias
atuais está evidenciado no respeito mútuo, segundo eles, está muito bom e se tem
este relacionamento positivo através da valorização do aluno e da relação afetiva.
Sabe-se que o respeito mútuo é uma conquista diária, onde se adquire a
mesma sendo exemplo, com atos de cidadania e não com autoritarismo, porem na
coleta de dados não foi possível verificar quais os procedimentos do professor para
que se tenha esse respeito, pois não se mostrou em que aspectos o aluno é
valorizado, ou de que forma ocorre essa valorização.
Através da análise das respostas este estudo demonstrou que o professor
colabora com a elevação da auto-estima da criança através do estímulo, motivação,
elogios, liberdade de expressão, integração, diálogo, na participação e no crédito
dado ao aluno.
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A pesquisa revelou que os alunos não têm diálogo com os educadores, onde
tem uma relação mais afetiva com os amigos da escola, podendo assim conversar
sobre várias coisas como: aulas, jogos, planos para o futuro, programas de TV,
sobre coisas de casa (família) e também sobre a vida.
Um número expressivo de entrevistados sentem-se bem em sua sala de aula,
pois o ambiente proporciona calma, segurança, o faz sentir como um ser importante,
completo, alegre e feliz. Porém, uma parcela desses alunos mostrou o espaço da
sala de aula como um lugar onde sentem-se mal, cansados, nervosos, tristes e com
raiva.
Gostaria que a professora falasse com jeito, sem xingar e brigar...
Sinto raiva. (3a Série).
Me sinto nervoso na sala, porque a professora poderia deixar
conversar, pelo menos baixo. (3a Série).
Gostaria que a professora não brigasse muito com meus amigos e
comigo. (1a Série).
Gostaria que a professora tivesse mais paciência. (2 a Série).
Gostaria que a professora não gritasse. (3a Série).
Não gostaria que a professora falasse palavrão. (3 a Série).
Gostaria que a professora não gritasse... me sinto cansado. (2 a Série).
A criança deseja e necessita ser amada, aceita, acolhida e ouvida para que
possa despertar para a vida da curiosidade e aprendizagem.
A postura do educador deveria se manifestar na percepção e sensibilidade
aos interesses das crianças que em cada idade diferem em seus pensamentos e
modos de sentir o mundo. Pois a indiferença do professor a esses interesses e
necessidades pode gerar outras situações como a violência, rebeldia, indisciplina e
apatia.
Nolte; Harris nos diz:
No que diz respeito à escola foi possível verificar que os alunos estão
satisfeitos com a mesma, no entanto gostariam que tivesse recreios mais
prolongados, salas e pátio maiores, fazendo com que o ambiente lhes
proporcionassem aulas de natação, quadra para jogos, cantina, recreio dirigido e
mais inspetores de pátio.
As crianças vão para a escola cada vez mais cedo e o contato social é muito
precoce. Esta escolha é feita pelos pais, os quais preferem deixar os filhos na escola
do que com babás. A criança entra na escola sem mesmo ter completado sua
educação familiar, tendo ela que se adaptar ao espaço físico, linha pedagógica e
estilo de educador, sendo esses itens contribuidores para a formação da sua
personalidade o que caberia primeiramente aos pais.
Considerando que a maioria das crianças são ativas nas suas relações com
ou outros e com sua aprendizagem é possível afirmar que, nas situações em que
são envolvidas, existe uma influência importante dos adultos. Acredita-se que o
exemplo é fundamental para a formação do aluno e a interação com o meio é que
determina quem e como será o sujeito da aprendizagem.
Isto demonstra o quanto é importante o papel do professor nas suas atitudes
perante aos alunos, principalmente no que se refere ao relacionamento.
Após observar em algumas salas a reciprocidade dos alunos à afetividade
positiva dos professores, as pesquisadoras não deixaram de notar que o ânimo para
a aprendizagem era em grande parte dinâmica. Via-se as crianças interessadas em
discutir os assuntos, surgirem idéias, debater, envolver-se em situações reflexivas e
críticas.
Na maioria das vezes os professores colocavam-se na posição de
mediadores, ouvindo os alunos, questionando-os e problematizando sem deixar de
otimizar, incentivar e motivar as crianças.
Por outro lado, em outras salas de aula foi possível destacar atitudes
docentes pouco, ou quase sem afetividade positiva o que geralmente causava
transtornos em sala de aula, tanto para os professores quanto para os alunos.
Através desse estudo constatou-se que a energia das crianças para a
aprendizagem não estará canalizada tranqüilamente, nem tampouco ligada à
relação de respeito, interesse ou simpatia pelos conteúdos estudados.
O que se observou foram crianças interessadas em outros assuntos,
totalmente dispersos e desconcentrados. Esse fato demonstra que um meio mal
organizado e mal direcionado pode influenciar negativamente o comportamento das
crianças. E o que se ouve delas: “Que aula chata!”, “O tempo não passa!”.
De qualquer forma, a pesquisa evidenciou que o ambiente escolar está
caracterizado como um local de intensa necessidade de humanismo, de prática, de
emoções e de relações de afetividade. Apesar de constatar que essas formas de
relacionamento entre professor/aluno/professor estão baseadas na amizade, no
respeito, no carinho, ainda se vê o quanto é necessário alguns professores se
perguntarem: “O que faço aqui?” e muitos alunos começarem ser educados para
compreender certos valores, estabelecerem limites e regras e encararem a disciplina
como algo saudável. São coisas que a escola têm batalhado, mas que, infelizmente
não depende só dela atingir tal objetivo.
42
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
APÊNDICE I
ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO
APÊNDICE II
QUESTIONÁRIO PARA OS PROFESSORES
Justifique:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Justifique:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Justifique:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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8 - Na sua prática diária como você se relaciona com os alunos que demonstram
problemas com a auto-estima ?
( )Muito bom
( )Bom
( )Regular
( )Outro Qual?
Justifique:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
APÊNDICE III
QUESTIONÁRIO PARA ALUNOS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 1
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................................... 3
2.1 HISTÓRICO DAS CONCEPÇÕES DE ENSINO E SUAS RELAÇÕES COM A AFETIVIDADE.......3
2.2 A AFETIVIDADE SEGUNDO ALGUNS PENSADORES DA EDUCAÇÃO.......................................6
2.3 CONCEPÇÕES DE AFETIVIDADE.................................................................................................. 8
2.4 A AFETIVIDADE NA SALA DE AULA............................................................................................ 11
2.5 ASPECTOS DE RELAÇÕES HUMANAS.......................................................................................14
2.5 CONCEITOS DE FORMAÇÃO DE AUTO-ESTIMA.......................................................................16
3 METODOLOGIA............................................................................................................................... 19
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS.................................................................................21
4.1 COLETA DE DADOS JUNTO AOS DOCENTES...........................................................................21
4.2 DADOS COLETADOS JUNTO AOS ALUNOS...............................................................................26
4.3 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS JUNTO AOS DOCENTES.................................32
4.4 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS JUNDO AOS ALUNOS......................................36
4.5 ANÁLISE DAS OBSERVAÇÕES.................................................................................................... 39
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................................. 42
6 REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 44
6 APÊNDICES...................................................................................................................................... 46