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Não há cura para dislexia, porém há tratamento, para promover uma melhor
qualidade de vida para as pessoas que sofrem desse transtorno. Ele é realizado
com o auxílio de uma equipe multidisciplinar, que conta com psicólogos,
fonoaudiólogos e psicopedagogos. Além disso, a terapia cumpre um importante
papel neste processo, pois ajuda a criança a compreender suas particularidades e a
lidar com possíveis crises de autoestima, tendo o suporte necessário do psicólogo
para remediar os sintomas e diminuir as dificuldades no dia a dia. Também é
preciso que se mantenha uma comunicação direta entre os profissionais da equipe
multidisciplinar da saúde, como o médico e psicólogo, com os professores e
funcionários da escola em que a criança estuda. Para que no âmbito escolar ela
também tenha apoio, com um olhar mais atento e paciente sobre essa fase de
aprendizagem.
O apoio e comprometimento da família do indivíduo disléxico é imprescindível
durante o tratamento. Os pais devem sempre incentivar o aprendizado, sem punir
quando a criança não cumpre com o esperado, mas a ensinado a superar os
desafios e frustrações. Não só os responsáveis como também todos os envolvidos
devem ser pacientes ao instruir o disléxico sobre atividades escolares e incentivar a
leitura. A criatividade é uma característica de pessoas disléxicas, portanto se
recomenda aos pais encorajar a criança a pintar, desenhar e tocar instrumentos
musicais. Além disso, a tecnologia se tornou uma grande parceira no
desenvolvimento dos disléxicos, na área da leitura e escrita, alguns softwares e
videogames são de grande ajuda e audiobooks também prestam auxílio.
Diante de todas as dificuldades já enfrentadas pelo próprio indivíduo disléxico
em relação aos fatores internos que o afligem como a baixa estima, não podemos
deixar de adentrar as problematizações do ambiente escolar já que será a
instituição que o acompanhará por todo este processo de desenvolvimento da
aprendizagem e em diversos casos o primeiro a identificar os sintomas deste
transtorno. Infelizmente, é comum a falta de preparo das escolas para receber a
pessoa com dislexia, não só pela falta de repertório e conhecimento dos próprios
profissionais em lidar com a forma de aprendizado dessas crianças, como também
em a própria escola fornecer materiais didáticos que atendam as particularidades
delas. Dessa forma, a situação que já não é favorável, se torna pior ainda pois o
lugar onde este indivíduo deveria se sentir acolhido, passa a ser um ambiente que
reforça o seus pensamentos e comportamentos disfuncionais e contribui para que o
mesmo evolua de uma forma cada vez mais lenta conforme o esperado.
Portanto, se faz extremamente necessário o estímulo geral das escolas em
promover uma melhor abordagem com relação não só a dislexia, mas qualquer
transtorno que envolve a aprendizagem, para que não contribuam com a exclusão
desses alunos, mas sim com a inclusão. A partir de intervenções que identifiquem
fatores de risco para o aprendizado precocemente, além de adaptações em sala de
aula que permitam cooperar com o processo evolutivo dessas crianças como: tempo
extra para completar tarefas, redução da quantidade de texto e aumento do
tamanho da fonte, destaque com marca texto dos trechos indispensáveis,
proporcionar atividades práticas, objetivas e lúdicas para facilitar a compreensão da
mensagem.
REFERÊNCIAS: