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DISLEXIA

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Compreendendo a Dislexia:

O que é dislexia?

Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura,


escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de
aula. Pesquisas realizadas em vários países mostram que entre 05% e 17% da
população mundial é disléxica.

A DISLEXIA não é uma doença, é um distúrbio de aprendizagem congênito


que interfere de forma significativa na integração dos símbolos linguísticos e
perceptivos. Acomete mais o sexo masculino que o feminino, numa proporção
de 3 para 1."

Ao contrário do que muitos pensam dislexia não é o resultado de má


alfabetização, desatenção, desmotivação, condição socioeconômica ou a baixa
inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas,
apresentando ainda alterações no padrão neurológico.
Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser diagnosticada
por uma equipe multidisciplinar. Esse tipo de avaliação dá condições de um
acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico,
direcionando-o às particularidades de cada indivíduo, levando a resultados
mais concretos.

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Há tratamento para a dislexia?

O principal foco do tratamento para dislexia deve ser nos


problemas específicos de aprendizado da pessoa afeta.

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Qual é o prognóstico para pessoas com dislexia?


Para aqueles com dislexia o prognóstico é variado. A dislexia afeta uma gama
tão ampla de pessoas, produzindo diferentes sintomas e variados níveis de
gravidade, que previsões são difíceis de ser feitas. Porém, o prognóstico é
geralmente bom para pessoas nas quais a dislexia foi identificada
prematuramente, tem família e amigos que dão suporte, e que estão
envolvidos em programas apropriados de remediação.

Como identificar a dislexia?


Haverá sempre:

 Dificuldades com a linguagem e escrita;


 Dificuldades com a ortografia;
 Lentidão na aprendizagem da leitura;
 Dificuldades em escrever;

Haverá muitas vezes:

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 Disgrafia (letra feia);
 Dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de
 Dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização de
símbolos e de decorar tabuada;
 Dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização;
 Dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar
sequências de tarefas complexas;
 Dificuldades em aprender uma segunda língua.
 Dificuldades para compreender textos escritos;

Haverá às vezes:

 Dificuldade com a percepção espacial;


 Dificuldades com a linguagem falada;
 Confusão entre direita e esquerda.

Disléxico na sala de aula:


Lidando com um aluno disléxico, o professor deve ter conhecimento e
sensibilidade. Algumas estratégias podem usadas para facilitar o aprendizado
do aluno disléxico:

 Uso frequente de material concreto: relógio digital, calculadora,


gravador, material dourado;
 Confecção do próprio material para alfabetização, como desenhar,
montar uma cartilha;
 Folhas quadriculadas para matemática;
 Uso de gravuras, fotografias (a imagem é essencial para sua
aprendizagem);
 Máscara para leitura de texto;
 Letras com várias texturas;
 Fazer revisões frequentemente;
 Evitar ou dar mais tempo para que copie do quadro, pois isso é sempre
um problema;
 Para ler palavras longas, ensinar a separá-las com uma linha a lápis;
 Não forçar a modificar sua escrita, pois ela sempre acha sua letra
horrível e não gosta de vê-la no papel. A modulação da caligrafia é um
processo longo;
 Dar menos dever de casa e avaliar a necessidade e aproveitamento
deste;

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 Dar um tempo maior para realizar as avaliações escritas. Uma tarefa em
que a criança não disléxica leva 20 minutos para realizar, a disléxica
pode levar duas horas;
 Usar sempre uma linguagem clara e simples nas avaliações orais e
principalmente nas escritas;
 Sempre que possível, a criança deve ser encorajada a repetir o que lhe
foi dito para fazer, isto inclui mensagens. Sua própria voz é de muita
ajuda para melhorar a memória;
 Uma língua estrangeira é muito difícil para eles; fazer suas avaliações
sempre em termos de trabalhos e pesquisas;
 A criança disléxica deve sentar-se próxima à professora, de modo que a
professora possa observá-la e encorajá-la a solicitar ajuda;
 Não esperar que ela use corretamente e autonomamente um dicionário
para verificar como é a escrita correta da palavra. A habilidade de uso
de dicionário deve ser cuidadosamente ensinada;

 Evitar dar várias regras de escrita numa mesma semana. Por exemplo,
os vários sons do "C" ou "G". Dar lista de palavras com uma mesma
regra para a criança aprender, sendo uma a cada semana.

A professora deve ter muita sensibilidade para que suas atitudes não diminuam a
autoestima do aluno disléxico, já tão frágil. Algumas atitudes e comportamentos
podem ser feitos para isso:

 Suas habilidades devem ser julgadas mais em suas respostas orais do


que nas escritas;
 Demonstrar paciência, compreensão e amizade durante todo o tempo;
 Evitar dizer que ela é lenta, preguiçosa ou compará-la aos outros alunos
da classe;
 Ela não deve ser forçada a ler em voz alta em classe a menos que
demonstre desejo em fazê-lo;
 Não riscar de vermelho seus erros ou colocar lembretes tipo: estude!
Precisa estudar mais! Precisa melhorar!;
 Procurar não dar suas notas em voz alta para toda classe, isso a
humilha e a faz infeliz;
 Não considerar as trocas na escrita como erro por falta de cuidado,
tirando pontos de seu trabalho;
 Procurar não reforçar sentimentos que minimizam sua autoestima.

Dislexia é uma doença?

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Dislexia não é uma doença, é um distúrbio genético e neurobiológico, do
funcionamento do cérebro para todo processamento linguístico relacionado à
leitura, ocorrer falhas nas conexões cerebrais é um transtorno de
aprendizagem é não pode ser curado através do uso de medicamentos.

O transtorno acomete mais ou menos de 0,5% a 17% da população mundial,


pode manifestar-se em pessoas com inteligência normal ou mesmo superior e
persistir na vida adulta.

Como é feito diagnóstico?

O diagnóstico deve ser feito por exclusão, em geral por equipe multidisciplinar,
médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista).Antes de
afirmar que uma pessoa é disléxica, é preciso descartar a ocorrência de
deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção, escolarização inadequada,
problemas emocionais, psicológicos e socioeconômicos que possam estar
interferindo na aprendizagem.

Como é a vida de uma criança com dislexia? Quais as dificuldades que ela vai
enfrentar na escola?

A criança com dislexia que não tem o transtorno diagnosticado sofre com o
estigma e preconceito Em geral, é chamado de “preguiçoso” e “burro” por não
conseguir acompanhar as atividades escolares no mesmo ritmo que os
colegas. A falta de conhecimento dos pais e professores afeta a autoestima,
gera falta de confiança, ansiedade e, em casos extremos até depressão. Se o
diagnóstico for tardio, a criança ou o jovem já pode estar com a apreensão dos
conteúdos escolares defasada.

O disléxico pode ter uma vida normal?

Sim, mesmo com dificuldades, a leitura e a escrita variam de acordo com a


demanda dessas atividades ao longo da vida, os disléxicos que conseguem
superar suas dificuldades podem levar uma vida normal.

O tratamento da dislexia pressupõe um processo longo que demanda


persistência

Portadores de dislexia devem dar preferência a escolas preparadas para


atender suas necessidades específicas.

Saber que a pessoa é portadora de dislexia e as características do distúrbio é o


melhor caminho para evitar prejuízos no desempenho escolar e social e os
rótulos depreciativos que levam à baixa-estima.

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Dislexia na escola

Atraso no desenvolvimento da fala e escrita, dificuldades em rimas, nomear


letras, números e cores, erros de pronúncia, trocas de ordens , omissões,
substituições, adições e misturas de fonemas.

Dificuldade na leitura
Leitura

Leitura oral lenta, e incorreta, vocabulário reduzido, baixa fluência com


inadequações de ritmo e entonação, em relação ao esperado para idade e
escolaridade, erros no conhecimento de palavras, mesmo das mais frequentes.

Erros de soletração e ortografia, mesmo em palavras mais frequentes,


substituições e inversões de letras e sílabas, produção textual reduzida para
idade e escolaridade.

Dificuldade na escrita
Escrita

Erros de soletração e ortografia, mesmo em palavras mais frequentes,


substituições e inversões de letras e sílabas, produção textual reduzida para
idade e escolaridade.

Dislexia na escola

Dislexia é uma dificuldade na aprendizagem da criança. Para detectar a


dislexia é necessário observar alguns sintomas como: dificuldades com a
linguagem, dificuldades em escrever, dificuldades com a ortografia e lentidão
na aprendizagem da leitura.

Geralmente é perceptível no início da alfabetização e pode ser confundida com


inteligência baixa ou desmotivação.

A causa da dislexia está relacionada ao processamento de informações, que


ocorre diferentemente no cérebro de quem apresenta o distúrbio.

A dislexia não tem ligação com nenhum tipo de retardo ou deficiência mental, e
não indica futuras dificuldades acadêmicas e profissionais, é importante que a
dislexia seja observada o quanto antes, a fim de que não provoque
desinteresse da criança pelos estudos e tenha que enfrentar algumas
frustrações.

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A dispersão é a primeira característica a ser percebida entre as crianças. Elas
demonstram dificuldades em manter a atenção durante atividades, como: jogar,
aprender rimas, montar quebra-cabeça. Demoram a falar e a organizar a
linguagem de modo geral.

É importante que a dislexia seja observada o quanto antes, a fim de que não
provoque desinteresse da criança pelos estudos e tenha que enfrentar algumas
frustrações.

Como foi citada anteriormente, a dislexia não está relacionada com inteligência
baixa, uma vez que crianças disléxicas mostram bons resultados em testes de
lógica e atividades cognitivas. Às vezes essas crianças podem até apresentar
inteligência acima da média.

Como se trata de uma dificuldade de aprendizagem, a criança pode apresentar


um mau comportamento dentro e fora da sala de aula.

Enquanto as crianças que não possuem o transtorno identificam facilmente as


diferenças ente “d” e “b” e “h” e “n”, por exemplo, as crianças com confundem-
se com essas letras, pois possuem grafias semelhantes. Assim também é
com letras que tem o som semelhante como “d” e “t”.

Também acontece de inverterem as sílabas de uma palavra ou mesmo


adicionarem uma sílaba extra.

Desenvolvimento motor afetado


Esse é um ponto importante que pode ser observado antes mesmo da
alfabetização, pois é comum que crianças com dislexia apresentem atraso no
desenvolvimento motor.

Assim sendo ela pode demorar a engatinhar, a caminhar ou mesmo sentar,


sendo que o problema pode ser observado também algum tempo mais tarde
em dificuldade com certas brincadeiras como chutar uma bola, ou desenhar.

Memória e raciocínio
Engana-se que acredita que todos os sintomas da dislexia se apresentam na
parte escrita. Eles também podem aparecer através da dificuldade de
acompanhar um raciocínio ou uma explicação mais longa.

Aversão à escola

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É comum que crianças nessa condição desenvolvam baixa autoestima e
relutância em ir para a aula visto que, devido às suas dificuldades, não se
sentem bem no ambiente escolar.

Não confunda esses fatos com preguiça ou mesmo desinteresse por parte do
aluno, o problema pode ser mais sério.

Como interagir com o disléxico em sala de aula


 Dividir a aula em espaços de exposição, seguido de uma “discussão”
e síntese ou jogo pedagógico.
 Valorizar os acertos.
 Dar dicas e orientar o aluno como se organizar e realizar as
atividades na carteira.
 Estar atento na hora da execução de uma tarefa que seja realizada
por escrito, pois seu ritmo pode ser mais lento por apresentar
dificuldade quanto à orientação e mapeamento espacial, entre outras
razões.
 Observar como ele faz as anotações da lousa e auxiliá-lo a se organizar.
 Desenvolver hábitos que estimulem o aluno a fazer uso consciente de
uma agenda para recados e lembretes.
 Na hora de dar uma explicação usar uma linguagem direta, clara e
objetiva e verificar se ele entendeu.
 Permitir nas séries iniciais o uso de tabuadas, material dourado, ábaco e
para alunos que estão em séries mais avançadas, o uso de fórmulas,
calculadora, gravador e outros recursos sempre que necessário é
equivocado insistir em exercícios de “fixação” repetitivos é números isto
não diminui sua dificuldade.
Levando-se em conta que o ensino, a aprendizagem e a avaliação
constituem um ciclo articulado, deve-se para isso cumprir quatro
perspectivas importantes:
 Ser formativa
 Ser qualitativa
 Ser construtivista
 Multimeios

A inclusão do aluno disléxico na escola, como pessoa portadora de


necessidade especial, está garantida e orientada por diversos textos legais e
normativos, as crianças disléxicas aprendem de maneira diferente, mas podem
acompanhar o ensino convencional se tiverem apoio necessário para contornar
suas dificuldades específicas.

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É papel do professor saber também como ajudar seus alunos, além de saber
como identificar aqueles com dificuldades de decifrar, ou ainda com defasagem
na aquisição de linguagem.

O professor tem uma figura de formador, certamente, mas também de humano,


e deve ser vigilante e saber identificar distúrbios de atenção quando um aluno é
deficiente em certos assuntos, ou em alguns casos. Ele deve, portanto,
entender melhor esses distúrbios de aprendizagem, de modo a saber como
reagir da melhor maneira frente a um aluno que esteja nesta situação. O
professor tem uma figura de formador, certamente, mas também de humano, e
deve ser vigilante e saber identificar distúrbios de atenção quando um aluno é
deficiente em certos assuntos, ou em alguns casos. Ele deve, portanto,
entender melhor esses distúrbios de aprendizagem, de modo, a saber, como
reagir da melhor maneira frente a um aluno que esteja nesta situação. O
diagnóstico de um aluno com dislexia é feito a partir de vários sinais e
sintomas, vários detalhes, que são, na maioria das vezes, os seguintes:

 Trocar letras, principalmente quando elas possuem sons parecidos,


como “f” e “v”, “b” e “p”, “d” e “t”.
 Fala prejudicada
 Não conseguir associar letras e sons
 Confundir palavras que soam parecido, como macarrão e camarão
 Erros constantes de ortografia
 Pular ou inverter sílabas na hora de ler ou escrever
 Lentidão na leitura
 Problemas de localização de esquerda e direita

É claro que a dislexia não se diagnostica apenas com base nesses critérios, e
pode assumir muitas outras formas, mas os pontos mais comuns são
provavelmente estes, quando se trata de não levar todas as crianças caso a
caso, e para entender melhor essa disfunção e as dificuldades encontradas por
causa dela.

Essas dificuldades vão configurar a base das grandes dificuldades de


aprendizagem do aluno, e também de um possível fracasso escolar devido a
esse mal-estar e, mais em geral, problemas sociais relacionados a ele.
Combater isso é também papel do professor, que não deve desconsiderar esse
distúrbio no ambiente escolar.

Fonemas, grafemas, psicomotricidade, dislexia ou dispraxia: você talvez já


esteja familiarizado com esses termos caso você já possua um aluno disléxico.
Na verdade, para saber como se comportar melhor e adaptar suas aulas da
melhor maneira possível, é preciso se informar. Informe-se sobre esse distúrbio

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e todas as consequências que ele pode causar no aluno - acadêmicas e
sociais.

Ensinar e dar aulas a um aluno disléxico significa participar na melhoria da sua


escolaridade, do seu comportamento em relação aos outros, da sua
autoestima, mas também do ambiente escolar no qual ele vive. É
imprescindível conhecer seu aluno para ajudá-lo a combater os obstáculos que
ele pode eventualmente enfrentar e sofrer, consequências do distúrbio que ele
possui.

Porque sim, ser um aluno disléxico não é fácil, e nem todos os professores
estão conscientes ou preparados para este tipo de caso. Uma sílaba mal
assimilada e a mínima deficiência podem ser consideradas importantes para
ele; se a reação de seu professor não corresponder às suas expectativas, ele
pode sofrer. Uma pessoa disléxica não é menos inteligente que as demais;
elas só precisam de mais tempo.

Mais tempo para entender as coisas, para assimilá-las, para manter uma
ganhar mais confiança em si mesmas e para superar seus traumas e bloqueios
que ela acha que pode possuir. Um professor com uma boa didática é,
portanto, o segredo de tudo, e aliviará muitas das preocupações que o
estudante possa ter.

Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, o professor deve transformar a


sala de aula em uma “oficina”, preparada para exercitar o raciocínio, isto é,
onde os alunos possam aprender a ser objetivos, a mostrar liderança, resolver
conflitos de opinião, a chegar a um denominador comum e obter uma ação
construtiva. Sob este prisma, a interação com o aluno disléxico torna-se
facilitada, pois, apesar do distúrbio de linguagem, este aluno apresenta
potencial intelectual e cognitivo preservado; desta maneira estará sendo
estimulado e respeitado, além de se favorecer um melhor desempenho.

Lembre-se que a avaliação de dislexia traz sempre indicação para


acompanhamento específico em uma ou mais áreas profissionais
fonoaudiologia, psicopedagogia, psicologia, de acordo com o tipo e nível de
dislexia constatado. Assim sendo, a escola precisa assegurar, desde logo, os
canais de comunicação com esses profissionais envolvidos, tendo em vista a
troca de experiências e de informações.

Não é necessário que alunos disléxicos fiquem em classe especial! Alunos


disléxicos têm muito a oferecer para os colegas e muito a receber deles. Essa
troca de humores e de saberes, além de afetos, competências e habilidades só
faz crescer amizade, a cooperação e a solidariedade.

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Veja algumas das dicas concretas de como agir em
sala.

 Trate o aluno disléxico com naturalidade. Ele é um aluno como qualquer


outro; apenas, disléxico. A última coisa para a qual o diagnóstico deveria
contribuir seria para (aumentar) a sua discriminação.
 Fale olhando direto para ele. Isso ajuda e muito. Enriquece e favorece a
comunicação.
 Use a linguagem direta, clara e objetiva quando falar com ele. Muitos
disléxicos têm dificuldade para compreender uma linguagem (muito)
simbólica, sofisticada e metafórica. Seja simples, utilize frases curtas e
concisas ao passar instruções.
 Estimule-o, incentive-o, faça-o acreditar em si, a sentir-se forte, capaz e
seguro.
 O disléxico tem sempre uma história de frustrações, sofrimentos,
humilhações e sentimentos de menos valia para a qual a escola deu
uma significativa contribuição.

A família e o disléxico
A família deve sempre buscar orientação especializada com profissionais que
atuam na área da deficiência, no entanto, não podem transferir toda a
responsabilidade da educação dos seus filhos a esses profissionais. O trabalho
dos profissionais só terá sucesso se tiver o apoio e participação da família em
casa.

A família deve participar do processo de inclusão de seus filhos sendo parceira


ativa, mas essa participação não deve invadir os limites conscientes da
responsabilidade escolar. A participação ativa não significa superproteção, e
sim, possibilitar a interação social e o convívio escolar negociando e
respeitando regras que indique claramente os papéis e responsabilidades de
todos os atores: equipe escolar, aluno e família.

A escola deve propor ações, tais como, grupos de trocas de experiências entre
familiares, em que possa existir acolhimento e ajuda mútua. Além dos serviços

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oferecidos pela escola e comunidade, os familiares precisam acreditar e

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investir no desenvolvimento e potencial dos seus filhos. O processo de inclusão
depende de um trabalho conjunto entre família, comunidade e escola,
participação ativa dos pais na educação dos filhos, principalmente daqueles
que são disléxicos, pode fazer toda a diferença. Conversar com os professores
que trabalharão com ele é o primeiro passo a se fazer, deixando-o ciente do
que está acontecendo, e estar à disposição para ajudá-lo. A partir daí que a
compreensão e amor pelo filho devem falar mais alto, quando se depara com a
realidade de ter uma criança disléxica com dificuldade em aprender, deixando
de lado os valores sociais e entrando em cena o valor humano entre pais e
filhos. A melhor maneira para que se faça dessa realidade uma forma simples e
alegre de viver, é procurar ajuda com uma equipe multidisciplinar, onde se
descobrirá a maneira certa e menos dolorosa para trabalhar e buscar
recompensar esta dificuldade.

Como lidar com a dislexia no dia a dia?


Na escola:

 A presença dos educadores é fundamental na vida de uma criança.


Além disso, quando a professora está por dentro da situação, ela tende
a estabelecer uma parceria com o aluno, contribuindo para o seu
desenvolvimento.
 Tarefas que estimulem a formação de palavras são aconselháveis.
Assim como em casa, a forca, o caça-palavras e outras atividades
também podem ser realizadas em sala de aula.

 Uma pessoa com dislexia também apresenta dificuldades com cálculos.


Os professores podem, então, estimular essa parte com jogos e deveres
que utilizem bastantes números e operações matemáticas, que estejam
ao alcance pedagógico da criança. A utilização de objetos como varetas,

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bolinhas e formas geométricas são complementos interessantes em
exercícios aritméticos.

Em casa:

O ambiente doméstico é o mais incentivador de todos, pois ali estão as referências


que a criança com dislexia tem para conversar, contar com o apoio, ser
amparada. Há muitas coisas para serem feitas e que tendem ser complemento
na vida do pequeno.

A família é uma grande incentivadora, então por que não aprender brincando?
Pais e irmãos podem criar meios lúdicos para o pequeno. Um exemplo disso é
a brincadeira da forca. Como a dislexia é um distúrbio de aprendizagem,
sobretudo na área de leitura e escrita, nada melhor que treinar essa habilidade
de forma leve.

É importante lembrar que a presença de uma psicopedagoga é imprescindível,


pois ela é a profissional mais capacitada para apresentar intervenções
necessárias para tratar o transtorno. Veja abaixo o que pode ser feito em casa:

 Atividades como caça-palavras, pescaria de letras e palavras-cruzadas


também são muito aconselháveis, pois elas ativam a memória e
contribuem com o aprendizado das sílabas e a formação lexical dos
vocábulos.
 Lugar de ler é em casa também. Uma dica é selecionar livros com
histórias que interessem a criança a querer treinar mais a leitura. Tudo
isso deve ser feito com pausas e muita paciência. Depois de cada

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leitura, converse com seu filho sobre o que ele entendeu. Peça-o para
explicar, ajude-o a lembrar de algumas situações encontradas no livro.
 Os relógios de ponteiro são uma verdadeira barreira na vida de uma
pessoa com dislexia. Então, a melhor maneira de ensiná-la é através de
um relógio digital. A cada vez que precisar olhar as horas, a criança ou
adulto (sim, é bastante possível) vai associar a marcação dos ponteiros
com o digital.

Há tratamento para a dislexia?


Apesar de não haver cura para dislexia, é possível alcançar bons resultados com o
tratamento correto, já que ele é adaptado para as necessidades de cada
pessoa, que poderá progredir gradualmente a capacidade de leitura e escrita.

O tratamento para dislexia é feito com a prática de estratégias de aprendizagem


que estimulam a leitura, a escrita e a visão e, para isto, é necessário o apoio de
toda uma equipe, que contém pedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo e o médico
neurologista.

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Conhecimento de professores do ensino fundamental sobre


dislexia:
A Dislexia fator implicador na aprendizagem na linguagem na visão dos
professores:

A dislexia é caracterizada como um distúrbio específico de aprendizagem de


origem neurológica em que o escolar encontra dificuldade na fluência da
leitura, dificuldade nas habilidades de decodificação e soletração, resultantes
de um déficit no componente fonológico da linguagem, apesar da instrução
recebida adequadamente e da normalidade do nível intelectual.

Quase sempre, os quadros de dislexia são acompanhados de uma série de


comportamentos que torna o disléxico uma criança diferente. Autores
destacam sinais e sintomas característicos da dislexia nos diferentes ciclos de
vida, revelando que a alteração acompanhará o sujeito durante o seu
desenvolvimento.

A criança disléxica apresenta, como consequência, um rendimento escolar


inferior ao esperado em relação à idade cronológica, ao seu potencial
intelectual e à sua escolaridade, sendo comuns indícios de fracasso escolar.
Desse modo, a criança pode apresentar uma autoestima abalada por se achar
incapaz ou até mesmo inferior aos seus colegas. Por não conseguir ter a
mesma facilidade ao ler um texto, fica desmotivada e perde o interesse pela
leitura. Muitas vezes, pode ser considerada preguiçosa, desatenta, sem
nenhum empenho em aprender, não obtendo acompanhamento necessário.

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Quanto mais cedo for identificada a dislexia, a família e a escola terão mais
oportunidades em amenizar as dificuldades. Para que isso aconteça é preciso
o olhar atento do professor. Neste contexto, o professor desempenha um papel
importante no aprendizado da leitura e escrita, pois atua como observador do
comportamento da criança em sala de aula, compreendendo, registrando suas
dificuldades e potencialidades.

Parece fundamental que os professores conheçam um pouco das


características da dislexia para que possam identificar precocemente os seus
sinais e sintomas. Tal participação pode ser ainda essencial no cenário da
escola pública brasileira, pois, com muita frequência, as crianças não têm
acesso ao acompanhamento de equipe especializada, uma vez que tais
equipes em geral não estão presentes neste contexto.

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