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Universidade Púnguè

Extensão de Tete

Estudante: Cinturão Marcos Saize

Unidade III: As necessidades Educativas Especiais na Linguagem

A fixa de leitura tem como objectivo frisar As necessidades Educativas Especiais na Linguagem.

Conceito

Uma perturbação da linguagem é definida por dificuldade ou desvio no desenvolvimento da


compreensão ou da produção de um sistema simbólico (falado, escrito ou outro), (Gardner;
1995). A perturbação poderá evolver a forma da linguagem (fonologia, morfologia e sintaxe).São
crianças que tem dificuldades de produção, recepção, produção e compreensão de mensagens.
Deixa a criança complexada/insegura, tendo vergonha de se exprimir em público ou relacionar
com os outros com medo de ser julgado negativamente

Causas e classificação

Causas das NEE de Linguagem De acordo com GARDNER (1995), a NEE de linguagem
originam em dois aspectos: Ambiental: é aquela que é interropido pelo acidendes ou traumas.

 Genética: é aquela é afectado desde a nascença.


 Progenitores: durante o processo de parto, a mãe quando fica cansada e com dor, pode
 acidentalmente apertar a cabeça da criança prejudicando deste modo o desenvolvimento
na articulacao das palavras da criança. Pode também os problemas na criança estar
associadas ao consumo de bebidas alcoolicas, tabaco em esccenso. Neste caso as
dificuldades de linguagem podem ser originadas por uma perturbação a outro nível:
Deficiência mental;
 Surdez e outras deficiências auditivas;
 Anormalidades físicas (aparelho fonador),
 Lesões neurológicas de tipo neuromotor (paralisia cerebral)
 Perturbações psiquiátricas (psicoses infantis).

Sinais de alerta

Sinais de Alerta Os pais são quem melhor pode detectar problemas na fala ou linguagem; mas
para isso têm de estar atentos aos sinais de alarme, que são os seguintes, (Gardner, 1995): a)
Quando aos 18 meses a criança não compreende ordens simples; 5 b) Quando com 2 anos
completos a criança não diz nenhuma palavra, c) Quando aos 3 anos não formula frases com três
palavras; d) Quando aos 4 anos produz frases que não se submetem às regras gramaticais; e)
Quando aos 5 anos persistem omissões ou alterações relativamente frequentes na articulação, em
particular nas consoantes sibilantes (s, z, x, y) e consoantes liquidas (l, m, n, r);

Alterações mais frequentes no desenvolvimento da linguagem

De acordo com BALLONE & MOURA (2008), podem-se dividir essas alterações em dois
grupos principais: Alterações da linguagem devidas a causam predominantemente orgânicas:
DISLALIA Consiste na má pronúncia das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas,
trocando um fonema por outro ou ainda distorcendo-os. A falha na emissão das palavras pode
ainda ocorrer a nível de fonemas ou de sílabas. Assim sendo, os sintomas da Dislalia consistem
em omissão, substituição ou deformação os fonemas.

Retardo oral. Alterações da voz, disfonia, Cuidados a ter com a voz

Disfonias

Disfonias Não se tratam, propriamente, de alteração da linguagem, mas de defeitos da voz


consequentes a perturbações orgânicas ou funcionais das cordas vocais ou, ainda, como
consequência de uma respiração defeituosa. Seria então, a Disfonia, um distúrbio da voz, como
rouquidão, soprosidade ou aspereza.

A Disfonia é subdividida em duas partes: Disfonia Funcional e Disfonia Orgânica


 Disfonia Funcional: Alteração da voz resultante de abuso vocal ou mal uso. Não
apresenta qualquer causa física ou estrutural.
 Disfonia Orgânica: Alteração da voz, causada ou relacionada a algum tipo de condição
laringiana ou doença.

Alterações da fala: Dislexia. .Causas, formas de manifestação, identificação e intervenção no


contexto escolar;

Dislexia

Dislexia é um distúrbio específico da linguagem caracterizado pela dificuldade em descodificar


(compreender) palavras. Segundo a definição elaborada pela Associação Brasileira de Dislexia,
trata-se de uma insuficiência do processo fonoaudiológico e inclui-se frequentemente entre os
problemas de leitura e aquisição da capacidade de escrever e soletrar. Resumidamente podemos
entender a Dislexia como uma alteração de leitura. Apesar da criança disléxica ter dificuldade
em descodificar certas letras, não o fazem devido a algum problema de déficit cognitivo.
Normalmente esses pacientes apresentam um QI perfeitamente compatível com a idade.

Estratégias psicopedagogicas em lidar com alunos disléxicos na sala de aulas.

De acordo com BALLONE & MOURA (2008), professor deve: Tratar o aluno disléxico com
naturalidade. Ele é um aluno como qualquer outro; apenas, disléxico.

 A última coisa para a qual o diagnóstico deveria contribuir seria para (aumentar) a sua
discriminação. Usar a linguagem direta, clara e objectiva quando falar com ele. Muitos
disléxicos têm
 dificuldade para compreender uma linguagem (muito) simbólica, sofisticada e
metafórica. Seja simples, utilize frases curtas e concisas ao passar instruções. Falar
olhando direto para ele. Isso ajuda e muito. Enriquece e favorece a
 comunicação. Traga–o para perto da lousa e da mesa do professor. Tê-lo próximo à lousa
ou à mesa de trabalho do professor, pode favorecer o diálogo, facilitar o
acompanhamento, facilitar a orientação, criar e fortalecer novos vínculos. Verificar
sempre e discretamente se ele demonstra estar entendendo a sua
 exposição. Ele tem dúvidas a respeito do que está sendo objeto da sua aula? Ele consegue
entender o fundamento, a essência, do conhecimento que está sendo tratado? Ele está
acompanhando o raciocínio, a explicação, os fatos? Repita sempre que preciso e
apresente exemplos, se for necessário. Certificar de que as instruções para determinadas
tarefas foram compreendidas.
 O que, quando, onde, como, com o que, com quem, em que horário etc. Não economize
tempo para constatar se ficou realmente claro para o aluno o que se espera dele.
Observar discretamente se ele fez as anotações da lousa e de maneira correta antes,
 de apagá-la. O disléxico tem um ritmo diferente dos não-disléxicos, portanto, evite
submetê-lo a pressões de tempo ou competição com os colegas. Observar se ele está se
integrando com os colegas. Geralmente o disléxico angaria
 simpatias entre os companheiros. Suas qualidades e habilidades são valorizadas, o que
lhes favorece o relacionamento. Entretanto, sua inaptidão para certas actividades
escolares (provas em dupla, trabalhos em grupo, etc.) pode levar os colegas a rejeitá-lo
nessas ocasiões. O professor deve evitar situações que evidenciem esse fato. Com a
devida distância, discreta e respeitosamente, deve contribuir para a inserção do disléxico
no grupo-classe. Não lhe peça para fazer coisas na frente dos colegas, que o deixem na
berlinda: principalmente ler em voz alta.
 Dar Atenção: em geral, o disléxico tende a lidar melhor com as partes do que com o
todo. Abordagens e métodos globais e dedutivos são de difícil compreensão para ele.
Apresente-lhe o conhecimento em partes, de maneira dedutiva.

Linguagem escrita dificuldades mais frequentes.

Disgrafia

A disgrafia deriva das palavras "dis" (desvio) + "grafia" (escrita) e consiste numa dificuldade no
ato motor da escrita. A criança com disgrafia pode apresentar dificuldades no desenho ou no
grafismo da letra ("má letra").

As crianças desde cedo demonstram a necessidade de se expressar através da escrita. A escrita


consiste numa destreza/capacidade motora que se vai desenvolvendo ao longo do percurso
escolar da criança e que possui uma série de requisitos básicos necessários para o seu
bom/correto funcionamento, nomeadamente:

 capacidades psicomotoras gerais (uma boa coordenação óculo-manual, um correto


desenvolvimento da motricidade fina, um bom esquema corporal, espacial, boa
lateralidade, um correto reconhecimento do espaço, formas e distancias e uma boa
capacidade de inibição e controlo neuromuscular de forma a que a criança seja capaz de
efetuar os movimentos necessários para a escrita das letras);
 coordenação funcional da mão (os movimentos de pressão e preensão e a
independência mão-braço);
 hábitos neuromotores corretos e bem estabelecidos (a visão, a transcrição da esquerda
para a direita, e o posicionamento correto do lápis).

Disgrafia - Sinais Indicadores

A disgrafia pode apresentar alguns sinais de alerta típicos, aos quais devemos estar atentos

Diagnosticar a disgrafia, precocemente, não é fácil, uma vez que se trata de uma aprendizagem
complexa envolvendo o controlo do ato motor da escrita e exigindo o seu próprio treino.
Contudo, existem indicadores para auxiliarem nesse processo:

 traços exageradamente grossos ou finos e pequenos ou grandes;


 letras separadas, sobrepostas ou ilegíveis, com as ligações distorcidas;
 postura gráfica incorreta (dificuldade em utilizar corretamente o lápis/caneta com que
escreve);
 caligrafia, inclinada;
 letra excessivamente pequena ou grande;
 grafismo trémulo;
 espaçamento irregular das letras ou das palavras;
 borrões;
 desorganização geral na folha.
No entanto, importa informar que a confirmação do diagnóstico deve ser efetuada por
profissionais especializados, uma vez que requer procedimentos específicos.

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