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Índice

1. Introdução ................................................................................................................................. 4

1.1.1 Objectivos:............................................................................................................................ 4

1.1.2 Objectivo geral ..................................................................................................................... 4

1.1.3 Objectivos específicos ........................................................................................................... 4

1.1.4 Metodologias ........................................................................................................................ 4

2 Necessidades Educativas Especiais na linguagem ........................................................................... 5

2.1.1.Necessidades educativas especiais ......................................................................................... 5

2.1.2.Linguagem ............................................................................................................................ 5

2.1.3 Sinais de alerta ...................................................................................................................... 5

2.1.4 Causas dos problemas da linguagem...................................................................................... 6

2.1.5 Classificação de Problemas de Linguagem ............................................................................ 7

2.1.6 Alterações mais frequentes no desenvolvimento da linguagem .............................................. 7

3 Disfonia.......................................................................................................................................... 8

3.1.1 Características da disfonia ..................................................................................................... 8

3.1.2 Intervenção da disfonia no contexto escolar ........................................................................... 9

4 Bradilalia ........................................................................................................................................ 9

5 Alteração da voz ........................................................................................................................... 10

5.1.1 Cuidados a ter com a voz .................................................................................................... 10

5.1.2 Alterações da fala................................................................................................................ 11

6 Dislexia ........................................................................................................................................ 11

6.1.1 Causas das alterações da fala ou da dislexia ......................................................................... 11

6.1.2 Causas Pedagógicos ............................................................................................................ 11

6.1.3 Causas genéticas ................................................................................................................. 12

6.1.4 Identificação e Intervenção no contexto escolar ................................................................... 12

7 Linguagem escrita ........................................................................................................................ 12


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7.1.1 Dificuldades mais frequentes na linguagem escrita .............................................................. 12

8 A dislalia ...................................................................................................................................... 13

8.1.1 Causas de Dislalia no contexto escolar ................................................................................ 14

8.1.2 Tipos de Dislalia ................................................................................................................. 14

8.1.3 Intervenção de Dislalia no contexto escolar ......................................................................... 15

8.1.4 Características da dislalia .................................................................................................... 15

9 Conclusão..................................................................................................................................... 16

10 Bibliografia ................................................................................................................................ 17
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1. Introdução

As necessidades educativas especiais referem-se a crianças que apresentam um


problema de aprendizagem durante o seu percurso escolar e que exige uma atenção mais
específica e uma gama de recursos educativos diferentes daqueles necessários para os seus
companheiros da mesma idade. A linguagem é entendida como sendo um meio pelo qual o
homem comunica suas ideias e sentimentos, seja através da fala, da escrita ou de outros
signos convencionais.

Neste caso, o ponto fulcro deste trabalho é abordar de uma forma clara e bem
detalhada, com coerência e coesão sobre as necessidades Educativas Especiais na
Linguagem: Disfónia, Disléxia e Dislalias (Causas, características, manifestação, formas de
intervenção no contexto escolar. E sem deixar de ilustrar os exemplos clarividentes e
socorrendo-se através de alguns autores que abordam sobre este tema. Quanto a estrutura do
trabalho. Este segue a seguinte sequência: parte Introdutória que faz referência ao assunto a
ser abordado mais adiante; Desenvolvimento que faz o aprofundamento do tema em estudo
com mais detalhe e a parte Conclusiva que retrata sobre a síntese do trabalho.

1.1.1 Objectivos:

1.1.2 Objectivo geral

 Compreender as dificuldades mais frequentes na linguagem.

1.1.3 Objectivos específicos

 Conceituar NEE e linguagem;


 Identificar, causas, características, as alterações mais frequentes e a intervenção no
contexto escolar da (Disfonia, Dislexia e Dislalia) no desenvolvimento da linguagem.

1.1.4 Metodologias

No desenvolvimento deste trabalho de pesquisa, so nos foi possivel há recorrência de


fontes bibliograficas, biblioteca, internete, leituras de algumas obras para aquisição do
conhecimento, porem, facilitaram-nos no melhoramento deste trabalho.
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2 Necessidades Educativas Especiais na linguagem

Cuberos, Maria Dolores Arcas (1997) esmiuca que, as NEE, ocorrem de varias ordens
ou formas, o que faz com que as mesmas se manifestem na linguagem como um distúrbio
capaz de por em risco a aprendizagem da criança.

2.1.1.Necessidades educativas especiais

Segundo Correia (2010:32) “As necessidades educativas especiais são situações onde
são evidentes dificuldades de aprendizagem, ou seja em aceder ao curriculum oferecido pela
escola, exigindo um atendimento especializado, de acordo com as características específicas
do aluno.

2.1.2.Linguagem

Scheuer et all, (2003) citado Ellis, A linguagem é um complexo processo que envolve
a participação e a interacção de todos os seus componentes: fonologia, semântica,
morfologia, sintaxe e pragmática.

Qualquer comprometimento em um ou mais desses componentes trará consequências


para o desenvolvimento da linguagem de maneira geral. A aquisição e organização desses
componentes estão relacionadas a capacidades internas do ser humano e também com seu
ambiente, que deve ser rico em estímulos e possibilitar diversas experiências linguísticas.

2.1.3 Sinais de alerta

Desde que sejam detectadas atempadamente, é sempre possível, através de Terapia da


Fala ou de uma Estimulação da Linguagem, que a criança recupere das suas dificuldades,
indo de encontro a um desenvolvimento de acordo com a sua faixa etária.

Desta forma, deve-se estar atento a determinados sinais, que iremos separar em “Até
aos 4 anos” e “Depois dos 4 anos” e apresentaremos em duas tabelas distintas.

“Até aos 4 anos.” Independentemente da idade em que ocorre deverá prestar-se


atenção se a criança tem dificuldades em controlar a baba e em deglutir (engolir) alimentos
ou tem dificuldades na audição, Cuberos, Maria Dolores Arcas (1997).

Idade Comportamento
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6 Meses Não vira a cabeça para som vindo de trás ou do lado


10 Meses Não responde ao seu nome
15 Meses Não entende o significado das palavras: “não”, “adeus”, “papa”
18 Meses Não diz pelo menos 10 palavras
21 Meses Não obedece a ordens simples como: “ anda cá”, “senta-te”, “fica em pé”
24 Meses Fala demasiado,
Tem ecolalia (repete sempre o que lhe é dito),
Não aponta para partes do corpo: pé, boca, nariz, olhos,
Não junta palavras
30 Meses A fala não é inteligível para a família
36 Meses Não faz frases simples,
Não faz perguntas simples,
A fala não é inteligível para estranhos
3 Anos e Não emite a última sílaba das palavras, como “ga” em vez de “gato”,
meio

“Após os 4 anos”

Comportamento
A fala é pouco perceptível: omite ou troca sons em palavras, omite partes de palavras
Não diz todas as palavras numa frase, utiliza frases demasiado simples para a idade
O vocabulário utilizado é reduzido
Apresenta dificuldades na compreensão do que lhe é dito ou pedido
Ainda não diz alguns sons (ex: “pato” em vez de prato, “baço” em vez de braço), omite troca
ou distorce os sons da fala.
Tem dificuldades escolares, nomeadamente na leitura e escrita, ou na compreensão e
interpretação de textos e outros exercícios.
Gagueja ou tem problemas na voz.

2.1.4 Causas dos problemas da linguagem


Os problemas da fala e da linguagem podem ser atribuídos a muitas causas:

 Orgânicas e/ou corticais: alterações nos órgãos fonadores, da audição e no


processamento da linguagem no córtex cerebral;
 Cognitivas: dificuldades intelectuais que podem dificultar a comunicação oral;
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 Psicológicas: problemas emocionais não favorecem o desenvolvimento da linguagem;


 Socioculturais: ambiente pouco estimulante e sem bons exemplos de fala.

2.1.5 Classificação de Problemas de Linguagem

 Discurso pouco fluente com pausas, hesitações frequentes, muitos “s” durante a fala;
 Dificuldade em encontrar a palavra correcta, confundindo palavras com sonoridade
semelhante, como humidade em vez de humanidade;
 Dificuldade em recordar informações verbais, problemas de memória a curto tempo:
datas, nomes, números de telefone;
 Dificuldade em dar respostas orais rápidas e em terminar teste no tempo previsto;
 Pronúncia incorrecta de nomes de pessoas e lugares, saltar por cima de partes de
palavras;
 Confusão de palavras com pronúncia semelhante.

2.1.6 Alterações mais frequentes no desenvolvimento da linguagem

Ajuragueira (1979:67) citado por Cuberros e outros A linguagem é um processo


mental de manifestação do pensamento e de natureza essencialmente consciente,
significativa e orientada para o contacto inter-pessoal.

Apesar do processo da linguagem ser essencialmente consciente, entretanto


entende-se que o fluxo e a articulação desta provêm de camadas mais profundas e não
conscientes, tais como do subconsciente e inconsciente.

As principais alterações deste tipo são: disfemias, disfonias, logorreia, bradilalia,


verbigeração, mutismo, mussitação, encolaria, esquizofasia, neologismo.

Existem comportamentos que fazem mal à tua voz e, por isso, são chamados abusos
e maus usos vocais, como: gritar, falar alto, tossir muito, imitar vozes ou sons (de máquinas
ou animais), cantar sem cuidados, falar muito depressa e muito tempo seguido, etc. Por
outro lado, há comportamentos que fazem bem à tua voz e que tu devias ter, como: fazer
uma respiração correta, ter uma postura adequada, ter uma alimentação saudável, beber
água à temperatura natural, fazer os exercícios da Terapia da Fala e não fazer nenhum dos
abusos e maus usos de que te falei antes.
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3 Disfonia

Segundo Behlau, Mara (1995) esmiúça que, não se trata, propriamente, de alteração
da linguagem, mas de defeitos da voz consequentes as perturbações orgânicas ou funcionais
das cordas vocais ou, ainda, como consequência de uma respiração defeituosa. Disfonia é
uma perturbação relacionada com a altura, a intensidade e/ou a qualidade da voz. Em função
da causa. A disfonia no adulto e na criança pode levar à ausência total de voz (afonia), à
rouquidão, a uma altura tonal demasiado grave ou aguda.

A afonia é caracterizada pela ausência total de voz temporária (num determinado


período de tempo).

Seria então, a Disfonia, um distúrbio da voz, como rouquidão, soprosidade ou


aspereza. A disfonia é subdividida em:

 Disfonia funcional: alteração da voz resultante de abuso ou mal uso.


 Disfonia orgânica: alteração da voz, causada ou relacionada a algum tipo de
condição laríngeana ou doença.

Logorréia: arte de falar muito e não dizer nada, não é atributo apenas de alguns
tipos de enfermos mentais.

A disposição hipomaníaca pode representar um estado permanente, de forma


moderada, compatível com a vida social. Este indivíduo pode despertar a atenção sobre sua
pessoa pela maneira incessante como fala, não dando oportunidade ao interlocutor para
contestá-lo, falando em tom de voz elevado, gesticulando muito e, sobretudo, logorreico.

A logorréia é comum em todos os casos de excitação psicomotora, principalmente


nos estados maníacos e hipomaníacos, na embriaguez alcoólica; em casos de demência
senil.

3.1.1 Características da disfonia

As características vocais observadas também vão variar em função do tipo de lesão.


Mas, de modo geral, modificam a voz e prejudicam a realização de diversas funções
relacionadas à comunicação.
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São sintomas comuns desse tipo de disfonia: rouquidão, soprosidade, aspereza,


tensão vocal, alterações da frequência e da intensidade vocal. Além disso, não são
incomuns relatos de fadiga vocal e dor ao falar, Behlau, Mara (1995).

3.1.2 Intervenção da disfonia no contexto escolar

Behlau, Mara (1995) É muito comum, por exemplo, que profissionais da voz como
professores ou cantores que diante de um quadro de disfonia foram impedidos de
desenvolver suas atividades, voltarem ao trabalho com muito mais qualidade vocal,
sabendo como usar a voz de forma mais eficiente e sem provocar novos problemas.

Mas, para que casos assim sejam possíveis, é necessário que o Fonoaudiólogo
estude e entenda cada um dos tipos de disfonia, os tipos de lesão e a forma de tratamento,
traçando um plano de intervenção eficiente.

4 Bradilalia

Cuberos, Maria Dolores Arcas (1997), Consiste numa diminuição da velocidade de


expressão, como resultado da lentidão dos processos psíquicos e do curso do pensamento.
Observa-se no parkinsonismo pós-encefalítico, em casos de epilepsia pós-traumática.

Mutismo: é a ausência de linguagem oral. O mutismo tem origem e mecanismos


mais variados. Nas doenças mentais, é observado nos estados de estupor da confusão
mental, da melancolia e da catatonia; nos estados demenciais avançados, na paralisia geral
e na demência senil.

Mussitação: é a expressão da linguagem em voz muito baixa; o enfermo movimenta


os lábios de maneira automática, produzindo murmúrio ou som confuso. É um sintoma
próprio da esquizofrenia.

Ecolalia: é a repetição, como um eco, das últimas palavras que chegam ao ouvido
do paciente, em condições patológicas, observa-se nos catatônicos. O fenómeno tem muita
semelhança com a perseverança do pensamento, observada nos epilépticos.

Esquisofasia: é uma expressão criada por Kraepelin para designar uma profunda
alteração da expressão verbal, observada em alguns esquizofrénicos paranóides, em
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resultado da qual a linguagem se torna confusa e incoerente, sem que existam alterações
graves do pensamento.

5 Alteração da voz

Dinville (1983) defende que, as alterações psico-emocionais, nossas emoções


influenciam e são responsáveis por mudança na nossa voz. A voz como já foi dito
anteriormente, faz com que nos comuniquemos com outras pessoas, se temos alguma
emoção muito forte (raiva, ansiedade, alegria), poderá repercutir em nossa voz, provocando
uma disfonia funcional.

Qualquer alteração laríngeana ocasiona perturbação na emissão da voz. Dos quatro


elementos constitutivos do som (intensidade, timbre, tom e duração), os três primeiros, tem a
sua origem na laríngea.

Segundo Dinville (1983), As alterações são relativamente mais frequente na idade


escolar, afectando metade das crianças dos 5 e 6 anos até a puberdade da maturidade.

Muitas vezes as alterações da voz são devidas ao seu uso inadequado quer por
excessos ou por defeitos da sua emissão. Entre as causas que podem gerar as alterações
podemos assinalar as bronquites crónicas, asma, adenóides, laringite.

5.1.1 Cuidados a ter com a voz

Dinville (1983), Toda precisão de ter cuidados com a voz, mas ora quem utiliza a voz
profissionalmente é preciso ter alguns cuidados vocais essenciais:

 Deve-se beber em média dois litros de água por dia, de preferência em temperatura e
ambiente favorável para tal;
 Evitar qualquer tipo de competição sonora;
 Evitar bebidas alcoólicas, pois o álcool tem um efeito anestésico, assim provoca a
diminuição da sensibilidade, e onde na maioria das vezes ocorre um abuso vocal,
lesando as pregas vocais;
 Evitar gritar e tossir pois, provoca um intenso atrito nas pregas vocais, podendo
lesiona-las;
 Evitar o consumo de leite, chocolates e seus derivados pois esses alimentos aumentam
a secreção de muco no trato vocal;
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 Procure ingerir sumos e frutas cítricas.

A voz é produzida nas cordas (ou pregas) vocais que estão dentro de um tubo, a que
chamamos laringe. Se quiseres podes apalpar a tua laringe, na parte da frente do teu pescoço.
Se chamares por mim, vais sentir algumas cócegas no pescoço, que são as cordas vocais a
vibrar. Quando nós falamos, as nossas cordas vocais estão juntas e fecham-se para vibrar e,
quando respiramos, elas afastam-se e estão abertas para deixar o ar passar

5.1.2 Alterações da fala

A fala é o acto motor que expressa a linguagem. É um processo complexo que


envolve o sistema neuromuscular. O sistema nervoso central comanda os músculos que
produzem sons isolados ou em sequência.

As alterações da fala podem ser entendidas como perturbações encontradas na


linguagem durante um período de tempo indeterminado. Dentre elas, podemos encontrar as
seguintes alterações: dislexia e disfemias.

6 Dislexia

Segundo Torres, R. e Fernandez, P (2001) é um efeito de aprendizagem da leitura


caracterizado por dificuldades na correspondências entre símbolos e gráficos, as vezes mal
reconhecidos, e fonemas muitas vezes ma identificados.

A dislexia para a linguística, não é uma doença, mas sim um fracasso inesperado
(defeito), na aprendizagem da leitura, sendo pois, uma síndrome de origem linguística. E
também, pode ser considerado como sendo uma incapacidade específica de aprendizagem, de
ordem neurobiológica. É caracterizada por dificuldades na correcção e/ou fluência na leitura
de palavras e por baixa competência leitora e ortográfica, Torres, R. e Fernandez, P (2001).

6.1.1 Causas das alterações da fala ou da dislexia

Rosa Torres e Pilar Fernandez (2001), delimitam as causas da dislexia em causas de


origem genéticas e factores pedagógicos.

6.1.2 Causas Pedagógicos

Torres, R. e Fernandez, P (2001) diz que, Independentemente da neuro-pedagogia


apontar a causa da dislexia para o não reconhecimento dos sons das letras, devido a uma
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disrupção neurológica, e a psicologia cognitiva afirmar que a causa é o não reconhecer


significados, importa que o agravamento das dificuldades dos disléxicos possa advir de
métodos pedagógicos inadequados. Com o objectivo de evitar este agravamento, assim
encontramos certas relevâncias no ensino da Leitura:
 Métodos de ensino adequado ao nível de leitura e que respeite as potencialidades dos
alunos.
 Respeito pelas etapas da leitura.

6.1.3 Causas genéticas

Ângela Pinheiro (2002), a dislexia pode ter como causa as influências internas
genéticas, a descoberta de um aumento de incidência de dislexia na mesma família. Existe
uma hipótese de que uma anomalia genética influencie adversamente o desenvolvimento de
áreas do cérebro.

6.1.4 Identificação e Intervenção no contexto escolar

Torres, R. e Fernandez, P (2001) salientam que, no contexto escolar, a escola deve


procurar que perca o hábito de gritar que eventualmente possa trazer do seu ambiente
familiar. Dado que, a situação escolar gera ambiente ruidoso, os professores devem evitar os
gritos na sala dando eles próprios o exemplo, para isso recomendamos:

 Usar adequadamente a voz;


 Conseguir que se trabalhe na sala de aula com um nível mínimo de barulho;
 Não gritar para pedir silêncio e;
 Demonstrar as crianças que podes falar de voz alta sem gritar.

7 Linguagem escrita

A linguagem escrita é um sistema simbólico que surge na compreensão do


conhecimento prévio que o leitor tem sobre o assunto sendo sequência do desenvolvimento
da linguagem oral, pelo que se é do tipo de texto em presença.

7.1.1 Dificuldades mais frequentes na linguagem escrita

As dificuldades mais frequentes na linguagem escrita são parte do contínuo das


desordens da linguagem, o que mostra o carácter evolutivo das dificuldades de linguagem.
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Neste sentido, as dificuldades na linguagem escrita podem ser uma extensão do deficil na
linguagem falada. Desta forma encontramos as seguintes dificuldades na linguagem escrita:

 Dislexia Acústica é aquela que se manifesta na insuficiência para diferenciar os sons,


ocorrendo omissões, distorções, transposições ou substituições dos fonemas;

 Dislexia visual, manifesta-se na confusão de letras com semelhança gráfica. Nesses


casos os pais tomam a iniciativa de levar os filhos ao oftalmologista; e

 Dislexia Motriz é aquela que é manifestada no campo visual, provocando retrocessos


e principalmente intervalos mudos ao ler, Torres, R. e Fernandez, P (2001).

8 A Dislalia

A dislalia (do grego dys + lalia) é um distúrbio da fala, caracterizado pela dificuldade
em articular as palavras. Basicamente consiste na má pronúncia das palavras contendo “R” e
“L”, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando um fonema por outro ou ainda
distorcendo-os ordenadamente. A falha na emissão das palavras pode ainda ocorrer em
fonemas ou sílabas. Assim sendo, os sintomas da Dislalia consistem em omissão, substituição
ou deformação dos fonemas. Por outro lado, certas Dislalias são devidas a enfermidades do
sistema nervoso central, Beltrame, Beatriz (2020).

Quando não se encontra nenhuma alteração física a que possa ser atribuído a Dislalia,
esta é chamada de Dislalia Funcional. Nesses casos, pensa-se em hereditariedade, imitação ou
alterações emocionais e, entre essas, nas crianças é comum a Dislalia típica dos
hipercinéticos ou hiperativos. Também nos deficientes mentais se observa uma Dislalia, às
vezes grave ao ponto da linguagem ser acessível apenas ao grupo familiar.

Até os quatro anos, os erros na linguagem são normais, mas depois dessa fase a
criança pode ter problemas se continuar falando errado. A Dislalia, troca de fonemas (sons
das letras), pode afetar também a escrita, Beltrame, Beatriz (2020).

Dificuldade na linguagem oral, que pode interferir no aprendizado da escrita. A


criança omite, faz substituições, distorções ou acréscimos de sons. Eis alguns exemplos:

Omissão: não pronuncia sons - "omei" = "tomei";


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Substituição: troca alguns sons por outros - "balata" = "barata";

Acréscimo: introduz mais um som - "Atelântico" = "Atlântico".

8.1.1 Causas de Dislalia no contexto escolar

Diversas causas podem levar ao desenvolvimento da dislalia, sendo elas:

 Lábio leporino;
 Histórico de infecção congênita na família;
 Falta de oxigenação cerebral durante o parto;
 Meningite;
 Alterações emocionais;
 Herança genética;
 Paralisia cerebral;
 Dificuldades respiratórias;
 Enfermidades do sistema nervoso central.

8.1.2 Tipos de Dislalia

Existe um total de quatro tipos conhecidos de dislalia, que podem variar de acordo
com as causas do problema. São eles:

Dislalia Evolutiva: É a fase considerada “normal”, que pode durar até os quatro anos
da criança e geralmente some de maneira natural.

Dislalia Funcional: Ocorre quando há substituição de uma letra por outra na hora da
fala, acrescentando ou distorcendo o som da palavra.

Dislalia Audiógena: Ocorre em casos de deficiência auditiva, onde a pessoa não


consegue repetir o som.

Dislalia Orgânica: Ocorre quando o cérebro da criança é lesionado, impedindo a fala


correta. Este tipo pode surgir também quando existem alterações estruturais na boca ou na
língua, que dificultam a pronúncia.

Vale ressaltar que não se deve falar errado com a criança. Caso ela faça uma
pronúncia incorrecta, é recomendado que você a corrija sutilmente, pois incentivar a fala
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errada pode estimular o desenvolvimento do transtorno de linguagem, Beltrame, Beatriz


(2020).

8.1.3 Intervenção de Dislalia no contexto escolar

Beltrame, Beatriz (2020) diz que, após ser diagnosticada por um profissional
especializado, a criança receberá o tratamento adequado, de acordo com a causa apontada
pelo médico responsável. As medidas adoptadas variam de sessões de fonoaudiologia para
melhorar a fala, desenvolver técnicas que facilitem a linguagem, a percepção e interpretação
dos sons, e estimular a capacidade de elaborar frases.

Para prevenir o surgimento e a evolução do distúrbio da fala, é recomendado que os


pais ou responsáveis que convivem com a criança não achem graça de seu jeito de falar, nem
ridicularize-a por conta da sua pronúncia errada, pois isso pode reforçar o problema ou criar
um sentimento de inferioridade, Beltrame, Beatriz (2020).

No ambiente escolar pode enumerar vários exemplos de circunstâncias que ocorrem e


podem ser auxiliadas com a parceria dos pais, uma deles é a dislalia. Quando as crianças em
seus primeiros anos de vida começam a falar, geralmente têm dificuldades em pronunciar
certas letras e até mesmo fonemas por estarem num processo de aprendizagem da fala e
experimentação de sons diferentes. Tudo isso é completamente normal. No entanto, quando
essa forma de falar perdura após os quatro anos de idade, os pais e aqueles que convivem
com a criança precisam ficar atentos. É essencial que a criança seja levada a um especialista
para diagnosticar o que está acontecendo, Beltrame, Beatriz (2020).

8.1.4 Características da dislalia

A dislalia é um distúrbio que acomete a fala, caracterizado pela dificuldade em


articular as palavras. A pessoa portadora de dislalia, troca as palavras por outras similares na
pronúncia, fala erroneamente as palavras, omitindo ou trocando as letras, Beltrame, Beatriz
(2020).
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9 Conclusão

As necessidades educativas especiais referem-se a situações em que as crianças


apresentam um problema de aprendizagem durante o seu percurso escolar e que exige uma
atenção mais específica e uma gama de recursos educativos diferentes daqueles que um
indivíduo normal necessita para a aprendizagem. Sendo assim, a linguagem é tida como um
meio usado para a transmissão e comunicação de diversos interlocutores.

Entretanto, os mais frequentes problemas do desenvolvimento da linguagem


encontram-se as alterações de linguagem. Estas, podem ser classificadas como retardo ou
distúrbios, manifestando-se na oralidade, na leitura e na escrita. Estes distúrbios são
influenciados pelos factores orgânicos, intelectuais/cognitivos e emocionais podendo serem
considerados como factores de interferência para as dificuldades de linguagem e
aprendizagem das crianças.

As Principais alterações encontradas na linguagem oral e escrita das crianças: Retardo


de aquisição de Linguagem: alteração de linguagem oral na qual a linguagem não se
manifesta na idade em que a criança deveria iniciar a produção de palavras ou se manifesta de
maneira mais lenta que o esperado para a idade.

Deste modo os distúrbios no desenvolvimento da Linguagem são alterações da


linguagem oral na qual o desenvolvimento da linguagem ocorre com alterações e desvios
manifestando-se de maneira diferenciada do esperado, podendo ocorrer trocas de sons na fala,
vocabulário restrito, frases incompletas ou restritas, por exemplo.

Os distúrbios podem ser decorrentes de outras alterações, com difícil intelectualidade,


lesões encefálicas (secundários) ou distúrbio específico de linguagem não causado por
manifestações ou alterações primárias da linguagem.
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10 Bibliografia

Behlau, Mara (1995) Et all. Avaliação e tratamento das disfonias. S. Paulo, Lovise.

Cuberos, Maria Dolores Arcas (1997) Necessidades educativas especiais, 1ed. Lisboa.

Correla, Luís de Miranda (2010) Necessidades educativas especiais. Plural editora.

Dubois, Jean (1993) Et al. Dicionário de linguística, Cultrix, são Paulo.

Ellis Aw (1995) Leitura, escrita e dislexia, Porto Alegre: Artes Médicas.

Torres, R. e Fernandez, P (2001) Dislexia, Disortografia e Disgrafia, Editora Mc Graw Hill;


Lisboa.

Beltrame, Beatriz (2020). «Dislalia: o que é, causas e tratamento». Tua Saúde. Consultado
em 11 de julho de 2021.

Dinville (1983), Alteração da voz, consulta em 23 de Novembro 1985.

Scheuer et all, (2003) citado Ellis, Necessidades Educativas Especiais na linguagem, Editora
Lisboa.

Correia (2010:32), Necessidades educativas especiais, S Paulo, v 10, p 187.

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