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• Doutora em Educação pela FEA/USP

• Mestre em Psicologia e Especialista Psicopedagogia


• Psicóloga e Pedagoga
• Docente na Graduação e na Pós-Graduação.
• Pesquisa e extensão, atendimento clínico, palestras
motivacionais em gestão de pessoas, formação de
professores e coordenação de cursos sobre
Brinquedoteca escolar e hospitalar.
• Vice-presidente da Associação Brasileira de
Brinquedotecas.
• Membro da International Toy Library Association
(ITLA).
• Pesquisadora na FEA/USP.
• Autora de livros e trabalhos científicos publicados no
Brasil e no exterior.
• Psicóloga, Psicopedagoga
• Professora de Educação Física.
• Mestre em Psicologia da Saúde,
• Pesquisadora e consultora na área da educação e
saúde
• Membro fundadora da associação brasileira de
psicologia da saúde ,
• Coordenadora de implantação de projetos de
intervenções lúdicas em escolas.
• Atua como professora de Psicologia e
Psicopedagogia nos níveis de graduação e pós.
• Ministra treinamentos e workshops para diferentes
públicos.
DISLEXIA
• É uma afecção evolutiva, cuja
característica fundamental é a
dificuldade na aprendizagem
da leitura e da escrita.
• A dislexia é uma incapacidade específica de
aprendizagem de origem neurobiológica.

• É caraterizada por dificuldades na correção


e/ou fluência na leitura de palavras e por
baixa competência leitora e ortográfica.
(Associação Internacional de Dislexia, 2015)
• Affonso (2011) esclarece que no Brasil cerca
de 30% a 40% das crianças das séries iniciais
manifestam alguma dificuldade escolar,
destes 3% a 5% manifestam transtornos de
aprendizagem, do qual o distúrbio mais
encontrado é a dislexia, também conhecido
como transtorno específico de leitura.
• Pesquisas realizadas recentemente apontam
que 10% dos escolares são disléxicos, “isso
significa que a cada 40 crianças, haverá uma
ou duas que precisam de ajuda especializada,
e duas ou mais que precisarão de algum outro
nível de ajuda” (SMYTHE, 2011, p.154).
• “É importante destacar que a presença destas
características, particularmente na pré-escola
e séries iniciais, não determinam um quadro
disléxico por si só” (MOOJEN; FRANÇA,
2006, p. 170). Mas podem servir como um
sinal de alerta.
O que esses famosos têm em
comum?

Albert Einstein, Leonardo da Vinci,


Pablo Picasso, Vincent Van Gogh,
Napoleão Bonaparte, Agatha Christie,
Walt Disney e Thomas Edison.
• Dizem que todos tiveram dificuldade
para aprender a ler e a escrever
porque eram disléxicos.
• Um estudo norte-americano mostra
que é possível identificar o risco de
uma criança desenvolver o transtorno
de aprendizagem antes dela entrar na
fase escolar.
• Facilita a alfabetização e minimiza os
impactos da dislexia na vida social.
Vantagens da Intervenção
Precoce
Pesquisa de Harvard, indica diferença
de atividade cerebral em resultados de
ressonância magnética de crianças
com idade média de 5 com histórico
familiar de dislexia. Conclui-se que a
capacidade do cérebro de processar
sons da linguagem é deficiente mesmo
quando a criança ainda não começou a
receber estímulos para aprender a ler.
Vantagens da Intervenção
Precoce
Estudos reforçam a necessidade de
identificar os grupos de risco da
dislexia.
Quando você encaminha precocemente
a criança para a intervenção, ela se
desenvolve com menos prejuízo, pois o
cérebro aprende a trabalhar nessas
condições. (Martins e Teixeira, 2012)
Vantagens da Intervenção
Precoce
Primeiros sinais podem ser percebidos a partir
dos 2 anos e meio de vida.
Sequela emocional - A incapacidade no
período de alfabetização leva ao rebaixamento
da, autoestima isolamento e indisciplina.
O mal desempenho acadêmico, induz a
criança a falar para os pais que não gosta de
estudar, gera o rótulo de preguiçosa e
desinteressada.
A família potencializa as consequências da
dislexia, pois a criança que não se sente
apoiada perde a autoconfiança.
Tipos de Dislexia:
• Adquirida: quando a perda da
habilidade é devida a uma lesão
cerebral específica e ocorre após o
domínio da leitura pelo indivíduo.

• Do Desenvolvimento: os sintomas
surgem durante a aquisição da leitura
pela criança
Divisão das dislexias
• Dislexia Visual: há distúrbios na
análise visual das palavras.
• Dislexia de Negligência: os distúrbios
também estão no sistema de análise
visual, e o leitor consistentemente
ignora partes das palavras, geralmente
deixando de ler a parte inicial.
• Leitura Letra a Letra: há distúrbio no
reconhecimento global das palavras. A
leitura só é correta após a soletração de
cada letra (dificuldade com letras
cursivas). (CAPOVILLA, 2002).
Divisão das dislexias
• Dislexia Atencional: há dificuldade na
codificação das posições das letras nas
palavras. (migração de letras)
• Dislexia fonológica: há dificuldade na leitura
de pseudopalavras e palavras
desconhecidas, mas a leitura de palavras
familiares é adequada em 67% dos
disléxicos.
• Dislexia Morfêmica ou Semântica: há
dificuldades pela rota lexical, sendo a leitura
feita principalmente pela rota fonológica.
Logo, há dificuldade na leitura de palavras
irregulares e longas com regularização.
Ocorre em 10% dos disléxicos. (CAPOVILLA,
2002).
Atenção
• Brincadeira da percepção

• Contar história animada


Fases do Desenvolvimento
Disléxico
Sinais que podem indicar dislexia em crianças
pré-escolares:
• histórico familiar de problemas de leitura
e escrita;
• atraso para começar a falar de modo
inteligível;
• frases confusas, com migrações de
letras;
• impulsividade no agir
• uso excessivo de palavras substitutas
ou imprecisas (“coisa”, “negócio”);
Sinais que podem indicar dislexia em
crianças pré-escolares:
• nomeação imprecisa (“helóptero” para
“helicóptero”);
• dificuldade para lembrar nomes de
cores e objeto;
• confusão no uso de palavras que
indicam direção, como dentro/fora, em
cima/embaixo, direita/esquerda;
• tropeços, colisões com objetos ou
quedas frequentes;
• dificuldade em aprender cantigas
infantis com rimas;
• dificuldade com sequencias verbais
(como os dias da semana) ou visuais
(como sequencias de blocos coloridos);
Sinais que podem indicar dislexia em
crianças pré-escolares:

• aptidão para brinquedos de construção


ou técnicos, como quebra-cabeças,
lego, controle remoto de TV ou vídeo,
teclado de computadores;
• prazer em ouvir outras palavras lendo
para ela, mas falta de interesse em
conhecer letras e palavras;
• discrepância entre diferentes
habilidades, parecendo uma criança
brilhante em alguns aspectos mas
desinteressada em outros.
Alguns sintomas:

• Nos quadros mais leves pode haver


somente trocas de letras como: p por
b / p por q / b por d / u por n.

• Disortografia - Perturbação na
produção escrita (presença de muitos
erros ortográficos) caracterizada por
uma dificuldade em escrever
corretamente as palavras.
Alguns sintomas:
• Disgrafia - Perturbação de tipo
funcional que afeta a qualidade da
escrita, sendo caracterizada por uma
dificuldade na grafia, no traçado e na
forma das letras e palavras, surgindo
estas de forma irregular, disforme e
rasurada.
• Inversões - parciais ou totais de
sílabas ou palavras: me-em; sol-los;
som-mos; sal-las; pal-pla.
Alguns sintomas:
• DISCALCULIA – É a incapacidade para
efetuar cálculos matemáticos.
• Uma das maiores preocupações dos
pais e professores com os disléxicos, é
a dificuldade que têm para aprender a
tabuada.
• compreendem os conceitos, mas são
incapazes de representá-los no papel,
isto é, eles sabem que processo, regra
matemática, ou operação usar, mas não
conseguem fazê-lo com precisão.
Intervenção com Jogos,
Brinquedos e Brincadeiras

• Sintomas: Nomeação imprecisa


(como “helóptero” para “helicóptero)

• Jogo, brinquedo e brincadeira

• SUGESTÕES PARA PAIS E


PROFESSORES
Intervenção com Jogos, Brinquedos e
Brincadeiras
• Jogos de Percepção Visual e Auditiva:
Brincar com jogos que trabalhem a percepção visual e auditiva é
favorecer estas áreas e contribuir para que a criança desenvolva a
precisão das palavras e dos números.

• BRINQUEDO - Olhos de Lince


Os brinquedos do tipo: Lince, e/ou Onde está o Oli? São bons no
sentido de trabalharem a percepção visual, características importante
na hora da leitura de uma palavra ou objeto.

• BRINCADEIRAS - Parlendas e Trava-Línguas:


Comece com poucas palavras como por exemplo: peça para a criança
repetir: “chão sujo” e/ou “o tempo perguntou ao tempo, quanto tempo
o tempo tem?” e assim por diante. Esta atividade ajudará a criança a
desenvolver a consciência fonológica, uma vez que ela precisará se
empenhar para pronunciar corretamente. Lembrando que não se deve
expor a criança à situação constrangedora.
Dificuldade em aprender
cantigas infantis com rimas
• Pirulito que bate-bate
Aspectos Multidisciplinares

• Psicomotor enfatiza certas


capacidades motoras, manipulação de
vários materiais e objetos, ou certos
atos que pedem coordenação
neuromuscular.

• Afetiva dá ênfase ao sentimento, à


emoção ou a um determinado grau de
aceitação ou rejeição. Esses objetivos
freqüentemente expressam-se por meio
de atitudes, apreciações, valores e
quadros emocionais.
Aspectos Multidisciplinares

• É indicado para crianças mais velhas e


que possuem histórico de fracasso
escolar.
• Esse método combina diferentes
modalidades sensoriais no ensino da
linguagem e da escrita às crianças.
• Une as modalidades auditivas, visuais,
cinestésicas e tatéis.
Sintomas Globais
• Conhecendo seu corpo

• Quando no frio queremos


esquentar põe os seus pôneis
todos as trotar: pôneis, trotando,
uma pata, outra pata.....
ÁREAS DE INTERVENÇÃO:
• Cognitiva: compreensão de instruções,
conhecimento do corpo e das possibilidades de
movimentos, capacidade de imitação, noções de
números.
• Social: percepção das diferentes possibilidades
dos movimentos dos outros participantes.
• Perceptivo-motora: identificar semelhanças,
diferenças e definição de lateralidade.
• Afetivo-emocional: controle da impulsividade e
respeito às normas.
• Linguagem: coordena-se a verbalização às
ações corporais.
• Moral: respeitar seu espaço e momento de ação,
saber seguir ordens.
• SUGESTÕES MULTIDISCIPLINARES: trabalha a
noção de quantidade utilizando o corpo em
movimento e as funções de cada segmento
corporal. Envolvendo as disciplinas de Educação
Física, Matemática e Ciências.
Referências
• CAPOVILLA, F. C. (org.) Neuropsicologia e
aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar. São
Paulo: Scor Editora Tecci, 2002.
• CAPOVILLA, A. G. S. e CAPOVILLA, F. C. Problemas
de leitura e escrita: como identificar, prevenir e remediar
numa abordagem fônica. São Paulo, Memnon, 2000.
• CONDEMARIN, M e BLOMQUIST, MARLYS. Dislexia:
manual de leitura corretiva. Porto Alegre: Artes médicas,
1986.
• ELLIS, ANDREW W. Leitura, escrita e dislexia: uma
análise cognitiva. Porto Alegre:Artes Médicas, 1995.
• POPPOVIC, A. M. Alfabetização: disfunções
psiconeurológicas. São Paulo, Vetor, 1968.
• VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente: São
Paulo, Martins Fonte, 2001.

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