Pavlov

BEHAVIORISMO
E O APRENDIZADO Skinner

Me. Tiago Moreno Lopes Roberto

“Ensinar é simplesmente o arranjo de

contingências de reforço sob as quais
estudantes aprendem.” (B. F. Skinner)
Watson
 PSICOLOGIA CIENTÍFICA

OBSERVÁVEL
OBJETO DE ESTUDO QUANTIFICÁVEL
PREVISÍVEL
CONTROLÁVEL

COMPORTAMENTO
✓ expressão visível do organismo
✓ resposta (R ) do organismo aos estímulos (S) do ambiente
✓ atividade do organismo em relação funcional com o ambiente

S => R => S RELAÇÃO DE

Antecedentes Comportamento Conseqüências CONTINGÊNCIA
Principais teóricos
▪ PAVLOV (1849 - 1936)
• “Condicionamento clássico”
▪ https://www.youtube.com/watch?v=C40cXKi4c3Y

• THORNDIKE (1874-1949)
. Lei do efeito
https://www.youtube.com/watch?v=Qw8Kyj7OO-s

▪ WATSON (1878 - 1958)

• 1913 => “Behaviorismo”
▪ https://www.youtube.com/watch?v=Ob90nboZmYU

▪ SKINNER (1904 - 1990)

• “Condicionamento operante”
• https://www.youtube.com/watch?v=rq0u5n-Ugkc
APRENDIZAGEM
Condicionamento Condicionamento
Clássico Operante

Comportamentos Comportamentos
involuntários Voluntários

S => R R => S
 • Reforço positivo (SR+) => aumenta a
probabilidade de ocorrência do
comportamento (R ) que o produz

Esquemas de • Ex: elogio, nota alta (aumentam a frequência

de comportamentos e hábitos de estudo)
Reforçamento
(aumento da freq. do
comportamento) • Reforço negativo (SR -) => aumenta a
probabilidade de ocorrência do
comportamento (R ) que o remove (ou evita)

• Ex: estudar para evitar a nota baixa (esquiva)

• Ex: voltar a fazer lição após ouvir a bronca da
professora (fuga)
 ➢ EXTINÇÃO => ocorre pela ausência (ou retirada) de
reforço

➢ PUNIÇÃO => pode ocorrer de duas maneiras:

Esquemas
✓ apresentação de estímulo aversivo (punição positiva) +
de Reforçamento
Ex: bronca, tapas.
(diminuição da freq. de
comportamento)
✓ Retirada de estímulo positivo (punição negativa) -
Ex: ficar sem recreio, retirar vídeo game
 Condicionamento operante

CONSEQUÊNCIA

Aumento da freq. Diminuição da freq.

do comportamento REFORÇO PUNIÇÃO do comportamento

Positivo Negativo Positiva Negativa

Apresentação de Retirada / evitação Apresentação de Retirada de

Estímulo positivo de estímulo negativo Estímulo negativo estímulo positivo
 • Reforço Natural
consequência direta do comportamento

• Reforço Arbitrário
consequência que depende da ação do outro

• Reforço parcial ou intermitente

TIPOS DE depende do nº. de respostas ou tempo. Pode ocorrer
em intervalos fixos ou variáveis
REFORÇAMENTO
• Modelagem
reforçamento sequencial de partes de um
comportamento complexo que já existem no repertório
do indivíduo.

• Modelação
Aprendizagem por imitação de modelos
 Como o reforço intermitente
nos afeta no dia a dia?

Em suma, podemos dizer que o reforço intermitente é aquele que é entregue de

forma inconsistente e ocasional, e é isso que o torna tão viciante. Um reforço
contínuo, que recebemos toda vez que emitimos o comportamento, geralmente acaba saturando
e perdendo o interesse.

Se somos elogiados no trabalho todos os dias, essas palavras começam a soar

vazias e deixam de ser reforçadoras. Da mesma forma, se recompensarmos uma
criança com chocolate toda vez que ela limpar seu quarto, ela acabará odiando e
perderá seu efeito.
 Como o reforço intermitente
nos afeta no dia a dia?
Por outro lado, quando o reforço é entregue de forma intermitente, gera expectativa,
desejo e um certo grau de ansiedade que nos leva a fazer um esforço e ficar alerta para
conseguir aquele prêmio tão esperado que tínhamos e queremos obter novamente.
Esses tipos de programas de reforço estão presentes em
muitas situações cotidianas, mas aqui estão alguns
exemplos:

•Quando as empresas propõem bônus de desempenho e incentivos de vendas

para seus funcionários.

•Máquinas caça-níqueis, que podem render uma vitória, mas na maioria das
vezes não.
•As redes sociais, como o TikTok, mostram alguns vídeos bem específicos,
chamativos e divertidos, entre muitos outros que o usuário não gosta tanto.
•Nas relações pessoais também é usado com frequência, especialmente na
educação de menores. Mas também entre adultos; por exemplo, quando damos
palavras de agradecimento ou reconhecimento aos nossos entes queridos.
Existem quatro esquemas de reforçamento intermitente, são eles:

1.Esquema de Razão Fixa: É quando determinado comportamento somente é reforçado quando o mesmo se
apresenta de terminadas quantidades, ou seja, somente é reforçado após um determinado número de
respostas. Exemplo: Reforçamos (damos comida) o comportamento do rato de pressionar a barra após o mesmo
pressionar a barra 3x. Aqui sempre é respeitado um intervalo, ele é fixo.
2.Esquema de Razão Variável: Diferente da razão fixa, aqui o comportamento é reforçado após um número
imprevisível de respostas (manifestação). Reforçamos (damos comida) o comportamento de pressionar a barra
após o rato pressionar duas vezes, depois cincos e depois 1; assim o rato não "aprende" em que momento será
liberada a comida.
3.Esquema de Intervalo Fixo: Como o próprio nome diz "intervalo fixo" - nos remete a tempo -, é quando a
resposta é recompensada somente após determinado período de tempo. Tal esquema produz poucas respostas
no início do experimento - com o programa Sniffy - e altas taxas de respostas no final. Exemplo: Somente
reforçamos o comportamento desejado no rato após 20 segundos corridos após ele emitir o comportamento.
4.Esquema de Intervalo Variável: Ao contrário do "intervalo fixo", aqui uma resposta é recompensada depois de
um tempo indeterminado. O reforçamento nesse caso é muito lento, mas eficaz. Um exemplo desse esquema
seria reforçar o comportamento do rato após 30 segundos que emitiu o comportamento, depois 1 minuto, 40
segundos, sucessivamente.
 Modelagem do Comportamento
A modelagem consiste em reforçar as aproximações sucessivas
tendo por fim um comportamento desejado, sendo por isso a
modelagem também chama da “método das aproximações
sucessivas” é o método pelo qual através do reforçamento
positivo instalam-se novas respostas por meio de um processo
gradativo de aprendizagem tendo como objetivo um
comportamento terminal.
SKINNER (2003, p.101) “o condicionamento operante modela o
comportamento como o escultor modela a argila. [...] No mesmo
sentido, um operante não é algo que surja totalmente
desenvolvido no comportamento do organismo. É o resultado de
um contínuo processo de modelagens”.
 Modelação do Comportamento
A modelação se refere ao procedimento envolvido na aquisição de comportamento
por meio da observação e duplicação do comportamento emitido por outro
organismo. O comportamento do observador corresponde ao comportamento que
foi observado por ele, ou seja, há: (i) observação da emissão de uma resposta e (ii)
reprodução de tal resposta. A resposta aprendida por modelação pode ocorrer
apenas pela repetição da topografia do comportamento, “sem pressupor duplicação
da função do comportamento observado” (Catania, 1999).
 Modelação do Comportamento

Trata-se de um procedimento importante para o aprendizado em nossa espécie, dado que o

fornecimento de modelos (incidentais ou planejados) acelera a aquisição de novas respostas.
Uma criança, por exemplo, que criança irá aprender um novo estilo de nado em suas aulas de
natação. Ainda fora da água, ela observa o professor executar os movimentos que compõem aquele
estilo de nado e, posteriormente, os reproduz.

Para que a criança pudesse reproduzir o comportamento, foi necessário:

•o fornecimento, pelo professor, de um comportamento modelo;
•a resposta da criança durante a emissão do modelo pelo professor (prestar atenção; observar) e após
a emissão dele (reproduzir a resposta observada).
•a modelação favoreceu e acelerou o aprendizado de tais movimentos pela criança – muito mais
eficazmente do que se ela simplesmente entrasse na água e tentasse realizá-los sozinha.
Críticas à punição em
contextos educacionais
✓ Pode suprimir comportamentos
inadequados mas não ensina o
comportamento desejado
✓ Não costuma ter efeitos
duradouros quando o estímulo
aversivo não está presente
✓ Tende a provocar respostas
emocionais negativas (raiva,
medo, etc)
✓ Provoca generalização da
aversão
“Um dos grandes problemas do ensino, é o uso do controle
aversivo. Embora algumas escolas ainda usem punição
física, em geral houve mudanças para medidas não
corporais como ridículo, repreensão, sarcasmo, crítica,
lição de casa adicional, trabalho forçado, e retirada de
privilégios. Exames são usados como ameaça e são
destinados principalmente a mostrar o que o estudante
não sabe e coagi-lo a estudar.
O estudante passa grande parte do seu dia fazendo coisas
que não deseja fazer e para as quais não há reforços
positivos. Em conseqüência, ele trabalha principalmente
para fugir de estimulação aversiva. (...)
Skinner acredita que os Professores, em sua maioria, não
desejam usar controles aversivos. As técnicas aversivas
continuam sendo usadas, com toda probabilidade, porque
não foram desenvolvidas alternativas eficazes.”
(In: Milhollan, F. & Forisha, B. E. Skinner X Rogers: maneiras contrastantes de encarar a
educação, 1972, p. 109-110)
 Exemplos ficcionais de “sociedades
cientificamente controladas”

• Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley, 1932)

• Walden II (Skinner, 1948)

• 1984 (George Orwell, 1949)

• Laranja Mecânica (Anthony Burgess, 1962 / Stanley Kubrick, 1971)

Referências:

BOCK, A.M.B.; FURTADO, O.; TRASSI TEIXEIRA M.L. (2002) Psicologias Uma introdução ao
estudo da psicologia 13.ed. São Paulo: Saraiva. p. 45-55
BOLTON, Lesley e WARWICK, Lynda L. (2005) O livro completo da Psicologia Explore a
psique humana e entenda por que fazemos as coisas que fazemos. (M.M. Leal). São Paulo:
Madras. 284 p.
BAUM, William M. (1999) Compreender o Behaviorismo Ciência, Comportamento e Cultura
(M.T.A. Silva, M.A. Matos, G.Y. Tomanari, E.Z. Tourinho) Porto Alegre: Artmed. 290 p.