Condicionamento

Operante

Profª Dra. Isabelle Tavares

❖ Aquisição;
❖ Extinção;
❖ Recuperação Espontânea;
❖ Generalização;
❖ Discriminação.

2
× Através do condicionamento clássico (pavloviano), um organismo associa
diferentes estímulos que não controla.

× Através do condicionamento operante, o organismo associa seus

comportamentos com as consequências. Os comportamentos seguidos por
reforços aumentam; os que são seguidos por punição diminuem. Este princípio
simples mas poderoso tem muitas aplicações, mas também várias qualificações
importantes.

3
× B. F. Skinner (1904-1990)
× Psicólogo, EUA.
× Propôs o Behaviorismo radical.

A base do trabalho de Skinner

refere-se a compreensão do
comportamento humano através
do COMPORTAMENTO
OPERANTE.

4
SKINNER começou o estudo do comportamento, no início dos anos 20, na
Universidade de Harvard (Estados Unidos), justamente pelo
COMPORTAMENTO RESPONDENTE.

O desenvolvimento de seu trabalho levou-o a teorizar sobre um outro tipo

de relação do indivíduo com o seu ambiente, o COMPORTAMENTO
OPERANTE.

Esse tipo de comportamento caracteriza a maioria de nossas interações

com o ambiente

5
No final da década de 1920, Skinner começou a investigar o
comportamento operante.

Ele frequentemente treinava pequenos grupos de pombos ou

ratos privados de comida para bicar uma chave ou pressionar
uma barra. Cada vez que o animal faminto desempenhava a ação
correta, uma bola de alimento era liberada para dentro de seu
comedouro.

6
• O condicionamento operante é um processo no qual se
pretende condicionar uma resposta de um indivíduo, seja
para aumentar a sua probabilidade de ocorrência ou para
extingui-la

• Operante é aquele comportamento que produz

consequências e é afetado por elas

7
O comportamento produz consequências (modificações no ambiente) e é
afetado por elas.

Logo, consideraremos como as consequências daquilo que fazemos nos

mantêm no mesmo caminho ou nos afasta dele.

• Operante: Interação entre comportamento e consequência

• Ambiente: é toda variável que está correlacionada ao
comportamento

8
× O COMPORTAMENTO OPERANTE refere-se à interação
sujeito- ambiente.

× Assim, AGIMOS ou OPERAMOS sobre o mundo EM FUNÇÃO

das CONSEQUÊNCIAS criadas pela nossa ação.

9
• Voluntária (está sob domínio de quem a executa);

• Ação;

• 100% aprendido;

• Não possui características inatas;

10
 Representação Técnica

R→C
R = resposta operante
→ = produz
C = consequência
• Uma resposta emitida pelo organismo produz uma alteração no
ambiente (consequência)
• A resposta vai sendo modificada pela consequência ...

11
 Contingência tríplice

Significa qualquer relação de dependência entre eventos

ambientais ou entre eventos comportamentais e ambientais;

“Se . . . Então”

se o comportamento X ocorrer, então a consequência Y ocorre

Se = aspecto do comportamento ou do ambiente

Então = evento ambiental consequente (resultados da ação sobre o ambiente)

12
Contingência tríplice
onde
SD refere-se à ocasião em que a resposta ocorre
(estímulos ambientais antecedentes ou
discriminativos)
S :R→S
D R R é a resposta propriamente dita
SR refere-se às consequências reforçadoras

Evento Evento
antecedente Resposta consequente
(contexto) (consequência)

13
 CONTINGÊNCIA TRÍPLICE
Se ... então Se ... então

❖ A contingência mostra COMO ou POR QUE uma resposta foi dada, como se
formaram repertórios comportamentais e como tais repertórios se mantêm no
presente. 14
 O comportamento produz consequências
(modificações no ambiente) e é afetado por elas.

Consequência

Reforço Punição

15
Reforço

Conceito

16
 Como determinamos se um estímulo ou
consequência é reforçador?

Considerar a relação entre o comportamento e sua

consequência, verificando se a consequência afeta um
determinado comportamento traduzida no aumento de sua
probabilidade de ocorrência.

17
 O que deve ser considerada é a relação
entre o comportamento e sua
consequência, verificando se a
consequência afeta um determinado
comportamento traduzida no aumento de
sua probabilidade de ocorrência

18
19
O comportamento produz consequências (modificações no
ambiente) e é afetado por elas.

Consequência

Reforço Punição

Positivo

Negativo
20
 REFORÇO
POSITIVO
Estímulos que, ao serem
ACRESCENTADOS a uma
situação, fortalecem a
probabilidade de nova
ocorrência de resposta
NEGATIVO
Estímulos que ao serem
REMOVIDOS de uma
situação, fortalecem a
probabilidade da resposta
que os removeu
21
 REFORÇO POSITIVO
POSITIVO

APRESENTAÇÃO de um estímulo
agradável após um
comportamento desejado

APRESENTAÇÃO DE
Contexto: estudar para prova RECOMPENSA
Comportamento: criança estuda (acrescentado)
Consequência: elogio da mãe/boas notas
Efeito do comportamento: estudar para as
próximas provas
22
 REFORÇO NEGATIVO
NEGATIVO
REMOÇÃO de um evento
desagradável após o
comportamento desejado

RETIRADA DO
Contexto: estudar para prova
ESTÍMULO AVERSIVO Comportamento: criança estuda
Consequência: Não precisar comer legumes no
almoço/ tirar boas notas
Efeito do comportamento: estudar para as
23
próximas provas
 Efeitos do Reforço

1) diminuição da frequência de outros comportamentos

diferentes do comportamento reforçado

2) diminuição da variabilidade na topografia

(forma) do comportamento reforçado

24
Efeito do Reforço:1) diminuição da frequência de outros comportamentos
diferentes do comportamento reforçado

25
Efeito do Reforço: 2) diminuição da variabilidade na forma da resposta (do
comportamento) reforçado

Pode não parecer, mas as três fotografias acima foram tiradas em momentos
diferentes. Cada uma mostra uma resposta de pressão à barra (após essa
resposta ter sido reforçada várias vezes).

26
 Efeitos do Reforço

os efeitos do reforço
são temporários

27
Procedimentos que são mantidos por:

Retirada do reforço:
- Extinção

Presença do Reforço Positivo:

- Modelagem

Presença do Reforço negativo:

- Fuga
- Esquiva

28
 Suspensão do Diminuição gradual da frequência do
reforço comportamento

Procedimento de extinção do
Processo de extinção do comportamento operante
comportamento operante

29
 Efeitos da Extinção

▪ Aumento na frequência da resposta no início do processo

de extinção: antes de começar a diminuir, aumenta
abruptamente;
▪ Aumento na variabilidade da topografia da resposta: a
forma como o comportamento estava sendo emitido começa
a modificar-se;
▪ Eliciação de respostas emocionais (raiva, ansiedade,
irritação, frustação etc.):

30
 Resistência à Extinção

❖ Tempo ou número de vezes que um organismo continua

emitindo uma resposta (comportamento) após a suspensão do
seu reforço
❖ Indivíduos que apresentam alta resistência à extinção são
conhecidos como perseverantes, empenhados, cabeças-dura
ou teimosos
❖ Indivíduos que apresentam baixa resistência à extinção são os
que desistem facilmente de suas atividades

31
 Comportamento → Birra da criança

Extinção → A mãe não dá mais

atenção

Topografia (forma) → A criança passa a agredir a

mãe, arremessar objetos etc.

Comportamento Magnitude (intensidade) → Chora mais alto, agride com mais

força
operante: exemplo
de extinção Resistência à extinção → Quantas vezes a criança
continuará chorando

Respostas emocionais → Raiva, frustação

32
 Comportamento → pressionar a barra na
caixa de Skinner;

Extinção → desligar o bebedouro

da caixa

Comportamento
Resistência à → quantas vezes o rato
operante: exemplo
extinção continuará a pressionar a barra
de extinção

33
Procedimentos que são mantidos por:

Retirada do reforço:
- extinção

Presença do Reforço Positivo:

- Modelagem

Presença do Reforço negativo:

- Fuga
- Esquiva

34
 MODELAGEM

Consiste em reforçar algumas respostas

que obedecem a algum critério e em não
reforçar outras respostas similares

A Modelagem é um procedimento de
reforçamento diferencial de aproximações
sucessivas de um comportamento.

Novo comportamento
35
 Imediaticidade do reforço

quanto mais próximo temporalmente da resposta o

reforço estiver, mais eficaz ele será

36
Modelagem

mamãe

mã..

mãmã
37
Estímulo reforçador
 movimentos em direção à barra eram reforçados, enquanto movimentos para
longe da barra não

Então: Na modelagem, usa-se o

reforço diferencial (reforçar algumas
respostas e extinguir outras
similares) e aproximações
sucessivas (exigir gradualmente
comportamentos mais próximos do
comportamento-alvo) a fim de
ensinar um novo comportamento. 38
Procedimentos que são mantidos por:

Retirada do reforço:
- extinção

Presença do Reforço Positivo:

- Modelagem

Presença do Reforço negativo:

- Fuga
- Esquiva

39
▪ O indivíduo se comporta para que algo não
aconteça:

FUGA ESQUIVA

▪ São mantidos pelo reforço negativo

40
× É um processo no qual os estímulos aversivos condicionados e incondicionados
estão separados por um intervalo de tempo apreciável, permitindo que o
indivíduo execute um comportamento que previna a ocorrência ou reduza a
magnitude do segundo estímulo.

× Os operantes são fortalecidos porque adiam ou evitam algo que o organismo

antecipa como desagradável.

41
× Alguém põe o cinto de segurança antes de ligar o carro para evitar o som irritante da
campainha-lembrete.
× Crianças obedecem aos pais para não apanhar.

Estes estímulos são aversivos, mas os primeiros estímulos nos possibilitam EVITAR ou
REDUZIR a magnitude dos seguintes.

42
Neste caso, o comportamento reforçado é aquele que termina com um estímulo
aversivo já em andamento.

Durante o condicionamento de fuga os operantes são fortalecidos porque fazem

cessar algum evento ocorrente que o organismo considera desagradável.

EX: Se posso colocar as mãos nos ouvidos para não escutar o estrondo dos fogos
de artifício, este comportamento é de ESQUIVA, pois estou evitando o segundo
estímulo antes que ele aconteça.

Mas, se os fogos começam a pipocar e só depois apresento um comportamento

para evitar o barulho que incomoda, seja fechando a porta, seja indo embora ou
mesmo tapando os ouvidos, pode-se falar em FUGA.

43
 Mantidos por
Reforço
negativo =
controle
aversivo

Elimina um
estímulo aversivo
em
ANDAMENTO
(1º a ser aprendido)

Elimina um estímulo
aversivo ANTES DE
ACONTECER
(consequência da fuga)

Pela Generalização de Estímulos, o organismo tende a fugir ou se esquivar de grande parte daquilo que
aparentemente é igual ao que ele considera aversivo 44
 FUGA E ESQUIVA

Comportamento é Comportamento de
uma fuga esquiva

Estímulo aversivo está no ambiente Estímulo aversivo não está no ambiente

E esse comportamento retira-o do Emitir esse comportamento faz com que

ambiente o estímulo não apareça

Mãe vê o quarto desarrumado e Arrumar o quarto quando

começa a brigar. Vou arrumar para acordamos para EVITAR
ela PARAR. reclamação da mãe

Mãe ainda não está reclamando

A briga está presente (EVITAR)
45
 O comportamento produz consequências
(modificações no ambiente) e é afetado por elas.
Consequência

Reforço Punição

Positiva

Negativa
46
Punição

Conceito

47
 PUNIÇÃO POSITIVA

POSITIVA
APRESENTAÇÃO de uma
consequência desagradável após a
realização de um comportamento
não desejado

ADIÇÃO DO ESTÍMULO
AVERSIVO
Contexto: filho quer chocolate e mãe não dá
Comportamento: o filho faz birra
Consequência: mãe grita com filho
Efeito do comportamento: o filho não irá mais
fazer birra em outros eventos 48
 PUNIÇÃO NEGATIVA

REMOÇÃO de um evento NEGATIVO

agradável após a realização de
um comportamento não
desejado

RETIRADA DO ESTÍMULO
AGRADÁVEL
Comportamento: filho desobedece a mãe
Consequência: mãe proíbe filho de assistir tv
Efeito do comportamento: filho não irá
desobedecer em outros eventos
49
Qual a diferença entre
reforço e punição?

50
 REFORÇO PUNIÇÃO

POSITIVO APRESENTAÇÃO do APRESENTAÇÃO do

estímulo agradável estímulo aversivo

NEGATIVO REMOÇÃO de um REMOÇÃO do estímulo

estímulo aversivo agradável

51
Qual a diferença entre reforço
negativo e punição positiva?

52
 Reforço Punição

Reforço Negativo é a RETIRADA de um estímulo aversivo com o objetivo de

aumentar a probabilidade do comportamento voltar a ocorrer.

Punição Positiva é o ACRÉSCIMO de um estímulo aversivo com o intuito de

diminuir a probabilidade do comportamento voltar a ocorrer.

53
63
ATÉ PROXIMA AULA!
Alguma questão?

MOREIRA, C. A; MEDEIROS, M. B. Princípios básicos de análise do

comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007

64