Psicologia

Experimental
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Aula 8 – Controle do
comportamento pelas
consequências – Reforço e Extinção
MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO. PORTO ALEGRE: ARTMED,
2007
1. Introdução
Operante

Classificamos como operante aquele comportamento que produz

consequências (modificações no ambiente) e é afetado por elas

Consideramos, portanto, como as consequências daquilo que fazemos

nos mantêm no mesmo caminho ou afasta-nos dele

Fundamental para compreender como aprendemos nossas habilidades e nossos conhecimentos, ou

seja, falar, ler, escrever, raciocinar, abstrair... Como a prendemos a ser quem somos, a ter a nossa
personalidade
1.1 Controle do comportamento pelas
consequências
Consequências do comportamento – influenciam ocorrências futuras
Consequências determinarão se os comportamentos que as produziram ocorrerão ou
não outra vez ou se ocorrerão com maior ou menor frequência
 Estímulos apresentados antes da resposta e que controlam sua ocorrência
(ocasião)

Alteração no
S R
Afeta a
ambiente
Na presença de
probabilidade
Se o comportamento é influenciado (controlado) por suas consequências, isso nos dá
duas possibilidades fantásticas, extremamente importantes para os psicólogos: (a)
podemos manipular as consequências dos comportamentos para compreendermos
melhor como a interação comportamento (resposta) - consequência (R – C) se dá; (b) se
os comportamentos das pessoas são controlados por suas consequências, isso significa
que podemos modificar os comportamentos das pessoas programando consequências
especiais para seus comportamentos
2. O reforço
Reforço – consequência que aumenta a probabilidade de o comportamento voltar a
ocorrer

Reforço
Alteração no
R ambiente
Aumenta
probabilidade

Contingência de reforço
Atenção!!!!!!!
Para afirmar que uma determinada consequência é reforçadora, devemos considerar a sua
relação com a resposta
Ex.:

A consequência aumentou a
probabilidade de ocorrência
da resposta?
2.1 Reforço positivo

Reforço
PRODUZ Adição de um S Positivo
Resposta ao ambiente
Aumenta
probabilidade
 +
Modificação produzida

R no ambiente é a adição
de um estímulo

Aumenta a
probabilidade do
comportamento voltar
a ocorrer
2.2 Reforço negativo

Reforço
PRODUZ Retirada de um Negativo
Resposta S do ambiente
Aumenta
probabilidade
 Modificação produzida

R no ambiente é a
retirada de um estímulo

Aumenta a
probabilidade do
comportamento voltar
a ocorrer
Exercício
◦ Tomar uma aspirina para cessar a dor de cabeça R-
◦ Estudar para aprender coisas novas R+
◦ Estudar para não ficar de recuperação R-
◦ Passar gel pós-sol para amenizar as queimaduras R-
◦ Trabalhar para receber salário R+
◦ Sair com os amigos// para bater papo R+
◦ Sair com os amigos para fugir da briga dos pais R-
◦ Namorar para não ficar sozinho R-
3. Efeitos do reforço
Manutenção/aumento da frequência (ou probabilidade) da resposta
Diminuição da frequência de outros comportamentos
◦ Ex.: em uma conversa com amigos, todos prestam mais atenção quando você fala de
acontecimentos da sua infância.
Diminuição da variabilidade na topografia (na forma) da resposta (do
comportamento) reforçada
◦ Ex.: Você estuda para uma prova de várias formas: faz exercícios sobre a matéria, lê material
complementar, lê os slides, discute o conteúdo com colegas. Se em uma prova, você se sai
melhor naqueles conteúdos para os quais você leu materiais complementares, suas outras
formas de estudar podem se tornar menos frequentes.
4. Extinção Operante
Extinção operante – consequências reforçadoras produzidas por alguns
comportamentos deixam de ocorrer quando o comportamento é emitido – efeitos
contrários aos produzidos pelo reforço – probabilidade do comportamento ocorrer cai.

PROCEDIMENTO E PROCESSO

Diminuição gradual da
Suspensão do reforço frequência de ocorrência Nível operante
do comportamento
4.1 Resistência à extinção
Resistência à extinção - Tempo ou número de vezes que um organismo continua
emitindo uma reposta após a suspensão do seu reforço – quanto maior o tempo (ou
número de vezes) que o comportamento continua a ser emitido sem ser reforçado,
maior a resistência à extinção.

Nããão
4.2 Fatores que influenciam a resistência à
extinção
Por que desistimos mais facilmente de algumas coisas que de outras? Por que algumas
pessoas são mais perseverantes (emitem comportamentos que não são reforçados)
que outras?
História de aprendizagem ou de reforçamento

NÚMERO DE REFORÇOS ANTERIORES – quanto mais (número de vezes) um

comportamento é reforçado, mais resistente à extinção.
Ex.: cerveja gelada no boteco
CUSTO DA RESPOSTA – quanto mais esforço é necessário para emitir um
comportamento, menor será sua resistência à extinção.
◦ Ex.: academia perto de casa X longe de casa

ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO – quando o comportamento às vezes é reforçado, às

vezes não, ele será mais resistente à extinção
◦ Ex.: telefonar para um amigo que atende de vez em quando
4.3 Outros efeitos da extinção
AUMENTO NA FREQUÊNCIA DA RESPOSTA NO INÍCIO DO PROCESSO DE EXTINÇÃO –
antes de a frequência começar a diminuir, ela aumenta abruptamente
◦ Ex.: birra mais forte

AUMENTO NA VARIABILIDADE DA TOPOGRAFIA (FORMA) DA RESPOSTA – no início do

procedimento de extinção, a forma como o comportamento estava sendo emitido
começa a modificar-se
◦ Ex.: chave “enroscada”

ELICIAÇÃO DE RESPOSTAS EMOCIONAIS – raiva, ansiedade, irritação, frustração

◦ Ex.: quando o motorista não para o ônibus após o seu sinal; quando a mãe não compra o
chocolate