Você está na página 1de 33

Discriminação e

Generalização
Por que normalmente nos comportamos de formas tão
diferentes em situações diferentes?
Comportamento Operante

• Resposta produz consequências que afetam a resposta;

• As respostas reforçadas aumentam em frequência;

R → consequência reforçadora
Papel do Contexto

O que acontece antes do comportamento também exerce controle

Contexto em que o comportamento ocorre

• Controle de estímulos → influência dos estímulos antecedentes sobre o comportamento → efeito que o
contexto tem sobre o comportamento.
Discriminação

• Ao inserir o contexto → comportamentos operantes discriminados → quando emitidos em um


determinado contexto vão produzir consequências reforçadores;

• Estímulos consequentes que aumentam a probabilidade de um comportamento → reforço;

• Estímulos antecedentes que controlam a ocorrência do comportamento → estímulos discriminativos.


Discriminação

• Contingência de três termos:

SD – R → SR

• Respostas específicas ocorrem apenas na presença de estímulos específicos.


Contingência Tríplice

• Analisar funcionalmente um comportamento → encaixar em uma contingência de três termos

Verificar em que circunstâncias o comportamento ocorre e quais suas consequências mantenedoras


Estímulos discriminativos e Delta

Discriminativo (SD) Delta (S∆)


Estímulos que sinalizam que uma resposta
não será reforçada → sinalizam a
indisponibilidade do reforço ou sua
Estímulos que sinalizam que uma resposta extinção.
será reforçada
Treino Discriminativo e Controle de
Estímulos

• Quando um comportamento tem ↑ probabilidade de ocorrer na presença do SD e ↓ probabilidade de


ocorrer na presença do S∆ → controle discriminativo de estímulos estabelecido;

• Treino discriminativo → reforçar um comportamento na presença de um SD e extinguir o mesmo


comportamento na presença do S∆ → reforçamento diferencial.
Treino Discriminativo e Controle de
Estímulos
Treino Discriminativo e Controle de
Estímulos - Exemplos

• Só falar de problemas para o terapeuta ou para amigos específicos;

• Só pechinchar em uma loja específica;

• Falar sobre psiquiatria com colegas de profissão


Treino Discriminativo e Controle de
Estímulos

• Estímulos do ambiente passam a controlar as respostas do indivíduo;

• Por isso falamos em CONTROLE DE ESTÍMULOS;

• Dessa forma, controle é algo ruim que analistas do comportamento criaram para manipular as
pessoas?

• Compreender como o controle de estímulos se estabelece na vida dos nosso pacientes nos permite:
• Prever seu comportamento (tanto terapeuta como paciente);
• Construir respostas de autocontrole
SD elicia respostas?
Treino Discriminativo e Controle de
Estímulos

• Comportamento respondente:
• S→R
• Estímulo elicia/produz uma resposta

• Comportamento operante:
• S–R→C
• Estímulo fornece contexto → chances para que o comportamento aconteça.
Estímulo Resposta Tipo da Relação

Cisco no olho Lacrimejar Elicia

Alguém pergunta as horas Você diz: 10h40 Fornece contexto

Bater com um martelo no


A perna flexiona Elicia
joelho

Barulho alto Sobressalto Elicia

Alfinetada no braço Dizer: Isso dói Fornece contexto


SD NÃO é garantia de reforço
Em cada situação abaixo, há 2 estímulos e uma resposta. Monte a tríplice contingência para cada
situação.

1. ESTÍMULOS: Garrafa e lata de coca-cola; RESP: girar a tampa

2. ESTÍMULOS: 22hs no sábado e 22hs no domingo; RESP: ligar TV (NESTE CASO O S REFORÇADOR SERÁ O
PROGRAMA FANTÁSTICO)

3. ESTÍMULOS: Sorriso e cara “fechada” do chefe; RESP: pedir para sair mais cedo

4. ESTÍMULOS: telefone tocando e telefone em silêncio; RESP: pegar o telefone do gancho

5. ESTÍMULOS: Cara “boa” e cara “feia” do pai; RESP: pedir um brinquedo novo
Generalização de Estímulo Operante

• Uma resposta é emitida na presença de novos estímulos que partilham alguma propriedade física
com o SD;

• Um organismo está generalizando quando emite uma mesma resposta na presença de estímulos que
se parecem com um SD;

• Quanto maior a similaridade física entre os estímulos, maior será a probabilidade da generalização
ocorrer;

• Permite que novas respostas sejam aprendidas de forma muito mais rápida, não sendo necessária a
modelagem direta da mesma resposta para cada novo estímulo.
Generalização de Estímulo Operante

• Forma de saber o quanto de generalização está ocorrendo;

• O gradiente de generalização mostra a frequência de um comportamento emitido na presença de


diferentes variações de um SD.
Gradiente de Generalização
Gradiente de Generalização

(Moreira, 2021)
Efeito do Reforçamento Diferencial

• Produz um gradiente de generalização mais estreito → ↓ a generalização e ↑ a discriminação;

• Ex.: criança que passou a chamar todos os homens de papai.


Classe de Estímulos

• Conjunto de estímulos que servem de ocasião para uma mesma resposta;

• Classes por similaridade física:


• Generalização;
• Estímulos que se parecem fisicamente.

• Classes funcionais:
• Estímulos que não se parecem, mas têm a mesma função;
• Ex.: palavra escrita bolo, figura de um bolo e palavra escrita cake; → Resposta de dizer bolo em
qualquer um desses estímulos será reforçada.
Classe de Estímulos
Encadeamento de respostas

• Um estímulo pode ter mais do que uma função:


• Um estímulo na presença do qual uma resposta (R) foi reforçada torna-se um SD;
• O SD aumenta a probabilidade de ocorrência de R que foi reforçada na sua presença e, por este
motivo, também passa a controlar R.

SD – R → SR+
Encadeamento de respostas

• Um estímulo pode ter mais do que uma função:


• O SD torna-se também um estímulo reforçador condicionado se apresentado como consequência
de R, aumentando a probabilidade desta R voltar a ser emitida.

R → S – R → SR+
Encadeamento de respostas

R → S – R → SR+

• Duas respostas (R) estão ligadas por um estímulo (S);

• Este estímulo é o elo da cadeia de respostas e tem duas funções: funciona como estímulo reforçador
condicionado, aumentando a probabilidade de ocorrência da primeira resposta da cadeia que o produziu, e
funciona como SD, ocasionando/aumentado a probabilidade da próxima resposta da cadeia que foi reforçada
na sua presença;

• É a dupla função de um estímulo que possibilita o processo de encadeamento, mantendo a resposta que o
produziu e evocando outra resposta.
Encadeamento de respostas

• Exemplo: pedir uma pizza;

• Para pedirmos uma pizza, devemos estar em um pizzaria;

• Na pizzaria, vemos um garçom, chamamos o garçom e, na presença dele, pedimos uma pizza

Pizzaria – chamar o garçom → garçom na mesa – pedir uma pizza → pizza


Encadeamento de respostas

• Na pizzaria, chamar o garçom produz como estímulo reforçador o garçom;

• Por sua vez, o garçom funciona também como SD para a próxima resposta da cadeia que é pedir uma
pizza, e esta produz como estímulo reforçador a pizza;

• Portanto, garçom tem duas funções: estímulo reforçador condicionado para a resposta de chamar o
garçom e SD para a próxima resposta da cadeia, pedir uma pizza.
Encadeamento de respostas

• Para lidar adequadamente com o desenvolvimento de repertórios que envolvem cadeias de


respostas, é preciso que se reconheçam todos os processos comportamentais envolvidos:

• A modelagem (reforçamento diferencial por aproximações sucessivas) de cada resposta


componente da cadeia;

• O estabelecimento de controle discriminativo adequado para cada resposta componente da


cadeia;

• A utilização da consequência de uma resposta como estimulo discriminativo para a resposta


seguinte da cadeia.
Síntese

Comportamento
Operante

Relação com Relação com


antecedente consequência

S–R→C
Tríplice contingência
Síntese

Controle de Estímulos

Discriminação Generalização

Processos complementares
Síntese

SD ou S+ SΔ ou S-

Aumenta a probabilidade de Diminui a probabilidade de emissão


emissão da resposta da resposta

Você também pode gostar