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FILOSOFIA E

CONCEITOS Ms. Vívian Marchezini Cunha

COMPORTAMENTAIS 1
COMPORTAMENTAL X
COGNITIVA
o Integração entre Comportamental e Cognitiva
o Diferenças fundamentais entre as abordagens
o Monismo; externalismo
o Conhecimento sobre princípios e estratégias
comportamentais  intervenção sobre aspectos
comportamentais

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COMPORTAMENTAL:
FUNDAMENTOS
o Visão de homem
o Indivíduo único, complexo, multideterminado, inerentemente
social, se comporta como um todo
o Objeto de estudo
o Relações comportamentais: relações entre organismo (pessoa)
e o ambiente
o Resposta x Comportamento
o Ambiente: físico, social, interno, histórico, situacional: qualquer
evento no universo capaz de afetar o indivíduo
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COMPORTAMENTAL:
FUNDAMENTOS
o Causalidade
o Ambiente
o Consequências
o As consequências que seguem um comportamento alteram a
probabilidade futura de aquele comportamento voltar a ocorrer
o Filogênese, ontogênese, cultura
o Por que nos comportamos da maneira como nos
comportamos?
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AVALIAÇÃO FUNCIONAL
o Topografia x Função
o Uso de técnicas? Base para a intervenção
o Avaliação funcional: abordagem hipotética em
relação às variáveis que evocam ou eliciam
determinadas respostas e sobre as consequências
que as mantêm.
oS–R–C
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analítico-comportamental – aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed.
DEL REY, Daniel. O uso dos recursos lúdicos na avaliação funcional em clínica
analítico-comportamental infantil. In BORGES, N. B.; CASSAS, F. A. Clínica
AVALIAÇÃO FUNCIONAL NA
TERAPIA INFANTIL
o Objetivos:
o Identificar déficits, excessos comportamentais e/ou variabilidade
comportamental;
o Identificar controle de estímulos deficitário;
o Detectar sensibilidade a diferentes consequências;
o Levantar aspectos relevantes da história de vida pregressa;
o Identificar e caracterizar o controle por regras pré-estabelecido;
o Identificar estímulos reforçadores ou aversivos condicionados

2012. p. 233-238.
o Identificar condições de estimulação e aprendizagem propiciadas pelo
ambiente em que a cr. está inserida
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PARADIGMAS – APRENDENDO
RESPOSTAS
o Respondente
o Condicionamento
Antecedente
o Generalização
o Operante
o Modelação
o Modelagem Consequente
o Generalização
o Controle por Regras
o Equivalência
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PARADIGMAS –
DESAPRENDENDO RESPOSTAS
o Respondente
o Extinção respondente
o Operante
o Extinção operante
o Punição

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APRENDIZADO
RESPONDENTE
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APRENDIZADO RESPONDENTE
o Determinação do comportamento: ambiente antecedente
o Relações incondicionadas: US – UR
o Relações condicionadas: CS – CR
o Apresentação de respostas diante de estímulos NOVOS
o Estímulos anteriormente neutros adquirem função
eliciadora por conta de pareamento com estímulo
incondicionado.
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APRENDIZADO RESPONDENTE
N (Voz do pai) --/-- R (medo)

US (palmadas do pai) ---- UR (dor e medo)


|
N (voz do pai)

CS (voz do pai) ---- CR (medo)

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APRENDIZADO RESPONDENTE
o Condicionamento: R que já fazia parte do
repertório (medo), mas agora é eliciada por um
novo estímulo (voz do pai).
o Generalização: R eliciada por estímulos
semelhantes fisicamente com o estímulo
condicionado: voz do tio, voz de um vizinho, etc...
o Quanto mais parecido, maior a capacidade de eliciar R

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EXTINÇÃO RESPONDENTE
o Extinção: redução da frequência da resposta aos
níveis iniciais
o Extinção respondente  procedimento
o Apresentação do CS consistentemente sem a
apresentação do US
o Contatos consistentes com o pai (e sua voz) sem as
palmadas

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APRENDIZADO
OPERANTE
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CONSEQUÊNCIA: A CHAVE DO
OPERANTE
o Consequência: alteração no ambiente que é
produzida pela ação (R) do indivíduo
o Consequência envolvida no APRENDIZADO de
novas respostas ou na MANUTENÇÃO delas:
REFORÇO
o Reforço positivo
Efeito: frequência da R
o Reforço negativo
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REFORÇO
o Reforço positivo: AUMENTO da frequência da
resposta por meio da ADIÇÃO de estímulo Importância do
reforçador Reforço Social
o R (apresentar uma dança)  SR+ (receber aplausos)
o Reforço negativo: AUMENTO da frequência da
resposta por meio da RETIRADA de estímulo
aversivo
o R (queixar dor de cabeça)  SR- (faltar à aula)
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REFORÇO

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RESPOSTAS MANTIDAS POR
REFORÇO NEGATIVO
o Fuga
o Respostas que retiram um estímulo aversivo já presente
o Esquiva
o Respostas que evitam ou adiam a apresentação de um
estímulo aversivo
o Exemplos de fuga e esquiva no comportamento
infantil?
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MODELAÇÃO

O modelo produz SR+ ou SR- com sua ação, e é isso que


imitamos 19
MODELAGEM
o Consiste em instalar uma resposta complexa por
meio do reforçamento diferencial de respostas mais
simples, que a compõem.
o Dá trabalho, requer paciência e atenção aos
comportamentos e às pequenas evoluções
o É possível modelar comportamentos não-verbais (ex.:
arrumar o próprio quarto) e comportamentos verbais
(ex.: relatar sentimentos em terapia)
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MODELAGEM

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ESQUEMAS DE
REFORÇAMENTO
o Contínuo
o Intermitente

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EFEITOS DO REFORÇO
o Principal: aumentar a probabilidade da R
o Secundários:
o Reduzir a probabilidade de outras R
o Reduzir a variabilidade topográfica da R reforçada

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EVENTOS ANTECEDENTES
o Não têm função determinante para o operante!
o Estímulo Discriminativo (Sd)
o Generalização operante
o Operação Motivadora (OM)
o Estímulos Equivalentes
o Regras
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ESTÍMULO DISCRIMINATIVO
o O estímulo que antecede uma resposta operante é
chamado Estímulo Discriminativo (Sd)
o Tem função de EVOCAR a resposta (R), por
sinalizar a probabilidade de um SR+
o Essa função foi adquirida por ter acompanhado,
no passado, a produção de um SR+

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ESTÍMULO DISCRIMINATIVO
o Interessante observar os comportamentos
discriminados da criança
o Ex.: Birra diante da mãe, que reforça, mas não diante da tia
(que não reforça esses comportamentos)
Sd (mãe) : R (birra)  SR+ (atenção, objeto...)
Sd (tia) : R (birra)  SR+
o Em que situações a criança emite os comportamentos
inadequados? E os adequados?
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GENERALIZAÇÃO OPERANTE
o Generalização de estímulos: nome que se dá ao processo
pelo qual uma resposta é emitida na presença de novos
estímulos que partilham alguma propriedade física com o
Sd, na presença do qual a resposta foi reforçada no
passado.
o Responder igual a estímulos que guardam alguma semelhança
entre si: generalização operante
o É mais provável de ocorrer quanto mais parecido o novo
estímulo for com o Sd.
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* OPERAÇÃO MOTIVADORA
o Condição ambiental que estabelece o valor
reforçador da consequência, altera a função evocativa
do estímulo antecedente e altera a probabilidade da R

Nascimento irmão;
Privação de atenção
da mãe Mãe : Chupar o dedo  Bronca (atenção)

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PRINCIPAIS OPERAÇÕES
MOTIVADORAS
o Privação
o Saciação
o Estimulação aversiva
o Emoções

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EQUIVALÊNCIA DE
ESTÍMULOS
o É possível emitir a mesma resposta diante de
estímulos diferentes fisicamente, mas que partilham
a mesma FUNÇÃO

BOLA
bola
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EQUIVALÊNCIA

Etc., etc.,
etc. ...

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REGRAS
o O comportamento de uma pessoa também pode ser
influenciado por meio de regras implícitas ou explícitas em
ordens, conselhos, avisos, orientações, instruções e leis.
o Regras são “dicas” faladas ou escritas, explícitas ou
implícitas que orientam a ação dos indivíduos, já que
indicam uma condição “se…então…” vigente em
determinado ambiente ou situação, sugerindo uma ação
específica.
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REGRAS
o Minha filha, se você não estudar, então, vai tirar
nota baixa e não passará de ano. Por isso, você
precisa fazer suas tarefas escolares e estudar mais.
R (não estudar)  Notas baixas
R (fazer tarefas e estudar mais)  Passar de ano

R (estudar diariamente)  SR+ (elogios


Sd
diários do pai + aprovação) 33
REGRAS
o Regras têm função de Sd (estímulo
discriminativo) ou de OM (operação motivadora)
 NÃO causam comportamento (na visão da AC).
o Importância das regras na aprendizagem
o Problemas do repertório muito governado por
regras

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DESAPRENDENDO UM - Extinção
OPERANTE - Punição
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DESAPRENDENDO
RESPOSTAS: EXTINÇÃO
OPERANTE
o Suspensão do SR+
o Uma resposta que antes produzia SR+ agora não
produz. EFEITO: redução da frequência da R
o Outros efeitos
o Aumento na frequência da R no início do procedimento
o Aumento da variabilidade topográfica da R
o Resposta emocionais
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DESAPRENDENDO
RESPOSTAS: PUNIÇÃO
o Alteração no ambiente (social ou não) que é
produzida pela ação (R) do indivíduo
o Consequência envolvida na SUPRESSÃO de
respostas: PUNIÇÃO
o Punição positiva
Frequência da R
o Punição negativa

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DESAPRENDENDO Positivo
RESPOSTAS: PUNIÇÃO ≠
Bom
o Punição positiva: REDUÇÃO da frequência da
resposta por meio da ADIÇÃO de estímulo aversivo
o R (quebrar um objeto)  SP+ (receber palmadas)
o Punição negativa: REDUÇÃO da frequência da
resposta por meio da RETIRADA de estímulo
reforçador
o R (xingar os pais)  SP- (sem acesso à internet por 1 semana)

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EFEITOS DA PUNIÇÃO
o Supressão imediata da R

o Eliciação de R emocionais
o O agente punidor adquire função aversiva
o Supressão condicionada
o Supressão de outras R
o Contracontrole
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QUESTIONAR:
o Por que punimos tanto?
o Interessante refletir sobre isso, de modo a compreender
o comportamento punidor dos pais e orientá-los a
manejar os comportamentos das crianças de outras
formas.
o QUAIS?

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ALTERNATIVAS À PUNIÇÃO
o Reforço positivo em vez de reforço negativo
o Extinção em vez de punição
o Reforçamento diferencial de outros
comportamentos
o Aumento da densidade de reforços para outras
alternativas

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JUNTANDO TUDO! Avaliação Funcional

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PARA SABER MAIS...
BORGES, N. B.; CASSAS, F. A. Clínica analítico-comportamental – aspectos
teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed. 2012.
CANAAN-OLIVEIRA, S.; et. al. Compreendendo seu filho – Uma análise do
comportamento da criança. Belém: Paka-Tatu. 2002.
MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de Análise do
Comportamento. Porto Alegre: Artmed. 2006.
SILVARES, E. F. M. (org.) Estudos de caso em clínica comportamental
infantil. Campinas, SP: Papirus. 2000. (v. I e v. II)
WEBER, L. D. Eduque com carinho. Curitiba: Juruá. 2007
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