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DISCRIMINAÇÃO E

GENERALIZAÇÃO
CONTROLE DE ESTÍMULOS

• Há certos assuntos que você só conversa com seus amigos;


outros somente com seus pais.

• Alguns temas você aborda apenas com colegas do trabalho.

• Em algumas ocasiões você é mais extrovertido ao passo que em


outras você é mais introvertido.

• Ou seja, por que nos comportamentos, às vezes, de formas tão


distintas em situações diferentes?
CONTROLE DE ESTÍMULOS

• Vimos anteriormente que o que acontece após o


comportamento (consequência) exerce controle sobre a sua
ocorrência futura, ou seja, altera a probabilidade de ocorrência do
comportamento.

• Agora veremos como o que acontece ANTES do comportamento


operante, isto é, o contexto no qual ocorre, também passa a
exercer controle sobre ele.
CONTROLE DE ESTÍMULOS

• Diz respeito à influência dos estímulos antecedentes sobre


o comportamento;

S’-R-S”
• A tríplice contingência consiste nessa relação entre os estímulos
antecedentes, a resposta e os estímulos consequentes.

• Em outras palavras, refere-se ao efeito que o CONTEXTO tem


sobre a probabilidade de ocorrência do comportamento.
CONTROLE DE ESTÍMULOS

• A tríplice contingência é a unidade mínima de análise do


comportamento operante.

• Para analisar comportamentos operantes dos mais simples aos


mais complexos, teremos que identificar:

- Uma ocasião na qual a resposta ocorre;


- A resposta propriamente dita;
- A(s) consequência(s) que passa(m) a existir após a emissão
da resposta.
DISCRIMINAÇÃO OPERANTE

• Discriminação operante: processo comportamental que


descreve a ocorrência de respostas específicas na presença de
estímulos específicos.

• Ex: abrimos uma garrafa de refrigerante com tampa de rosca


girando-a e uma lata puxando o anel.

• Abrir a garrafa puxando a tampa – comportamento não será


reforçado pela garrafa aberta. Girar o anel – também não produz
lata aberta.
E STÍMULO DISCRIMINATIVO ( S D ) E
E STÍMULO DE LTA ( S ∆ )

• Estímulos discriminativos (SD): estímulo diante do qual a


resposta, se emitida, SERÁ REFORÇADA. Portanto, após
reforçamento, esse estímulo, se apresentado, aumenta a
probabilidade de que a resposta volte a ocorrer.

• Estímulos delta (S∆): estímulo diante do qual a resposta, se


emitida, NÃO SERÁ REFORÇADA. Portanto, a apresentação
desse estímulo diminui a probabilidade de a resposta voltar a
ocorrer.
E STÍMULO DISCRIMINATIVO (S D )

• Exemplo:

• Jornal Nacional é um estímulo reforçador – relógio marcando


20:30 seria um SD para o comportamento de ligar a televisão.

• Caso o comportamento de ligar a televisão seja emitido em


outro horário, ele não será reforçado com o acesso ao Jornal
Nacional.
E STÍMULO DE LTA ( S ∆ )

• Exemplo:

• O relógio marcando outro horário se constitui um S∆ para a


resposta de ligar a TV e, consequentemente, assistir ao Jornal
Nacional.
CONTROLE DISCRIMINATIVO

• Dizemos que o controle discriminativo foi estabelecido quando


uma determinada resposta ocorre na presença de um SD
específico, mas não na presença de S ∆.

• Note que o SD para uma resposta pode ser o S ∆ para outra e


vice-versa.

• Ex: Suponha que você é amigo de João. A presença dele é SD para


a resposta verbal “Oi, João”.
• No entanto, a presença de João é S ∆ para a resposta verbal “Oi,
Marcelo”.
TREINO DISCRIMINATIVO

• Treino discriminativo: se refere, então, ao procedimento de


reforçar a resposta na presença de SD e colocá-lo em extinção na
presença de S ∆.

• Se o controle de estímulo for estabelecido, a resposta deverá


ocorrer apenas na presença de SD.
IMPORTANTE

• Todos os comportamentos operantes, dos mais simples aos mais


complexos serão analisados de acordo a contingência tríplice.

• Ou seja, considerando-se um estímulo antecedente, uma


resposta e um estímulo consequente.

• Analisar funcionalmente um comportamento significa, portanto,


descrever a contingência de três termos da qual ele faz parte.

• Em outras palavras: consiste em verificar em quais circunstâncias


o comportamento ocorre e quais são suas consequências
mantenedoras.
IMPORTANTE

• Análise funcional: primeiro passo de qualquer intervenção uma


vez que cada pessoa passou por uma história de aprendizagem
singular.

• Só pode identificar quais estímulos exercerão controle sobre o


comportamento e como eles farão isso, analisando-se os casos
individuais.

• Intervenções que visam alterar a probabilidade de um


comportamento e negligenciam as relações de contingência
provavelmente fracassarão, já que não se identificou o que
produziu e o que mantém tal comportamento.
GENERALIZAÇÃO OPERANTE

• Ex: dizer oi a um estranho que se parece com um amigo seu.

• Na linguagem cotidiana diríamos que você confundiu uma pessoa


com a outra. Em termos técnicos, nesse caso, dizemos que
ocorreu uma generalização operante.

• Em outras palavras, um organismo está generalizando quando


emite uma mesma resposta na presença de estímulos que se
parecem com um estímulo discriminativo previamente treinado.
• Se o comportamento de dizer “bola” de uma criança foi modelado na presença de
uma bola de futebol, é mais provável que essa resposta verbal ocorra na presença
de uma bola de vôlei do que na de uma bola de futebol americano.

• Portanto, o grau de similaridade física dos estímulos é a variável mais importante


na ocorrência de generalização. Quanto maior for a similaridade física entre os
estímulos, maior será a probabilidade de a generalização ocorrer.
CLASSES DE ESTÍMULOS

• Estímulos diferentes, mas que compartilham alguma


propriedade, servem de ocasião para uma mesma resposta.

• Há dois tipos de classe de estímulos:

- Classes por similaridade física;


- Classes funcionais.
C L A SSE S P O R
SI M I L A RIDAD E F Í SI C A

• Os estímulos servem
de ocasião para uma
resposta semelhante
por partilharem
propriedades físicas.
CLASSES
FUNCIONAIS

• Os estímulos são agrupados


arbitrariamente em uma
classe por servirem de ocasião
para uma mesma resposta, mas
os estímulos não se
parecem.

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