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Behaviorismo Radical:

Esquemas de reforçamento
Disciplina: Psicologia, experimentação e comportamento humano

Profª: Fabricia Creton Nery Thomaz


2022
Esquemas de reforçamento
• Refere-se a forma como o reforço será apresentado.

• Dependendo de como o reforço for apresentado, o padrão de resposta


do organismo muda.

• Nem todas as respostas que emitimos são reforçadas, elas são


reforçadas de forma intermitente.

• Essa intermitência é capaz de manter o nosso comportamento o torna-


lo mais resistente a extinção.
• São arranjos de contingências de reforçamento.

• Refere-se a frequência e força que o comportamento pode adquirir depois de aprendido.

• A que condições as respostas devem obedecer para ser liberado o reforçador.

• Consequência a médio e longo prazo.


• Existem 2 tipos de esquemas de reforçamento.
 1 – Reforçamento contínuo (CRF)
• Toda resposta é seguida de um reforçador.

 2 – Reforçamento intermitente
• Nem todas as respostas são seguidas de um reforçador.
• Apenas uma parcela das respostas emitidas são reforçadas.
1. Nem sempre ganhamos o que pedimos
2. Nem sempre tiramos nota boa quando estudamos
3. Nem sempre encontramos pão fresco na padaria
4. Nem sempre....

Conclusão: Os comportamentos são intermitentemente reforçados.


Esquemas de reforçamento intermitente
• Existem 4 tipos de reforçamento intermitente:
FR: Razão fixa
VR: Razão variável

FI: Intervalo fixo


VI: Intervalo variável

• Esquemas de razão
Exigem um certo número de respostas para que o comportamento seja reforçado

• Esquemas de intervalo
O tempo decorrido desde o último reforçador é o principal determinante de uma nova
resposta ser ou não reforçada
Esquemas de razão
• Esquemas de razão fixa - FR
• O número de respostas é sempre o mesmo para a apresentação de um reforçador.
• Determina a contingência necessária para que o reforço seja adquirido.

Ex: Pagar por produção.

• Esquema de razão variável - VR


• O número de respostas é variável para a apresentação de um reforçador.
• Podemos estabelecer uma média para esse reforçamento.

Ex: Pentear o cabelo, jogar, varrer a casa, dar ordens, escovar os dentes.
Esquemas de intervalo

• Intervalo fixo
• O período entre o último reforçador e o próximo é sempre o mesmo.
• Ex.: Obtenção do salário mensal, mesada, nota no portal

• Intervalo variável
• O período entre o último reforçador e o próximo é variável.
• De tempos em tempos somos reforçados.
Intermitente X contínuo

• Intermitente produz uma frequência de respostas maior que os esquemas de


reforçamento contínuo.

• Intermitentes são mais resistentes a extinção.

• O reforçamento contínuo é mais eficaz para a aquisição de um novo comportamento.


Intermitente X contínuo

• Manutenção do comportamento – mais eficaz no intermitente.


• Ex: Pessoa perseverante

• A história de reforçamento explica por que algumas pessoas desistem facilmente e


outras não quando as coisas dão errado.
Outros esquemas de reforçamento
• Esquemas não - contingentes
• Os reforços são liberados sem a necessidade da emissão de uma resposta.
Ex.: Pensão, aposentadoria

• Comportamento supersticioso
• Quando um comportamento é reforçado acidentalmente. Ele acompanha, em uma
continguidade temporal, o comportamento reforçado.
• Ex: Coçar----apertar a barra-----obter reforço.
• Simpatias

• Não são reforçados em tempos regulares


Controle dos estímulos: O papel
do contexto
Controle dos estímulos
• Refere-se à influência dos estímulos antecedentes sobre o comportamento, isto é, o
efeito que o contexto tem sobre o comportamento.

• Estímulos associados ao reforço aumentam a probabilidade de comportamento ocorrer.

• Estímulos associados à punição ou extinção diminuem a probabilidade do


comportamento ocorrer.

• “Falamos de probabilidade”
• Discriminação operante
• Processo de comportamento no qual as respostas específicas ocorrem apenas na
presença de estímulos específicos. Cada estímulo provoca uma resposta
específica. Os estímulos antecedentes controlam qual resposta produzirá uma
consequência reforçadora.
Ex: Tampa de garrafa-----girar para abrir / Anel da latinha----puxar para abrir.

• Comportamento Operante discriminativo


• Aquele que acontece quando, se emitidos em um determinado contexto,
produzirão consequências reforçadoras. Controle do comportamento por eventos
que antecede a ele.
Tipos de estímulos
• Estímulos discriminativos SD
• Estímulos que sinalizam que uma dada resposta será reforçada. Tem
uma relação clara com a consequência.
Ex: A luz da caixa de Skinner pode ser um estímulo
discriminativo que sinaliza que a resposta de pressão a barra será
reforçada com água.

• Estímulos delta SΔ
• Estímulos que sinalizam que a resposta não será reforçada. Sinalizam a
impossibilidade de reforço ou a extinção.
• O organismo está discriminando quando ele responde na presença de um SD e não
responde na presença de um SΔ

• Há um controle discriminativo de estímulos quando um comportamento tem alta


probabilidade de ocorrer na presença do SD e baixa probabilidade de ocorrer na
presença de SΔ
• Treino discriminativo = Aprendemos a discriminar um estímulo como sendo SD ou SΔ
• Acontece o tempo todo: a forma como nos comportamos na faculdade, em casa,
usamos o celular.

• Controle discriminativo
• Passamos a emitir um comportamento na presença de um SD .

Pedir dinheiro quando pai estiver com “cara boa”.


Comportar de uma maneira em faculdade e outra no bar.
Levar o garfo na boca quando ele está cheio e não levar quando ele está vazio. A presença
de comida no garfo é o Sd
• Generalização de estímulo operante
• Ocorre quando as respostas são emitidas na presença de novos estímulos que
partilham alguma semelhança com os Sd que foram reforçadas em algum
momento no passado.
• Quando emite uma mesma resposta na presença de estímulos que se parecem
com um Sd.
• É mais provável de ocorrer quanto mais parecido o novo estímulo for com o Sd.
• O que conta é a similaridade física.
• Ex 1: É mais provável a criança falar bola na presença de uma bola de
futebol e uma bola de vôlei do que na presença de uma bola de futebol
americano.
• Ex 2: Criança chamar qualquer homem adulto de papai.

• Diversos estímulos diferentes que compartilham uma mesma propriedade servem de


ocasião para a mesma reposta.
• Classes de estímulos
• Um conjunto de estímulos que servem de ocasião para uma mesma resposta.
• Classe por similaridade física (generalização)
• Classe de sapatos, de maças, etc.

• Classes funcionais (estímulos que não se parecem mas que tem a mesma
função, a mesma utilidade).
• Estímulos que servem de ocasião para a mesma resposta.
• Instrumentos musicais (são diferentes fisicamente mas servem para
uma mesma resposta)
• Brinquedos
• Atenção como um comportamento

• Ter atenção é comportar-se sob determinado controle de estímulos.


• A nossa atenção a determinado estímulo depende de nossa história de
reforçamento e punição. Estímulos que sinalizam consequências importantes tem
uma probabilidade maior de exercer o controle sob nosso comportamento.

• Ex: Dar atenção à sinalização após ter recebido uma multa de transito.
Atentamos por que fomos punidos.
• Reforçador condicionado generalizado = são reforçadores condicionados que
servem de ocasião para muitas respostas diferentes.

• Reforçador: Aumenta a probabilidade de ocorrência de uma resposta


• Condicionado: depende de uma história de aprendizado. É reforço para um
comportamento e estimulo discriminativo para outro.
• Generalizado: pode servir de ocasião para respostas diferentes.

• Ex: Dinheiro, atenção das outras pessoas.


Referências bibliográficas
Capítulos de livro: Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Márcio Borges
Moreira e Carlos Augusto de Medeiros. Artmed, 2007. Cap 6 e 7

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