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O COMPORTAMENTO OPERANTE DE

SKINNER
Prof. Aline Ap. Campigotto Hack
DEFINIÇÃO DE
COMPORTAMENTO
De modo genérico, o termo
comportamento refere-se à atividade
dos organismos (animais, incluindo o
homem), que mantém intercâmbio
com o ambiente.
A parte do comportamento humano
que é frequentemente invisível é
denominado comportamento
ENCOBERTO.
Segundo Skinner, o comportamento, especialmente o
humano, tem múltiplas causas.
- Uma resposta não é causada por um único estímulo.
- E também os estímulos provocam respostas
diferentes em indivíduos diferentes.
Pelo contrário, qualquer resposta está relacionada
com uma pluralidade de fatores.
Não se preocupa com os processos intermediários
entre o estímulo e a resposta.
Tampouco com os processos mentais envolvidos na
cognição.
COMO O COMPORTAMENTO SE
INSTALA?

Modelagem:
Através de um processo gradual, as
respostas que se assemelham ao
comportamento terminal desejado são
sucessivamente condicionadas até que o
próprio comportamento terminal seja
condicionado.
Para se utilizar esse método com sucesso é necessário:
1) Determinar qual o comportamento se deseja modelar;
2) Observar se o sujeito tem como pré-requisito as
capacidades maturacionais para a emissão da sequencia
comportamental exigida na modelagem;
3) Observar o nível operante do indivíduo e selecionar o
comportamento de início para a modelagem
(estabelecimento da linha de base);
4) Determinar as etapas a serem seguidas, que devem ser
gradativas, de acordo com a possibilidade do organismo e
suas limitações, bem como os critérios para passar de
uma etapa a outra;
5) Determinar o tipo de reforço a ser utilizado e reforçar
adequadamente o sujeito.
COMO O COMPORTAMENTO É
FORTALECIDO?
REFORÇO
As probabilidades de ocorrência futura de um
determinado tipo de resposta aumentam. Isto é,
os reforços fortalecem certas respostas.
Tendência a reproduzir ações benéficas e
gratificantes, em sentido amplo, e a evitar ações
daninhas para o indivíduo.
Não existem reforçadores per si. A noção de
reforçador expressa uma relação funcional entre
a atividade do indivíduo e seu meio.
REFORÇO POSITIVO: é uma alteração
do meio através da adição de um
estímulo.
Por exemplo: elogio dado para um
sujeito após responder com
comportamento pretendido
REFORÇO NEGATIVO: é uma alteração
através da remoção de um estímulo
Por exemplo: choques elétricos que cessam
após o sujeito responder com um
determinado comportamento pretendido.
Desta forma, fortalece a resposta que o
remove.
É importante notarmos que não é o
indivíduo que é recompensando, mas sim o
comportamento!!
ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO
Pode-se dividir os esquemas de reforçamento em duas
categorias maiores:

1. Esquema de Reforçamento Contínuo


2. Esquema de Reforçamento Intermitente, e suas
subcategorias:

RC: reforçamento contínuo


RI: reforçamento intermitente
RRF: reforçamento em razão fixa
RRV: reforçamento em razão variável
RIF: reforçamento em intervalo fixo
RIV: reforçamento em intervalo variável
Esquemas de Reforçamento em Razão
o reforço é apresentado após um determinado número de respostas.
O critério para apresentação do reforço é o número de respostas
emitido pelo organismo.
Esquemas de Razão Fixa
o reforço é apresentado após um número fixo de respostas.
Resultados: frequência alta e constante de respostas e uma pausa
após a apresentação do reforço. A duração desta pausa dependerá
da razão; quanto maior a razão, maior será a pausa após o
reforçamento. Menor resistência à extinção
Esquemas de Razão Variável
o reforço é apresentado após um número variável de respostas. O
Resultado: frequência alta de resposta, sem gerar pausas após a
apresentação do reforço. Maior resistência à extinção.
Esquemas de Reforçamento de Intervalo
a apresentação do reforço depende tanto da passagem do tempo,
quanto da emissão da resposta após este intervalo de tempo.

Esquemas de Reforçamento de Intervalo Fixo


o reforço é apresentado se o organismo emitir pelo menos uma
resposta após um intervalo fixo de tempo.
Resultados: frequência baixa de respostas no início do intervalo,
aumentando conforme o final do intervalo se aproxima. Menor
resistência à extinção

Esquemas de Reforçamento de Intervalo Variável


o reforço é apresentado se o organismo emitir pelo menos uma
resposta após um intervalo variável de tempo.
Resultados: frequência alta de respostas. Maior resistência à
extinção.
RAZÃO FIXA RAZÃO VARIÁVEL

MENOR RESISTÊNCIA À EXTINÇÃO MAIOR RESISTÊNCIA À EXTINÇÃO

INTERVALO FIXO INTERVALO VARIÁVEL

MENOR RESISTÊNCIA À EXTINÇÃO MAIOR RESISTÊNCIA À EXTINÇÃO


Identifique os esquemas de reforçamento nos casos abaixo. Coloque
RC: reforço contínuo
RRF: reforço em razão fixa
RRV: reforço em razão variável
RIF:reforço em intervalo fixo
RIV: reforço em intervalo variável
1. Sara é paga por uma comissão na venda de computadores. Ela recebe um
prêmio em dinheiro para cada três computadores vendidos.
2. Gabriel recebe uma vez por semana, aproximadamente, algum dinheiro de seus
pais por ajudá-los nos trabalhos da casa.
3. Marta está pescando e pega um peixe na primeira vez que joga a linha. Depois, pega na
terceira, depois joga 5 vezes a linha antes de pegar outro peixe.

4. Marcos recebe uma estrelinha dourada de sua professora por livro que lê.
5. Oscar, jogador de basquetebol, assina um acordo para que seus salários sejam
negociados a cada três anos.
1.Sara é paga por uma comissão na venda de computadores. Ela recebe um
prêmio em dinheiro para cada três computadores vendidos. RRF
2. Gabriel recebe uma vez por semana, aproximadamente, algum dinheiro
de seus pais por ajudá-los nos trabalhos da casa. RIV
3. Marta está pescando e pega um peixe na primeira vez que joga a linha.
Depois, pega na terceira, depois joga 5 vezes a linha antes de pegar outro
peixe. RRV
4. Marcos recebe uma estrelinha dourada de sua professora por livro que lê.
RC
5. Oscar, jogador de basquetebol, assina um acordo para que seus salários
sejam negociados a cada três anos. RIF
COMO O COMPORTAMENTO SE
ENFRAQUECE?

SACIAÇÃO/ EXTINÇÃO/ ESQUECIMENTO/


PUNIÇÃO

Saciação: Apresentação continuada ou


disponibilidade de um reforçador, que reduz
a sua efetividade (torta de maça).
EXTINÇÃO E ESQUECIMENTO

A extinção é um processo contrário ao


reforço. É usada para “desaprender” um
comportamento previamente
condicionado.
Consiste na suspensão de um reforço
associado a uma dada resposta
condicionada.
- processo gradual.
Por exemplo: uma criança que sobe na carteira e
ganha atenção por isso. Se o reforço (atenção) é
retirado, a criança deixará de subir na carteira com
o tempo.

O esquecimento de um comportamento
condicionado ocorre quando este não é emitido por
muito tempo.
EXTINÇÃO: enfraquecimento gradual e desaparecimento da
tendência a uma resposta condicionada, pela supressão do
reforçamento

Recuperação espontânea
PUNIÇÃO
A punição é um procedimento que produz a
diminuição da frequência da resposta punida.
Ela pode ser de dois tipos (positiva ou negativa)
e essa distinção depende da consequência para
a resposta punida. Se há um acréscimo de
estímulo caracterizamos como positiva, e
diferentemente disso, se a consequência é a
retirada de estímulo dizemos que é negativa.
COMO SE TORNA ADEQUADO A
SITUAÇÃO?
DISCRIMINAÇÃO
São processos de aprendizagem que
vinculam a atividade, de forma
diferenciada, a aspectos relevantes do
meio (os estímulos).
Condicionam uma resposta na presença
de um estímulo e a extingue na
presença de outro;
Discriminar é aprender a estabelecer
relações funcionais entre a própria
atividade e parâmetros externos.
COMO SE EXTRAPOLA?

Generalização:
O fenômeno da generalização permite dar
conta de aprendizagens complexas e
múltiplas.
Reconhecer contextos ou aspectos do
contexto que possuem uma certa
semelhança não evidente.
Os processos de discriminação e generalização se
alteram e constituem a base de aprendizagens
relevantes.
Já não se trata mais de frequência de respostas, mas de
estabelecer novas relações entre a atividade do
sujeito, o ambiente e suas atividades prévias.
São importantes para a formação de conceitos,
transferências de aprendizagem, construção de
significados, estabelecimento de relações, abstrações,
etc.
COMO COMPREENDÊ-LO
NUM CONTEXTO?
Análise Funcional

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