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1. Personalidade
 Para o comportamentalismo, a personalidade é definida como um
conjunto de padrões comportamentais únicos de um indivíduo, formados
a partir de suas experiências passadas e das consequências de seus
comportamentos. Esses padrões são moldados pelas interações com o
ambiente e pelas recompensas ou punições que recebem.
 Por exemplo, uma pessoa extrovertida pode ter desenvolvido sua
personalidade por meio da obtenção de reforços sociais ao se envolver
em interações sociais, enquanto uma pessoa introvertida pode ter
evitado situações sociais desafiadoras e, assim, desenvolvido uma
personalidade mais reservada.
 A análise funcional é usada para compreender como as variáveis
ambientais influenciam a personalidade. Ela envolve identificar os
estímulos antecedentes que precedem um comportamento e as
consequências que o seguem. Essas contingências de reforçamento
moldam e mantêm os padrões comportamentais característicos de cada
indivíduo.
 Assim, a personalidade no comportamentalismo é uma expressão dos
comportamentos que são reforçados ao longo do tempo, resultando em
características e traços comportamentais distintos para cada pessoa. A
interação entre o indivíduo e o ambiente desempenha um papel
fundamental na formação e no desenvolvimento da personalidade.

2. Diferenciar esquemas de reforçamento contínuo de esquemas de


reforçamento intermitente
 Os esquemas de reforçamento contínuo reforçam todas as respostas
emitidas, enquanto os esquemas de reforçamento intermitente reforçam
apenas algumas respostas. No primeiro caso, há uma relação direta
entre cada resposta e o reforço, enquanto no segundo caso, o reforço é
entregue de forma irregular. Essas diferenças têm impacto na forma
como o comportamento é moldado e mantido ao longo do tempo.
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3. Definir esquemas de reforçamento intermitente


 Os esquemas de reforçamento intermitente são critérios que definem
que apenas algumas respostas serão reforçadas, ao contrário dos
esquemas de reforçamento contínuo em que todas as respostas são
reforçadas. Esses esquemas criam padrões irregulares de reforço e
podem influenciar a frequência e a resistência dos comportamentos.

4. Definir e dar exemplos de esquemas de reforçamento de intervalo


fixo
 Os esquemas de reforçamento de intervalo fixo são critérios em que o
reforço é entregue após a passagem de um período de tempo fixo e a
emissão de pelo menos uma resposta. Nesses esquemas, a resposta é
reforçada apenas quando ocorre após o intervalo preestabelecido. Por
exemplo, abrir a caixa de e-mails e encontrar novas mensagens a cada
30 minutos (intervalo fixo) é um exemplo de esquema de reforçamento
de intervalo fixo. Nesse caso, o reforço é entregue somente se a
resposta (abrir a caixa de e-mails) ocorrer após o intervalo de 30
minutos.

5. Definir e dar exemplos de esquemas de reforçamento de intervalo


variável
 Os esquemas de reforçamento de intervalo variável são critérios em que
o reforço é entregue após um período de tempo variável e a emissão de
pelo menos uma resposta. Um exemplo é a vitória de um time de
futebol, em que o torcedor precisa continuar demonstrando apoio ao
assistir aos jogos para ter a chance de ser reforçado, mesmo que o
tempo entre as vitórias seja variável.

6. Definir e dar exemplos de esquemas de reforçamento de razão fixa


 Os esquemas de reforçamento de razão fixa são critérios em que o
reforço é entregue após um número específico de respostas emitidas.
Por exemplo, executar 30 repetições de um exercício de abdominais
para receber um elogio do personal trainer.
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7. Definir e dar exemplos de esquemas de reforçamento de razão


variável
 Os esquemas de reforçamento de razão variável são critérios em que o
reforço é entregue após um número médio de respostas, mas esse
número varia. Por exemplo, receber elogios do professor a cada 10, 15
ou 20 respostas corretas durante uma aula interativa.

8. Descrever os padrões comportamentais gerados por esquemas de


intervalo fixo e variável e de razão fixa e variável
 Os esquemas de intervalo fixo levam a comportamentos de aumento da
atividade próximo ao momento do reforço, enquanto os de intervalo
variável resultam em comportamentos mais estáveis ao longo do tempo.
Já os esquemas de razão fixa geram aumento na taxa de resposta à
medida que o sujeito se aproxima do número necessário para o reforço,
e os de razão variável levam a comportamentos consistentes e estáveis.

9. Definir e dar exemplos de resistência à extinção


 A resistência à extinção é a capacidade de um comportamento persistir
mesmo quando o reforço é removido. Isso ocorre quando a resposta
anteriormente reforçada não mais produz os mesmos resultados
positivos, mas ainda continua a ser emitida por um período prolongado.
Um exemplo de resistência à extinção seria uma pessoa continuando a
enviar mensagens para um ex-parceiro mesmo que não receba
resposta.

10. Especificar o efeito de diferentes esquemas de reforçamento sobre


a resistência à extinção
 Diferentes esquemas de reforçamento afetam a resistência à extinção.
Esquemas intermitentes têm maior resistência à extinção do que
esquemas contínuos. Isso ocorre porque em esquemas intermitentes, o
reforço ocorre de forma irregular, levando a comportamentos
persistentes mesmo na ausência de reforço. Em esquemas contínuos, a
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extinção é mais rápida, pois o reforço é mais previsível e a falta dele é


notada mais facilmente.
11. Definir e dar exemplos de esquemas de reforçamento não
contingente
 Esquemas de reforçamento não contingente são aqueles em que o
reforço é entregue independentemente do comportamento do indivíduo.
Não há relação direta entre a resposta e o reforço recebido. Um exemplo
é quando alguém recebe elogios ou recompensas em horários
predefinidos, independentemente do que tenha feito. Isso pode levar a
comportamentos indesejados e enfraquecer a conexão entre
comportamento e reforço.

12. Relacionar esquemas de reforçamento não contingente a


comportamentos supersticiosos
 Esquemas de reforçamento não contingente podem levar ao
desenvolvimento de comportamentos supersticiosos. O reforço entregue
de forma não relacionada ao comportamento faz com que o indivíduo
atribua significado a ações ou eventos aleatórios que ocorrem na
ocasião do reforço. Isso resulta no desenvolvimento de superstições,
onde certos comportamentos são associados à obtenção do reforço,
mesmo que não haja uma relação real de causa e efeito.

13. Definir e dar exemplos dos esquemas DRL, DRH e DRO


 DRL: Reforço dado quando a taxa de resposta é baixa. Exemplo:
Estudante reforçado se fizer menos de 3 interrupções durante a aula.
 DRH: Reforço dado quando a taxa de resposta é alta. Exemplo: Criança
reforçada se ler pelo menos 10 páginas em 30 minutos.
 DRO: Reforço dado quando o comportamento-alvo não ocorre por um
período específico. Exemplo: Reforço dado quando a criança para de
bater na mesa por 5 minutos.
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14. Definir e dar exemplos dos esquemas múltiplos, mistos,


encadeados e concorrentes
 Esquemas Múltiplos: Combinação de dois ou mais esquemas de
reforçamento. Exemplo: Jogo de tabuleiro com diferentes recompensas
por alcançar casas e coletar cartas.
 Esquemas Mistos: Combinação de diferentes esquemas de
reforçamento em sequência. Exemplo: Tarefa escolar com reforço por
exercícios simples seguidos por um problema mais complexo.
 Esquemas Encadeados: Sequência de esquemas onde o reforço
depende da conclusão bem-sucedida de um esquema anterior.
Exemplo: Treinamento esportivo com reforço por dominar técnicas
básicas antes de avançar para técnicas avançadas.
 Esquemas Concorrentes: Oferecimento de dois ou mais esquemas
simultaneamente, permitindo escolha. Exemplo: Programa de
recompensas com pontos por assistir vídeos ou responder pesquisas,
escolhendo a atividade desejada.

15. Aplicar os conceitos dos diferentes esquemas de reforçamento à


análise de comportamentos cotidianos
 Reforço Contínuo: Reforçar sempre que um comportamento desejado
ocorre.
 Reforço Intermitente: Reforçar apenas ocasionalmente, mesmo após o
comportamento desejado.
 Razão Fixa: Reforçar após um número fixo de respostas.
 Razão Variável: Reforçar após um número variável de respostas.
 Intervalo Fixo: Reforçar após um intervalo fixo de tempo.
 Intervalo Variável: Reforçar após um intervalo variável de tempo.

16. Comportamento Reflexo ou Respondente:


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 O comportamento reflexo ou respondente é uma forma de


comportamento que ocorre como uma resposta automática a um
estímulo específico.
 É uma resposta involuntária e geralmente envolve uma ligação direta
entre o estímulo e a resposta.
 Exemplos comuns de comportamento reflexo incluem o piscar de olhos
diante de uma luz intensa ou o encolhimento do corpo em resposta a um
som alto.

17. Esquemas de Reforçamento Contínuo e Intermitente:


 Os esquemas de reforçamento contínuo e intermitente são diferentes
maneiras de administrar consequências para um comportamento.
 No esquema de reforçamento contínuo, cada ocorrência do
comportamento é seguida por um reforço, aumentando a frequência
desse comportamento.
 No esquema de reforçamento intermitente, apenas algumas ocorrências
do comportamento são reforçadas, enquanto outras não são. Isso pode
ser feito de diferentes maneiras, como reforçamento em intervalos fixos,
intervalos variáveis, razões fixas ou razões variáveis.
 O uso de esquemas de reforçamento intermitente pode levar à
manutenção de comportamentos por mais tempo, mesmo na ausência
de reforço constante.

18. Filogenética, Ontogenética e Cultura Social:


 A análise aplicada do comportamento considera três níveis de análise:
filogenética, ontogenética e cultura social.
 A análise filogenética refere-se à influência da evolução biológica e das
características inatas do comportamento de uma espécie.
 A análise ontogenética refere-se à influência do desenvolvimento
individual, da aprendizagem e das experiências ao longo da vida de um
indivíduo na formação do comportamento.
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 A análise da cultura social refere-se à influência do ambiente social, das


normas, valores e práticas culturais na expressão e modelagem do
comportamento.

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