A teoria de aprendizagem de Skinner é baseada no princípio de que o
comportamento humano é moldado por meio do condicionamento operante. Ele
também propôs que o comportamento é controlado por estímulos externos e pelas consequências que ocorrem após esse comportamento. Ele introduziu o conceito de reforço, que envolve o uso de consequências positivas ou negativas para aumentar ou diminuir a probabilidade de um comportamento se repetir.
De acordo com a sua teoria, os organismos aprendem por meio de um
processo de reforço. Quando um comportamento é seguido por uma consequência positiva, chamada de reforço positivo, a probabilidade de que o comportamento se repita aumenta. Por outro lado, quando um comportamento é seguido por uma consequência negativa, chamada de punição, a probabilidade de que o comportamento se repita diminui.
Skinner também enfatizou a importância do reforço intermitente, em que os
reforços são administrados de forma não sistemática. Esse tipo de reforço tende a ser mais eficaz na manutenção de comportamentos do que o reforço contínuo.
Existem diferentes tipos de reforço intermitente, que são:
Reforço intermitente fixo: o reforço é entregue após um número
fixo de respostas. Por exemplo, a cada quinta resposta correta, o reforço é fornecido.
Reforço intermitente variável: o reforço é entregue após um
número variável de respostas. Por exemplo, em média, a cada cinco respostas corretas, mas com uma variação em torno dessa média.
Reforço intermitente fixo de intervalo: o reforço é fornecido após
um período de tempo fixo. Por exemplo, a cada 10 minutos, o reforço é entregue. Reforço intermitente variável de intervalo: o reforço é fornecido após um período de tempo variável. Por exemplo, em média, a cada 10 minutos, mas com uma variação em torno desse intervalo médio.
Além disso, Skinner desenvolveu o conceito de modelagem, que envolve
reforçar gradualmente comportamentos que se aproximam do comportamento desejado, levando ao desenvolvimento de comportamentos complexos.
O processo de modelagem envolve as seguintes etapas:
Identificação do comportamento-alvo: O primeiro passo é
determinar o comportamento final desejado. Isso envolve especificar claramente o que se espera que o organismo realize.
Análise das respostas existentes: O comportamento inicial do
organismo é observado e analisado para identificar qualquer resposta que se assemelhe, mesmo que vagamente, ao comportamento-alvo. Essas respostas são chamadas de respostas topográficas.
Reforço de respostas aproximadas: O próximo passo é reforçar as
respostas que se aproximam do comportamento-alvo. A cada etapa, são selecionadas as respostas que estão mais próximas do comportamento desejado e são recompensadas para incentivar sua repetição.
Modelagem gradual: O processo de reforço é repetido
continuamente, gradualmente aumentando os critérios para obter o reforço. Isso significa que as respostas precisam se tornar cada vez mais próximas do comportamento-alvo para serem recompensadas. Com o tempo, o comportamento desejado é alcançado por meio de pequenos passos sucessivos.
Generalização e manutenção: Uma vez que o comportamento-
alvo tenha sido alcançado, o organismo é incentivado a generalizá-lo para diferentes contextos e mantê-lo ao longo do tempo. Isso é alcançado por meio do reforço contínuo do comportamento e da exposição a diferentes situações em que o comportamento deve ser exibido.
Para Skinner, o reforço intermitente pode ser aplicado durante o processo de
modelagem, proporcionando reforço para as aproximações progressivas do comportamento desejado. Isso significa que, em vez de reforçar cada pequena etapa do comportamento, o reforço é fornecido apenas ocasionalmente, quando o indivíduo se aproxima mais do comportamento final. Essa abordagem ajuda a fortalecer e consolidar as etapas intermediárias e promove o progresso contínuo em direção ao comportamento desejado.
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