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Níveis de Seleção do Comportamento

• Filogênese
Compreende o efeito da seleção natural sobre os organismos, e trata do que é comum aos
membros da espécie, a partir de sua dotação genética e biológica

• Ontogênese
Compreende os efeitos do condicionamento operante, ou seja, como o repertório
comportamental de cada pessoa se molda a partir de suas experiências de aprendizagem ao
longo da vida

• Sociocultural:
Compreende de como o indivíduo é influenciado pelo ambiente social a que pertence: as
influências culturais e ambientais sobre seu desenvolvimento pessoal
AMBIENTE Relação COMPORTAMENTO
Funcional

• Variável Independente • Variável Dependente


• Público • Topografia
• Privado • Função
• Antecedente/Consequência
A função diz respeito aos efeitos produzidos
A topografia diz respeito a pelo comportamento no ambiente, ou seja, às
forma/estrutura do comportamento, modificações que produzimos no nosso
grupo de respostas. ambiente quando nos comportamos – Classe
funcional dessas respostas
Um comportamento estranho jamais é dito 'patológico', pelo analista comportamental; se ele
ocorre é porque de alguma maneira ele é funcional, tem um valor de sobrevivência. Fazer
uma análise funcional é identificar o valor de sobrevivência de determinado comportamento.

Por exemplo: o comportamento de autoagressão não é considerado como manifestação de um


processo psicótico, é sim, um conjunto de respostas que permitem o acesso, pelo indivíduo, a
consequências importantes para ele: consequências sensoriais, consequências sociais,
consequências como bens tangíveis, ou consequências como a evitação de eventos
desagradáveis.
Comportamento e suas causas
• Explicações causais lineares, simples e unidirecionais não nos fornece explicações
confiáveis e plausibilidade para entender o fenômeno.
• Ex: Maria comeu chocolate porquê estava ansiosa.
• Tal explicação é superficial, circular e prevê mecanicamente uma entidade interna
causadora (ansiedade).
• Para entendermos a função do comportamento, devemos identificar as variáveis
controladoras que emite e mantém o comportamento em questão, assim como sua
história de aprendizagem e seleção, sem a necessidade de atribuir entidades
mentais como responsáveis pela presença do comportamento.
• Relação entre as variáveis independentes (Antecedente e Consequência) e variáveis
dependentes (Comportamento)
As explicações causais são dadas em termos de relações
interativas entre o indivíduo e o ambiente (antecedentes e
consequentes à emissão da resposta).

Não há um evento único ou uma causa que produza linear e


diretamente um efeito, mas relações funcionais, de maneira
que o comportamento é considerado uma variável
dependente em relação aos eventos ambientais, os quais
seriam variáveis independentes.

Não há comportamento sem ambiente e vice-versa. Conclui-


se daí que o comportamento é função de condições
ambientais.

Não é necessário que os acontecimentos sejam contíguos


(próximos) no espaço e no tempo, mas, que sejam
contingentes, isto é, que exista uma relação de dependência
entre o comportamento e as variáveis ambientais que o
controlam e a probabilidade de ocorrência do
comportamento no futuro é determinada pelas condições
contextuais e consequências produzidas pelo
comportamento
Os comportamentos respondentes (ou
reflexos) são aqueles que envolvem uma
relação organismo-ambiente em que uma
resposta (mudança no organismo) é
eliciada/provocada por um estímulo
antecedente (mudança em parte do
ambiente).

O paradigma que representa a contingência


respondente é S → R, enfatizando-se que as
respostas respondentes são controladas por
seu(s) antecedente(s).
Condicionamento Clássico ou Respondente
Comportamento Operante

Operante é o comportamento que opera no ambiente


produzindo consequências (modificações no
ambiente), as quais, por sua vez, afetam a
probabilidade de ocorrência futura do
comportamento. Assim, os operantes são definidos
pelas consequências que produzem, e são elas que
determinarão se o comportamento voltará a ocorrer
ou se ocorrerá em maior ou menor frequência.
Reforço e Punição

Aumento da probabilidade desse


Reforçador comportamento ser repetido
Estímulo Causador → Comportamento → Consequência

Punitiva/ Redução da probabilidade desse


Aversiva comportamento ser repetido

Qual é o estímulo?
Qual foi o comportamento?
Qual foi a consequência?

Por que determinado estímulo levou a determinado comportamento?


Por que determinada consequência levou a tal percepção?
Identificação das Contingências

Avalição dos estímulos


Avaliação dos comportamentos
Avaliação das consequências

Reforçar comportamentos que levam a consequências desejadas,


assim obteremos maior repetição desse comportamento.
Aspecto cognitivo e experiencial (significado)

Identificação dos sentimentos, pensamentos e crenças

Compreensão dos aspectos que me constituem como indivíduo

O que é real e o que é distorção?

Eu sou ou eu estou?

Reflexão a partir dos estímulos, resposta, consequências e resultados


Sd: Aumentam a probabilidade de uma resposta ocorrer porque
foram associadas à consequência.

Sdelta: Diminuem a probabilidade de uma resposta ocorrer porque


foram associadas à ausência da consequência
"existe uma grande variedade de reforçadores. ... Alguns parecem ser eficazes na primeira
experiência que o organismo tem com eles. Outros adquirem suas propriedades
reforçadoras durante a vida do organismo.“
Catania (1998)

"nenhuma propriedade física comum permite-nos identificar reforçadores


independentemente de seus efeitos sobre o comportamento...reforçadores não podem ser
definidos independentemente das respostas que reforçam.”
Catania (1998)

Tal questão é relevante pois, refere-se à efetividade de um estímulo reforçador ser


dependente da relação por ele estabelecida com a resposta que o antecede.
Além disso, a compreensão da noção de operante envolve o suposto de que os comportamentos tendem a ser
selecionados e mantidos independentemente de o indivíduo que se comporta ter conhecimento verbal (ou
consciência) do que seja a causa da emissão de suas respostas.

Skinner (1969/1980) indicou que "raramente um sujeito pode descrever exatamente o modo pelo qual realmente
foi reforçado. Mesmo quando foi treinado a identificar algumas poucas contingências simples, ele então não será
capaz de descrever uma nova contingência, particularmente quando ela for complexa"
Operações Motivadoras:
Altera a eficácia de eventos consequentes que funcionam como reforçadores ou punidores (denominados
efeito estabelecedor de reforçadores )

Altera a frequência de respostas que foram associadas a essas consequências no passado (denominada efeito
evocativo).

Operações Estabelecedoras X Operações Abolidoras

Duas propriedades principais


A primeira propriedade, denominada efeito de alteração de valor, refere-se ao efeito de um evento antecedente na
eficácia de outros estímulos que funcionam como tipos de reforço ou punição

A segunda propriedade do MO é chamada de efeito de alteração de comportamento. Um OE evoca (ou seja,


aumenta) o comportamento que foi previamente associado aos eventos que ele estabelece como reforçadores (e
vice-versa para comportamentos associados à punição), enquanto um OA diminui (ou seja, diminui) o
comportamento que foi associado aos eventos que ele abole como reforçadores (e vice-versa para comportamentos
associados à punição).
Motivação:

Objetivos Extrínsecos (Movido pelo ambiente) e Intrínsecos (Satisfação Pessoal)

Necessidade psicológica inata: Eficiência, Pertencimento e Autonomia

Objetivo e Agente do Resultado

“Mudança duradoura de comportamento não depende do cumprimento das demandas externas de


mudança (extrínseca), mas sim de aceitar a regulação da mudança como sua (Intrínseca)”!

Os motivos de perder peso têm se limitado a aspectos extrínsecos: atratividade física, autoestima social e
gratificação imediata de uma mudança no número na balança.
Oferecer uma justificativa clara para a adoção de um determinado comportamento; usar linguagem neutra
durante a comunicação interpessoal (por exemplo, "pode" e "poderia", e não "deve" ou "deve")

Reconhecer o conflito interno (padrões e hábitos usuais vs. desejo de adotar um novo comportamento);
promover oportunidades para que os participantes indiquem suas razões para mudar; explorar benefícios
percebidos e barreiras pessoais.

Promover a competência por meio da prática de habilidades necessárias à realização de tarefas específicas,
como exercícios em determinada intensidade ou leitura de rótulos de alimentos. Isso leva a adoção de habilidades
de autogestão, como automonitoramento, e gerenciamento do tempo.

Monitoramento - consciência do estado comportamental atual (controle dos escorregões - menores relapsos)

Evite julgamentos, demonstre empatia e preocupação

Dê feedback positivo. O feedback como uma recompensa verbal geralmente aumenta a motivação intrínseca
porque afirma a competência pessoal
Comportamento Governado por Regras:
Tipos e Funções das Regras

Regras são estímulos antecedentes verbais que descrevem (especificadores) contingências (estímulo
discriminativo);

Alterar a probabilidade de esse comportamento vir a ocorrer e ser mantido (Manutenção, evocação ou punição);

Alterar as funções de estímulos (transformadora de função);

Exercer suas funções independentemente das consequências imediatas produzidas pelo comportamento) (limitar a
influência das consequências imediatas)

Augmenting. Trata-se de uma transformação de funções que determina que um estímulo verbal, um objeto ou um
evento adquira um valor reforçador ou aversivo, altera as propriedades reforçadoras de um estímulo que funciona
como consequência, ou seja, aumenta ou diminui a probabilidade de tal estímulo influenciar o comportamento. Por
exemplo: “Quando estou ansioso, eu tenho mais vontade de comer doce.”
1. Identifique o comportamento de interesse
a) Verifique se você o enunciou em termos empíricos (Isto é, em termos de ações do participante).
b) Verifique a frequência de ocorrência de cada uma das ações identificadas.

2. Especifique o produto de cada uma dessas ações e o produto da classe de ações.


a) É uma condição reforçadora ou uma condição aversiva?
b) Sua ação se faz por apresentação, remoção, ou impedimento?
c) A consequência é de alta magnitude, provável, imediato?
d) Existem consequências a longo prazo? Quais?
e) Os produtos são consequências naturais ou sociais? São consequências mediadas por agentes sociais? Quem são os agentes?

3. Identifique as condições antecedentes necessárias e/ou presentes quando o comportamento ocorre.


a) Identifique as condições motivadoras.
b) Especifique os estímulos discriminativos. Existe mais de um discriminativo para um mesmo comportamento? Existe uma
classe de estímulos discriminativos?
c) Os discriminativos são circunstancias e/ou eventos físicos ou sociais?
d) Existem outros comportamento que ocorrem antes do comportamento de interesse? Sua relação com o comportamento de
interesse é de necessidade (pré-requisitos), de facilitação, ou são ocorrências acidentais?
4. Ordene os comportamentos pré-correntes (necessários e facilitadores) e os de interesse, por hierarquia (força dos
comportamentos) ou por cronologia (sequência dos comportamentos).

5. Organize suas observações em três colunas: condições antecedentes, comportamento, condições consequentes (use
como referência para a disposição das condições, cada comportamento identificado).

6. Analise o que precisaria ser feito para facilitar (ou para impedir ou dificultar, conforme o caso) a ocorrência do
comportamento?
a) Como você alteraria as condições antecedentes?
b) Como você alteraria as condições consequentes? As suas alterações implicam em operações de reforçamento ou
punição do comportamento de interesse? Implicam em reforçamento de comportamentos incompatíveis?
EMOÇÃO

• O que é emoção?

• Função

• Dimensão psicofisiológica da emoção

• Correlatos Neurais da Emoção

• Comer Emocional
“Sua definição ou nomeação advém da discriminação verbal das condições corporais presentes no momento e da
relação de contingência entre a presença de tais estímulos (públicos e privados) e a emissão de operantes
anteriormente selecionados.”

“Na análise do comportamento, termos como emoção, sentimentos, fenômeno emocional, resposta emocional e
evento de sentir são empregados como referência a alterações em condições corporais e ações ou predisposições
relacionadas à ocorrências de tais reações orgânicas.”

A definição de resposta emocional, envolvendo a noção de predisposições, está relacionada com o conceito de
operações estabelecedoras, pois as condições da emoção alteram a probabilidade de toda uma classe de reposta.

Emoções funcionam como uma interação respondente(referentes às alterações nas condições corporais a partir do
contato com um estímulo eliciador) -operante(referentes à nomeação do que é sentido e à predisposição para a ação,
compreendidas por meio da noção de seleção por reforçamento).
Lisa Barrett
“Um cérebro não evoluiu para racionalidade, felicidade ou percepção precisa. Todos os cérebros realizam a
mesma tarefa central: garantir com eficiência os recursos para os sistemas fisiológicos dentro do corpo de
um animal (ou seja, seu meio interno) para que um animal possa crescer, sobreviver e se reproduzir –
Alostase”
Estados afetivos:

Agradável / desagradável (também conhecido como valência hedônica)

Excitação / subjugação (excitação)

Tensão / relaxamento (intensidade)


Teoria da Emoção Construída

• Estado afetivo central que dá origem aos sentimentos de desprazer (ou prazer) e ativação (ou
desativação) que resulta de muitas fontes, incluindo avaliações automáticas contínuas ou
avaliações primárias do mundo.

• A maneira como as pessoas conceituam seu estado afetivo dependerá do conhecimento


sobre a emoção que eles trazem ao categorizá-la.

• O conhecimento sobre a emoção é dependentes do contexto, representadas por funções


sensoriais, visceral, motoras e conduzida pela linguagem emocional.
Emoções Básicas:
• Raiva
• Desgosto
• Medo
• Felicidade
• Tristeza
• Surpresa
• Desprezo*
Emoções: são substâncias químicas liberadas em resposta à nossa interpretação de um gatilho
específico, ou seja, respostas afetivas de curto prazo a estímulos (mais rápido)

Sentimentos: acontecem quando começamos a integrar a emoção, a pensar sobre ela, para
"deixá-la penetrar“, ou seja, a percepção consciente das emoções (perduram por mais tempo).

Humor: caracterizado pela excitação psicológica na ausência de estímulos óbvios, não


vinculados a um incidente específico, mas a uma coleção de informações, que podem durar vários
minutos ou mais e sem influenciados por diversos fatores (ambientais, sociais, fisiológicos e
mentais).
• Para um cérebro regular efetivamente seu corpo no mundo, ele executa um modelo interno desse corpo no
mundo - 'simulação incorporada’ - o cérebro modela o mundo da perspectiva das necessidades fisiológicas de
seu corpo

• Simulação com base nos estímulos, ao invés de estimulo-resposta, o cérebro prevê, simula e constrói a
percepção no mundo.

• O cérebro implementa seu modelo interno com 'conceitos’ (predição) que 'categorizam’ (previsão concluída) as
sensações para dar-lhes significado, mantendo a regulação fisiológica, orientam a ação e constroem a
percepção.

• O significado não desencadeia uma ação, mas resulta dela, e a percepção segue (e é dependente) da ação, e não o
contrário.

• O cérebro usa conceitos de emoção para categorizar sensações (com base nas experiências anteriores) para
construir uma instância de emoção - constrói significado antecipando (predizendo e ajustando) corretamente as
sensações que chegam.
EMOÇÃO É FUNÇÃO!
Palmini (2004) indicou que o que determina “a direção da tomada de decisões não seria ... o conhecimento
teórico de quais consequências poderiam decorrer de uma decisão num ou noutro sentido, mas sim o que o
indivíduo sentiria se, de sua decisão, decorresse tal ou qual consequência”

Damásio (1996) concluiu que “os sentimentos, juntamente com as emoções que os originam, não são um
luxo. Servem de guias internos e ajudam-nos a comunicar aos outros sinais que também os podem guiar”

Skinner (1977): “desde que muitos eventos que devem ser levados em conta ao se explicar o comportamento
estão associados a estados corporais que podem ser sentidos, o que é sentido pode servir como uma pista para
as contingências”
Funções da Emoção

1) Meio de comunicação para informar as demais pessoas como o indivíduo está se


sentindo, bem como, para auxiliar na interação do indivíduo com os demais;

2) Comunicar a própria pessoa como ela está se sentindo, assim como, sinalizar indicativos
de ameaça ou desconforto emocional (isto é, alertar a si mesmo); e

3) Motivar o indivíduo a agir

(Koons, 2016; Linehan, 2018); https://comportese.com/2021/03/04/o-valor-das-emocoes/


Cérebro pode ser pensado como executando um modelo interno que controla geradores de padrões centrais a
serviço da alostase - modelo esse executado em experiências anteriores, implementadas como conceitos - conceito
é uma coleção de representações corporais de todo o cérebro que predizem o que está para acontecer no ambiente
sensorial, qual é a melhor ação para lidar com eventos iminentes e suas consequências para a alostase.

Mudar os ingredientes que o cérebro utiliza para criar as emoções, poderá mudar a experiência emocional.

Mudar a previsão – arquiteto da nossa própria experiência

Reavaliação e instrumentalização das respostas emocionais

As emoções são construções do mundo, não reações a ele. As emoções são simulações criadas pelo cérebro
Da mesma forma que a presença de condicionamento respondente pode interferir na emissão de um operante, a
eliciação de respondentes emocionais pode ser função de estímulos ambientais consequentes à emissão de um
operante pelo próprio indivíduo. Neste sentido, as alterações nas condições corporais eliciadas por estímulos que
ocorrem em consequência à emissão de um operante são tidas como efeitos colaterais ou subprodutos da
contingência operante.
• Festa, alimentos calóricos/palatáveis (EA), serve como (Sd1) comer alimentos
calóricos na frente das pessoas (R1), alimento muito saboroso (EC) é (SR),
porém as pessoas comentam o fato de você está comendo alimentos calóricos
sendo nutricionista (EAv) e a relação entre R1 e EC é SR (+) e (EAv). EC
exerce função eliciadora (SE1), resultando em alterações na respostas
fisiológicas relacionadas a prazer, aflição e ansiedade (R2). A relação entre
(SE1) e (R2) pode ficar condicionada ao (EA), ocupando a função de (SE2)
identificada verbalmente como motivação comer diante da presença de
alimentos palatáveis e aflição social, provocando as mudanças nas condições
fisiológicas corporais (R2), e assumindo função discriminativa (Sd2) para (R1)
aumentando a ingestão de alimentos calóricos.
A emissão de operantes não apenas participa do quadro que caracteriza uma resposta como emocional, como
também representa um possível caminho para sua ocorrência e, além disso, para sua alteração, pois, na medida
em que um novo operante é seguido por um estímulo consequente diferente, é esperado que respostas
emocionais também diferentes acompanhem a relação de contingência.

Por exemplo: Inicialmente o consumo de alimentos calóricos (R1, SE1) produzia consequências reforçadores e
eliciava respostas emocionais ambíguas (reforçadoras e aversivas, EC e SE1), vergonha, culpa, alívio e
gratificação (R2, SD2). Na medida que ocorria sua reprodução as emoções eliciadas (SD2 e R2) produzidas
pelo operante comer (R1, SE2), evocaram outros operantes (R3) (vomitar e tomar laxantes), para os quais
produziram outras consequências (EC2, SE2) gerando novos eliciadores (alivio e leveza (R2, SD2/R4, SD3)),
modificando então, a forma de enfretamento do padrão anterior.
CÉREBRO EMOCIONAL
IDENTIFICAÇÃO DOS SINAIS DE FOME E
APRENDIZADO DE CONSUMO

Estímulo do ambiente: Visão, olfato, paladar e pensamentos de comida

Estados de fome – avaliação subjetiva

Fome (estado fisiológico que corresponde a identificação de deficiência energética) x Apetite (desejo –
volição)

Mudanças no estado interno (mudanças fisiológicas que podem denotar falta de


energia/alterações afetivas) e ambientais (estímulos do meio que podem sinalizar obtenção de
alimentos) → desencadeiam a intenção de abordagem
R.J. Stevenson et al. Appetite (2015)
IDENTIFICAÇÃO DOS SINAIS DE FOME E
APRENDIZADO DE CONSUMO

• Comer em excesso pode ser devido a “uma perturbação da fome e do apetite” - condicionamento do
apetite a fatores não nutricionais associados a alimentação:
- Estímulos, Aprendizado Social, Regulação Emocional e Regulação Cognitiva

• Teoria da externalidade - Insensibilidade ao estado interno de fome e saciedade e maior sensibilidade


a dicas externas (reatividade ao ambiente)

• Regulação emocional - comer para reduzir desconforto – experiência emocional pessoal marcada
pelo envolvimento com alimentos

Stroebe, W. et al, (2013). Psychological Review


• 60% da variação no autocontrole é devido à variação genética entre os
indivíduos da população.

• Comportamento parental, violência familiar na infância, Exposição precoce ao


estresse pré e pós natal, fatores socioeconômicos, culturais e interação social

• predisposição para baixo autocontrole pode apresentar maior dificuldade com a


regulação de pensamentos, comportamentos e impulsos comparado com um
indivíduo com uma predisposição genética para alto autocontrole.
Adiar a gratificação por mais tempo aos 4 anos de idade estava associado a ter um IMC mais baixo
aproximadamente 30 anos depois.

O desempenho na tarefa de atraso da gratificação é considerado um reflexo do controle cognitivo (ou seja,
função executiva), que permite às pessoas suprimir a atenção e inibir respostas a informações irrelevantes
a serviço de uma meta desejada
O que são?
Definição (DSM-5): Os transtornos alimentares são caracterizados por
uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento
relacionado à alimentação que resulta em prejuízo físicos e mentais ao
indivíduo.
Quais tipos de Transtornos Alimentares Existem?
DSM-5

• Transtorno de Compulsão alimentar periódica (TCAP): onde o indivíduo ingere


uma grande quantidade em um curto período de tempo.

• Anorexia Nervosa: onde o indivíduo afetado tem um medo intenso e anormal de


ganhar peso, restringindo a alimentação e realizando exercícios físicos excessivos
como forma obsessiva para controlar o peso.

• Bulimia Nervosa: onde o indivíduo apresenta ingestão incontrolável de alimento


em um determinado período de tempo (compulsão alimentar) e tenta se livrar da
comida por meios purgativos e compensatórios (vômitos, laxantes, exercício físico,
jejum).
Quais tipos de Transtornos Alimentares Existem?
DSM-5

• Transtorno de Ruminação: onde o indivíduo regurgita repetidas vezes os


alimentos, que podem ser mastigados, engolidos novamente ou cuspidos.

• Transtorno Alimentar Evitativo/Restritivo: onde o indivíduo apresenta


falta de interesse seletiva ou total na ingestão de alimentos, evitando-os com
base nas suas características sensoriais ou preocupação com as consequências
aversivas da alimentação, que impede a pessoa de atender às necessidades
nutricionais de energia.

• Outros: Transtorno de pica


Comorbidades psiquiátricas que
acompanham os Transtornos Alimentares
• Depressão
• Distorção de imagem (transtorno dismórfico corporal)
• Transtorno de ansiedade
• Transtorno obsessivo-compulsivo
• Abuso de substâncias
• Transtornos de déficit de atenção e hiperatividade
• Transtornos de personalidade
Causas:
Multifatorial!!!
• Genético – anormalidades hormonais e neuroquímicas
• Biológico – autopercepção (componentes emocionais e psicológicos como
distorção de imagem, perfeccionismo, pessimismo, impulsividade,
comportamentos compensatórios, baixa resiliência ao estresse e rigidez cognitiva)
• Experiência pessoal – negligência emocional, abusos sexuais, traumas, etc.
• Ambiental – exposição a fatores estressantes, mídias sociais que propagam
estereótipo de beleza e produtos que facilitem o alcance desse estereótipo
• Sociocultural – pressão e rejeição social, estereótipo corporal, enaltecimento dos
padrões de magreza, incitação de um determinado padrão corporal como
adequado e repúdio contra pessoas que não atendam o padrão e comentários
desmoralizantes e perigosos para quem apresenta o transtorno.
Estatísticas de transtornos alimentares em todo o mundo

• A prevalência global de transtorno alimentar aumentou de 3,4% para 7,8% entre 2000 e 2018.
• Em todo o mundo, cerca de 70 milhões de pessoas têm transtorno alimentar. Isso inclui 5,5 milhões de pessoas
da América, quase 3 milhões de pessoas do Reino Unido e mais de 900.000 pessoas da Austrália têm um
transtorno alimentar
• Prevalência geral de transtornos alimentares ao longo da vida foi estimada em 8,60% entre as mulheres e
4,07% entre os homens.
• Até 97% das pessoas com transtorno alimentar têm outra condição psiquiátrica comórbida.
• 30% das pessoas com transtorno alimentar terão passado por uma experiência traumática grave.
• 28-74% do risco de transtornos alimentares é por meio da herdabilidade genética.
• Os genes podem ser mais importantes do que o ambiente na determinação de um transtorno alimentar,
onde alguns estudos encontraram genes que explicam 60% da variação no início do transtorno
alimentar.
https://anad.org/get-informed/about-eating-disorders/eating-disorders-
statistics/
https://www.singlecare.com/blog/news/eating-disorder-statistics/
https://breakbingeeating.com/eating-disorder-statistics/
ANOREXIA

• Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando a um peso corporal significativamente


baixo no contexto de idade, gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física.

• Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento persistente que interfere no ganho de peso,
mesmo estando com peso significativamente baixo.

• Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal são vivenciados, influência indevida do peso
ou da forma corporal na autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento da gravidade do baixo peso
corporal atual.

• Tipo restritivo: Durante os últimos três meses, o indivíduo não se envolveu em episódios recorrentes de
compulsão alimentar ou comportamento purgativo (i.e., vômitos autoinduzidos ou uso indevido de laxantes,
diuréticos ou enemas). Esse subtipo descreve apresentações nas quais a perda de peso seja conseguida
essencialmente por meio de dieta, jejum e/ou exercício excessivo.

• Tipo compulsão alimentar purgativa: Nos últimos três meses, o indivíduo se envolveu em episódios
recorrentes de compulsão alimentar purgativa (i.e., vômitos autoinduzidos ou uso indevido de laxantes,
diuréticos ou enemas).
BULIMIA
O episódio de compulsão alimentar é caracterizado pelos seguintes aspectos:
• 1. Ingestão, em um período de tempo determinado (p. ex., dentro de cada período de duas horas), de uma
quantidade de alimento definitivamente maior do que a maioria dos indivíduos consumiria no mesmo período
sob circunstâncias semelhantes.
• 2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio (p. ex., sentimento de não conseguir parar
de comer ou controlar o que e o quanto se está ingerindo).

Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a fim de impedir o ganho de peso, como vômitos
autoinduzidos; uso indevido de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; jejum; ou exercício em excesso.

A compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios inapropriados ocorrem, em média, no mínimo uma


vez por semana durante três meses
A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelo peso corporais.

• Gravidade:
Leve: 1 a 3 episódios de compulsão alimentar por semana.
Moderada: 4 a 7 episódios de compulsão alimentar por semana.
Grave: 8 a 13 episódios de compulsão alimentar por semana.
Extrema: 14 ou mais episódios de compulsão alimentar por semana.
TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA (TCAP)

DSM-5
• Lanches contínuos em pequenas quantidades de alimento ao longo do dia não seriam considerados
compulsão alimentar

• O tipo de alimento consumido durante episódios de compulsão alimentar varia tanto entre diferentes
pessoas quanto em um mesmo indivíduo, sendo caracterizada mais por uma anormalidade na
quantidade de alimento consumida que pela fissura por um nutriente específico.

• O transtorno de compulsão alimentar ocorre em indivíduos de peso normal ou com sobrepeso e obesos,
sendo distinto da obesidade.

• A maioria dos indivíduos obesos não se envolve em compulsão alimentar recorrente.

• No entanto, o transtorno pode estar associado também a um risco maior de ganho de peso e
desenvolvimento de obesidade.

• Resumindo: Nem todo obeso tem TCAP, mas indivíduos com TCAP PODEM apresentar maior risco de
desenvolver obesidade.
VOCÊ RESTRINGE O QUE É NECESSÁRIO OU SE PRIVA DO
QUE GOSTA?
Restrição Calórica ou Punição Afetiva?

Desafio:

Vou me privar do alimento que mais possui valor


afetivo para alcançar meu objetivo.

Não se trata de coerência, mas de dor (no pain, no loss)

Dor

Resultado
Paradoxo do “dieters”
• Efeito halo
• Saudável
• Permissível
• Irrestrito (isento de calorias)
• Quanto mais saudável for, mais eu posso comer
• Rótulo com ingredientes com baixo teor de gordura estimula mais consumo porque leva
à subestimação de calorias

• Rótulo exposto baixa caloria aumenta a quantidade consumida em comparação com um


rótulo de alto teor calórico

• Maior ativação das regiões insular (maior reação emocional em tomada de decisão com
alimentos) e putâmen (recompensa - motivação) em obesos quando expostos a rótulos
“light” e “fit”, alterando seu julgamento nas escolhas e aumentando seu consumo
• Rotular lanches como baixo teor de gordura aumenta a
ingestão de alimentos durante uma ocasião de consumo
único em até 50%.

• Para pessoas com peso normal, a rotulagem com baixo


teor de gordura aumenta o consumo de alimentos que se
acredita serem relativamente saudável.

• Para pessoas com sobrepeso, a rotulagem com baixo teor


de gordura aumenta o consumo de todos os alimentos.
380kcal
620Kcal Para os dois 140Kcal
grupos
Comer Emocional

• “Comer Emocional” "vácuo explicativo”

• Justificativas e narrativas enganosas - viés cognitivo - eu como porque sou ansioso -


vácuo explicativo

Invertido - meu comportamento alimentar inadequado associado a minha falta de


controle me causam sentimento ansiogênico - eu como porque sou ansioso ou minha
insatisfação com meu comportamento alimentar me levam a me sentir ansioso?

• A Narrativa é condizente com que precede a ação ou o sentimento sucede o ato?


Comer Emocional

• Nosso comportamento, incluindo escolhas relacionados à alimentação, são os resultado


de processos inconscientes que envolvem pouca deliberação consciente

• Prazer com o resultado da ação, associada a necessidade de justificava (estava estressado)

• Condicionamento ou Associação

Adriaanse et al. 2011; 2016


• Condicionamento apetitivo: ambas as condições (CS+ e CS-), os participantes
aprenderam com sucesso esperar e desejar alimentos quando confrontado com
CS+, enquanto não esperavam e desejavam alimentos enquanto confrontado com o
CS−.

• Contrariamente às expectativas, este efeito sobre expectativas e desejos não foi


mais pronunciado na condição humor negativo, significando que o
condicionamento apetitivo usando humor emocional como CS+ não foi mais forte,
mais rápido ou mais fácil do que o condicionamento usando pistas de humor
neutras como CS+.
• O efeito do humor negativo tornou mais suscetível as respostas (desejo, expectativa) dos
indivíduos quando eram expostos as pistas condicionadas aos alimentos.

• O estado de humor não está inerentemente relacionado ao ato de comer, mas pode facilitar o
comportamento respondente (ocasião/OM) conforme o estímulo condicionado, caso esse
esteja relacionado com a representação emocional em questão.
Percepção X Ação
Correspondência
Afeto Negativo leva ao ato de comer ou comer leva ao Afeto Negativo? (Machte
Mueller, 2007)

Não confiabilidade dos autorrelatos: Subnotificação, Subestimação ou


superestimação da influência das emoções.(Devonport, TJ, Nicholls, W., & Fullerton, C., 2017)
Comedores emocionais auto identificados não comem mais do que comedores não
emocionais seguindo da indução experimental de humor. (Evers et al.,2009)
TPM e DOCE: COMPORTAMENTO APRENDIDO
(CONDICIONAMENTO)
• Quando o consumo de chocolate era realizado após estar cheio, o desejo por chocolate
diminuía em “cravers”.
• Consumo de alimentos mais calórico durante situações de “fome”, pode acarretar na
preferência desses alimentos nessas condições
• Quase 50% das mulheres americanas anseiam por
chocolate, especificamente no início da menstruação.

• Mulheres nascidas de pais nascidos nos EUA (32,7%)

• Mulheres estrangeiras eram significativamente menos


propensas a endossar o desejo menstrual de chocolate
(17,3%)

• Apenas 6% das mulheres egípcias alegam o desejo por


chocolate

• Apenas 28% das mulheres espanholas sentem cravings


menstruais
• Estado de raiva/estresse relacionado a “fome”.

• Instâncias de emoção e outros eventos mentais ocorrem quando o cérebro usa experiências
anteriores e categoriza o conhecimento para conceituar ou prever o significado das representações
afetivas do corpo.

• Indivíduos famintos podem construir qualquer estado emocional negativo e de alta excitação,
como sentir-se irritado, estressado e assim por diante, dependendo de como o contexto orienta tais
conceituações para isso.

• Contexto, exposição prévia, história de aprendizagem (modelagem e regras) e sociocultural


(modelação).
• Conflito de Objetivos: O que eu quero agora (alimento palatável) vs
meu objetivo (manter-se na dieta)

• Indivíduos em dieta por mais tempo possuem maior dificuldade em


lidar com as sugestões alimentares no longo prazo.

• Viés de Atenção: pré-ativação (exposição as sugestões) diminui a


atenção ao objetivo de dieta.

• No estágio inicial do planejamento possuem maior resistência as


sugestões.
Teoria da Externalidade
• A teoria da externalidade da obesidade de Schachter.

• Essa teoria afirma que as pessoas obesas são mais reativas a estímulos
externos para comer e menos sensíveis a sinais internos de fome e
saciedade do que suas contrapartes magras

Efeito Priming
• Priming refere-se a ativar a representação mental de um objetivo ou outro construto
significativo por meio de sugestões externas sutis (por exemplo, palavras, imagens ou
comportamento de outras pessoas) que podem afetar os processos cognitivos e o
comportamento subsequentes.
• “Dieters” restritos pré-expostos a uma sugestão
alimentar congruente com a dieta (laranja)
consumiu menos calorias no lanche, do que após
ser exposto a um sugestão tentadora de
incongruente na dieta (chocolate).

• Ativação de metas de dieta em “dieters” lembrou


sutilmente de seu objetivo para perda de peso.
• Recebimentos de panfletos antes de entrar no mercado com orientações sobre
saúde e alimentação ou neutro
Em comparação com a condição neutra, 48,6% dos
participantes consumiram mais calorias na condição de
sugestão alimentar e 50,7% consumiram mais calorias
na condição de estresse em relação à condição neutra.
Treinamento de Conscientização do Apetite Infantil (CAAT: para abordar os sinais internos) é desenvolver
maior sensibilidade aos sinais de fome e saciedade, e usar essa sensibilidade para orientar o comportamento
alimentar.

Pais e filhos são ensinados a monitorar sua fome em uma escala de 1 a 5, e a comer quando estiver
fisicamente com fome, mas parar antes de ficar muito cheio.

No Cue Exposure Treatment for Food (CET-Food; para abordar pistas externas), O CET-Food deve diminuir a
reatividade aos estímulos, o que pode levar a uma diminuição na alimentação em resposta aos estímulos
alimentares.

Crianças e pais são ensinados a monitorar os desejos em uma escala de 1 a 5 enquanto expostos a alimentos
altamente palatáveis, a resistir a comer em resposta a desejos e a tolerar o desejo sentimentos ao longo do
tempo.
• Influência das conexões sociais e obesidade
• Acompanhamento ~ 32anos
• 12 mil pessoas
• Resultados:
• As chances de uma pessoa se tornar obesa aumentaram 57% se ele ou ela tiver um amigo com
pouca proximidade obeso.

• Entre amigos com alta proximidade sendo uma das partes obesa, o risco de obesidade
aumentou 171% para o outro indivíduo.

• Se um irmão se tornar obeso, a chance de o outro ficar obeso aumentou em 40%

• E se um dos cônjuges ficou obeso, a probabilidade de que o outro cônjuge torne-se obeso
aumentou em 37%.
• Frequentemente percebidos (sem evidências) como preguiçosos, gulosos, sem força de
vontade e autodisciplina

• Vulneráveis a estigma e à discriminação no local de trabalho, educação, serviços de saúde


e na sociedade em geral.

• O estigma de peso pode causar danos consideráveis ​aos indivíduos afetados, incluindo
consequências físicas e psicológicas

• Prevalência de discriminação de peso é de 19–42%, com taxas mais altas entre aqueles
com maior IMC e entre as mulheres em comparação com os homens
CULPA E PURGAÇÃO

Estou em dieta (tudo ou nada/ não posso errar) →


Comi algo fora do planejamento ou excedi a quantidade (alimentos proibidos ou
exageros compensatórios) →
me sinto culpado ou pensamento permissivo (já saí, que se dane) →
comer tudo que vê pela frente para se livrar do desconforto emocional (reforço
negativo) →
desistência do planejamento e pensamento de incapacidade/dissonância
cognitiva.
• Com culpa: Não foram bem sucedido • Sem culpa: Foram bem sucedido na
na perda de Peso. perda de Peso.
CULPA E PURGAÇÃO

• Atribuição de culpa diante da sensação de incapacidade.


• Sempre com pensamento catastrófico de que fez tudo errado.
• Não merecedor por ser errante.
• Sempre te a sensação de falta de controle e responsável por tudo de ruim que
acontece.
• Se purga para ter a sensação de controle e que está fazendo algo para se redimir
• Comer em razão da culpa é uma maneira de reforçar a sua percepção de
incapacidade, onde a comida se torna o tamponante da frustração resultante dessa
sensação.
• Resultado: o comportamento é reforçado (reforço negativo) através da remediação
pela comida, somado a atribuição de fracasso.
AUTOSSABOTAGEM

• Estímulo ambiental (buscar mudança) → resposta (não reage a mudança)


→ consequência (discurso para justificar a inércia)

• Adivinhação (não vai dar certo) – age de acordo para confirmar para
validar o pensamento que antecedente.
Identificação dos Pensamentos Sabotadores
• Pensamentos sabotadores: Quais são?

• Senso de injustiça: por que me sinto menos privilegiado? Isso implica que sou inferior?

• Procrastinação: “depois eu faço”, por que eu procrastino?

• Por que eu quero fazer dieta?

• Você sente culpa ao comer certo alimentos? Quais alimentos e seus significados?

• Quais meus pensamentos e sentimentos sempre quando “saio do plano”?

• Pensamento dicotômico: 8 ou 80
Indivíduos com maior peso tinham uma alta desinibição e baixa
restrição, enquanto aqueles indivíduos que expressaram uma alta
desinibição e alta restrição tinham IMC menor

Forte associação positiva entre desinibição e IMC atual, com uma


diferença substancial de 15,2 kg de peso

A restrição alimentar moderou a associação da desinibição com o


ganho de peso

Nesse caso, a restrição alimentar é benéfica na prevenção do ganho de


peso em todos os indivíduos, inclusive naqueles com altos níveis de
desinibição
PENSAMENTOS CATASTRÓFICO
Pensamentos e sentimentos - movidos pelo está interno e externo - que precede o ato de
comer

Pensamentos sabotadores - comportamento disfuncional

Pensamento proibitivo - não posso, não devo, não é permitido

Transbordamento comportamental permissivo ou compensatório - saí da dieta, agora


continuarei a chutar o balde. Amanhã eu compenso.

Dicotomia – 8 ou 80

Pensamento de que não é capaz ou não ser para isso


A intensidade extrema de um estímulo aversivo pode ser tomada como emocional, o que
dificulta a separação entre função discriminativa e eliciadora.

“Seria como se os estímulos discriminativos, que antecipam o reforçamento positivo,


produzissem ... uma ‘agradável e alegre antecipação’; aqueles que antecipam reforçamento
negativo causariam uma ‘desagradável antecipação de medo ou ansiedade’”.

É possível considerar que respostas emocionais condicionadas a uma dada situação adquirem
função discriminativa, tendo em vista que passam a estabelecer a ocasião em que uma resposta
operante será reforçada, sinalizando consequências ambientais semelhantes às envolvidas em
seu condicionamento.

As emoções podem assumir papel de respondente para o qual foi eliciado por um estímulo
antecedente ou consequente, discriminativo, operação estabelecedora e reforçador/punitivo.
Sistema Dual: Sistema 1 e 2
Tipos simples e filogeneticamente antigos de comportamento
motivado, como a retirada reflexiva da dor ou a evitação
aprendida de contextos relacionados à dor, são dinamicamente
moldados por redes complexas e hierarquicamente organizadas
de conexões de feedforward e feedback que servem integrar
cálculos 'emocionais' (por exemplo, valor, risco) e 'cognitivos'
(por exemplo, erro de previsão, alocação de atenção, seleção de
ação) de maneiras que apoiem o comportamento adaptativo
• Fluência Verbal
• Autorregulação
• Organização
• Inibição
• Controle de interferência/Atenção
• Memória de trabalho
• Flexibilidade cognitiva
• Planejamento
• Atualização
• Monitoramento
• Tomada de Decisão
Autocontrole

• Um aspecto do controle inibitório, é a capacidade de regular as emoções, pensamentos e


comportamento de alguém diante de tentações e impulsos

• Processo cognitivo necessário para autorregulação comportamental a fim de atingir objetivos


específicos.

• Diminui com tarefas que exigem alto desempenho cognitivo.

• Motivação retarda a depleção do autocontrole (recompensa por desempenhar determinada


tarefa, mesmo que exaustiva).

• O uso frequente do autocontrole aumenta sua efetividade, tornando cada vez mais
aprimorado, menos vulnerável ao esgotamento e transferível para outras tarefas.
O autocontrole de traços prediz o sucesso na perda de peso. Os indivíduos com alto nível de
autocontrole disposicional perderam uma proporção maior do peso corporal do que aqueles com níveis
mais baixos da característica.

Durante o programa de perda de peso, os participantes com alto autocontrole compareceram a mais
reuniões e queimaram um pouco mais calorias por meio de exercícios do que aqueles com baixo
autocontrole.
Jovens com habilidades de controle cognitivo e emocional aprimoradas são melhores em inibir as
características cognitivas e emocionais gratificantes dos salgadinhos, e que os jovens com maior
capacidade de memória operacional podem manter metas saudáveis ​"on-line" em face da motivação
competitiva comer salgadinhos.

A promoção de habilidades pode ser feito fornecendo atividades focadas na pratica de regulação
emocional e habilidades de resolução de problemas em contextos onde estarão tomando decisões
relacionadas à nutrição.
Déficits na função cognitiva está relacionada ao maior IMC e piores escolhas alimentares, aumentando o
risco do ganho de peso.

O ganho excessivo e peso prejudica as funções executivas, resultante do prejuízo na capacidade regulatória
afetiva e impulsiva, sustentando ainda mais o aumento de peso.

Relação Bidirecional entre ganho de peso e FE

A perda de peso aumentou o desempenho cognitivo, não relacionado a melhora do humor, o que pode
significar que a obesidade leva a disfunção cognitiva, sendo a terapia focada na perda de peso uma forma de
melhorar a função executiva.
Indivíduos com transtornos alimentares, como TCAP e Bulimia, apresentam prejuízos nas
funções executivas, tais como flexibilidade cognitiva, controle inibitório, regulação
emocional e planejamento.

Por outro lado, indivíduos com anorexia possuem um excessivo controle inibitório e
capacidade de planejamento, mas também apresentam rigidez cognitiva.
Baum, W. M. (1999). Compreender o Behaviorismo: Ciência, Comportamento e
Cultura. Porto Alegre. Ed: Artmed.
Baum, W. M. (1999). Compreender o Behaviorismo: Ciência, Comportamento e
Cultura. Porto Alegre. Ed: Artmed.
Situação A: Exposição
Situação B: Não Exposição

R1: resposta habitual – comer excessivamente.

R2: Resposta concorrente – não se expor a


contingência onde haverá comida ou se expor e
não comer.
Emoção e Funções Executivas
• Sequestrando atenção
• Protegem e reduzem a atividade da memória de trabalho, protegendo da retenção do filtro de informações
irrelevantes e ruídos
• Interrompe a memória de trabalho.
• Aumenta a vigilância, potencializando respostas corticais sensoriais precoces a estímulos ambientais inócuos,
aumentando a probabilidade de que informações emocionalmente salientes sejam detectadas
• Promovem ações e pensamentos congruentes ao estado emocional e humor
• Altera a sensibilidade do reforço
• Disposições para certos traço influenciam o desempenho cognitivo na ausência de pistas emocionais
• O conflito "cognitivo" é aversivo e o processo adaptativo é baseado na resolução de tais conflitos resultando em
reforço intrínseco, reduzindo, assim, a experiência aversiva ao conflito interno entre os fenômenos cognitivos e
emocionais.
• A emoção e a cognição estão profundamente entrelaçadas no tecido do cérebro, sugerindo que as crenças
amplamente aceitas sobre os principais constituintes do 'cérebro emocional' e do 'cérebro cognitivo' são
fundamentalmente falhas
VS
IDENTIFICAÇÃO DOS
A
SINAIS DE FOME E
APRENDIZADO DE CONSUMO
• Teoria externalidade (estímulos alimentares)

• Teoria do ponto de ajuste:


- Interno Metabólico → disfunção na regulação homeostática energética
- Interno Afetivos →emoção/humor negativo – condução de impulsos de consumo

• Baixa sensibilidade discriminatória de excitação corporal com o apetite

• Experiências na infância que construíram hábitos baseados na alimentação como


remediação do desconforto ou demonstração de afeto → prejuízo na capacidade de
discriminar os estados de excitação corporal.

Stroebe, W. et al, (2013). Psychological Review


IDENTIFICAÇÃO DOS SINAIS DE FOME E
APRENDIZADO DE CONSUMO

(1)Sensações viscerais localizado no abdômen (em particular no estômago).

(2)Estados afetivos relacionados à alimentação, que podem ser de composto por gostar (reação
hedônica ao estímulo) e querer (desejo ao estímulo).

(3) Pensamentos relacionadas à comida, fome e alimentação. Estados viscerais e cognitivos


adicionais também foram observados, incluindo fraqueza física, tontura, ansiedade e dor de
cabeça, e para cognição, pensamentos de comida, irritabilidade e falta de concentração.

R.J. Stevenson et al. Appetite (2015)


IDENTIFICAÇÃO DOS SINAIS DE FOME E
APRENDIZADO DE CONSUMO
Indivíduos Gastrectomizados (sinais de fome além do estômago) – apresentam normais estados
de fome e saciedade na ausência de estômago - contribuição significativa dos componentes
cognitivos da fome - motivacional/afetiva (Kamiji,Troncon, Suen, & de Oliveira, 2009).

Saciedade Sensorial Específica → saciar a diversidade ao invés da quantidade.

Comportamentos de abordagem (prazer e desejo) nem sempre depende do estado de fome, mas
o com maior estado de fome percebido, maior o comportamento de consumo.

A motilidade gástrica estava relacionada ao autorrelato de fome em peso normal, mas não em
indivíduos com sobrepeso.
R.J. Stevenson et al. Appetite (2015); Stroebe, W. et
al, (2013). Psychological Review.
24 mulheres
Dois menus variados – 100% e 75% (porção ou densidade calórica) por dois dias consecutivos durante 4 semanas, ad
libitum

• As reduções no tamanho da porção e na densidade energética influenciam independentemente a ingestão de energia


quando vários alimentos são servidos

• Reduzir o tamanho da porção de todos os alimentos em 25% resultou em uma redução de 10% na ingestão de peso e
energia.

• A redução da densidade energética de todos os alimentos em 25% resultou em uma diminuição de 24% na densidade
energética dos alimentos consumidos e na ingestão de energia, mas não afetou significativamente o peso dos alimentos
consumidos.

• Quando variadas em conjunto, as reduções no tamanho da porção e na densidade de energia se combinaram para
diminuir a ingestão diária de energia em 812 kcal (32%).

• Os resultados indicaram que o efeito da manipulação da densidade de energia foi mais forte do que o tamanho da
porção.
Embora os indivíduos pudessem comer o quanto quisessem
e tivessem mais comida disponível do que o necessário para
atender às suas necessidades energéticas, os indivíduos
consumiram espontaneamente 1.625 kcal a menos em 2
dias quando o tamanho da porção e a densidade
energética diminuíram.

Apesar dessa redução substancial na ingestão de energia,


a fome e a saciedade relatadas pelos participantes não
diferiram significativamente entre as condições.
Cinco dias separados, 60 indivíduos (34 mulheres e 26 homens)
comeram um lanche da tarde e jantaram. Para cada lanche, os
indivíduos receberam um dos cinco pacotes de batatas fritas (28, 42,
85, 128 ou 170 g), que consumiram ad libitum diretamente do pacote
opaco e sem rótulo. Os indivíduos retornaram ao laboratório três
horas depois para um jantar padrão, que também foi consumido ad
libitum.
• A ingestão de lanches aumentou significativamente conforme o tamanho da embalagem aumentou para homens
e mulheres.
• A ingestão combinada de energia do lanche e do jantar também aumentou à medida que o tamanho da
embalagem aumentou. Na média, quando servido o maior pacote de lanche em comparação com o menor, os
indivíduos consumiram 143 kcal adicionais no lanche e no jantar combinados.
• A ingestão de energia a curto prazo aumenta com o aumento do tamanho da embalagem de um lanche, a
disponibilidade de grandes pacotes de lanches ricos em energia pode ser uma das influências ambientais
associadas ao excesso de ingestão de energia.
• Em outro estudo, foi aumentado mais de dois dias as porções de todos os alimentos disponíveis em 50 ou
100%, e descobriu que não havia diferença compensatória entre as refeições na ingestão de energia (Kral,
Meengs, Wall, Roe, &Rolls, 2003). Quando as porções eram 100% maiores, a média de ingestão aumentou em
26% (530 kcal/dia para mulheres, e 803 kcal/dia para homens).

• Assim, o efeito do tamanho da porção pode persistir por vários dias e está associada a um aumento
significativo na ingestão diária de energia.
Mais de 20% do tempo em que os indivíduos começaram a comer, eles não estavam com fome (com base nas
avaliações de fome absoluta) e 10% das vezes os sujeitos estavam com fome, mas não comiam.

Quando as mudanças nas classificações de fome foram relacionadas a ocorrências alimentares relatadas, o
comportamento inadequado (ou seja, comer quando a fome diminuiu ou não comer quando a fome aumentou)
foi observado em mais de 50% das horas de vigília dos indivíduos.

Os presentes achados indicam que as classificações de fome não são uma medida substituta útil do conteúdo
energético computado das ocorrências alimentares ou do número relatado de ocorrências alimentares em
estudos de longo prazo de seres humanos de vida livre.
Comer Intuitivo
A abordagem de Comer Intuitivo e alimentação consciente podem não ser úteis para indivíduos com uma
condição de saúde que altera o estado "natural“ sinais de fome e plenitude.

O excesso de peso pode alterar a resposta aos sinais naturais de fome e saciedade, sugerindo que CI e AC
podem não ser úteis para o tratamento para sobrepeso ou obesidade.

Há falhas metodológicas nos estudos, como falta de protocolo padronizado de intervenção, avaliação dos
resultados, isolamento das variáveis, baixo número amostral, alta heterogeneidade, fatores de confusão e altos
níveis de vieses por parte dos pesquisadores.

Na literatura atual, poucas evidências de baixo valor metodológico corroboram para eficácia do CI e AC,
portanto, não há base sólida para a indicação dessas estratégias como superior ou exclusiva comparado com as
convencionais para reduzir calorias e melhorar qualitativamente a alimentação.
IDENTIFICAÇÃO DOS SINAIS DE FOME E
APRENDIZADO DE CONSUMO

Intervalo de tempo entre as refeições HABITUAIS

Estresse percebido entre os intervalos de fome (estresse relacionado a ausência do consumo de


alimentos no horário programado)

Passar do horário que está habituado a ingerir alimentos

Proximidade do horário de ingerir alimentos

Desorganização de horários para se alimentar


R.J. Stevenson et al. Appetite (2015)
DESENVOLVIMENTO DO PALADAR
Neofobia: Dilema do Generalista – maior relutância em experimentar novos alimentos

Preferência Inata ao sabor doce (dimensão regulada conforme a exposição)

Sal é aprendido e sua dimensão preferência é regulada conforme a exposição e o contexto


ambiental(familiar)

Maior dificuldade em aceitar vegetais – mecanismo de autoproteção contra toxinas de plantas

Aumento sua preferência por alimentos inicialmente novos através da "segurança aprendida" ou após
exposição repetida

Myles S. Faith, 2010


DESENVOLVIMENTO DO PALADAR
• As preferências alimentares dos indivíduos são moldadas no início da vida, começando no útero ou durante a
primeira infância e desempenham um papel crítico na determinação dos seus padrões e hábitos alimentares e
qualidade geral da dieta, que pode persistir na idade adulta.

• Períodos sensíveis que os bebês tendem a desenvolver preferências e aversões (até os 4 anos), influenciando as
fases seguintes.

• A aceitação de novos alimentos pelas crianças pode ser reforçada pela exposição repetida (8-15 exposições)
em crianças entre 3-6 anos, com menor necessidade expositiva antes dessa faixa etária.

• Há uma forte relação entre a preferência dos pais com a dos filhos (menor o envolvimento dos pais com o
alimento, menor será a exposição aos filhos).

Myles S. Faith, 2010


DESENVOLVIMENTO DO PALADAR

• Há uma forte relação entre a preferência dos pais com a dos filhos (menor o envolvimento – aversão – dos pais
com o alimento, menor será a exposição aos filhos)

• Relatos e expressões durante o consumo de determinado alimento pode influenciar na experiência alimentar da
criança.

• Maneira pela qual esses alimentos são expostos (punição, recompensa, supressão emocional, Indução forçada).

• Os pais desempenham um papel fundamental no desenvolvimento das preferências alimentares de seus filhos
começando com práticas de alimentação infantil e papel da modelagem dos pais (exemplo).

• Elogios verbais mediante ao comportamento adequado era um indicador significativo do consumo de vegetais
pelas crianças.

• Permissividade excessiva apresenta maior relação com consumo de alimentos ricos em açúcar

Myles S. Faith, 2010


Teoria da Aprendizagem Social
A aprendizagem é um processo cognitivo que ocorre em um contexto social e pode ocorrer puramente por meio
da observação ou instrução direta, mesmo na ausência de reprodução motora ou reforço direto (observação do
comportamento alheio e suas consequências)

Determinismo Recíproco: receptor ativo das informações - Cognição, ambiente e comportamento influenciam-se
mutuamente

(1) Modelagem (aprendizado por observação), (2) informação, (3) instruções / persuasão das autoridades e (4)
experiência anterior.

O comportamento é afetado por processos externos e internos, por exemplo, pressão para ser magro pelos
membros da família, exposição a materna e preocupações com o peso e a forma, a internalização individual do
ideal de magreza, história de desordem dos comportamentos alimentares, história de depressão e ansiedade).

Aprendizado social: valorização do estereotipo magro, consumo de alimentos calóricos


Bandura, 1986
• Crianças acima do peso são mais vulneráveis ​a gatilhos, comem mais e com maior
frequência

• Condicionar comportamentos como, comer até “limpar o prato” e recompensar a


criança com alimentos calóricos, são preditores de risco para o ganho de peso.

• Fornecer alimentos altamente calóricos e palatáveis também aumentam o risco do


ganho de peso nas fases seguintes.
• Comerciais de alimentos: Mais de 30% das propagandas televisivas são
sobre alimentos, sendo a maioria salgadinhos, cereais matinais e restaurantes
de fast food

• Aumento de 45% no consumo de biscoitos em crianças que assistiam


desenhos acompanhados com propagandas de alimentos.

• Em adultos, o aumento do consumo foi correspondente ao tipo de alimento


que estava na propaganda (saudáveis e não saudáveis).
A maioria das crianças obesas (60%) Todas as crianças comeram mais alimentos
reconheceram quase todos os oito anúncios após os comerciais de comida, no entanto, o
de comida, enquanto nenhuma das crianças grupo de crianças sobrepeso e obesas
magras lembrou-se de todos eles. consumiram maior quantidade.
TÉCNICAS PARA MELHORAR A ALIMENTAÇÃO INFANTIL
• As preferências alimentares são aprendidas em parte através da exposição precoce, frequência de
exposição e experiência com alimentos (valor afetivo da ingestão).

• A exposição repetida seguido do elogio verbal é a chave para aumentar a aceitação na alimentação
infantil (reforço).

• Não pressione ou force o consumo de alimentos que deseja que a criança ingira. A indução forçada pode
gerar uma experiência aversiva.

• Não restrinja, reduza a exposição do alimento menos saudável, mas não seja autoritário na restrição.

• Papel crucial da modelagem dos pais – SEJA EXEMPLO!

• Reduzir a exposição de propagandas comerciais de alimentos não saudáveis (minimizar a exposição da


criança a tecnologia)

• Proporcionar experiências positivas durante o consumo de alimentos saudáveis.

Myles S. Faith, 2010


Malsucedidos no
emagrecimento
Bem-sucedidos no
apresentam
emagrecimento
REATIVIDADE às
RESISTEM às Sugestões
Sugestões alimentares no
alimentares no ambiente.
ambiente.
Pré-Ativação Objetivo
Pré-Ativação
Representação Hedônica
MAL-SUCEDIDOS EM DIETAS

Pior controle cognitivo frente as sugestões alimentares (reativos - beliscadores)

Desinibição alimentar (comer exageradamente)

Baixa tolerabilidade a fome e desejos

Conforto emocional através da comida

Baixa autoestima
MAL-SUCEDIDOS EM DIETAS

• Frequente sensação de culpa e delegação da responsabilidade para terceiros

• Baixa resiliência

• Sensação de desamparo distanciamento social quando ganha peso ou quando não


segue o planeamento

• Sensível aos julgamentos

• Se sente injustiçado
Privação Percebida:

Não é sobre moderação, mas “liberdade”.

Não é sobre comer O QUE quiser, mas o


QUANTO quiser.

A restrição do que me causa conforto,


estresse por restringir (sensação de
privação), associação da sensação aversiva
com o evento causador (dieta), resultado é a
saída do planejamento por associar o mesmo
ao estresse.
TERMINOLOGIA

Desejo (“Craving”, “Fome Seletiva”): “refere-se a um estado motivacional em que um indivíduo


se sente compelido a buscar e ingerir um determinado alimento”. Tiggerman & Kemps (2005).

Impulsividade: “é uma tendência agir caracterizado por pouca ou nenhuma premeditação, reflexão
ou consideração das consequências, que podem ser ou não prejudiciais. Considerando apenas os
resultados de curto prazo”. Rachlin, Howard (2000); Daruna, J. H.; Barnes, P. A. (1993).

Compulsão: se refere a comportamentos repetitivos que são realizados de acordo com certas regras
ou de forma estereotipada. Levam a ações inadequadas à situação que persistem, não têm nenhuma
relação óbvia com o objetivo geral e muitas vezes resultam em consequências indesejáveis”. Berlin,
Hollander (2008); Dalley et al. (2011).

Compulsão x Impulsividade: “Preservação de comportamento mal-adaptativa, que, ao contrário da


impulsividade, não fica tão obviamente dentro da faixa normal comportamento” Robbins, et al.
(2012).
TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA (TCAP)
• Ingestão, em um período determinado, de uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a
maioria das pessoas consumiria no mesmo período sob circunstâncias semelhantes.

• Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio

• Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três (ou mais) dos seguintes aspectos:
1. Comer mais rapidamente do que o normal.
2. Comer até se sentir desconfortavelmente cheio.
3. Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome.
4. Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo.
5. Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida.

• Os episódios de compulsão alimentar ocorrem, em média, ao menos uma vez por semana durante três meses

• Gravidade:
Leve: 1 a 3 episódios de compulsão alimentar por semana.
Moderada: 4 a 7 episódios de compulsão alimentar por semana.
Grave: 8 a 13 episódios de compulsão alimentar por semana.
Extrema: 14 ou mais episódios de compulsão alimentar por semana.
Transtorno de Compulsão Alimentar
• Lanches contínuos em pequenas quantidades de alimento ao longo do dia não seriam considerados compulsão
alimentar

• O tipo de alimento consumido durante episódios de compulsão alimentar varia tanto entre diferentes pessoas
quanto em um mesmo indivíduo, sendo caracterizada mais por uma anormalidade na quantidade de alimento
consumida que pela fissura por um nutriente específico.

• O transtorno de compulsão alimentar ocorre em indivíduos de peso normal ou com sobrepeso e obesos, sendo
distinto da obesidade.

• A maioria dos indivíduos obesos não se envolve em compulsão alimentar recorrente.

• No entanto, o transtorno pode estar associado também a um risco maior de ganho de peso e desenvolvimento
de obesidade.

• Resumindo: Nem todo obeso tem TCAP, mas indivíduos com TCAP PODEM apresentar maior risco de
desenvolver obesidade.
Comer exagerado (hedônico) vs Transtorno de Compulsão Alimentar
NÃO EXISTE COMPULSÃO POR DOCE

Comer por prazer é diferente do comer transtornado

Indivíduos com transtorno apresentam comportamentos não estereotipados que culminam em exageros, dos quais
são motivados por um estímulo ambiental e/ou angustia percebida
Critérios:
1. Come mais rapidamente do que o normal.
2. Comer até se sentir desconfortavelmente cheio.
3. Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome.
4. Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo.
5. Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida.

• Gravidade:
Leve: 1 a 3 episódios de compulsão alimentar por semana.
Moderada: 4 a 7 episódios de compulsão alimentar por semana.
Grave: 8 a 13 episódios de compulsão alimentar por semana.
Extrema: 14 ou mais episódios de compulsão alimentar por semana
A grande maioria dos indivíduos com sobrepeso indivíduos não mostraram uma
convincente perfil comportamental ou neurobiológico que assemelha-se ao vício.

Comer excessivamente hedônico é uma consequência natural de viver em um ambiente que


legitima o excesso e hábitos alimentares indulgentes e a obesidade pode ser entendida
como normal adaptação biológica ao estilo de vida que são moldado por poderosas
pressões do ambiente obesogênico moderno

A ciência do vício em açúcar atualmente não é convincente e quaisquer analogias sugeridas


com base na regulamentação das drogas ilícitas seria enganosa.
Dieta e Compulsão alimentar

Significado do processo terapêutico: RESTRIÇÃO X CONTROLE X PRIVAÇÃO

"fazer dieta" diferente de "restrição dietética“ (Heatherton, Herman, Polivy, King e McGree, 1988):
O primeiro refere-se a restrição de CALORIAS e o último a restrição ALIMENTAR seguida de compensações.

Dieta - ferramenta vs manipulação da ferramenta

A restrição alimentar elevada não previu a persistência de compulsão alimentar ou comportamentos


compensatórios ao longo de um período de 5 anos em mulheres que se enquadraram no critério de Bulimia
Nervosa (Fairburn, Cooper, Doll, Norman,& O’Connor, 2000).

Outro estudo observou que a restrição alimentar elevada no início do estudo previu a persistência do
comportamento compensatório, mas não a compulsão alimentar ao longo de um período de 1 ano em
mulheres que atendiam os critérios de BN (Bohon, Stice, & Burton, 2008).
Dieta e Compulsão alimentar

Perfil Comportamento Alimentar:

• COMEDOR RESTRITO:
- Rígido
- Flexível

• DESINIBIDO:
- Habitual
- Situacional

• EMOCIONAL
• Desinibidos são mais reativos as sugestões ambientais e “proibições”, maior necessidade de
contrarregulação e são mais insensíveis aos sinais de saciedade após uma pré-carga.
• Apresentam maior insatisfação corporal e frustração após quebrar a dieta
• Muitos indivíduos” que engajam constantemente em dieta com baixa desinibição, normalmente são
bem-sucedidos e não são encontrados no RS
• Maior risco no desenvolvimento de transtornos alimentares em mulheres eutróficas, principalmente
jovens, durante o período de restrição (ciclo menstrual, massa muscular, pré-disposição)
• Desinibidos apresentam maior frequência de Ciclagem de Peso
• Obesos apresentam risco substancialmente menor no desenvolvimento de transtorno alimentar quando
se envolve em restrições
Desinibição habitual – associada ao maior ganho de peso e risco de obesidade

A influência da desinibição no ganho de peso foi de ∼22 kg previsto para ocorrer ao longo de 20 anos em
mulheres com altos escores de desinibição habitual e emocional

A desinibição situacional não foi significativamente associada a nenhuma das variáveis ​de resultado

O controle flexível da restrição alimentar atenua principalmente a influência da desinibição habitual, no


ganho de peso e no IMC
• Indivíduos obesos e com sobrepeso têm maior escores de desinibição comparados com indivíduos de peso
normal e pode predizer o (re)ganho de peso.

• Estresse aumenta o consumo de alimentos calóricos e palatáveis em indivíduos desinibidos (mais responsivos)

• Apresentam insensibilidade aos sinais de saciedade quando expostos a alimentos palatáveis.

• Associado ao maior risco de desenvolvimento de transtornos alimentares (TCAP e Bulimia) e insatisfação


corporal

• Associação da dieta com a TCC reduziu a desinibição favorecendo a manutenção do peso perdido
A mudança do estilo de vida com objetivo de reduzir o peso em mulheres saudáveis com sobrepeso
produziu resultados satisfatórios sem sequelas psicológicas, sugerindo o encorajamento para programas
de perda de peso que sejam aplicados de maneira segura e acompanhados por mudanças
comportamentais.

Aumento na capacidade de controle e redução do comportamento desinibido; redução dos episódios de


compulsão alimentar; redução dos sintomas de humor deprimido e sem prejuízo cognitivo.
• 82 mulheres eutróficas e sobrepeso(IMC: 20-29)
com Bulimia
• 6 semanas
• Dieta de 1200 kcal vs Controle (sem orientação)

• T1 (início), T2 (6 semanas), T3 (12 semanas)

• Esses resultados experimentais indicam que a


restrição dietética eficaz reduz os sintomas de
bulimia e questiona as afirmações sobre restrição
alimentar agravar a compulsão alimentar.
• O uso de intervenções com baixa ou muito baixa em calorias não desencadeou compulsão
alimentar entre todos pacientes com sobrepeso ou obesos que não apresentam compulsão
alimentar antes do tratamento.

• Essas intervenções, inclusive, reduziram os episódios de compulsão em indivíduos pré-


diagnosticado durante a intervenção.

• No entanto, o tratamento teve parcial eficácia sem o tratamento adicional do transtorno,


com total recaída após o término da intervenção sem o acompanhamento.
Automonitoramento

• Monitoramento
Inconsistente Monitoramento
• Privação Percebida Consistente

Autoavaliação

• Meta Irrealista • Meta Realista “Os resultados indicam que o envolvimento


• Autoavaliação • Autoavaliação precisa em níveis moderados de restrição calórica,
negativa quando juntamente com estratégias de
gerenciamento de peso bem-sucedidas,
Reforçador podem diminuir a obesidade e o risco de
• Desvalorização dos resultados Valorização dos transtorno alimentar.”
• Percepção aumentada de resultados
esforço “A conjunção desses comportamentos
• Sensação de injustiça alimentares aparentemente divergentes pode
ser devida mais à desinibição (e o ganho de
Reganho de Peso peso resultante) causando restrição do que
Alcance e vice-versa, não suportando a alegação de
Desinibição Alimentar
manutenção da meta restrição causar desinibição.”
Sensação de Incapacidade
Reforçador Positivo
Autopunição
AMBIENTE

• A limitação do sucesso das intervenções dietéticas deve-se, em grande parte, na


exposição excessiva de alimentos palatáveis.

• Indivíduos que fazem dieta são mais reativos as sugestões.

• Ambiente ricos em alimentos calórico, proporciona maior tendência de abordagem

• MUDE SEU AMBIENTE


• Crianças acima do peso são mais vulneráveis ​a gatilhos, comem mais e com maior
frequência

• Comerciais de alimentos: Mais de 30% das propagandas televisivas são sobre alimentos,
sendo a maioria salgadinhos, cereais matinais e restaurantes de fast food

• Aumento de 45% no consumo de biscoitos em crianças que assistiam desenhos


acompanhados com propagandas de alimentos.

• Em adultos, o aumento do consumo foi correspondente ao tipo de alimento que estava


na propaganda (saudáveis e não saudáveis).
A maioria das crianças obesas (60%) Todas as crianças comeram mais alimentos
reconheceram quase todos os oito anúncios após os comerciais de comida, no entanto, o
de comida, enquanto nenhuma das crianças grupo de crianças sobrepeso e obesas
magras lembrou-se de todos eles. consumiram maior quantidade.
• Expor os indivíduos “dieters” a uma sugestão
de alimentos com baixas calorias, claramente
tem potencial para reduzir a ingestão de
alimentos calóricos.

• Esse prévia exposição “ativa seu objetivo de


dieta”, limitando a ingestão de biscoitos.
Dieta e Compulsão alimentar

• Os pontos de checagem:
Comedores Restritos (rígidos) – motivos que levam ao comportamento de restrição:
- Necessidade de Controle.
- Preocupação excessiva e distorção da própria imagem.
- Necessidade de aprovação social e excesso de comparação.
- Baixa autoestima (sensação de inferioridade).
- Perfeccionismo - Dicotomia
- Autopunição.
- Experiências traumáticas que culminaram na obsessão pelo controle dietético.
- Identificação de Gatilhos e seus significados para o indivíduo.
- Emoção, resposta e evento desencadeador: Pensamentos e Significados.

OBS: Estética Social é diferente de tratamento para Obesidade


Qual a relação emocional que o paciente tem
com a alimentação?
• Compreensão das bases emocionais e sua influência na alimentação
• Qual é o significado relacional do paciente com a alimentação
• Em qual situação o paciente se encontra emocionalmente:
(1) intensa emocionalidade negativa como linha de base.
(2) sensibilidade aumentada aos estímulos emocionais.
(3) resposta intensa aos estímulos emocionais.
(4) retorno lento à linha de base emocional uma vez que a ativação/excitação emocional tenha
ocorrido.
• Quais são as concepções que o paciente apresenta sobre alimentação (dicotômico – pode/não
pode, carbofóbico, exige suplementação)
Leahy, Robert L. Terapia do esquema emocional: manual para o
terapeuta.
Regulação Emocional

• Regulação emocional:

1 – Seleção da situação (Distração/Distanciamento)

2 – Modificação da situação (Distração/Distanciamento)

3 – Implantação da atenção (Foco no Antecedente)

4 – Mudança cognitiva (Foco no Antecedente)

5 – Modulação da resposta (Foco na Resposta)


• Distanciamento/Distração: focado em transformar o ponto de vista do qual o
estímulo é considerado. Simulação de uma nova perspectiva para alterar a
distância psicológica e o impacto emocional de um estímulo - distância
espacial, distância temporal ou objetividade.

• Reinterpretação/Reavaliação: focada em transformar o conteúdo ou


significado do estímulo, refere-se a derivar um resultado ou significado
alternativo para algum estímulo para alterar seu efeito emocional.
Estratégias com foco no antecedente
apresentam melhores resultados comparado
com avalições focadas na resposta.

Regulação Emocional:
Foco no ANTECEDENTE vs Foco na RESPOSTA
Estímulos emocionais negativos aumentaram a atividade da
amígdala.

Indivíduos que usaram a distração como ferramenta de


regulação emocional apresentaram redução da atividade da
amígdala.

Indivíduos com baixa capacidade de regulação emocional


apresentaram redução na atividade do CPF e maior atividade
da amígdala na presença de estímulos excitatórios e usando a
ferramenta de reavaliação.
Quando há maior feedback das reações somáticas (maior intensidade emocional), a
distração é mais eficiente na regulação emocional.

Em contraste, quando há menor feedback somático (menor intensidade emocional),


a reavaliação cognitiva é mais eficiente na regulação emocional.
A reavaliação, foco no antecedente, quando realizada precocemente, apresenta resultados mais eficientes na
regulação emocional.

Quando a reavaliação ocorre durante o evento emocional, há esgotamento dos recursos cognitivos e redução da
capacidade de regulação emocional.

A reavaliação precoce utiliza poucos recursos cognitivos e sofre menos efeitos das respostas emocionais
intensas, pois muda a trajetória emocional reduzindo os recursos.

Quando a estratégia de regulação é tardia, a distração é mais eficiente que a reavaliação.

Obs: Isso em condições onde a emocionalidade é de alta intensidade


A regulação da emoção consiste em mudar a magnitude ou qualidade de uma resposta emocional,
antes ou depois da resposta emocional começar a se desdobrar.

Distinção entre as formas de regular a emoção: precoce (focada no antecedente) e tardio (focada na
reposta)

Avaliação: a reflexão é enfatizada no sentido dado ao ambiente externo, e mudanças de estado


interno.

A criação de significado está no centro da geração de emoções (construção psicológica)

Construção psicológica: Maior ênfase está em construir significado das sensações corporais internas,
tornando possível construir uma consciência unificada entre o indivíduo e ambiente.
Educação e Inteligência Emocional
Melhorar a capacidade de perceber, expressar, assimilar e regular a emoção e o reconhecimento emocional - a
habilidade de rotular emoções complexas

Estratégias de regulação emocional consistem em reavaliação cognitiva, reenquadrar e aceitar a emoção, que
produz emoções negativas

Aceitação das emoções e sentimentos, sem juízo de valor

Sentimentos fazem parte da condição humana.

Dissociar a comida das emoções negativas e evitar compensações.

Compreensão das emoções e suas funções melhoram nossa capacidade de reagir aos estímulos e moldar nossos
comportamentos.
Mayer, Salovey, & Caruso, 2000;
Gross, 2002
Leahy, Robert L. Terapia do esquema
emocional: manual para o terapeuta.
Identificando e Rotulando Emoções

(1)O evento que desencadeia a emoção;

(2)As interpretações do evento que a desencadeou;

(3)A história prévia ao evento desencadeante que aumenta a sensibilidade ao evento e a


vulnerabilidade a responder emocionalmente;

(4)A experiência fenomenológica, inclusive a sensação física, da emoção;

(5)Os comportamentos expressivos associados à emoção;

(6)Os efeitos colaterais da emoção sobre outros tipos de funcionamento.


Identificação dos Gatilhos Emocionais
• Quais os gatilhos/eventos lhe causam sofrimento?
• Qual emoção percebida?
• O que ela significa?
• Qual outra forma ela poderia ser encarada?
• Comer resolve o problema que levou a emoção?
• Por que é tão difícil experienciar ela?
• Qual conselho você daria para quem passa por isso?
Treino de Ação Oposta

Emoção Impulso de Ação Ação Oposta


Manter-se ativo, tarefa alternativa
Tristeza Retrair/Comer
a comida
Interagir com pessoas confiáveis e
Esconder-se/Privar expor suas mágoas/manter a
Vergonha
deliberadamente alimentos continuidade alimentar apesar da
insatisfação e angústia
RESUMO
• A utilização de alimentos para conforto afetivo reforça o comportamento toda
vez que determinada emoção é evocada.

• Comer emocional pode estar atrelado ao comportamento aprendido, lembrando,


emoções são consequências e não causas.

• O “comer emocional” pode ser uma justificativa que determinadas emoções


levam ao consumo de alimentos, onde na verdade, o comer ocorreria
independente da narrativa.

• O indivíduo se percebe em situação de privação quando entra na dieta, levando a


um conflito interno e pensamentos constantes sobre comida e correlatos.

• O estresse pode interferir na capacidade de controle cognitivo, uma vez que seu
aparecimento reduz a atividade das estruturas fronto-corticais.
• Aceitação

• Flexibilidade

• Persistência

• Resolução de problemas
Análise Molar

• Identificar padrões comportamentais

• Identificar histórico de aquisição

• Identificar contextos atuais mantenedores

• Consequências que fortalecem o padrão/consequências que enfraquecem o


padrão
Variáveis relevantes sobre a história de
aprendizagem
• Escassez de Reforços na vida

• Excesso de controle aversivo

• Ausência de outros repertórios produtores de reforços

• Excesso de reforços somente em um padrão de comportamento (você


está muito linda magra)
Safe, D. L. Programa DBT® Para o Comer
Emocional e Compulsivo.
Análise em Cadeia
Análise Funcional
R/OE
Comportamento privado
Elicia
(sentimento de angustia e
S/Sd ansiedade - respondente)

Estímulo Antecedente
(comentários sobre o seu peso ou
forma de se alimentar – aversivo Elicia
R
condicionado) Episódio de Compulsão alimentar

R/Sd
Csq
Comportamento Privado (eu me
sinto um fracasso - verbal) Alívio da ansiedade – R-
Sabor dos alimentos – R+
Sensação de mal-estar/vergonha –
P+
Análise Funcional
Data Estímulo Contexto Variáveis Remotas Comportament
(VI) (VI) (VI - OE) o (VD)

Pensamentos Consequências
(VD - OE) (VI)

Emoções
(VD- OE)
Análise Funcional
Data/hora Estímulo Contexto Variáveis Comportamento (VD)

(VI) (VI) Remotas Pensamentos (VD -


Consequências
(VI - OE) OE)
(VI)
Emoções (VD- OE)

Bolo de Cheguei em Sobrecarga no Comer e bolo sem parar e R. + – sensação


atacar outros alimentos
10/10/2022/ chocolate casa após o trabalho e doces na geladeira
boa em comer
20:00 dia todo de privação de R.- – reduzir o
trabalho sono na noite Esse bolo é a única coisa desconforto
(4h) que vai salvar meu dia; Por emocional
que eu comi?; Comi
mesmo, agora dane-se P.+ –
arrependimento,
Ambíguas: satisfação; vergonha,
ansiedade; cansaço e
arrependimento
frustração e
ansiedade
P.- – regredir no
tratamento
Humor, Emoção e Comida
• Aumento da atividade da Amy e EV
• Tomada de decisão orientada com base no
sabor
• Redução da conexão CPFDL com Amy e EV

Silvia et al. 2015


Identificação dos Gatilhos Estressores
• O que levou ao estresse? Gatilhos?
• Qual o significado dele?
• Somente a comida serve de resolução para o sentimento?
• Qual significado que a comida possui no estresse?
• Qual outra solução poderíamos propor para lidar com o estresse?
• Planejamento
• Organização
• Qual conselho você daria para quem passa por isso?
Aceitação Experiencial
1 – Por favor, complete esta frase: As experiências internas (pensamentos, sentimentos, emoções, memórias, impulsos,
imagens, sensações) que mais desejo evitar ou eliminar são:

Em seguida, reserve alguns minutos para escrever uma lista de todas as coisas que você já tentou fazer através da alimentação
para evitar ou se livrar dessas experiências internas indesejadas.
Obs: faça isso sem julgamento e juízo de valor

2 – Como essas estratégias funcionaram a longo prazo?


A maioria dessas estratégias de luta oferece alívio de curto prazo de pensamentos e sentimentos dolorosos.

3 - O que custou a você usar essas estratégias? Quais foram as consequências do seu uso? Te ajudaram a resolver o problema?

4 – Você está aberto a tentar algo novo? Você está aberto a explorar uma maneira radicalmente diferente de responder a
pensamentos dolorosos e sentimentos? Você está disposto a tentar algo novo que seja completamente diferente de tudo o que
você já tentou?
Desconforto Limpo e Sujo

1. Descreva a situação - o que aconteceu para causar seu desconforto?

2. “desconforto limpo” Qual foi sua reação inicial? O que você pensou ou sentiu? O que imediatamente ‘apareceu’
na forma de pensamentos, sentimentos e sensações?

3. Numa escala de 1 a 10 onde 0 = nenhum e 10 = extremo, qual foi o seu nível de angústia?

4. “desconforto sujo” Que ações você tomou para evitar o desconforto? Você lutou com coisas que não gostou?
Você se criticou ou se intimidou? Você tentou esconder suas reações ou fingir que elas não estavam lá? Você tentou
se distrair com comida, álcool, fumo, TV, etc.?

5. Em uma escala de 1 a 10 onde 0 = nenhum e 10 = extremo, como seu nível de angústia mudou depois sua ação
distrativa?
Desfusão Cognitiva

Este pensamento é de alguma forma útil ou útil?

Esse pensamento me ajuda a tomar uma atitude eficaz?

Vou confiar na minha mente ou na minha experiência?

Isso poderia ser útil, ou minha mente está apenas tagarelando?

Tenha essas perguntas em mente ao experimentar um pensamento que você considera desconfortável,
autodestrutivo, autolimitante, assustador, ameaçador, compulsivo, opressivo ou intimidador. Quando você
aplica técnicas de desfusão cognitiva a pensamentos inúteis, você vê os pensamentos como meras “palavras”
dentro da sua cabeça'.
Pensamentos Catastróficos
Restruturação Cognitiva
1.Identificação de pensamentos automáticos disfuncionais

2.Identificação de distorções cognitivas

3.Disputando pensamentos automáticos

4.Criando refutação racional para pensamentos automáticos


PENSAMENTOS CATASTRÓFICOS
Autoconfiança são minadas por Pensamentos sabotadores, culpabilização e
autopunição.

Se eu fiz algo contra mim, não sou confiável, me sinto culpado pela traição comigo
e me punirei - queda da autoconfiança, autoestima e autoeficácia

Conflito interno(Pensamentos sabotadores, culpa, punição) - tensão - aumento do


estresse - perda do controle cognitivo e aumento da necessidade de Regulação
emocional -> comida

Refletir sobre o termo sair/errar - flexibilizar as normas e regras da restrição


Cartões de Enfrentamentos
Tudo sob o contexto alimentar
• Sobre como lidar com situações (contextos - gatilhos) específicos

• Como lidar com determinadas reações emocionais desconfortáveis (estresse,


ansiedade)

• Como lidar com as consequências decorrentes de comportamentos inadequados

• Como lidar com “recaídas” e voltar para os trilhos

Ler diariamente
Cartilhas Contra Pensamentos Sabotadores/Disfuncionais

• “Já comi mesmo, depois eu volto para dieta” ou “o resultado não está sendo como
eu esperava, vou desistir de sofrer”

• R1: Apesar de ter comido um pouco a mais, não justifica a desistência do que me
propus a fazer. Não preciso ser perfeito, mas responsável e os benefícios
coletados são bem mais favoráveis que voltar para o estilo de vida anterior.

• R2: O fato de não estar sendo como esperava, não significa ausência de resultado.
Tenho que respeitar e aceitar o tempo necessário e valorizar os benefícios obtidos
até aqui. O sofrimento era viver como eu vivia, agora tenho mais disposição,
melhor qualidade de sono, vigor e autoestima.
Cartilhas Contra Pensamentos Sabotadores/Disfuncionais

• “Já comi mesmo, depois eu volto para dieta” ou “o resultado não está sendo como
eu esperava, vou desistir de sofrer”

• R1: Apesar de ter comido um pouco a mais, não justifica a desistência do que me
propus a fazer. Não preciso ser perfeito, mas responsável e os benefícios
coletados são bem mais favoráveis que voltar para o estilo de vida anterior.

• R2: O fato de não estar sendo como esperava, não significa ausência de resultado.
Tenho que respeitar e aceitar o tempo necessário e valorizar os benefícios obtidos
até aqui. O sofrimento era viver como eu vivia, agora tenho mais disposição,
melhor qualidade de sono, vigor e autoestima.
Pensamento Dialético
Comportamento Emocional x Comportamento Dialético

• Mente emocional: Meu marido não me acha mais atraente. Pelo menos, mereço comer o
que quero.
• Pensamento dialético: Posso ter raiva dele e me sentir não amada, e posso não ter uma
compulsão alimentar ao mesmo tempo.

• Mente emocional: Ultimamente qualquer vestido que tenha provado parece tão ruim que
acabo querendo ter uma compulsão alimentar, porque não tenho esperança para tentar fazer
de outra maneira.
• Pensamento dialético: Posso sentir decepção e desesperança a respeito da minha aparência
e querer ter uma compulsão alimentar, e posso querer ter uma vida de alta qualidade e
altamente satisfatória. A compulsão alimentar vai fazer com que eu me sinta pior.
Pensamento Dialético
Comportamento Emocional x Comportamento Dialético

• Mente emocional: Todo mundo vai poder comer um monte de sobremesa! É


injusto que eu não tenha esse direito!
• Mente racional: Você não deveria estar comparando o que pode comer com o
que os outros podem comer.
• Pensamento dialético: É natural eu querer ser igual todos os outros, e,
embora a vida não seja justa, vou me sentir bem amanhã por ter conseguido
honrar o meu comprometimento comigo mesma.
Meta relacionadas aos Valores
Planilha com 3 partes:

Na primeira coluna, Compromisso, há espaço para anotar uma meta de vida relacionada à sua vida pessoal e valores.
Isso deve ser concreto e claro para permitir feedback sobre seu progresso potencial.

A segunda coluna considera os Obstáculos Potenciais. Use isso para listar todos os possíveis desafios que estão ligados
ao objetivo identificado, e que podem retardar ou dificultar o seu empenho no seu progresso. Estes podem ser práticos
ou pessoais, incluindo emoções e obstáculos psicológicos percebidos.

Estratégias para aumentar o comprometimento podem ser geradas e listadas na terceira coluna para ajudá-lo ou seu
supera seus obstáculos percebidos. Um plano para lidar com possíveis obstáculos será possibilitar uma ação efetiva em
relação a eles e maior comprometimento com sua realização.

Um objetivo concreto que Quais obstáculos O que você poderia fazer


você tem identificado, poderiam potencialmente para enfrentar esses
que se relaciona com o impedi-lo de perseguir obstáculos?
seu valor pessoal. esse objetivo?
Metas
1 - Descreva a sua meta por escrito

2 – Faça uma lista das coisas que você deve dizer ou fazer que indicam claramente que a sua meta foi alcançada. Ou seja,
qual evidência prova que a sua meta foi atingida?

3 – Se a sua meta é um produto de comportamento – como alcançar determinado peso corporal, economizar certa quantia
de dinheiro ou ter um quarto limpo –, faça uma lista de comportamentos específicos que o ajudarão a alcançar este produto.

Primeiro, liste todos os benefícios que a mudança de comportamento irá proporcionar. Escreva-os por extenso em um papel
e exiba em um local conspícuo.
Em segundo lugar, torne o seu compromisso com a mudança público. Aumentar o número de pessoas que podem lhe
lembrar de aderir ao seu programa amplia suas chances de êxito.
Em terceiro lugar, reorganize o seu ambiente de modo a fornecer lembretes frequentes do seu compromisso e da sua meta,
você poderia escrever as suas metas em post-its em locais que você possa visualizar.
Metas para Autocontrole
Minhas metas específicas para o meu programa de autocontrole são:

As metas a curto prazo para o meu programa de autocontrole incluem:

Montar um gráfico ou um cronograma de evolução:

Para minimizar as causas do problema, irei:

Os detalhes do meu plano de tratamento incluem:

1. Etapas para controlar a situação:


2. Etapas para controlar as consequências:
3. Etapas para lidar com ou modificar comportamento complexo:
4. Recompensas que eu posso ganhar por aderir e/ou concluir meu projeto (autorregulação/autorreforço):

As etapas adicionais que seguirei para aumentar e manter meu compromisso com o projeto e prevenir recidivas incluem:
Ativação
Comportamental

“O terapeuta determinou que os sintomas depressivos de Amy BA finalmente conseguiu ajudar Amy a superar seus
provavelmente se originaram da morte recente de seu pai, da sentimentos de depressão, em parte ajudando-a a
doença recente de sua mãe, de seus sintomas de fadiga e de sua encontrar um reforço mais positivo em sua vida social.
maior carga de trabalho acadêmica. Seu cansaço era de particular
interesse, pois a impedia de reforço positivo, principalmente em Os benefícios de uma abordagem comportamental (em
sua vida social. oposição a uma abordagem cognitiva) como essa são
ilustrados por um comentário de Amy, já que o jornal
Ou seja, como se sentia cansada, não saía com as amigas. Como observa que “Amy declarou em sua avaliação que
ela não estava saindo com as amigas, ela se sentia mal, e esse queria algo mais 'prático' do que o aconselhamento de
sentimento ruim a levava a ter baixos níveis de energia. luto que ela tinha recebido anteriormente.
Ativação
Comportamental
•Automonitoramento de atividades e humor Atividade Dificuldade (0-10) Prazer/Satisfação
•Agendamento de atividades (1-10)
•Estruturação de atividades
•Solução de problemas
•Treinamento de habilidades sociais
•Construção de hierarquia (classificando a facilidade com que
determinadas atividades são realizadas)
•Shaping (treinar comportamentos saudáveis)
•Recompensa
•Persuasão
•Contrato de comportamento (assinatura de contrato com amigos e
familiares para que eles apenas reforcem comportamentos saudáveis)
•Avaliação da área da vida (determinando em quais áreas da vida se
deseja sucesso)
Anotações diárias ou semanais as
experiências alimentares
• Anotações sobre os eventos mais adversos e o que foi feito em relação a alimentação
• Diário alimentar
• Escalas de Apetite/Saciedade
• Comprometimento com a refeição (sem distração, multitarefas e correria)
• Experiência emocional, sensações e pensamentos em relação aos alimentos
• Quais habilidades foram praticadas e o quanto?
• Quais estratégias funcionaram para enfretamentos e o contexto em que elas foram
aplicadas
• Melhorias quanto ao(s) comportamento(s) problema(s)
• Reflexões a respeito das experiências (adversas e progresso)
• O que mais continua te afetando e dificultando seu progresso
• Elogiar diariamente meu progresso e tentativas
Habilidade Social
• O que você acha que irá acontecer se falar não? Quais evidências tem o resultado será
esse?

• Identifique os motivos que implicam na dificuldade em falar não (normalmente


necessidade de aprovação alheia)?

• Peça para o paciente enfatizar os benefícios de falar não (autonomia, segurança,


autoestima, etc).

• Realize treinamentos em pequena escala, onde o paciente irá falar não para coisas menos
relevante no dia-a-dia e vá progredindo conforme a segurança aumenta.
Identificação de Gatilhos
• O que não pode ter na minha frente que eu não resisto?

• Em qual momento eu costumo mais sair do plano?

• Minha casa/trabalho tem muitos alimentos calóricos?

• Qual alimento na minha casa/trabalho eu costumo comer exageradamente?

• O ambiente alimentar atrapalha meu plano? O que eu posso fazer para melhorar?
Identificação dos Gatilhos

Pensamentos Após Ação (o que você


o Estímulo (ou Sentimentos após o fez para lidar ou
Estímulo (gatilho)
sendo o próprio Estímulo em resposta ao
estímulo) estímulo)
Segunda
Terça
Quarta
Quinta
Sexta
Sábado
Domingo
Treinamento no consultório para exposição e
ressignificação da relação com a comida
• Treinamento de atenção plena enquanto come.

• Discussões a respeito do paciente está sentindo enquanto come o


alimento que resulta em vulnerabilidade.

• Treinamento de situações sociais para se controlar frente as exposições


alimentares e comunicação assertiva e efetiva.

• Simular a situação inversa onde o paciente faz o papel de solucionador


do próprio problema para o profissional.
Crie uma lista de Benefícios e Identifique os
problemas
• Benefícios da mudança: Quais as vantagens de mudar a alimentação?
• Quais benefícios irei colher com a mudança?
• Para construir uma boa relação com alimentação, é importante descontruir
uma relação base disfuncional com ela.
• Anotar os pensamentos sabotadores e elaborar lembretes contrapondo
cada pensamento de autossabotagem.
• Incentivar o autoelogio sempre que praticar uma habilidade ou fizer uma
escolha alimentar positiva
• Criar alternativas substitutivas para momentos de vulnerabilidades.
Resolução de Problemas
O que precisa
Qual o ser feito para
Vantagem(s)/
Problema/ Solução(ões) colocar essa
Benefícios
Obstáculo? solução em
ação?
Reduzir a compra de
Irei reduzir o
doce para casa e
Comer Doce em Evitar ter doce em consumo de doce e
convencer meus
excesso casa me ajudará a
filhos que iremos
emagrecer
comer menos doce

Proporcionar reflexão para o paciente das possíveis soluções (autoconsciência)


Auxiliar durante a escolha, mas deixa-lo que tome a decisão (autonomia)
Lista de Vantagens Relacionadas a Mudança

LISTA DE VANTAGENS DA MUDANÇA


Lista de Atividades Prazerosas
Atividade Frequência Prazer
Assistir TV/Filme/Séries
Redes Sociais
Ler
Atividades Domésticas
Atividades ao Ar livre
Tocar Instrumento Musical
Meditação/Oração
Escrever
Jogar
Ouvir Música
Conversar com Alguém
Dormir
Aprender algum assunto novo
Brincar com os Filhos
RECONHECIMENTO DAS MELHORIAS

Data COMPORTAMENTOS Escala de 0-10


MODIFICADOS
Comer frutas na semana
Beber mais água
Realizar mais exercício
Exagerar menos no fim de semana
Redução da utilização do app de
comida
Resistir aos desejos
Redução da compra de alimentos
calóricos em casa
Preste atenção no que está fazendo
• Pratique atenção plena durante o ato de comer.

• Evite comer enquanto está realizando outras tarefas ao mesmo tempo.

• Não interaja com aparelhos tecnológicos durante a ingestão de alimentos.

• Preste atenção nos fatores que precede o aumento do apetite. O que estimulou meu
apetite e o que desejo comer?
Abordagens para organizar a rotina e
ambiente do paciente
• Redução do estímulo alimentar: quantidade, frequência e consumo
• Quanto maior o distanciamento do consumo de determinados alimentos e estímulos
associados, mais provável a redução do desejo desse alimento
• Desinstalar aplicativo
• Aprender a se impor em ambientes sociais (habilidade social)
• Estabelecer uma organização de rotina
• Tentar manter a ingestão de alimentos mais palatáveis 1x/semana
• Não usar alimentos palatáveis para reduzir o desconforto emocional
• Cessar o consumo de alimentos quando sentir saciada – respeitar os sinais de saciedade,
mas estabelecer uma quantidade limite
Autogerenciamento

• Frequência – o número de vezes que um comportamento foi observado. Esse


tipo de dado é melhor quando cada exemplo do comportamento-alvo tem
início e fim claros e demora aproximadamente a mesma quantidade de tempo
para ser executado. Ex: episódios de compulsão
• Duração – o tempo que dura o comportamento-alvo do início ao fim.
Exemplos incluem medir a duração de cada sessão de exercício físico, tempo
de refeição e duração do episódio de exageros ou compulsão
• Magnitude – intensidade, grau ou tamanho de uma ação ou seu produto.
Exemplos incluem a força de uma emoção que você sentiu e a intensidade do
episódio de compulsão (velocidade e volume de comida ingerida)
Anotações diárias ou semanais as
experiências alimentares
• Anotações sobre os eventos mais adversos e o que foi feito em relação a alimentação
• Diário alimentar
• Escalas de Apetite/Saciedade
• Comprometimento com a refeição (sem distração, multitarefas e correria)
• Experiência emocional, sensações e pensamentos em relação aos alimentos
• Quais habilidades foram praticadas e o quanto?
• Quais estratégias funcionaram para enfretamentos e o contexto em que elas foram
aplicadas
• Melhorias quanto ao(s) comportamento(s) problema(s)
• Reflexões a respeito das experiências (adversas e progresso)
• O que mais continua te afetando e dificultando seu progresso
• Elogiar diariamente meu progresso e tentativas
Coletando resultados:

• Calendário de metas:
• Quantos % do plano foi concluído cada dia?
• Quais melhoras foram observadas?
• Qual sua concepção atual sobre o plano e sobre fazer dieta?
• Quais as dificuldades apresentadas?
• O que gostaria de mudar?
• O que gostaria de manter?

OBS: VALIDAR A TENTATIVA DO PACIENTE INDEPENDENTEMENTE DO


RESULTADO!
Reforçamento e Fortalecimento dos
comportamentos desejáveis
• Reforçar os acertos ( anotações das mudanças positivas).

• Delinear os passos com base no que foi decidido

• Incentivar anotações sobre as dificuldades, vantagens e as sensações durante a execução da


conduta, principalmente reforçando os resultados positivos.

• Aprender a lidar com o desconforto.


• Qual o significado do desconforto – do que deseja fugir?

• Construa um propósito, alicerces para lidar o desconforto.


Acompanhamento
• Dê auxílio para o paciente, solicitando feedback semana e se dispondo com frequência
para auxiliar em suas dúvidas
• Enalteça e elogie não somente os resultados positivos obtidos, mas as confissões do
paciente.
• Projete soluções para o paciente quando ele apresentar relapsos, evite julgamentos e
condenações, isso deixa o paciente envergonha e recluso.
• Sempre reforce a importante da tentativa, independente se ele está apresentando resultado
ou não
• Se possível, monte um grupo de apoio, o suporte social potencializa a adesão e resultados
Resumo
• Emoção é função e faz parte do repertório de comportamento que visam a
sobrevivência.
• Comer é emocional, a maneira como condicionamos nossos comportamentos
diante das emoções pode repercutir em prejuízos.
• Da mesma forma que construímos nossos comportamentos, podemos modelar
através das técnicas adequadas.
• Alimentos não viciam.
• Dieta não causa transtorno de compulsão alimentar e obesidade
• Desconstruir, autoavaliar, regular e proporcionar respostas alternativas são
essências para alterar a relação do paciente com a alimentação.
• Modificação do ambiente é crucial para modular nossas comportamentos.
• A motivação é essencial para mudar o comportamento.

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