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• Sa: R Sc
(Estímulo Antecedente) (comportamento) (Estímulo Consequente)
(Contexto)
Jack Michael foi um dos autores que mais se dedicou ao estudo desse conceito,
fazendo diversas reformulações.
• De acordo com J. Michael, eventos como os de privação / saciação e estimulação
aversiva, parecem possuir características em comum.
Momentaneamente alteram:
a) a efetividade reforçadora de outros eventos e
b) a frequência de ocorrência de todo o comportamento que foi reforçado por
esses eventos.
• Mas deve-se atentar para o tipo de alteração que ela pode exercer:
aumentando ou diminuindo a efetividade daquele estímulo.
• Nas operações motivadoras, uma subdivisão se torna necessária:
Utilizaremos o termo operação estabelecedora para nos referirmos aos
eventos ambientais que aumentam a efetividade reforçadora ou punidora da
consequência,
• e operação abolidora para os eventos ambientais que diminuem a efetividade
reforçadora ou punidora da consequência.
• Ex. de operações estabelecedoras:
Vamos analisar a resposta de uma
criança de pedir colo para a sua mãe.
Em uma situação em que a mãe fica
longe da criança muitas horas devido ao
trabalho, a criança fica privada da
presença da mãe. Esse tempo tem o
efeito de aumentar o valor reforçador
da presença da mãe, e aumentará a
frequência de toda uma classe de
respostas da mãe, como pedir colo.
• Outro ex.: Uma garota na praia com sua
família, o calor vai ficando cada vez maior,
fazendo a garota ir mais vezes tomar banho
de mar, e pedir dinheiro para comprar
sorvete. Podemos considerar que o
aumento da temperatura foi uma operação
motivadora estabelecedora que aumentou
o valor aversivo do calor e produziu um
aumento na frequência de uma classe de
repostas que tinham como consequência,
diminuir ou cessar a sensação de calor.
• Como ex. de operações abolidoras, vejamos o
exemplo de alguém que está com dor de dente e
toma sorvete. Podemos dizer que o tomar o sorvete
incide na piora da dor, o que consequenciará em não
querer tomar mais gelado. Não tomar gelado exerce
função de operação motivadora abolidora para a
consequência aversiva de sentir dor.
Operações motivadoras incondicionais e condicionais:
• Todos os organismos nascem sensíveis a eventos aversivos e gratificantes,
que poderão se tornar reforçadores ou punidores, a depender da relação que
aprendem ao longo de sua história particular.
• J. Michael deu o nome de operações estabelecedoras incondicionais, a
privação, a saciação e a estimulação aversiva, atribuída a alguns eventos,
para os quais os organismos já nascem sensíveis- ou seja, são capazes de
afetar o organismo.
Por ex. sentir sede- privação de água, condição que afeta o indivíduo.
• ( filogenética) Quando essa condição for relacionada com alguma resposta
como resultado a saciação de sede, por ex. pedir ou ir até o bebedouro,
• A privação de água passará a receber o rótulo de operação motivadora
incondicional.
• Também ao longo de nossa história, tornamo-nos sensíveis a outros eventos aos
quais não éramos, como por ex. o dinheiro. Essa sensibilidade é adquirida a
partir de aprendizagens (eventos selecionados- ontogenética) que relacionaram
outros eventos aversivos ou estimulantes de alguma forma.
• Esses eventos, assim como os incondicionais, poderão exercer diferentes funções
em relações comportamentais, inclusive de operações motivadoras
condicionais.
• Por ex. Andar de ônibus lotado diariamente (operação estabelecedora) é uma
condição que leva a pessoa a aplicar parte de seu salário na poupança
(resposta) visando a compra de um carro (reforçador).
Os estímulos que exercem função
evocativa são: os incondicionais e
condicionais (nas relações
respondentes),
e discriminativos e operações
motivadoras incondicionais e
condicionais (nas relações
operantes).
• Em ambos os casos, tratam de mudanças
DURADOURAS no repertório do organismo.
Alguns estímulos que exercem tal função,
são reforçadores, punidores e as
operações motivadoras condicionais.
• A explicação sobre o porquê das pessoas se comportarem de
determinadas maneiras, encontra-se nas histórias de interação
daquele indivíduo com seu meio.
• Na Clínica: O clínico Analítico-
comportamental é contratado pelo cliente
para ajudá-lo a analisar e mudar as relações
que o levaram a procurar ajuda. Desde o
primeiro momento do contato, o clínico será
parte do ambiente do cliente, pois de algum
modo estará afetando-o.
Segundo classificação de J. Michael, o ambiente pode exercer função evocativa,
nesse caso, o analista pode exercer no início do trabalho terapêutico, essa
função.
Leitura: THOMAZ, C.R.C; Episódios Emocionais como interações entre operantes e respondentes.
Em: BORGES, N. B.; CASSAS, F. A. Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos.
Porto Alegre: ARTMED, 2012 (p. 40 – 48).