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Behaviorismo Radical

Burrhus Frederic Skinner 1904 -1990

Comportamento Operante
Roteiro
o Ciência e Behaviorismo Radical: compreensão do conceito
e prática
o Biografia de Skinner
o O que é behaviorismo?
o Contextualização histórica
o Principais conceitos behavioristas radicais
o Comportamento operante e respondente
o Tipos de aprendizagem: generalização e discriminação
o Técnicas de reforço, extinção, punição, modelagem e
modelação
o Experimentos
o Teoria aplicada à prática
Ciência e Behaviorismo Radical

Psicologia Comportamental: baseada na análise do


comportamento, que é norteada na filosofia do
behaviorismo radical.

Aplicação da ciência nos assuntos humanos


(comportamento) para resolver os principais desafios da
cultura.

Características da ciência: progresso cumulativo, aceitar


fatos, busca de relações ordenadas, manipulação de
variáveis, formulação de modelos teóricos para previsão
e controle do objeto de estudo.
Tese Principal - Behaviorismo Radical: é possível uma
ciência do comportamento Ciência é determinista
(relações ordenadas)

Posição entra em conflito com algumas noções de livre


arbítrio.

Comportamento pode ocorrer independente de eventos


passados

Adota postura pragmática em ciência: Não existem duas


naturezas (interna e externa), apenas uma Verdade
relacionada a valor prático Não afirma nem refuta a
metafísica
Behaviorismo Radical- “Habitações humanas”: as
verdades científicas ajudam a manter de pé ou explicam
porque caiu.

Explicação culturalmente aceita

Comportamento: crenças religiosas ou pseudocientíficas


ainda são utilizadas pela cultura para explicar
comportamento

Necessidade de se demonstrar que o comportamento é


passível de estudo científico

Explicação é sinônimo de descrição (interpretação das


relações organismo e ambiente)
Subjetividade humana
Ciência determinista, pragmática e descritiva.
Como isso é psicologia?
A Cultura reconhece o psicólogo como um profissional e
cientista da “mente” e da privacidade humana.
A Psicologia teve sua origem formal em laboratórios, mas
sempre se interessou por assuntos da subjetividade
humana.
Behaviorismo Radical se interessa pela subjetividade mas
rejeita o mentalismo: Dualismo mente e corpo,
interno/fisiológico e externo
Eventos mentais são explicação de comportamentos
Subjetividade humana Exemplo: Comportamento
Bizarro e Esquizofrenia
Behaviorismo Radical: Rótulos (nomes) são
comportamentos e não podem ser utilizados para explicar
outros comportamentos.
O que produz o evento mental? (na relação organismo
ambiente)
Eventos privados (subjetividade e privacidade) são
objetos de estudo legítimos para uma ciência do
comportamento
Dificuldade: acesso aos fenômenos
Instrumentos não resolvem
Solução: análise do relato verbal

Consciência: reação privada ao próprio comportamento


É importante para a cultura então é importante para o
indivíduo. "O indivíduo torna-se consciente do que ele
está fazendo apenas depois que a sociedade tiver
reforçado respostas verbais com relação a seu
comportamento como fonte de estímulos
discriminativos." Skinner
Biografia de Skinner
 Burrhus Frederic Skinner nasceu em 1904
na Susquehanna, estado da Pensilvânia,
EUA.
 Se formou em língua inglesa na
Universidade de Nova York antes de iniciar
sua carreira de Psicologia na Universidade
de Harvard, onde tomou contato com o
behaviorismo.
 Durante sua vida se dedicou a
experiências com ratos e pombos
paralelamente a produção de livros.
 Faleceu em 1990 em ativa militância a
favor do Behaviorismo
Behaviorismo:

● Seculo XX

● Oposição ao
introspeccionismo

● Uma das três principais


correntes da Psicologia

● Comportamento como
objeto de estudo
Seleção por consequências

Proposta de Skinner para um modelo explicativo causal


e histórico

Baseado na seleção natural de Darwin

Mudança ambiental, variação genética, "competição"


Três níveis: filogenético (espécie), ontogenético
(indivíduo) e cultural

Disciplinas: biologia, psicologia e antropologia “EU”: é


utilizado como agente iniciador explicativo pois não
conseguimos observar e se lembrar de toda a história
evolutiva
Behaviorismo Radical

Matos (1995, p. 31) afirma que o “termo radical foi


empregado em dois sentidos: por negar radicalmente
(i.e., negar absolutamente) a existência de algo que
escapa ao mundo físico, isto é, que não tenha uma
existência identificável no espaço e no tempo (como a
mente, a consciência e a cognição); e por radicalmente
aceitar (i.e., aceitar integralmente) todos os fenômenos
comportamentais.”
Controle e Comportamento

Senso comum: “controle” e “coerção” são sinônimos.


Tal noção é um efeito da coerção: a maioria dos
controles existentes são coercitivos
Psicologia Comportamental: Comportamento está sob
controles
Nem todas as formas de controle são coercitivas
Não inventou o controle, estuda as formas de controle
Conhecer as fontes de controle pode ajudar a aumentar
a noção de liberdade
Para se compreender como se dão os controles
comportamentais é necessário se definir o que é
comportamento

Dificuldade: comportamento é um assunto “intimo”


para todos. É necessário “desaprender” enquanto
entramos em contato com uma ciência do
comportamento

Definição inicial de comportamento: Atividade ou


função do organismo

Pode ser público Ou privado (encoberto, ocorre dentro


da pele)
Definições de Comportamento
Principais dimensões
Frequência: número de ocorrências
Magnitude: força e Duração: tempo
Cuidado: rótulos são utilizados para nomear não para
explicar comportamentos (mentalismo)
Esquizofrenia: ações baseadas em eventos não
compartilhados por outros, sintomas positivos
(comportamentos bizarros, delírios e perseverança com
temas),
Sintomas negativos (embotamento afetivo, contato visual
restrito e ausência de expressão facial)
Comportamento é sempre uma relação organismo
ambiente
 Não existe resposta sem estímulo
 Não existe estímulo sem resposta
 Ambiente é externo ao comportamento
 O Significado do comportamento se encontra nesta
relação
 Verbalização: “Água”
 Função descritiva Função de mando
O que diferencia o comportamento de um movimento
“inanimado”?

 Comportamento ocorre como uma coordenação


sensório-motora

 Coordenação se dá num fluxo dinâmico

 Evento comportamental: contexto, resposta e


consequência

 Estado comportamental: regularidade e probabilidade


de ocorrência

 Processo comportamental: direção da dinâmica do


comportamento ao longo do tempo
Metodologia principal

 Delineamento de sujeito único.

 Linha de base e intervenção

 Sujeito é o seu próprio controle

 Se concentra no processo de mudança

 Ao invés de estatística, gráficos de frequência

 Resultado: modelos que descrevem as várias formas


de controle do comportamento
Comportamento
Respondente/reflexo

● Respostas a estímulos

● Estimulo puramente
externo
É o que usualmente chamamos de não – voluntário e inclui
as respostas que são eliciadas (produzidas) por estímulos
antecedentes do ambiente.

Como exemplo, podemos citar a contração das pupilas


quando uma luz forte incide sobre os olhos, a salivação
provocada por uma gota de limão colocada na ponta da
língua, o arrepio da pele quando um ar frio nos atinge, etc.
O condicionamento Operante

● Comportamento Aprendido

● Comportamento
Condicionado

● A manipulação do meio
gera uma manipulação do
individuo

● Hábito gerado por uma


ação do individuo
O condicionamento Operante

Essencialmente o condicionamento é aquele em que


alguém aprende um comportamento como resultado
de recompensas e punições associadas a esse
comportamento.

= O condicionamento operante pode


ser dividido em 4 Tipos
O condicionamento Operante

1.Reforço Positivo: ocorre quando um comportamento


é reforçado e por ter uma condição positiva como
resultado

Estímulo agradável que ocorre após um


comportamento desejado.

Efeito: aumenta a probabilidade do comportamento


desejado

Exemplo: nota alta em uma prova


O reforço positivo é dar algo agradável depois de um
comportamento. Isto aumenta a probabilidade de que o
comportamento continuará. Exemplos são:

Exemplo de condicionamento operante no trabalho: Ter um


emprego e ir trabalhar todos os dias para receber um salário.

Exemplo de condicionamento operante na sala de aula: Um


professor elogiando os estudantes quando eles responderem
corretamente irá aumentar esse comportamento.

Exemplo de condicionamento operante em ratos na caixa


de Skinner: No experimento da caixa de Skinner, um rato tem
comida como recompensa por um comportamento aceitável,
como pressionar uma alavanca.
O condicionamento Operante
2. Reforço Negativo: um comportamento é reforçado
(fortalece), a fim de evitar ou interromper uma condição
negativa.

Remoção de um estímulo desagradável depois que um


comportamento desejado ocorre

Efeito: aumenta a probabilidade do comportamento


desejado.

Exemplo: permitir a uma criança que saia do seu quarto


depois de parar com um acesso de raiva

Exemplo: repreender ou depreciar o aluno


O condicionamento Operante

Exemplo: Na hora do jantar, uma criança faz beicinho


e se recusa a comer cada um dos vegetais no seu
prato. Seus pais rapidamente tiram os legumes
ofensivos para longe. Uma vez que o comportamento
(pirraça) levou à remoção do estímulo aversivo (os
legumes)

Exemplo: Antes de sair para um dia na praia, você se


entope de protetor solar (o comportamento) para evitar
queimaduras solares (remoção do estímulo aversivo).
O condicionamento Operante

Exemplo: Você decide limpar sua bagunça na cozinha


(o comportamento) para evitar entrar em uma briga
com seus companheiros de república (remoção do
estímulo aversivo).

Exemplo: Na segunda-feira de manhã, você sai de


casa cedo (o comportamento), para evitar ficar preso
no trânsito e chegar atrasado para a aula (remoção de
um estímulo aversivo).
Reforço negativo está tirando algo desagradável, como
resultado do comportamento que é aceitável. Este também
serve para aumentar o comportamento. Exemplos são:

Exemplo de condicionamento operante no dia a dia: É


muito barulhento lá fora, assim você liga a televisão para
mascarar o ruído. Ligar o rádio diminuiu o ruído
desagradável.

Exemplo de condicionamento operante na escola: Um


professor isenta o aluno da prova final, se ele têm um
comportamento adequado. Assim, o professor está tirando
algo desagradável para aumentar a probabilidade desse
comportamento
Exemplo de condicionamento operante com crianças: Em um
supermercado, uma criança faz birra, porque não conseguiu
uma barra de chocolate. O Pai finalmente dá o chocolate
para a criança. Ela para a birra e tira algo desagradável,
então o comportamento de obter barras de chocolate do pai
vai aumentar.

Exemplo de condicionamento operante – behaviorismo: No


experimento da caixa de Skinner, um barulho alto soou
continuamente dentro da gaiola até que o rato fez o que
Skinner queria que ele fizesse. Quando o fez, o barulho
parou, então o ruído desagradável foi tirado.

Exemplo de condicionamento operante na


escola/faculdade: Em uma aula de biologia, os estudantes
que tiraram um “A” no teste escrito não tinham que dissecar
uma rã.
O condicionamento Operante
3. Punição: ocorre quando um comportamento é
enfraquecido e a probabilidade de se repetir diminui por ter
uma condição negativa como resultado
Punição Positiva: apresentação de um estímulo desagradável
depois que um efeito indesejado ocorre.
Efeito: diminui a probabilidade do comportamento indesejado.
Exemplo: uma nota baixa em um exame
Punição negativa: remoção de um estímulo agradável depois
que um comportamento indesejado ocorre
Efeito: diminui a probabilidade do comportamento indesejado.
Exemplo: “cortar” a TV ou computador de uma criança que se
comporta mal.
Punição positiva é utilizada para diminuir um
comportamento e apresenta algo desagradável após o
comportamento.

Exemplos de punição positiva são:

Exemplo de condicionamento operante nas organizações:


Um funcionário apresenta um comportamento ruim no
trabalho e o chefe critica. O comportamento vai diminuir por
causa das críticas do chefe.

Quando um aluno se comporta mal na sala de aula, recebe


uma bronca.
A criança recebe uma surra quando coloca a mão no pote de
biscoitos.

Quando uma criança não coloca a sua roupa no cesto, tem


que fazer dez minutos extras de tarefas.

Exemplo de condicionamento operante – experimentos:

Em um experimento, o sujeito recebeu um leve choque


elétrico quando deu uma resposta errada.
Punição negativa também é utilizada para diminuir um
comportamento e é a remoção de algo agradável após o
comportamento. Exemplos de punição negativa são:

Exemplo de condicionamento operante no dia a dia: Jorge


recebe uma multa de R$ 500 e suspensão da carteira de
motorista por dirigir sob a influência de álcool. Dinheiro e sua
licença foram removidos para diminuir comportamento.

Uma família tem um pote de moedas que devem ser pagar


quando se fala palavrão. Toda vez que alguém fala um
palavrão, têm que colocar um real no pote. Isso está tirando
dinheiro, que é algo agradável, e diminui o comportamento.

Exemplo de condicionamento operante: Mateus bagunçou o


quarto da irmã e sua mãe disse que ele não poderia ir
acampar com seus amigos.
4. Extinção: quando um comportamento é enfraquecido
porque o resultado não levou a uma condição positiva
ou negativa.
Exemplo de extinção: imagine que você ensinou seu cão
a levantar as patas. Com o tempo, o truque tornou-se
menos interessante. Você para de recompensar o
comportamento e, eventualmente, para de pedir ao
animal para levantar as patas. Eventualmente, a resposta
torna-se extinta, e o cão não exibe o comportamento.
Técnicas de Reforço e Punição: Consequência de uma
ação quando ela é percebida por quem a pratica
Os reforços positivo e negativo fortalecem determinado
comportamento, tornando mais provável a sua ocorrência,
e a punição e extinção enfraquecem determinado
comportamento.
O que causa a extinção e quando ocorre?

No condicionamento clássico, a extinção acontece


quando um estímulo condicionado não é mais emparelhado
com um estímulo incondicionado.

No condicionamento operante, a extinção pode ocorrer se


o comportamento não é reforçado, ou se o tipo de reforço
usado não é mais gratificante.

Extinção e Recuperação Espontânea


● Na extinção há um enfraquecimento da resposta
condicionada na ausência do estímulo condicionado;
● Quando uma resposta condicionada reaparece após um
intervalo de tempo sem o condicionado chama-se
recuperação espontânea.
Exemplos práticos do Behaviorismo
Reforço positivo
As empresas oferecem aumentos aos empregados que
apresentam excelentes desempenhos. A esperança de uma
promoção pode servir como motivação para os funcionários
fazerem o seu trabalho bem.
Reforço negativo
Sara tem o hábito de acelerar demais no caminho do
trabalho. Certa manhã, ela é parada por um policial e recebe
uma multa de R$ 275. Depois disso, ela nunca acelera tanto
de novo; a consequência negativa ao seu comportamento de
excesso de velocidade faz com que ela passe a obedecer o
limite de velocidade, uma vez que ela nunca quer receber
outra multa por excesso de velocidade.
O condicionamento Operante

Programação de Reforço

Tipos de aprendizagem

Generalização: Novos estímulos, que são de alguma


modo parecidos com os originais, podem produzir
respostas semelhantes à resposta condicionada;

Discriminação: É quando se separa o aprendizado, de


modo que se conduz o indivíduo a aprender a
responder a certos estímulos e não responder a
outros
O condicionamento Operante
A frequência e o momento em que um comportamento é
reforçado podem afetar muito a resistência do
Comportamento e a taxa de resposta.
Pode-se usar reforços positivo e negativo, e o objetivo é
sempre fortalecer o comportamento e aumentar
a probabilidade de que ocorra novamente.
As programações de Reforço podem ser
divididas em 2 Tipos
1. Reforço Contínuo: todo vez que um comportamento
ocorre ele é reforçado.

2. Reforço Parcial: um comportamento é reforçado em


parte do tempo
O condicionamento Operante

A resposta que resulta do reforço parcial, é mais resistente


a extinção, pois, esse comportamento são aprendidos ao
longo do tempo e não adquiridos de uma só vez.
O reforço parcial pode ser dividido em
4 programações
O condicionamento Operante

Esquema de Razão Fixa: depois de determinado número


De respostas, a resposta é reforçada. Por exemplo: um
rato só recebe pastilhas de alimento depois de
pressionar a alavanca por 3 vezes.

Esquema de Razão Variável: o reforço ocorre depois de


um número imprevisível de respostas. Por exemplo: um
rato pressiona a alavanca várias vezes, mas uma pastilha
de alimento é fornecida de maneira aleatória sem basear
em nenhum tipo de esquema fixo.
O condicionamento Operante

Esquema de Intervalo Fixo: uma resposta é recompensada


depois de determinado período. Por exemplo: se um rato
pressionar a alavanca em um período de 30 segundos,
ele recebe uma pastilha de alimento. Não importa
quantas vezes o rato pressiona a alavanca, pois
somente uma pastilha será dada durante esse
intervalo de tempo.

Esquemas de Intervalo Variável: o reforço ocorre depois


de um período imprevisível. Por exemplo: o rato pode
ser recompensado com uma pastilha a cada 15 segundos
e, então, a cada 5 segundos e, depois,
a cada 45 segundos, etc.
Exemplos de 4 esquemas diferentes de reforço
podem ser encontrados na vida cotidiana

 Esquema de Razão Fixa: quando se joga videogames.


em que o jogador precisa pegar determinado número
de pontos ou moedas para obter uma recompensa

 Razão Variável: às máquinas caça-níqueis

 Esquema de Intervalo Fixo: ter um salário semanal


Ou quinzenal

 Esquema de Intervalo Variável: quando o chefe entra


no escritório para verificar o progresso dos
funcionários em horários aleatórios
O condicionamento Operante
Para aprender um comportamento novo, o esquema de
Razão Fixa é sempre melhor, enquanto um esquema
de Intervalo Variável é extremamente
resistente a extinção

Modelagem e Modelação

● Modelagem: São determinadas etapas para que aos


poucos seja alcançando o comportamento final
desejado. (Aproximações sucessivas);

● Modelação: O aprendizado ocorre por observação e


imitação.
MODELAGEM

Procedimento de reforçamento diferencial com


aproximações sucessivas, até um comportamento final;

Processo de mudança gradual da topografia de um


comportamento em direção a um comportamento terminal
produzido por reforçamento diferencial de aproximações
sucessivas.

Indução “Quando um operante é reforçado e aumenta de


freqüência, respostas semelhantes podem aparecer e
aumentar de freqüência mesmo que não tenham sido
reforçadas”.
EFEITOS DO REFORÇAMENTO

Indução (ou generalização de respostas): fortalecimento


de respostas fora da classe seguida por reforçamento, mas
que guardam alguma proximidade; distribuição de
respostas além do conjunto reforçado

Diferenciação (ou seleção de respostas): fortalecimento


das respostas pertencentes ao conjunto que foi seguido
pela consequência; distribuição de respostas circunscrita
aos limites das respostas reforçadas
Reforçamento diferencial no ambiente social

Padrões inconsistentes de reforçamento dificultam a


aquisição de comportamentos;
- Uma vendedora no primeiro contato com o cliente
- Um jovem que vai dar uma “cantada”

Diferenciação de respostas mais lenta


Pode resultar em discriminações sutis

- Convivência frequente com amigo


- Começo de um relacionamento
- Escolher uma piada “Mulheres e mulheres, homens e
homens”
Útil na aquisição de habilidades sociais
Exemplo: Criança pedir mesada para o pai
quando o mesmo está de bom humor.

Exemplo: No ambiente de trabalho, cumprir


horários, fazer um trabalho bem feito, agir de
maneira produtiva e receber elogios do chefe.
APROXIMAÇÕES SUCESSIVAS

Andar de bicicleta (comportamento desejado)

Andar de triciclo com pedal

Pedalar bicicleta com rodas laterais grandes e baixas

Pedalar bicicleta com rodas laterais pequenas

Pedalar com rodas suspensas alguns centímetros

Pedalar sem rodas mas com apoio de um adulto

Andar de bicicleta (resposta final)


Teoria aplicada à Pratica

● Skinner realizou tanto experiências com animais


quanto com crianças.

● Defendia que aos alunos deveriam ser dadas razões


positivas para estudar e não era correto a punição;

● Incentivava a produção de materiais didáticos que


permitissem que os alunos estudassem sozinhos,
sempre os estimulando e reforçando essa prática

● A aprendizagem ocorre através de uma série de


estímulos e esforços, de modo a se tornar mecanizada.
Controle aversivo e punição
 Controle aversivo: em abundância na natureza e na
cultura
 Natureza: dores, doenças, ambiente hostil
 Cultura humana: coerção e punição predominam nas
relações.
 Reforço positivo: predominantemente não coercitivo
 Reforço negativo, punição (positiva e negativa):
predominantemente coercitivo
 Punição como revanche, como exemplo e como
corretivo
Punição

 A cultura condena a punição mas não conhece


alternativas viáveis

 Skinner e Sidman: punição corretiva não produz os


resultados desejados

 Proposta da análise do comportamento: ao invés


de punição. reforço positivo de comportamentos
alternativos, modelagem e extinção
Experimento ilustrativo

Rato pressionando a barra em CRF Introdução de


punição leve (choque)

Supressão temporária da resposta

Retorno da resposta punida (privação e falta de


alternativas)

Aumento da intensidade do choque

Reinício do processo
Discussão
Quem desistirá antes?
Rato ou experimentador?
Modelo para se compreender “reincidências”
Quem não aprendeu?
Porque a punição é tão generalizada na cultura?
Produz efeitos imediatos (mas não duradouros)
Não depende de privação ou saciação
Não depende de arranjos de contingências complexos
Skinner e Sidman versus Catânia: enfoques diferentes quanto
ao papel da punição.
Exemplo de punição "não coercitiva"
Efeitos Colaterais da Punição
Reflexos,

Punição condicionada, fuga e esquiva

Primeiro efeito: eliciação de reflexos.

Interferem no desempenho, podem predispor para


agressividade
Estímulos emparelhados com a punição se tornam aversivos
condicionados: efeito tóxico

Quem dá choques se transforma em choque


Estimula contra-controle (reforçamento negativo, fuga e
esquiva)
Fuga na cultura
 Desligar-se de problemas,
 ter crises nervosas,
 comportamentos agressivos,
 delegar responsabilidades,
 não fazer nada até desistir completamente.
 Seja desistir da escola,
 da família,
 do trabalho,
 da religião,
 da sociedade ou até mesmo da vida.
Referências:

FREITAS, M. T. A Vygotsky e Bakhtin- Psicologia e


educação: um intertexto. S. Paulo/Juiz de Fora:
Ática/EDUFJF,1994.

SKINNER, B. F. Sobre o behaviorismo. São Paulo, SP:


Cultrix, 1974.

MATOS, Maria Amélia. Behaviorismo metodológico e


behaviorismo radical.

RANGE, B. Psicoterapia comportamental e cognitiva.


Campinas:Psy II 1995
http://www.uneb.br/salvador/dedc/files/2011/05/Monografia-
Jenifer-Satie-Vaz-Ogasawara.pdf

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