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ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

STEPHANIE BRITO ARAUJO

RESUMO

“ANÁLISE FUNCIONAL: APLICAÇÃO DOS CONCEITOS.”

FEIRA DE SANTANA- BA
2024
RESUMO
Ao tentarmos compreender a conduta de alguma pessoa, comumente nos
perguntamos “O que ela fez?” ou “O que aconteceu após?”. Com a primeira
pergunta podemos identificar o comportamento e com a segunda conseguimos
chegar às consequências deste comportamento, nos dando assim, uma explicação
prática do ocorrido. Se tivermos o interesse de mudar um comportamento, o
caminho mais provável para isso seria mudar a contingência de reforçamento, que é
a relação entre o ato e a consequência. A essência da análise de contingências se
traduz nisso: identificar o comportamento e as consequências; alterar as
consequências; ver se o comportamento muda.
Skinner defende a existência de três níveis de causalidade do
comportamento. São eles:

● Nível Filogenético: O ambiente atua sobre nosso comportamento

selecionando características da nossa espécie. Nossas características fisiológicas e


comportamentais são determinadas pela filogenia. Ou seja, alguns comportamentos
podem ser apreendidos já outros não, e a depender da genética, algumas
características vão se restringir ao indivíduo e não a toda espécie.

● Nível Ontogenético: é análise da modificação do comportamento pelo

convívio direto com o meio em que esse organismo vive. Nesse nível, o
comportamento é modificado pelas suas consequências. Entende-se que dependendo
da consequência de uma resposta, esta pode se repetir ou não.

● Nível Cultural: é a modificação do nosso comportamento em relação às

variáveis culturais, como por exemplo, modismos, movimentos artísticos,


preconceitos, ideologia, princípios, leis e questões econômicas. A cultura
estabelecerá as funções reforçadoras ou aversivas condicionadas da maioria dos
estímulos.
Skinner ignorava os eventos mentais hipotéticos porque para ele, explicar o
comportamento por esses eventos não ajudava a prevê-los e nem controlá-los. A
forma de predizer e controlar o comportamento, seria mediante a análise funcional,
buscando no ambiente externo seus determinantes.
Algumas observações são importantes:
1. Comportamentos da mesma topografia podem ter funções distintas.
2. A emissão de uma mesma topografia de resposta pode ter funções
distintas.
Por isso, uma análise do comportamento deve ser funcional e não
topográfica. Só conseguiremos entender melhor o comportamento ao examinar sua
função. Desta forma, compreender os comportamentos respondentes e saber
identificá-los é fundamental para o psicólogo entender como funciona grande parte
das alterações comportamentais que chamamos de emoções e sentimentos.
Há o paradigma respondente e o operante. No comportamento respondente, o
principal determinante é o estímulo antecedente; e no comportamento operante o
principal é o estímulo consequente. Em uma análise funcional, a tarefa é “encaixar”
o comportamento em um dos paradigmas e encontrar os seus determinantes. Esse é
o objetivo da Análise do Comportamento e assim conseguimos “controlar” o
comportamento de maneira a tornar sua ocorrência mais ou menos provável.
Existem situações em que uma mesma resposta tem duas consequências,
uma reforçadora positiva e outra punitiva positiva. Em se tratando de contingências
conflitantes (que são muito comuns no dia a dia), a frequência do comportamento
vai depender de diversos fatores, como a magnitude dos estímulos consequentes
envolvidos, a privação e o esquema de reforçamento ou de punição em vigor para
cada consequência.
As contingências conflitantes são uma condição ideal para observação de
respostas de contracontrole, nas quais o comportamento outrora punido continua
produzindo reforçadores e, com emissão da resposta de contracontrole, deixa de
produzir os estímulos punitivos.
O psicólogo deve estar muito atento, pois os relatos dos clientes em terapia
acerca de suas queixas nem sempre descrevem comportamentos e muitas vezes não
envolvem informações sobre os seus antecedentes e suas consequências. Cabe ao
psicólogo conduzir a entrevista clínica para que lhe seja fornecido as informações
necessárias para a realização das análises funcionais.
Mediante a coleta de dados, a primeira etapa é elencar os comportamentos
alvos que podem ter relação direta ou indireta com as queixas do cliente. A ideia
pode ser que esses comportamentos sejam enfraquecidos ou fortalecidos, depende
do objetivo terapêutico.
Ao realizar análises funcionais precisamos considerar que:
1. Existe a possibilidade de o comportamento ter relação com outro.
2. Um comportamento pode interferir na probabilidade de ocorrência de
outro.
3. O contato passado do comportamento com as consequências é o principal
determinante da probabilidade de sua ocorrência.

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