Você está na página 1de 23

1

1 INTRODUÇÃO

Este é um projeto de Observação Cientifica referente ao Estágio Básico


Supervisionado de Prática em Análise do Comportamento que tem por objetivo coletar dados
por observação de modo sistemático, organizado, metódico e objetivo. Com base nos dados
coletados é possível diagnosticar a situação problema, aderir técnicas e procedimentos a
serem empregados, estimar a eficácia de tais técnicas para a resolução da situação problema.

Observação científica trata-se de um instrumento de coleta de dados com o objetivo de


responder uma pergunta especifica relacionada a situação problema, com isso podemos
melhor compreender a natureza e as ações transformadoras. A coleta de dados permite a
socialização e consequentemente a avaliação do trabalho do cientista. Através da observação
sistemática do comportamento dos organismos é possível identificar as relações existentes
entre o comportamento e certas circunstâncias ambientais. (ABREU, 2017, p.19)

A Análise do Comportamento é uma ciência do comportamento fundamentada na


filosofia do Behaviorismo Radical e que tem como objeto de estudo a interação do
indivíduo com o ambiente. A ciência da análise do comportamento é controlada por
variáveis de pelo menos três fontes: pesquisa empírica passada, teoria e observações
correntes do comportamento. Com a pesquisa empírica passada e a teoria, o controle
é amplamente verbal, visto que estímulos tanto escritos quanto orais estabelecem
ocasiões para novas pesquisas. (ABREU, 2017, p.20)

Dentre os diversos transtornos psiquiátricos optamos por analisar o transtorno do


espectro autista sobre a série de televisão estadunidense The Good Doctor, analisando o
comportamento do protagonista Dr. Shaun Murphy, autista e portador da Síndrome de Savant,
interpretado pelo ator Freddie Highmore (2017). Na série Shaun Murphy muda-se do interior
para ingressar em uma equipe de cirurgia em um hospital de renome. No decorrer nos
episódios além dos desafios da profissão, Shaun tem que provar sua capacidade a seus colegas
de trabalho e superiores.

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do desenvolvimento


neurológico, caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social e pela presença
de comportamentos e/ou interesses repetitivos ou restritos. Esses sintomas configuram o
núcleo do transtorno, mas a gravidade de sua apresentação é variável. (ARANTES, 2019, p.
2

01). A gravidade do espectro autista é composta por 3 níveis, sendo eles: Exigindo apoio
(nível 1), exigindo apoio substancial (nível 2) e exigindo apoio muito substancial (nível 3).

O Síndrome de Savant está apresente em pessoas com transtornos do espectro autismo


com habilidades muito desenvolvidas, levada sabedoria, mas limitada tendo uma boa
capacidade de memória visual e auditiva. Hughes (2012) afirmou que o dano na área frontal-
temporal esquerdo permite o desenvolvimento de uma habilidade savant pelo hemisfério
direito.

Este projeto tem como objetivo analisar a representação do transtorno de espectro


autista, representado pelo ator Freddie Highmore na série The Good Doctor (2017).
Realizando uma análise funcional do comportamento representado pelo protagonista Dr.
Shaun Murphy.

A observação cientifica sobre o espectro autista é um importante tema a ser estudado,


pois está condição é pouco conhecida, o autismo não é uma doença, se trata de uma condição
neurológica, marcada por dificuldades no desenvolvimento da linguagem, nos processos de
comunicação, na interação e no comportamento social. Segundo Cherry (2019), problemas
sociais impactam profundamente a vida das pessoas, entendendo melhor essa condição, pode
haver uma maior inclusão de pessoas portadoras de autismo na sociedade. No meio cientifico
podemos observar e analisar os comportamentos dos portadores da condição do espectro
autista, inserir conhecimentos já mapeados e transmitir os conhecimentos observados para
outros pesquisadores.
3

2 OBSERVAÇÃO CIENTIFICA

A observação cientifica trata-se da coleta de dados específicos de um determinado


comportamento e situação ambiental. A coleta caracteriza-se pelo processo de reunir dados/
informações observadas sobre o comportamento do organismo em relação ao ambiente na
qual está inserido no momento observado. Para a coleta de dados é necessário estabelecer uma
questão geral a ser observada, com base na situação problema apresentado.

Os dados coletados por observação são usados para diagnosticar a situação problema,
para escolher as técnicas e procedimentos a serem empregados e para avaliar a
eficácia destas técnicas e procedimentos. (Mattos & Danna, 1982, p14)

A observação consiste em descrever de forma metodológica a ordem dos fatos


observados, baseando-se em conhecimentos teóricos sobre a analise comportamental. É
planejada de forma sistemática, concentrando-se nos objetos estabelecidos, no planejamento
na qual irá cumprir o objetivo traçado e a execução. Ao observar é necessário transmitir o que
fora observado de forma objetiva, organizada, sistemática, estudando os eventos para uma
possível verificação por outros pesquisadores.

2.1 COMPORTAMENTO

Definir comportamento tona-se extremamente complexo, pois não se trata de uma


resposta simples e concisa, para defini-lo é necessário identificarmos os tipos de
comportamento e logo englobará todos os tipos de conhecimentos sobre. Para compreender o
comportamento requer isolar os estudos e as variáveis, identificando o que as tem em comum.
Todorov (1989) descreve que assim como o ambiente pode ser analisado em diferentes níveis,
o comportamento pode ser entendido em diferentes graus de complexidade, concluí também
quem os conceitos de comportamentos e ambiente, e de resposta e estímulo, são
interdependentes. Um não pode ser definido sem referência ao outro.
4

O comportamento humano se caracteriza por sua complexidade, sua variedade, e pelas


suas maiores realizações, mas os princípios básicos não são por isso necessariamente
diferentes. A ciência avança do simples para o complexo: constantemente tem que
decidir se os processos e leis descobertos para um estágio são adequados para o
seguinte. Seria precipitado afirmar neste momento que não há diferença essencial
entre o comportamento humano e o comportamento de espécies inferiores; mas até
que se empreenda a tentativa de tratar com ambos nos mesmos termos, seria
igualmente precipitado afirmar que há. (SKINNER 1953, p. 73)

O comportamento não pode ser definido apenas como uma interação entre organismo
e ambiente. Como exemplo, Moore (2008) assegura que o comportamento tem certas
propriedades especificas que resultam em relações funcionais entre aspectos do
comportamento e aspectos ambientais. Tais relações são denominadas como interações de
qualquer organismo em relação ao meio na qual se encontra (ambiente).

Nas palavras de Skinner (1953), a natureza sensório-motora – estágio do


desenvolvimento infantil, de 0 a 2 anos - da relação organismo-ambiente nos faz concluir que
o comportamento é dinâmico, trata-se de uma relação estática, mas de uma relação mutável. O
comportamento é a coordenação sensório-motor, é mutável, fluido, evanescente e é a
atividade contínua e coerente de um organismo integral. No início da história o
comportamento não se tratava de movimento, nem de sensing, mas de uma coordenação
sensório-motora.

Skinner (1936) em seus trabalhos descreve sobre operantes e respondentes, em “The


behavior of organisms” aperfeiçoa a distinção entre operantes e respondentes (Skinner, 1938),
conclui que operante é todo comportamento para qual não se identifica um estimulo eliciador,
como por exemplo nos reflexos de Pavlov.

O tipo de comportamento correlacionado com estímulos eliciadores específicos pode


ser denominado de comportamento respondente e uma correlação determinada um
respondente. Pretende-se com isso que o termo tenha o sentido de uma relação com
um evento prévio. Refiro-me ao comportamento que não está sob esse tipo de controle
como operante e a qualquer exemplo específico como um operante. (SKINNER, 1938,
p. 20).

Processos comportamentais não podem ser confundidos como comportamento, e sim


como mudanças no comportamento. Há uma relação entre eles, os processos participam da
definição de comportamento, deste modo podemos analisar a contaste mudança na definição
de comportamento, correlacionada aos processos comportamentais.
5

Comportamento, em uma palavra pode ser descrita como uma relação entre
organismo-ambiente - é uma coordenação sensório-motora - está definição é relacional, não
privilegia o organismo, nem o ambiente, mas a relação entre ambos. Sobre o ponto de viste da
Análise do Comportamento, o comportamento é uma relação de interdependência entre
eventos ambientais, estados comportamentais, eventos comportamentais e processos
comportamentais.

2.2 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

Análise do comportamento é uma ciência do comportamento, que se fundamenta na


filosofia do Behaviorismo Radical e possui como objetivo o estudo a interação entre
organismo e ambiente. Um dos principais objetivos da análise do comportamento como
ciência é desenvolver princípios comportamentais gerais, tornando-os igualmente aplicáveis
em humanos e não-humanos, seja no âmbito laboratorial ou em ambientes naturais.

A ciência da análise do comportamento segue ao menos três variáveis, sendo elas:


pesquisa empírica passada, teórica e observações correntes do comportamento. A pesquisa
empírica passada e a teórica tratam-se dos estímulos escritos e orais. Observações do
comportamento podem ser realizadas no âmbito laboratorial ou em ambientes “aplicados”,
tais observações incluem o princípio de “serendipidade” - observações sistemáticas futuras do
comportamento que são controladas por observações que desviam do esperado -
(BACHRACH, 1960; SKINNER, 1956).

A análise do comportamento originou-se de uma posição behaviorista assumida por


Skinner (1961, 1969/1980). Skinner parte da constatação que há ordem e regularidade no
comportamento, sobre o vago senso de observação sobre o comportamento humano. Para
compreender a análise do comportamento é necessário conhecer as premissas sustentadas
pode Skinner e associadas aos analistas do comportamento. Em uma das premissas de Skinner
(1957/1978), descreve que os homens agem sobre o mundo, modificam-no e são modificados
pelas consequências de suas ações. Na premissa de Harzem & Miles (1978), eles
compartilham que a psicologia é o estudo da interação entre organismo e ambiente. Keller &
Schoenfeld (1950/1968), destaca que através de análise, é possível chegar aos conceitos de
6

estímulo e resposta, pois um estímulo pode ser definido como ‘uma parte, ou mudança em
uma parte, do ambiente’, e a resposta pode ser definida como ‘uma parte, ou mudança em
uma parte, do comportamento’. No entanto, um estímulo não pode ser definido
independentemente de uma resposta.

3 ESPECTRO AUTISTA

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento,


caracterizado por alterações qualitativas e quantitativas na comunicação. É definida como
uma síndrome comportamental que compromete o desenvolvimento motor e psiconeurológico
dificultando a cognição, a linguagem, interação social e no comportamento da criança, em
diferentes graus de severidade (SCHWARTZMAN, 2003, 2011).

No TEA existe uma grande variabilidade, intensidade e forma de expressão


sintomatológica. As características essenciais do transtorno do espectro autista são prejuízo
persistente na comunicação social recíproca e na interação social e padrões restritos e
repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Podemos verificar o impacto diante
do grau de interação social e comunicação do paciente (RUTTER, 2011).

O início da sintomatologia do TEA costuma ser reconhecidos durante o segundo ano


de vida (12 a 24 meses), embora possam ser vistos antes dos 12 meses de idade, se os atrasos
do desenvolvimento forem graves, ou percebidos após os 24 meses, se os sintomas forem
mais sutis. A sintomatologia pode ser observada nos atrasos precoces do desenvolvimento ou
quaisquer perdas de habilidades sociais ou linguísticas, em geral acompanhado por ausência
de interesse social ou interações sociais incomuns, padrões estranhos de brincadeiras, e
padrões incomuns de comunicação. No ambiente familiar é possível observar
comportamentos atípicos – deficiência intelectual, déficit social, cognitiva e adaptativa –
comportamentos repetitivos e estereotipados, que pode indicar a presença de TEA.
7

A detecção precoce dos sinais e sintomas apresentados é fundamental para o indivíduo


com TEA, com o início imediato do tratamento, pode haver uma melhora substancial nos
resultados alcançados no desenvolvimento cognitivo, nas habilidades sociais e linguagem.
(RUTTER, 2011)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta a utilização dos manuais CID-10 ou


DSM-V como critério classificatório para o TEA e demais doenças. (ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DA SAÚDE, 1997). O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
da Associação Psiquiátrica Americana (DSM) foi criado pela Associação Americana de
Psiquiatria com o objetivo de orientar os profissionais da área da saúde acerca dos transtornos
mentais e auxiliar na elaboração de diagnósticos. Desde a sua primeira publicação, o DSM
passou por cinco revisões. Em 2013, o DSM foi reformulado (DSM-5), tornando-se mais
seguro para aplicação em pesquisas e em atendimentos clínicos. (ASSOCIAÇÃO
AMERICANA DE PSIQUIATRIA, ARAUJO & NETO, 2014).

3.1 ESPECIFICADORES DE GRAVIDADE

Os especificadores de gravidade podem ser usados para descrever, de maneira sucinta,


a sintomatologia atual, com o reconhecimento de que a gravidade pode variar de acordo com
o contexto ou oscilar com o tempo. Podemos classificar a gravidade em três níveis,
descrevendo a comunicação social e os comportamentos restritos e repetitivos.

Tabela 1 - Nível de gravidade 3: “Exigindo apoio muito substancial”

COMPORTAMENTOS RESTRTITOS E
COMUNICAÇÃO SOCIAL
REPETITIVOS
Déficits graves nas habilidades de comunicação Inflexibilidade de comportamento, extrema
social verbal e não verbal causam prejuízos graves de dificuldade em lidar com a mudança ou outros
funcionamento, grande limitação em dar início a comportamentos restritos/repetitivos interferem
interações sociais e res- posta mínima a aberturas acentuadamente no funcionamento em todas as
sociais que partem de outros. Por exemplo, uma esferas. Grande sofrimento/dificuldade para mu- dar
pessoa com fala inteligível de poucas palavras que o foco ou as ações.
raramente inicia as interações e, quando o faz, tem
abordagens incomuns apenas para satisfazer a
necessidades e reage somente a abordagens sociais
8

muito diretas.
Fonte: AMERICAN, Paychiatric Association DSM-5.

Tabela 2 - Nível de gravidade 2: “Exigindo apoio substancial”

COMPORTAMENTOS RESTRTITOS E
COMUNICAÇÃO SOCIAL
REPETITIVOS
Déficits graves nas habilidades de comunicação
social verbal e não verbal; prejuízos sociais aparentes Inflexibilidade do comportamento, dificuldade de
mesmo na presença de apoio; limitação em dar início lidar com a mudança ou outros comportamentos
a interações sociais e res- posta reduzida ou anormal restritos/repetitivos aparecem com frequência
a aberturas sociais que partem de outros. Por suficiente para serem óbvios ao observador casual e
exemplo, uma pessoa que fala frases simples, cuja interferem no funcionamento em uma variedade de
interação se limita a interesses especiais reduzidos e contextos. Sofrimento e/ou dificuldade de mudar o
que apresenta comunicação não verbal foco ou as ações.
acentuadamente estranha.
Fonte: AMERICAN, Paychiatric Association DSM-5.

Tabela 3 - Nível de gravidade 1: “Exigindo apoio”

COMPORTAMENTOS RESTRTITOS E
COMUNICAÇÃO SOCIAL
REPETITIVOS
Na ausência de apoio, déficits na comunicação social
causam prejuízos notáveis. Dificuldade para iniciar
interações sociais e exemplos claros de respostas
Inflexibilidade de comportamento causa interferência
atípicas ou sem sucesso a aberturas sociais dos
significativa no funcionamento em um ou mais
outros. Pode parecer apresentar interesse reduzido
contextos. Dificuldade em trocar de atividade.
por interações sociais. Por exemplo, uma pessoa que
Problemas para organização e planejamento são
consegue falar frases completas e envolver-se na
obstáculos à independência.
comunicação, embora apresente falhas na
conversação com os outros e cujas tentativas de fazer
amizades são estranhas e comumente malsucedidas.
Fonte: AMERICAN, Paychiatric Association DSM-5.
9

4 MÉTODO

Para a metodologia deste relatório foram coletados conceitos e dados em sites de bases
de dados científicos, os sites utilizados foram PEPSIC, Scielo e PubMed. Consultamos
principalmente o livro que nos fora apresentado pelo nosso professor de Estágio Básico
Supervisionado em Práticas da Análise do Comportamento, o livro citado cujo nome é
“Aprendendo a Observar”, descrito pelas autoras Marilda Fernandes Danna e Maria Amélia
Matos.

Este relatório tem como objetivo experenciar a análise do comportamento apresentado


pelo protagonista da série The Good Doctor, Shaun Murphy. Para compreender tais
comportamentos utilizamos artigos coletados da plataforma PEPSIC sobre o transtorno
psiquiátrico apresentada pelo protagonista Shaun Murphy, Aspecto Autista.

Para analisar o comportamento de Shaun Murphy optamos por utilizar o Registro


Continuo Cursivo, que se trata do levantamento do repertório comportamental do organismo e
as circunstâncias ambientais apresentadas, sobre um período interrupto de tempo de
observação, obedecendo principalmente a sequência temporal dos eventos. Os eventos
observados devem referir-se à localização em que o organismo se encontra, a posição e a
postura do organismo, os eventos comportamentais e os eventos ambientais.
10

4.1 PLANEJAMENTO DA OBSERVAÇÃO

Na observação seja sobre pesquisa ou aplicação, requer um planejamento dos passos


subsequentes, como o que será observado, quem será observado, onde a observação irá
ocorrer, a frequência das observações, como serão os registrados os dados etc. Tais
observações tem como base os critérios estabelecidos, como o objetivo de estudo ou o
problema de pesquisa.

Ao planejar uma pesquisa deve-se levar em conta, além do objetivo do estudo, o


conhecimento já existente do assunto, o interesse especifico do observador e as
condições possíveis de realização do trabalho. (DANNA, 2011)

O objetivo norteia a observação e a primeira etapa do planejamento, pois consiste em


estabelecer o objetivo para qual a observação será realizada. Após definir o objetivo, de forma
clara e objetiva podemos estabelecer o que será observado.

A segunda etapa consiste no planejamento da colega de dados, que seria especificar:

 “Quem será observado” – Estabelecer o número total de sujeitos previstos na


observação e com isso podemos utilizar alguns critérios de seleção como: sexo, idade,
nível sócio-econônico, escolaridade etc.
 “Onde a observação ocorrerá” – Locais e situações escolhidos na observação, como:
sala de aula, escola A, escola B etc.
 “Frequência das observações” – Número de sessões planejadas e duração total do
trabalho, como exemplo: 2 sessões semanais durante 2 meses.
 “O que será observado” – Registro amplo das ações, selecionar classes de
comportamentos, observar e registrar movimentos físicos.
 “Como serão registrados os dados” – Técnica de amostragem e de registro. A
observação pode ser realizada de forma direta ou indireta, registro cursivo, registro
categorizado, registro continuo e registro por amostra de tempo.

As técnicas de observação direta podem ser classificas: a) quanto à forma do registro


em cursivo e categorizado; b) quanto ao período em que a amostra é efetuada,
continuo e em amostras de tempo. (DANNA, 2011)
11

4.2 PLANEJAMENTO - SÉRIE “THE GOOD DOCTOR”

Este relatório consiste na observação da série de televisão estadunidense The Good


Doctor, nas tabelas 4 e 5 a seguir, descreveremos a primeira e a segunda etapa do
planejamento de observação desta série.

Tabela 4 – Planejamento: 1° Etapa

OBJETIVO
Este relatório tem como objetivo analisar de forma
cautelosa, clara e objetiva os comportamentos
Série estadunidense The Good Doctor apresentados pelo protagonista Dr. Shaun Murphy,
autista e portador da Síndrome de Savant,
interpretado pelo ator Freddie Highmore (2017).

Tabela 5 – Planejamento da coleta de dados: 2° Etapa

PLANEJAMENTO
Quem será observado? Protagonista Dr. Shaun Murphy.
Hospital San José St. Bonaventure e no apartamento
Onde a observação ocorrerá?
do protagonista Dr. Shaun Murphy, na Califórnia.
Qual será a frequência das observações? 5 minutos observados, sobre 5 episódios distintos.
Sintomatologia apresentada pelo protagonista Dr.
O que será observado? Shaun Murphy, autista e portador da síndrome de
savant.
Observação indireta – produto do comportamento do
organismo.
Registro cursivo – registro dos eventos.
Como serão registrados os dados?
Registro contínuo – observação sobre um período
interrupto de tempo, obedecendo a sequência
temporal em que os fatos se dão.
12

5 RESULTADOS

5.1 PROTOCOLO DE OBSERVAÇÃO

O protocolo de observação é denominado pelo material na qual o observador irá


utilizar para registrar os dados coletados. O protocolo contém uma série de itens, que abrange
informações relevantes sobre a análise do comportamento, e o protocolo deve indicar as
sessões por período de tempo. Os itens do protocolo estão relacionados a três conjuntos de
informação:

 Identificação geral – consiste na referência ao observador e ao objetivo para o qual a


observação está sendo realizada.
 Identificação das condições em que a observação ocorre - relação entre “quando” e
“onde” a observação foi realizada, assim como “quem” foi observado.
13

 Registro de componentes e circunstâncias ambientais – refere-se a informações sobre


“como” a observação foi realizada, técnicas de abordagem e registro de dados.

5.2 OBSERVAÇÃO I

Tabela 6 – Protocolo de Observação I

NOME DO OBSERVADOR
Brenda da Costa Rodrigues

SÉRIE OBSERVADA
The Good Doctor - 1° Temporada, episódio 1.

OBJETIVO DA OBSERVAÇÃO
Descrever o comportamento do protagonista Dr, Shaun Murphy, autista e portador da

Síndrome de Savant.

DATA DA OBSERVAÇÃO
17 de novembro, 2020.

HORÁRIO DA OBSERVAÇÃO
Início às 00:00:01 - Termino às 00:01:03.

DIAGRAMA DA SITUAÇÃO
14

RELATO DO AMBIENTE FÍSICO


Residência do organismo, janelas localizadas na parte lateral (lado A e C). Porta localizada na parte frontal
(lado B), dá acesso a parte externa da residência. A residência possui os seguintes móveis:

1 – Cama;
15

1 – Mesa de Cabeceira;

1 – Cômoda;

3 – Cadeiras;

3 – Porta-Retratos;

1 – Box;

1 – Espelho;

1 – Tapete;

1 – Vaso Sanitário;

2– Cubas (Banheiro e Cozinha);

1 – Mesa;

1 – Tapete.

DESCRIÇÃO DO ORGANISMO OBSERVADO


Shaun Murphy, sexo masculino, aproximadamente 26 anos, classe média, recém-formado em medicina,
residente do Hospital San José St. Bonaventure, autista e portador da Síndrome de Savant.

TÉCNICA DE AMOSTRAGEM E REGISTRO


Registro contínuo cursivo - localização do organismo; posição e postura do organismo; eventos
comportamentais e eventos ambientais.

REGISTRO PROPRIAMENTE DITO


1. Shaun em sua residência.
2. Shaun abotoou os botões de sua camisa, postura ereta.
3. Sobre a cama, encontra-se roupas dobras (camisa, calça, roupa íntima, meia etc) e uma bolsa de
couro com aproximadamente 90 cm de comprimento/Shaun insere as roupas no interior da bolsa de
couro e a fecha em seguida.
4. Shaun defronte ao espelho, em movimentos contínuos, com a mão esquerda (dá esquerda para a
direita), escova o cabelo. Postura ereta. Olhar fixo no horizonte.
5. Shaun com a palma da mão voltada para cima, molha as mãos na cuba da cozinha. Sobre as mãos
deposita sabão liquido.
6. Shaun defronte ao espelho, em movimentos contínuos, com a mão esquerda (dá esquerda para a
direita), escova o cabelo. Postura ereta. Olhar fixo no horizonte.
7. Shaun defronte a cuba da cozinha, com movimentos circulares, espalha o sabão liquido sobre as
mãos.
8. Shaun defronte a cômoda alinha os cubos “mágicos”.
9. Shaun defronte a cuba da cozinha, após enxaguar as mãos, as agita para retirar o resíduo contida
sobre elas/ Com a palma da mão voltada para cima, as retira da cuba.
10. Shaun defronte a cômoda retira o cubo “mágico”.
16

11. Shaun, sobre a mesa de jantar, abre o lenço, alinha a faca de plástico sobre o lenço.
12. Shaun defronte ao espelho, alinha o cabelo do lado esquerdo com a escova. Postura ereta. Olhar
voltado para o horizonte/ Vira-se e caminha/ Retorna para o espelho, com a mão desalinha os
cabelos.
13. Shaun sai da residência, com a bolsa de coura sobre a mão direita e mochila sobre as costas. Fecha a
porta frontal/ Para e olha para o gato que se encontra na janela de sua residência. Olha fixo. Postura
ereta.
14. Shaun caminha em direção reta, por aproximadamente 7m/ Vira-se para a direita, caminha em
direção reta por aproximadamente 5m/ Vira-se para a direita e caminha de forma reta e continua.

5.3 OBSERVAÇÃO II

Tabela 7 – Protocolo de Observação II

NOME DO OBSERVADOR
Amanda Mendonça dos Santos

SÉRIE OBSERVADA
The Good Doctor - 1° Temporada, episódio 18.

OBJETIVO DA OBSERVAÇÃO
Descrever o comportamento do protagonista Dr, Shaun Murphy, autista e portador da

Síndrome de Savant.

DATA DA OBSERVAÇÃO
18 de novembro, 2020.

HORÁRIO DA OBSERVAÇÃO
Início às 00:00:01 - Termino às 00:01:59.

DIAGRAMA DA SITUAÇÃO
17

RELATO DO AMBIENTE FÍSICO


Hospital San José St. Bonaventure, no escritório do (ambiente) Dr. Aaron Glassman, representado pelo ator
Richard Schiff, janela localizada na parte lateral (lado C). Porta localizada na parte frontal (lado B), dá acesso
ao corredor do Hospital San José St. Bonaventure. O escritório possui os seguintes móveis:

3 – Abajures (Luminárias)
18

1 – Mesa

4 – Cadeiras

1 – Tabuleiro de xadrez

2 – Quadros

2 – Estantes de livros

3 – Poltronas

1 - Escrivaninha

1 – Mesa lateral

DESCRIÇÃO DO SUJEITO OBSERVADO


Shaun Murphy, sexo masculino, aproximadamente 26 anos, classe média, recém-formado em medicina,
residente do Hospital San José St. Bonaventure, autista e portador da Síndrome de Savant.

RELATO DO AMBIENTE SOCIAL


Dr. Aaron Glassman, mentor de Shaun Murphy, sexo masculino, aproximadamente 50 anos, classe média-
alta, neurologista, médico do Hospital San José St. Bonaventure.

TÉCNICA DE AMOSTRAGEM E REGISTRO


Registro contínuo cursivo - localização do organismo; posição e postura do organismo; eventos
comportamentais e eventos ambientais.

REGISTRO PROPRIAMENTE DITO


1. Shaun abre a porta/ Entra no escritório do Dr. Glassman/ Fecha a porta/ Tira a mochila das costas/
Apoia a mochila sobre a poltrona defronte a escrivaninha/ Posição ereta/ Olhar fixo na direção do Dr.
Glassman que se encontra sentado com papeis sobre as mãos.
2. Shaun fala para o Dr. Glassman: “Quero voltar a ser seu amigo” / Dr. Glassman responde: “O que?
Por que? Shaun, o que houve?
3. Shaun caminha em direção a mesa por aproximadamente 1m, e fala para o Dr. Glassman: “As
pessoas precisam de amigos.” / Dr. Glassman responde: “Tá. É precisam.”
4. Dr. Glassman levanta da cadeira/ Pega o papel sobre a mesa/ Caminha em direção a escrivaninha por
aproximadamente 2m/ Fala para Shaun: “Mas você disse que, queria que eu parasse de interferir, se
lembra? Você queria espaço, queria cometer seus próprios erros.”
5. Shaun levanta da cadeira/ Caminha em direção ao Dr. Glassman que se encontra em pé ao lado da
poltrona, defronte a escrivaninha, por aproximadamente 1.5m
6. Shaun para em frente ao Dr. Glassman e responde: “Preciso de um amigo, mas do que preciso de
espaço” / Postura ereta/ Olhar fixo no Dr. Glassman/ Movimentos contínuos circulares com as mãos.
7. Shaun diz ao Dr. Glassman: “Você foi um bom mentor e um bom amigo/ Olhar fixo na estante de
livros/ Movimentos circulares e contínuos com as mãos/ Dr. Glassman responde ao Shaun: “Ora,
obrigada Shaun. Você não sabe o que significa dizer isso, mas eu acho, acho que precisa de um novo
19

mentor. Estou morrendo”.


8. Shaun pega o papel que se encontra sobre a escrivaninha/ Olhar fixo no Dr. Glassman/ Postura ereta/
Movimentos repetitivos – agitar braços, cabeça, mãos e tronco.
9. Dr. Glassman diz ao Shaun: “... de 12 a 18 meses. Agradeço se você não contar para ninguém/
Caminha em direção a porta.
10. Shaun pega a mochila que estava sobre a poltrona/ Vira-se em direção a porta e caminha por
aproximadamente 2m.
11. Dr. Glassman diz ao Shaun: “Ouviu? Eu conto quando for a hora.
12. Shaun segura a mochila com as duas mãos sobre o abdômen/ Postura ereta/ Caminha em direção a
porta, em linha reta/ Responde ao Dr. Glassman: “Tá bem!”
13. Shaun para/ Diz ao Dr. Glassman: “Você já fez todos os exames?” / Para e vira no ângulo de 180°/
Olha fixamente em direção ao Dr. Glassman.
14. Dr. Glassman para no corredor e diz ao Shaun: “Fiz, claro!” / Shaun responde: “Pode ser que o tumor
secundário tenha feito metástase cerebral tendo outra origem.
15. Shaun e Dr. Glassman caminha sobre o corredor, em linha reta.
16. Dr. Glassman diz ao Shaun: “Foi o único tumor encontrado.
17. Shaun apresenta movimentos repetitivos com as mãos e sobre o tronco.
18. Shaun diz ao Dr. Glassman: “Pode ser um processo inflamatório ou infeccioso”.
19. Shaun e Dr. Glassman para defronte a uma escrivaninha.
20. Dr. Glassman diz a Shaun: “É um tumor Shaun”/ Shaun responde: “Você deveria pedir uma segunda
opinião” / Dr. Glassman diz a Shaun: “Sou neurocirurgião há 30 anos e eu acho que eu mesmo posso
me dar uma segunda opinião”.
21. Dr. Glassman abre uma porta a sua direita/ Shaun fecha a porta e fala em tom alto: “Você precisa
pedir uma segunda opinião, você precisa saber se é ou não .../ Dr. Glassman interrompe Shaun e diz:
“Tá bem, tá bem, tá bem Shaun eu vou pedir uma segunda opinião, tá bem?
22. Shaun expande o diafragma/ Faz movimento circulares com os polegares sobre a alça da mochila e
diz ao Dr. Glassman: “Tá bem!”.
23. Dr. Glassman diz a Shaun: “Posso trabalhar agora?”
24. Shaun inclina a face em um ângulo de 90°/ Vira-se em um ângulo de 180° e caminha em direção ao
elevador.
20

6 DISCUSSÃO

Este projeto possuía como objetivo analisar a representação do transtorno de espectro


autista, ao observar o comportamento representado pelo protagonista Shaun Murphy.
Concluímos que de fato o mesmo apresentou a subsequente sintomatologia: Deficiência
intelectual; comportamentos repetitivos e estereotipados; comprometimento na área da
linguagem e na interação social. E com isso podemos salientar que o protagonista da série
estadunidense The Good Doctor é portador do transtorno psiquiátrico do Espectro Autista.

Tabela 8 - Analise funcional: Observação I

COMPORTAMENTO DO
EVENTOS ANTECEDENTES EVENTOS CONSEQUENTES
ORGANISMO
Sair da “Zona de conforto” - Série
Situação de “descontrole” - Falta Shaun, sobre a mesa de jantar, de ações, pensamentos e/ou
de domínio sobre uma abre o lenço, alinha a faca de comportamentos na qual o
determinada situação. plástico sobre o lenço. organismo está habituado, que não
causam medo, ansiedade ou risco.

Tabela 9 - Analise funcional: Observação II

COMPORTAMENTO DO
EVENTOS ANTECEDENTES EVENTOS CONSEQUENTES
ORGANISMO
Dr. Glassman diz a Shaun: “Sou Shaun fecha a porta e fala em tom Dr. Glassman interrompe Shaun e
neurocirurgião há 30 anos e eu alto: “Você precisa pedir uma diz: “Tá bem, tá bem, tá bem
acho que eu mesmo posso me dar segunda opinião, você precisa Shaun eu vou pedir uma segunda
uma segunda opinião”. saber se é ou não ... opinião, tá bem?
21

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao chegarmos ao final deste relatório, consideramos que ele apresenta uma tentativa
de compreensão da sintomatologia apresentada por um organismo com Espectro Autista. No
princípio possuímos o objetivo de analisar e observar tais comportamentos, no decorrer deste
relatório observei que se trata de um assunto mais complexo do que fora imaginado, pois o há
muitas variavas a ver observada. O Espectro autista possui níveis de gravidade correlacionado
com o ambiente social na qual este organismo se encontra inserido.

Com base nas pesquisas – tanto em bases cientificas, como na série estadunidense The
Good Doctor - deste presente relatório, podemos observar também que o diagnóstico precoce
deste transtorno neurológico pode acarretar a um desenvolvimento benéfico aos portadores
deste transtorno, podendo diminuir a gravidade deste transtorno. Existem diferentes formas
multidisciplinares que podem trazer benefícios para os portadores de Espectro Autista, como:
Terapia Ocupacional; Tratamento e educação: Déficits relacionados a educação; Sistema de
comunicação por trocas de figuras.

O objetivo deste trabalho trata-se de conhecimento sobre o complexo, sobre um


transtorno que sofre variações de organismo para organismo. Albert Einstein (1931) citou:
“Eu acredito na intuição e na inspiração. A imaginação é mais importante que o
conhecimento. O conhecimento é limitado, enquanto a imaginação abraça o mundo inteiro,
estimulando o progresso, dando à luz à evolução. Ela é, rigorosamente falando, um fator real
na pesquisa científica”. Nesta citação Einstein compartilha sobre o conhecimento, contando
22

com o universo amplo, subjetivo e relativo e assim podemos descrever sobre o Espectro
Autista.

A ONU (Organização das Nações Unidas) considera a estimativa global de que


aproximadamente 1% da população pode ser portador do TEA (KI-MOON, 2010). De acordo
com a DSW (Fundação Alemã para a População Mundial, 2019), estimaram que no fim de
2019 haveriam 7,75 bilhões de pessoas no mundo, sendo assim 77500000 milhões de pessoas
podem ser portadoras do TEA. Com base nos números apresentados pode-se dizer que é de
extrema necessidade a pesquisa sobre o transtorno citado no âmbito acadêmico e social.

8 RÊFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMERICAN Paychiatric Association DSM-5. Disponível em:


<http://www.niip.com.br/wp-content/uploads/2018/06/Manual-Diagnosico-e-Estatistico-de-
Transtornos-Mentais-DSM-5-1-pdf.pdf>. Acesso em: 1 Nov. 2020.

CAMARGO, Síglia; BOSA, Cleonice. Competência social, inclusão escolar e autismo:


revisão crítica da literatura. Psicologia & Sociedade, v. 21, n. 1, p. 65–74, 2009. Disponível
em: < https://www.scielo.br/pdf/psoc/v21n1/08.pdf >. Acesso em: 1 Nov. 2020.

DANNA, Marilda; MATOS, Maria. Aprendendo a Observar. 2° Edição. São Paulo:


EDICON – Editora e Consultoria Ltda, 2011.

MIELE, Fernanda; AMATO, Cibelle. Autism Spectrum Disorder; Quality Life And
Caregivers Stress. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, v. 16,
n. 2, p. 89–102, 2016. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cpdd/v16n2/v16n2a11.pdf >. Acesso em: 15 Nov. 2020.

CANO, Débora; TISSOT, Izabela. O Método de Observação na Psicologia: Considerações


sobre a Produção Científica. Disponível em: <
https://pdfs.semanticscholar.org/7fa5/eafcd7fa68b2a1817aa100cc313bea8410c7.pdf >.
Acesso em: 10 Nov. 2020.
23

RODRIGUES, Vânia; NASCIMENTO, Sofia; MAIA, Luis. Autistic Spectrum Disorder:


Savant Syndrome. Psicologia, Saúde & Doença, v. 21, n. 02, p. 387–394, 2020. Disponível
em: < http://www.scielo.mec.pt/pdf/psd/v21n2/v21n2a13.pdf >. Acesso em: 1 Nov. 2020.

TODOROV, João Claudio; HANNA, Elenice S. Análise do comportamento no Brasil.


Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 26, p. 143–153, 2010. Disponível em:
<https://www.scielo.br/pdf/ptp/v26nspe/a13v26ns.pdf >. Acesso em: 11 Nov. 2020.

Você também pode gostar