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ASSOCIAÇÃO PIRIPIRIENSE DE ENSINO SUPERIOR – APES

CHRISTUS FACULDADE DO PIAUÍ – CHRISFAPI


CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA
DISCIPLINA: ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO I
PROFESSOR: DANIEL MEDEIROS DE REZENDE

ANA VICTÓRIA DA SILVA SANTOS RESENDE

PIRIPIRI-PI
2022
1. Apesar do Behaviorismo Radical e da Ciência do Comportamento tratarem e
estudarem os mesmos assuntos, para que precisamos então de uma ciência de
comportamento (Análise Comportamental)?
A ciência do com portamento é, em si, uma questão filosófica, é um a questão de como
“enxergamos” o ser humano. Já podemos dizer que o Behaviorismo Radical é uma filosofia que
embasa um a ciência do com portamento. Essa ciência é chamada Análise do Com portamento.
Behaviorismo Radical e Análise do Com portamento tratam do ser humano e de seus
comportamentos, no entanto, abordam esses assuntos de maneiras diferentes, e o conhecimento
derivado de cada um desses campos do saber é produzido também de modos diferentes.

2. Qual o objeto de estudo da Psicologia na Análise do Comportamento?


O behaviorismo estuda o comportamento com base no meio em que a pessoa está inserida e nos
estímulos que o indivíduo recebe.

3. Você concorda com as afirmações:


1-"Para o Behaviorismo não existe pensamento. "
2-"A análise do comportamento não estuda as emoções."
3-"O Behaviorismo não estuda a consciência. "
4-"A análise do comportamento não leva em consideração a personalidade do
indivíduo. "
Justificar as alternativas.

Todas Negativas. Ao decorrer dos estudos de Psicologia você pode ouvir coisas como “para o
behaviorismo não existe pensamento”, “a análise do comportamento não estuda as emoções”, “o
behaviorismo não estuda a consciência ou a criatividade”, “a Análise do Comportamento (ou o
behaviorismo) não leva em consideração a personalidade do indivíduo”. Frases como essas, em
última análise, estão “tentando” reduzir o objeto de estudo da Análise do Comportamento. Todas
elas, e muitas outras parecidas, são absolutamente inverídicas. Todos esses fenômenos psicológicos
(personalidade, consciência, criatividade, pensamento e emoções) fazem parte do objeto de estudo
da Análise do Comportamento. No entanto, em função de esses processos serem estudados pela
Análise do Comportamento como comportamentos, e não como causa de outros comportamentos,
muitos autores e psicólogos tendem a dizer, equivocadamente, que eles não pertencem a finalidade
da Análise do Comportamento.

4. Qual a unidade básica da ciência da análise do comportamento?

A unidade básica de análise que descreve e relaciona esses eventos chama-se contingência, que
pode ser definida como uma descrição de relações entre
Eventos. “Se quisermos entender a conduta de qualquer pessoa, mesmo a nossa própria, a primeira
pergunta a fazer é: ‘O que ela fez?’ O que significa dizer, identificar o comportamento. A segunda
pergunta é: ‘O que aconteceu então?’ O que significa dizer, identificar as consequências do
comportamento além de três termos 1) a ocasião na qual ocorreu a resposta, 2) a própria resposta e
3) as consequências.

5. Defina o conceito de contingência para a análise do comportamento.

O conceito de contingência indicava, originalmente, uma justaposição (temporal ou espacial) entre


eventos, mas logo evoluiu para uma concepção de relações de dependência entre os eventos (os
ambientais ou comportamentais e os ambientais). Análise de contingências é um procedimento
ativo, não uma especulação intelectual. É um tipo de experimentação que acontece não apenas no
laboratório, mas, também, no mundo cotidiano. Analistas do comportamento eficientes estão
sempre experimentando, sempre analisando contingências, transformando-as e testando suas
análises, observando se o comportamento crítico mudou.
6. Defina análise funcional e destaque o trabalho primordial do psicólogo.

O trabalho do psicólogo é, primordialmente, encontrar e modificar tais relações. Chamamos de


análise funcional a identificação dessas relações entre indivíduo e ambiente. Murray Sidman
(1989/1995) descreveu de maneira bastante simples essa tarefa e sua importância para o trabalho
do psicólogo: “Se quisermos entender a conduta de qualquer pessoa, mesmo a nossa própria, a
primeira pergunta a fazer é: ‘O que ela fez?’ O que significa dizer, identificar o comportamento. A
segunda pergunta é: ‘O que aconteceu então?’ O que significa dizer, identificar as consequências do
comportamento. Certamente, mais do que consequências determinam nossa conduta, mas essas
primeiras perguntas frequentemente hão de nos dar uma explicação prática. Se quisermos mudar o
comportamento, mudar a contingência de reforçamento a relação entre o ato e a consequência pode
ser a chave.

7. Defina a essência da análise de contingências.

Identificar o comportamento e as consequências, alterar as consequências e ver se o comportamento


muda. Análise de contingências é um procedimento ativo, não uma especulação intelectual. É um
tipo de experimentação que acontece não apenas no laboratório, mas, também, no mundo
cotidiano.

8. De que forma o psicólogo Comportamental poderia melhor prever um


comportamento?

Quando estudamos o comportamento para tentar prevê-lo, estamos tentando identificar que
fatores o influenciam, que fatores alteram sua probabilidade de ocorrência. Tentar prever o
comportamento é tentar responder, por exemplo, perguntas como “o que pode levar um indivíduo à
depressão?”, “por que algumas crianças aprendem mais rapidamente que outras?”, “que
circunstâncias podem levar uma pessoa a desenvolver um transtorno obsessiva-compulsivo?” etc.
Só é possível prever o comportamento porque existe certa ordem, certa regularidade na maneira
como as pessoas se comportam. Essa previsibilidade do comportamento, muitas vezes, é mais óbvia
do que pensamos. Skinner diz que “Um vago senso de ordem emerge de qualquer observação
demorada do comportamento humano. Qualquer suposição plausível sobre o que dirá um amigo em
dada circunstância é uma previsão baseada nesta uniformidade. Se não se pudesse descobrir uma
ordem razoável, raramente poder-se-ia conseguir eficácia no trato dos assuntos humanos. Os
métodos da ciência destinam-se a esclarecer estas uniformidades e torná-las explícitas”. Fazemos
previsões sobre o com portamento (que são eventos) baseado em outros eventos (ambientais,
incluindo como ambiente o próprio comportamento). Se podemos prever como um amigo reagirá a
uma piada, o fazemos baseados em observações dessa relação: “piada contada-reação do amigo”.
Entretanto, mesmo o meteorologista mais treinado ou o psicólogo mais experiente eventualmente
fará previsões que não se confirmarão. A razão para tais “fracassos” está no fato de que cada
fenômeno, por mais simples que seja, é quase sempre influenciado por muitas variáveis e, quase
sempre, o cientista ou o psicólogo não conhece todas as variáveis que, em conjunto, são
responsáveis por produzir um determinado fenômeno.
9- O controle do comportamento deve ser definido não como uma obrigação de
alguém se comportar ou fazer alguma coisa. Defina como ocorre e como deve ser
entendido o controle do comportamento na análise do comportamento.

Deve se ressaltar primeiramente que controle aqui não significa obrigar alguém a fazer alguma
coisa, mas deve ser entendido como influência. Buscar as variáveis que controlam um
comportamento significa buscar as variáveis que influenciam a ocorrência desse comportamento,
que o tornam mais ou menos provável de ocorrer. Essa, entretanto, não é uma tarefa fácil. O
comportamento, geralmente, é multideterminado, existe sempre um número grande quantidade de
variáveis que o controlam. A Psicologia nos mostra cada vez mais variáveis que são importantes
para se explicar, prever e controlar uma variedade de comportamentos. Para complicar ainda mais
esta tarefa, diferentes variáveis podem controlar de formas diferentes comportamentos diferentes
de diferentes pessoas, pois o controle que uma determinada variável exerce hoje sobre o
comportamento de alguém só pode ser entendido se conhecermos a história desse indivíduo com
essa variável ao longo de sua vida. Por exemplo, algumas pessoas sentem-se bem ao serem
elogiadas em público, outras não. Essa diferença, ou o efeito do elogio sobre o comportamento
desses dois indivíduos, só pode ser entendida buscando-se a história dessas pessoas em situações
similares.

10- Se a psicologia busca entender o comportamento humano, por que então


realizar pesquisas com animais?

Quando se estuda um comportamento, ainda mais especifico é necessário criar situações mais
simples, com menos coisas acontecendo, para estudarmos o comportamento e suas interações com
os eventos que o cercam. Então para uma facilidade no estudo a pesquisa com animais não
humanos são realizadas, sua grande maioria são pesquisas em Análise do Comportamento (ou
Análise Experimental do Comportamento) são realizadas com ratos, pombos e outros animais não
humanos. Se a Psicologia busca entender o comportamento humano, por que, então, realizar
pesquisas com seres diferentes dos seres humanos? A resposta a essa pergunta passa por dois
pontos principais:
• O que aprendemos ao estudarmos o comportamento de animais não humanos pode, em algum
grau, ser usado para explicarmos o comportamento humano
• O comportamento de animais não humanos é mais simples que o comportamento de seres
humanos e, para a ciência, é importante partir do simples para o complexo, e não o contrário.
É importante lembrar que não são os comportamentos em si dos animais estudados em laboratórios
que são de interesse para o psicólogo, mas sim os princípios comportamentais que podem ser
estudados. Quando estudamos o com portamento de um rato, como pressionar uma alavanca em
uma caixa, nossa preocupação fundamental não é com o pressionar a barra, mas sim em entender
como certas variáveis ambientais afetam esse, ou qualquer outro, comportamento. Um dos
princípios comportamentais mais básicos é o de que certas consequências aumentam a
probabilidade do com portamento que as produziu (Skinner, 1953/1998). Esse princípio foi, e ainda é
amplamente estudado em laboratório, e fora dele, com animais não humanos e também com seres
humanos, e o estudo desse princípio com animais não humanos foi fundamental para se entender
melhor como ele opera quando o assunto é o comportamento humano.

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