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ASSOCIAÇÃO PIRIPIRIENSE DE ENSINO SUPERIOR – APES

CHRISTUS FACULDADE DO PIAUÍ – CHRISFAPI


CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA
DISCIPLINA: PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
PROFESSORA: ANNE HERACLEIA DE BRITO E SILVA

ANA VICTÓRIA DA SILVA SANTOS RESENDE, ZAIRA VITÓRIA BASTOS DA


SILVA, PEDRO AUGUSTO SILVA DE LIMA

APRENDIZAGEM, PERSONALIDADE E ARTE

PIRIPIRI – PI
2023
INTRODUÇÃO
O ensaio a ser desenvolvido no âmbito das matérias de Psicologia da
Aprendizagem e de Personalidades propõe uma profunda investigação sobre a
interseção entre a experiência artística em museus e a psicologia humana. O objetivo
central consiste em analisar como indivíduos aprendem e internalizam conhecimento
por meio da arte, utilizando as manifestações artísticas presentes em um museu como
ferramenta de observação. Além disso, busca-se compreender como as
características individuais de personalidade influenciam a apreciação, interpretação e
assimilação de obras de arte, desvendando os matizes da relação entre a psique do
observador e a expressão artística. Este ensaio pretende lançar luz sobre a intrincada
teia entre aprendizagem, personalidade e arte, oferecendo insights valiosos para a
compreensão da complexidade da experiência humana diante das manifestações
culturais.
A relação entre a abordagem Montessori e a arte é uma combinação
enriquecedora que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das
crianças. A pedagogia Montessori acredita na educação ativa, onde as crianças são
as protagonistas de seu próprio aprendizado. Nesse contexto, a arte desempenha um
papel vital, ajudando as crianças a explorar suas emoções, pensamentos e ideias de
maneira criativa. Essa exploração artística contribui para o autoconhecimento e a
expressão das crianças, estimulando o desenvolvimento do pensamento abstrato e
da percepção do mundo ao seu redor.
A relação entre a Gestalt-terapia e a arte é igualmente fascinante e
profundamente enriquecedora. A terapia gestáltica reconhece a importância da
experiência estética, da sensibilidade e da criatividade na compreensão da existência
e no desenvolvimento pessoal. Essa conexão intrínseca entre a arte e a terapia
gestáltica se baseia na percepção de que a estética vai além da mera beleza,
envolvendo a percepção, a sensação e a sensibilidade. Através da Arte-terapia
gestáltica, as pessoas podem explorar e expressar suas emoções e pensamentos de
maneira autêntica, aproveitando as diferentes linguagens artísticas para ampliar a
consciência e enriquecer a experiência pessoal.
Montessori e Arte
A interseção entre a abordagem Montessori e a arte é uma simbiose
enriquecedora que desempenha um papel fundamental no enriquecimento do
desenvolvimento infantil. A pedagogia Montessori, concebida por Maria Montessori
em 1913, preconiza uma educação ativa, onde as crianças são as protagonistas do
próprio aprendizado. Nesse contexto, a arte se revela como um componente vital,
desempenhando a função crucial de permitir que as crianças explorem suas emoções,
pensamentos e ideias de maneira criativa. Essa exploração artística não apenas
contribui para o autoconhecimento, mas também fomenta a expressão das crianças,
catalisando o desenvolvimento do pensamento abstrato e da percepção do mundo ao
seu redor.
A fase da mente absorvente, delimitada por Montessori como indo até os seis
anos de idade, emerge como um período crucial para a assimilação de estímulos
sensoriais. Os materiais Montessori são cuidadosamente projetados para incorporar
experiências táteis e visuais, estabelecendo assim uma base sólida para o
desenvolvimento artístico das crianças. Esses estímulos sensoriais, como sementes
plantadas, florescem posteriormente em preferências artísticas e expressões criativas
únicas.
No universo Montessori, a arte integra-se ao cotidiano das crianças desde os
primeiros anos. Inicialmente, de forma concreta, através da manipulação de materiais
tangíveis como blocos coloridos e tabelas, e à medida que as crianças amadurecem,
evolui para formas mais abstratas de expressão. A interação contínua das crianças
com elementos artísticos propicia o exercício da criatividade, alinhado aos seus
interesses e escolhas, uma vez que o método Montessori promove a liberdade de
escolha nas atividades.
Além de estimular a criatividade, a arte na infância desempenha um papel crucial
no desenvolvimento da sociabilidade e empatia. Nas salas de aula Montessori, as
crianças participam de atividades coletivas, cientes de que não há um único modo
"certo" de criar. Isso contribui para que compreendam a diversidade de perspectivas
e desenvolvam a empatia, reconhecendo que cada pessoa possui uma forma única
de expressar suas ideias.
A pedagogia Montessori, holística em sua essência, visa ao desenvolvimento
integral das crianças. Nesse contexto, a arte desempenha um papel essencial,
estimulando não apenas o desenvolvimento intelectual, mas também o crescimento
emocional, a sociabilidade, a empatia e a criatividade. Nas escolas Montessori, as
crianças não apenas aprendem sobre arte; elas vivem a arte em suas diversas formas,
contribuindo para sua realização plena e equilibrada como indivíduos felizes e
realizados.
A relação entre a abordagem Montessori (1913) e a arte é uma combinação
enriquecedora que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das
crianças. A pedagogia Montessori acredita na educação ativa, onde as crianças são
as protagonistas de seu próprio aprendizado. Nesse contexto, a arte desempenha um
papel vital, ajudando as crianças a explorar suas emoções, pensamentos e ideias de
maneira criativa. Essa exploração artística contribui para o autoconhecimento e a
expressão das crianças, estimulando o desenvolvimento do pensamento abstrato e
da percepção do mundo ao seu redor.
A fase da mente absorvente, identificada por Maria Montessori como indo até
os seis anos de idade, é um período crucial para a absorção de estímulos sensoriais.
Todos os materiais Montessori incorporam a experiência tátil, juntamente com a
percepção visual, proporcionando uma base sólida para o desenvolvimento artístico.
Esses estímulos sensoriais são as sementes que posteriormente florescerão em
preferências artísticas e expressões criativas únicas.
No contexto Montessori(1913), a arte faz parte do cotidiano das crianças desde
tenra idade. Começa de forma concreta, com o manuseio de materiais como blocos
coloridos e tabelas, e à medida que as crianças amadurecem, evolui para formas mais
abstratas de expressão. A interação das crianças com elementos artísticos permite
que exercitem sua criatividade, e isso acontece de acordo com seus interesses e
escolhas, já que o método Montessori incentiva a liberdade de escolha nas atividades.
A abordagem Montessori compreende que todas as crianças têm uma inclinação
natural para a expressão artística, como destacado pelo educador Sir Ken Robinson
(2020). No entanto, muitas vezes, essa capacidade é suprimida pelo sistema
educacional tradicional ao longo dos anos. A pedagogia Montessori, ao contrário,
fornece às crianças as ferramentas necessárias para que essa inclinação artística
floresça e para que desenvolvam as habilidades necessárias para a vida.
Além de estimular a criatividade, a arte na infância desempenha um papel crucial
no desenvolvimento da sociabilidade e da empatia. Nas salas de aula Montessori, as
crianças realizam atividades coletivamente, conscientes de que não há um único
modo "certo" de criar. Isso ajuda a criança a entender a diversidade de perspectivas
e a desenvolver a empatia, reconhecendo que cada pessoa tem uma forma única de
expressar suas ideias.
O contato das crianças com a arte deve ser uma experiência leve e envolvente,
tornando-se parte da rotina diária. Os pais desempenham um papel fundamental
nesse aspecto, servindo como modelos de conduta. No entanto, é essencial que esse
contato não seja forçado, permitindo que a criança escolha suas preferências
artísticas. Isso ajuda a estabelecer a arte como uma fonte de diálogo e diversão na
vida da criança.
A pedagogia Montessori é holística, visando ao desenvolvimento integral das
crianças. Portanto, a arte desempenha um papel essencial nesse processo,
estimulando não apenas o desenvolvimento intelectual, mas também o crescimento
emocional, a sociabilidade, a empatia e a criatividade. Nas escolas Montessori, as
crianças não apenas aprendem sobre arte; elas vivem a arte em suas diversas formas,
contribuindo para sua realização plena e equilibrada como indivíduos felizes e
realizados.

Gestalt e Arte:
A interligação entre Gestalt-terapia e Arte representa uma fascinante e
profundamente enriquecedora sinergia. Essa relação é fundamentada na crença de
que a experiência estética, a sensibilidade e a criatividade desempenham papéis
cruciais na compreensão da existência e no desenvolvimento pessoal. A conexão
intrínseca entre a Arte e a terapia gestáltica remonta às histórias de seus fundadores,
notadamente Fritz Perls, Laura Perls e Paul Goodman. Estas figuras-chave na
Gestalt-terapia possuíam desde jovens uma profunda afinidade com a Arte,
evidenciada pelos estudos musicais de Laura Perls e pela inclinação poética de Paul
Goodman.
Além disso, a relação da Gestalt-terapia com a criatividade manifesta-se em três
níveis: na concepção existencial do ser humano, na visão de saúde e funcionamento
saudável, e na metodologia. Tanto na Arte quanto na terapia, a habilidade humana de
perceber, representar e reconfigurar relações consigo mesmo, com os outros e com o
mundo revela-se de maneira notável.
A relação entre Gestalt-terapia e Arte é fascinante e profundamente
enriquecedora. Ela se baseia na ideia de que a experiência estética, a sensibilidade e
a criatividade desempenham um papel crucial na compreensão da nossa existência e
no nosso desenvolvimento pessoal. Essa conexão entre a Arte e a terapia gestáltica
é intrínseca e remonta às histórias de seus fundadores. Fritz Perls, Laura Perls e Paul
Goodman, três figuras-chave na Gestalt-terapia, tinham uma profunda ligação com a
Arte desde muito jovens. Laura Perls, por exemplo, estudou piano e se envolveu com
dança e literatura, enquanto Paul Goodman era um poeta e escritor. Essa afinidade
entre a terapia gestáltica e a Arte é evidente na afirmação de Laura Perls de que "os
conceitos básicos da Gestalt são filosóficos e estéticos." (2007, p.14).
A estética, nesse contexto, não se refere apenas à beleza, mas à percepção,
sensação e sensibilidade. A Gestalt-terapia acredita que trabalhar com recursos
expressivos em terapia é uma forma de ampliar nossa capacidade perceptiva, o que
inclui a percepção de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. É um exercício de
sensibilidade que nos permite estar presentes no momento presente, envolvendo a
intuição, cognição, propriocepção, percepção e afeto.
Além disso, a relação da Gestalt-terapia com a criatividade ocorre em três níveis:
na concepção existencial do ser humano, na concepção de saúde e funcionamento
saudável e na metodologia. Tanto na Arte quanto na terapia, a capacidade humana
de perceber, representar e reconfigurar relações consigo mesmo, com os outros e
com o mundo se manifesta de forma notável.
A importância da Arte na terapia gestáltica está em sua capacidade de simbolizar
nossa experiência e nos conectar com o mundo de uma maneira mais sensível.
Através da Arte, somos capazes de explorar a fronteira de contato, que é onde nossa
existência se desenrola. A terapia busca ampliar nossa "awareness," que é o processo
de estar consciente de nossa existência aqui e agora, abrangendo todas as
dimensões sensoriais e emocionais. Em um funcionamento saudável, somos capazes
de ajustar criativamente nossa relação com o ambiente, abrindo-nos a contatos
enriquecedores e bloqueando-os quando necessário para nos proteger.
A Arte-terapia, como abordada na perspectiva gestáltica, utiliza recursos
artísticos e expressivos como ferramentas terapêuticas. Ela reconhece que palavras
muitas vezes não conseguem capturar toda a complexidade de nossas experiências,
e a abertura para uma experiência estética é essencial para compreender e expressar
nossas emoções e pensamentos. Através da Arte, podemos nos conectar mais
profundamente com nossa experiência sensível e comunicar de maneira mais
autêntica.
A Arte desempenha um papel crucial no nosso encontro inicial e sensível com o
mundo. Ela está situada entre a vida vivida e a abstração conceitual, e sua função é
capturar nossa conexão carnal com a realidade. A experiência artística é, em grande
parte, mediada pela sensibilidade, muito mais do que pela intelectualidade.
A necessidade de educar o sensível se deve ao fato de que, ao longo da nossa
educação formal, tendemos a relegar a Arte a um papel secundário, à medida que a
linguagem verbal e a racionalidade ocupam a maior parte do espaço. No entanto, a
Arte é uma linguagem primordial que nos permite acessar e expressar nossas
emoções de maneira única. A Arteterapia busca reavivar nossa capacidade perceptiva
e comunicativa por meio de várias linguagens, como sonhos, visualizações, dança,
pintura e muito mais.
Em resumo, a relação entre Gestalt-terapia e Arte é uma jornada emocionante
que nos permite explorar nossa sensibilidade, criatividade e percepção. Através da
Arte-terapia, somos capazes de acessar nossa experiência em sua totalidade,
comunicar de maneira autêntica e enriquecer nossa compreensão de nós mesmos e
do mundo ao nosso redor. A Arte desempenha um papel fundamental na educação
do sensível, permitindo-nos reconectar com nossa expressão pessoal e emocional de
forma profunda e significativa.

A VISITA
A visita dos alunos de 5 série do Centro Educativo Municipal Padre Freitas
realizada no dia 10 de outubro, pode-se observar a importância da arte criativa para o
aprendizado onde os alunos demonstraram muita curiosidade acerca do que estava
exposto que nada, mas foi do que a arquitetura, pontos turísticos e fotos histórias entre
os anos 30 a 90 de Piripiri. Ouve um momento que os alunos puderam apreciar
livremente com curiosidade a tudo exposto e questionando com bastante interesse
explicações os monitores relatando suas visões artísticas e como as peticavam.
No segundo momento as crianças foram questionada sobre o que acharam
da visita, onde relataram com grande animação o que sentiram e aprenderam durante
o tour” museu nos ensina a conhecer como eram as coisas no passado, a história e a
cultura da cidade e nos dá liberdade de expressão através das artes expostas, sendo
um grande incentivo para a criatividade e a busca do saber.” e “transmiti o
conhecimento da mudança da sociedade desde o começo para o futuro e que com o
passar do tempo alguns costumes podem mudar. O museu nos ajuda a relembra de
onde vimos e nos incentiva a nos expressar o que se sente no momento e preservar
o passado.”
As atividades artísticas na educação desenvolvem o cognitivo e motor no
aprendizado lúdico-pedagógico e capacidades como habilidade na área da arte,
capacidade de representar, expandir a criatividade, estimula a comunicação e
expressividade, desenvolve um senso crítico, analítico e autonomia.

VISITA, ARTE, GESTALT E MONTESSORI


Abordamos a importância da arte criativa para o aprendizado, destacando como
os alunos da 5ª série do Centro Educativo Municipal Padre Freitas demonstraram
grande interesse ao visitar um museu que expôs arquitetura, pontos turísticos e fotos
históricas de Piripiri. Podemos então correlacionar os temas das seguintes maneiras:
Trabalho com expressão e criatividade: As crianças puderam se expressar sobre
o que aprenderam na exposição, tanto a Gestalt-terapia quanto a escola Montessori
enfatizam a importância da expressão e criatividade individuais. Na terapia Gestalt, a
expressão artística pode ser usada como uma forma de autorreflexão e
autoexpressão. Na educação Montessori, as atividades criativas são encorajadas para
permitir que as crianças expressem suas ideias de forma única.
Aprendizado personalizado: Os alunos foram encorajados a abordar livremente
e a partir de sua curiosidade as exposições, a escola Montessori tem uma abordagem
centrada no aluno, permitindo que as crianças explorem tópicos de seu interesse. Da
mesma forma, a Gestalt-terapia coloca ênfase na autenticidade e na autorreflexão,
permitindo que os indivíduos desenvolvam um entendimento mais profundo de si
mesmos.
Desenvolvimento holístico: A visita a exposição contribuiu positivamente para o
desenvolvimento de vários aspectos das crianças, tanto a terapia Gestalt quanto a
escola Montessori consideram o desenvolvimento holístico dos indivíduos. A terapia
Gestalt se concentra na integração das diferentes partes da personalidade, enquanto
a escola Montessori busca o desenvolvimento social, emocional, cognitivo e físico das
crianças.
Comunicação e expressividade: As crianças também puderem comunicar entre
si e os acompanhantes suas experiências e opiniões, ambas as abordagens
promovem a comunicação e a expressividade. A terapia Gestalt utiliza técnicas de
expressão criativa para ajudar os indivíduos a comunicar suas emoções e
pensamentos, enquanto a educação Montessori incentiva a expressão criativa por
meio de atividades artísticas.
Em suma, ambas destacam a importância da expressão artística, do
aprendizado centrado no indivíduo e do desenvolvimento holístico como elementos
essenciais para o crescimento e o autoconhecimento.

REFERÊNCIAS
KARINE LIMA VERDE PESSOA,Gestalt-terapia e Arte: recursos expressivos em contexto terapêutico,
https://www.gestaltce.com.br/post/gestalt-terapiaearte
MÔNICA BOTELHO ALVIM,Revista da Abordagem Gestáltica, O fundo estético da Gestalt-Terapia1,
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672007000100002
A relação entre Montessori e Arte, https://escolainfantilmontessori.com.br/blog/a-relacao-entre-
montessori-e-arte/
GABRIEL SALOMÃO, Pequenos Artistas – a criança e a arte em Montessori,
https://larmontessori.com/2012/04/02/pequenos-artistas-a-crianca-e-a-arte-em-montessori/

ANEXOS

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