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Transtorno de Déficit

de Atenção e
Hiperatividade (TDAH)
em adolescentes
COMPONENTES:

Élida Rayane
Eliene Maura
Hinys Gabrielly
Ócelia Maria
DEFINIÇÃO
O Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH) é um transtorno
neurobiológico de causas genéticas que aparece
na infância e frequentemente acompanha o
indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza
por sintomas de desatenção, inquietude e
impulsividade.
TDAH × TEA
Semelhanças:

1. Ambas demonstram sinais já na primeira infância;


2. A inquietação é observada em ambos os casos;
3. O diagnóstico das duas doenças não pode ser confirmado por exames
laboratoriais ou de imagem.

Diferenças:

4. Autismo: dificuldade de interação. TDAH: dificuldade de atenção;


5. Autismo: atenção aos detalhes. TDAH: falta de atenção e distração;
6. Autismo: inquietação em reação a fortes estímulos externos. TDAH:
frequente incapacidade de se manter parado.
RELATO DE CASO: ZEZINHO
Zezinho, nome fictício, é um garoto de 13 anos diagnósticado desde os 4
anos com TDAH pela médica Ana Beatriz Barbosa Silva;

No decorrer do desenvolvimento sempre demonstrou ser um bebê muito


alegre, de crescimento acelerado; aos 4 meses nasceram seus primeiros
dentinhos; aos 5 meses se sentava e balbuciava suas primeiras palavras,
aos 8 meses teve anemia por só aceitar leite materno, não engatinhou e
aos 9 meses começou a andar;

Com 1 ano e 2 meses falava de forma clara e reconhecia números e


letras de forma aleatória;
RELATO DE CASO: ZEZINHO
Quando Zezinho ingressou no ensino fundamental ficou evidente como
as escolas não tinham conhecimento e nem preparo para lidar com
crianças com diferentes necessidades;

A escola relatava que o garoto era uma criança introspectiva e insegura,


não participava e atrapalhava a aula. A tia de Zezinho encaminhou-o ao
grupo Napades e marcou uma consulta com a médica Ana Beatriz
Barbosa Silva;

A médica ao se inteirar do relato desde o nascimento da criança fez uma


bateria de exames em Zezinho e depois de extensos testes, detectou se
tratar de TDAH;
RELATO DE CASO: ZEZINHO
O tratamento se dá com constantes adaptações de medicações, como
Ritalina e Risperidona, associadas a acompanhamento de psiquiatras e
psicopedagogas;

Zezinho encontra-se em tratamento até os dias de hoje e será


acompanhado até a sua fase adulta. Em relação à escola, sempre
precisou haver constante ligação entre a mãe e a psicóloga;

Quanto ao lado social, quando criança não tinha amigos e vivia isolado;
agora, desde que é jovem, tem amigos, mas segundo a mãe, é submisso
aos outros. Parece que teme perder as amizades.
ANÁLISE – ALFRED ADLER

Alfred Adler foi o fundador da psicologia do


desenvolvimento individual;

Ele trabalhou com Freud e realizaram estudos no


ramo da psicanálise, contudo a parceria se
desintegrou porque Adler considerou a questão
sexual muito superestimada por Freud;

Em conformidade com Adler, quem determina o


comportamento do ser humano é o meio social;
ADLER ACREDITAVA QUE:

A personalidade de
um indivíduo A busca por poder e
é moldada pelas controle é uma força
experiências e central para o
relacionamentos da comportamento
infância. humano.
MEIO SOCIAL
É através do meio social e da preocupação contínua por alcançar
objetivos que o comportamento humano básico é determinado.

Os complexos de inferioridade resultantes de conflitos sociais podem


traduzir-se em uma dinâmica patológica. Em Zezinho isso pode ser
caracterizado por ele ter amigos, porém ser submisso aos outros pelo o
medo de perder as amizades.

Falar em individual faz sentido porque os fatores sociais não impactam


as pessoas da mesma forma. Cada um precisa ser analisado de uma
perspectiva individual.
ATENÇÃO!
Segundo Adler, a principal força do indivíduo é o
desejo de poder e controle. Contudo, quando há
uma frustração no processo de conquista de algo
nasce um “complexo de inferioridade”.
CASO ZEZINHO
A partir da infância, a criança começa a buscar maneiras de controlar seu
ambiente e os outros ao seu redor como forma de compensar a sua
sensação de impotência;

Assim, Zezinho ao ingressar no ambiente escolar, já havia contato com o


despreparo da escola em acolher a sua individualidade. Além disso, ele
se encontrava em posição de isolamento;

No adulto, manifesta-se de várias maneiras, desde a busca por poder


financeiro ou político até a necessidade de controlar as emoções dos
outros ou de ser o centro das atenções;
Caso Zezinho:
Zezinho tende a ser submisso aos outros
pelo o medo do isolamento.

A solução para esse problema não está na


busca por poder e controle, mas sim em
um maior senso de igualdade e
cooperação entre as pessoas
ANÁLISE – HENRI WALLON
Para Wallon, o ser humano é a totalidade das
influências sociais e fisiológicas, social e orgânico.
Sendo assim, fundamentais para o desenvolvimento e
especialmente dependentes do contexto sociocultural;
ESTÁGIOS DE WALLON
01 • Impulsivo-emocional (0 a 1 ano): altamente afetivo, onde o sujeito se
expressa por meio de movimentos corporais, do contato corporal e do toque.

02 • Sensório motor e projetivo (1 a 3 anos): se estabelece uma relação


intensa com os objetos através do contato e se inicia a indagação persistente
sobre o que eles são, seus nomes e como funcionam.

03 • Personalismo (3 a 6 anos): a diferenciação se dá entre a criança e o


outro. Neste estágio, é importante que ela entre em contato com atividades
que possibilitem o exercício da escolha e com crianças de outras idades,
além de entrar em contato com as diferenças entre cada um.
ESTÁGIOS DE WALLON

04 • Categorial (6 a 11 anos): diferenciação mais intensa e nítida entre o


eu e o outro, o que fornece a estabilidade necessária para a exploração
das diferenças e semelhanças entre objetos, imagens, conceitos e ideias.

05 • Puberdade e adolescência (11 anos em diante): o reconhecimento


da singularidade e autonomia do sujeito, com valores e sentimentos
próprios, mediante ações de confronto e autoafirmação.
TEORIA DA AFETIVIDADE
O desenvolvimento e aprendizagem devem ser repletos de
interações sociais, trocas e formação de vínculos,
intermediados pela compreensão do papel da afetividade
e suas implicações. Isso pressupõe uma educação
orientada para o desenvolvimento afetivo, social e
intelectual de forma integrada capaz de gerar processos
que criem mecanismos de compreensão, aceitação,
negação, assimilação, defesa ou administração das
sensações e sentimentos.
CASO ZEZINHO
Como apresentado, Zezinho já frequentou escolas onde não havia o
preparo adequado para acolher o garoto, recebendo diversas reclamações
de professores;

Após o diagnóstico de TDAH ele passou a receber o cuidado apropriado


pelos os pais e profissionais, como psicóloga, psiquiatra e psicopedagoga;

Reflexão: na adolescência ele ainda permanece em acompanhamento e


ainda encara desafios em reconhecer o próprio valor entre as interações
sociais. Logo, sendo de fundamental importância estimular a sua
autoestima, subjetividade e o modo de interação consigo mesmo e os
demais.
REFERÊNCIAS
ADLER, vida e contribuição em psicologia. Psicanálise Clínica, 2019. Disponível em:
https://www.psicanaliseclinica.com/adler/. Acesso em: 01 jun. 2023.

AUTISMO, x TDAH – semelhanças e diferenças. Evolução Para Vida, 2022. Disponível em:
https://www.evolucaoparavida.com.br/2022/04/15/autismo-x-tdah-semelhancas-e-diferencas/. Acesso em: 01 jun.
2023.

CARDOSO, M. A; FERREIRA, H. B. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: relato de um caso.


Educação Pública. 12 maio 2015. Disponível em:
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/15/9/transtorno-de-dficit-de-ateno-e-hiperatividade-relato-de-um-caso .
Acesso em: 01 jun. 2023.

NARCISO, E. C. Henri Wallon: a afetividade no processo de aprendizgem. PROFS, 2021. Disponível em:
https://profseducacao.com.br/artigos/henri-wallon-a-afetividade-no-processo-de-aprendizagem/. Acesso em: 01 jun.
2023.

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OBRIGADA À TODAS,
TODOS E TODES!
VOCÊS SÃO INCRÍVEIS!

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