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DEFINIÇÃO E OBSERVAÇÕES DA
Análise do Comportamento
O1
Análise do comportamento
O2
Seleção por consequências
O3
Crítica ao mentalismo
ÍNDICE
01
ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
A análise do comportamento é uma ciência natural, formulada
pelo psicólogo americano B. F. Skinner, que estuda o
comportamento humano a partir da interação entre
organismo/ambiente. A atenção do pesquisador é assim
dirigida para as condições ambientais em que determinado
organismo se encontra, para a reação desse indivíduo a essas
condições, para as consequências que essa reação lhe traz e
para os efeitos que essas consequências produzem - processo
denominado "tríplice contingência", unidade funcional dessa
ciência. Nesse sentido o comportamento é entendido como
uma relação interativa de transformação mútua entre o
organismo e o ambiente que o cerca na qual os padrões de
conduta são naturalmente selecionados em função de seu valor
adaptativo. Trata-se de uma aplicação do modelo evolucionista
de Charles Darwin ao estudo do comportamento que reconhece
três níveis de seleção - o filogenético (que abrange
comportamentos adquiridos hereditariamente pela história de
seleção da espécie), o ontogenético (que abrange
comportamentos adquiridos pela história vivencial do indivíduo)
e o cultural (restrito à espécie humana, abrange os
comportamentos controlados por regras, estímulos verbais ou
simbólicos, transmitidos e acumulados ao longo de gerações
por meio da linguagem).
SELEÇÃO POR
CONSEQUÊNCIAS
O modelo causal de seleção do comportamento por
consequências foi proposto por Skinner (1981). A explicação
selecionista do comportamento é eminentemente histórica, e
abre mão de argumentos semelhantes aqueles do paradigma
da mecânica clássica. Em relação a este ponto, um erro
frequente nas críticas à análise do comportamento é acreditar
que, dentro do behaviorismo, a causa de um comportamento
deve ser necessariamente imediata. Pelo contrário, a causa de
um comportamento não precisa estar próxima e imediata, já
que a causação imediata (se necessária) se opõe à explicação
histórica - que, por sua vez, incorpora a história da espécie, a
história do indivíduo e a história da cultura, considerando-se
estas como três processos de seleção do comportamento. A
análise recai sobre o produto integrado desses processos
históricos, e sua separação ou análise é um artifício meramente
didático ou metodológico. O comportamento humano é o
produto da ação integrada e contínua de contingências
filogenéticas, ontogenéticas e culturais (Skinner, 1981).
CRÍTICA AO
MENTALISMO
Esta ciência destaca-se, em regimento da filosofia e abordagem
teórica behaviorista, pela exclusiva rejeição do modelo de
pensamento dualista que divide a constituição humana em duas
realidades ontologicamente independentes, o corpo físico e a
mente metafísica - ou seja, nessa perspectiva processos
subjetivos tais como emoções, sentimentos e
pensamentos/cognições são entendidos como substancialmente
materiais e sujeitos às mesmas leis naturais do comportamento.
Tal entendimento não rejeita a existência da subjetividade
(como dito anteriormente), mas destituí a mesma de um
funcionamento automatista.