Você está na página 1de 7

________________________________________________________

FACULDADES ANHANGUERA DE DOURADOS

Curso de Psicologia – 5º Semestre

Análise experimental do Comportamento

Behaviorismo Radical – Ambiente Filogenético e


Ontogenético: conceito, definições, reflexo.

DOURADOS
2016

1
ACADÊMICAS: RA:
Agda da Rocha Oliveira 86371723344
Cleonice de Oliveira 9890534420
Daniele Souza dos Santos 1299101767
Ivoneide Ferreira da Rocha 8832389446
Luciana de Morais Menezes 8411131089
Natalia Eufrásio de Oliveira 2300003789

Análise experimental do Comportamento

Behaviorismo Radical – Ambiente Filogenético e Ontogenético:


conceito, definições, reflexo.

Dourados

2
2016

Sumário

1 INTRODUÇÃO 4
2 BEHAVIORISMO RADICAL – AMBIENTE FILOGENETICO E ONTOGENETICO 4
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 6
REFERENCIAS 6

3
1 INTRODUÇÃO

A presente terminologia acadêmica retrata acerca do behaviorismo radical seu


conceito e definições práticas dos ambientes: filogenético e ontogenético em associação ao
comportamento propriedade e associando o reflexo como manifestação básica para os
estudos e experimentos entre um organismo e seu ambiente, sendo por vezes involuntária,
automática do organismo.

2 BEHAVIORISMO RADICAL – AMBIENTE FILOGENETICO E


ONTOGENETICO

O behaviorismo radical baseia-se no pragmatismo que é concepção desenvolvida


por filósofos americanos, particularmente Charles Pierce (1839-1914) e William James
(1842-1910) que tem como noção fundamental segundo BAUM (1999, p.37) “é de que a
força de investigação científica reside não tanto na descoberta da verdade sobre a maneira
como o universo objetivo funciona, mas no que ela nos permite fazer”. O behaviorismo
radical assim, baseia-se na praticidade.

O contemporâneo behaviorismo radical não faz distinção entre os mundos subjetivo


e objetivo, e se concentra em conceitos e termos, e o objetivo da ciência do comportamento
aqui é descrever em termos que se tornem familiares e, portanto, “explicado”, buscando a
ampliação da nossa experiência natural do comportamento por meio da observação precisa.
A descrição pragmática do comportamento do behaviorismo radical tem por fim o contexto
em que ocorre e para o behaviorista radical, os termos descritivos não só explicam como
também definem o que é comportamento.

O behaviorismo radical de Skinner e os psicólogos dessa abordagem, segundo


BORGES et. al, (2002) “utilizam termos como “resposta” e “estímulo” para se referirem
àquilo que o organismo faz e às variáveis ambientais que interagem com o sujeito” e o
comportamento é entendido como a interação do indivíduo e o ambiente sendo o homem
tomado como o produto e o produtor dessas interações.

Seguido o modelo explicativo do comportamento assumido pela análise do


comportamento, o repertorio comportamental de um indivíduo é produto de um processo de
4
seleção por consequências que atuam em três níveis de determinação (filogênese,
ontogênese e cultura), os quais explicam a emergência, manutenção e constantes variações
desse repertorio (SAMPAIO e ANDEREY, 2012).

De Acordo com GORAYEB (2010) a filogênese explica as características


fisiológicas e anatômicas das espécies, além de explicar comportamento simples
denominados padrões fixos de ação, como por exemplo o reflexo de sucção de um bebe. A
ontogênese explica os repertórios comportamentais específicos de cada indivíduo,
aprendidos ao longo de sua história de vida através de processos operantes.

No nível filogenético comportamentos que aumentaram as chances de sobrevivência


da espécie foram selecionados assim como foram os traços anatômicos e morfológicos.
Estes comportamentos são chamados de reflexos ou respondentes, pois ocorrem sem
necessidade de aprendizagem. Eles são parte da dotação genética do organismo, portanto,
não o preparam para se adaptar a um ambiente em constantes mudanças, mas somente para
se adaptar a um ambiente semelhante aquele em que o comportamento foi selecionado na
história evolutiva da espécie.

No nível ontogenético comportamentos são selecionados por causa do seu valor


para a adaptação do organismo a um ambiente mutável. Portanto, neste nível há aquisição
de novos comportamentos, diferente do nível filogenético em que operam os
comportamentos respondentes, e é esta aquisição de novos comportamentos que dá ao
organismo maior capacidade de adaptação.

Dentro da ontogenética estão os comportamentos que são chamados de operantes.


São assim chamados porque operam no ambiente provocando determinadas modificações
(SKINNER, 1993). Por sua vez estas modificações também alteram o comportamento,
tanto em sua função (sentido/intencionalidade) quanto em sua topografia (forma). Sendo
assim, o operante é selecionado (determinado) pelas consequências que produz.”
(RIBEIRO, 2012, 73).

O mecanismo de seleção pelas consequências é análogo ao processo de seleção


natural. Na seleção natural certas características foram selecionadas por causa do seu valor
de sobrevivência, enquanto que na seleção operante certos comportamentos são

5
selecionados por causa do seu valor para a adaptação do indivíduo. Mas, dizer que a
seleção gera comportamentos adaptados não significa dizer que as consequências apenas
selecionam o que há de melhor, pois este processo pode gerar produtos que a curto prazo
parecem benéficos, mas que a longo prazo são prejudiciais. O comportamento de usar
drogas é um exemplo de comportamento que a curto prazo parece produzir benefícios
(prazer, alívio etc.), mas que a longo prazo acarreta consequências nefastas. (RIBEIRO,
2012, p. 80).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A possibilidade de existir uma ciência do comportamento é basicamente a ideia


central do behaviorismo. Dependendo do behaviorista esta visão pode ser diferente, não
alterando a premissa de que haja uma ciência do Comportamento.

Nos primórdios, cientistas utilizavam métodos objetivos que produziam medidas


experimentais e palpáveis de observação. Diante dos autores já mencionados no
desenvolvimento do trabalho, seria injusto deixar de mencionar psicólogos como Gustav
Fechnner, 1801-1887 e I. P. Pavlov, 1849-1849. O primeiro que desenvolveu métodos que
pareciam medir a intensidade subjetiva da sensação, desenvolvendo uma escala que se
baseava na diferença apenas perceptível. O segundo desenvolveu um método para o estudo
da aprendizagem e associação através da medida de um reflexo simples apresentados em
laboratório.

REFERENCIAS

BAUM, W. M. Compreender o Behaviorismo. Ciência, Comportamento e Cultura.


Porto Alegre: Artmed, 1999. Disponivel em < http://books.scielo.org/id/vsgrn/pdf/zilio-
9788579830907-08.pdf>

BORGES, N. B.; CASSAS, F. A. et al. Clínica Analítico-Comportamental: Aspectos


teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed, 2012. Disponível em <
https://www.sinopsyseditora.com.br/upload/produtos_pdf/194.pdf>

6
GORAYEB, R. Psicologia da Saúde no Brasil. Psicologia: Teoria e Pesquisa. v. 26, n.
especial. p. 115-122, 2010. Disponível em <
http://www.scielo.br/pdf/ptp/v26nspe/a10v26ns.pdf>

RAUBER, D. C. Resumo de Baum (Cap. 1 - p. 21 – 34). Behaviorismo – Definição e


História. Disponível em: <http://dairauber.blogspot.com.br/2010/12/behaviorismo-
definicao-e-historia.html>.

RIBEIRO, B. A. Uma Análise Behaviorista Radical de um modelo prototípico de


formação da realidade social proposto por Berger e Luckman. Conexão ci.: r.cient.,
UNIFOR-MG, Formiga-MG, v. 7, n. 1, p. 69-83, jan./jun. 2012. Disponível em <
https://www.google.com.br/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&ved=0ahUKEwi_7MiuzP3LAhULk5AKHV
9CBtkQFggwMAM&url=http%3A%2F%2Fperiodicos.uniformg.edu.br
%3A21011%2Fperiodicos%2Findex.php%2Ftesteconexaociencia%2Farticle%2Fdownload
%2F128%2F156&usg=AFQjCNH2Nej-g6rd4ZLnsFA_l-
GzJdeV4A&sig2=V7bh2FF1jGaMJu6Y0JNLMA>

SAMPAIO, A. A. S.; ANDERY, M. A. P. A. Seleção por consequências como modelo de


causalidade e a clínica analítico-comportamental. In: BORGES, N. B.; CASSAS, F. A.
Clínica Analítico-Comportamental: Aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed,
2012. Disponível em <
http://www.fadap.br/semana_psicologia/wp-content/uploads/2014/03/21-TERAPIA-
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL-ESTUDO-DE-CASO.pdf>

SKINNER, B. F. Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Cultrix, 1993.

Você também pode gostar