Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
G U S T A V O M A R T I N S
(IBAC/UNIP/IESB/IESGO)
TÓPICOS A SER ABORDADOS
1ª parte
- "Método ABA“ - Princípios norteadores do modelo
- Princípios comportamentais: respondente, reforçamento, punição, extinção
e operação estabelecedora
2a Parte
- Diagnóstico Comportamental
3a Parte
Intervenção: Quais repertórios a ser trabalhados? Como trabalhar?
(contingência de reforçamento, operações estabelecedoras, ensino sem erro,
manejo ambiental, exemplos de intervenção, excessos e déficits
comportamentais
1ª PARTE – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
O que dizemos quando falamos em “Método ABA”?
S => R
Resposta envolve o sistema nervoso autônomo
REFLEXOS INCONDICIONADOS DO BEBÊ
Estímulo Resposta
Toque na bochecha => Virar a cabeça
depende do contexto
CONDICIONAMENTO
RESPONDENTE (OU CLÁSSICO)
CONDICIONAMENTO RESPONDENTE
Pavlov
CONDICIONAMENTO
RESPONDENTE: PRINCÍPIOS
Pareamento de um estímulo
neutro com um estímulo
que produz naturalmente
uma determinada resposta,
até o estímulo neutro
desencadear a mesma
resposta.
Processo de condicionamento
respondente
CONDICIONAMENTO
CLÁSSICO: PRINCÍPIOS
Comportamento respondente:
Comportamentos que são eliciados
automaticamente por um estímulo
Aquisição
EI
Após o emparelhamento:
Reforço
Comportamento Consequência
Extinção Punição
Contexto
Contexto
Contexto
Contexto
Contexto
Reforço
Reforço
Reforço
Reforço
Reforço
Comportamento
Comportamento Consequência
Consequência
Comportamento
Comportamento Consequência
Consequência
Comportamento Consequência
Extinção
Extinção
Extinção Punição
Punição
Extinção
Extinção Punição
Punição
Punição
APRENDIZAGEM
NÃO!!!
NÃO!!! SIM!!!
NÃO!!!
NÃO!!! SIM!!!
SIM!!!
SIM!!!
Contexto
Contexto Comportamento
Comportamento Consequência
Consequência
Contexto
Contexto Comportamento
Comportamento Consequência
Consequência
Não.
Não. Não.
Não.
Não. Não.
Não.
Não.
Contexto
Contexto Comportamento
Comportamento Consequência
Consequência
Contexto
Contexto Comportamento
Comportamento Consequência
Consequência
Contexto Comportamento Consequência O que acontece
com o
comportamento
Acender a luz
Colocar um agasalho (em relação ao frio)
Ligar o carro
Coçar o braço
Sair de uma aula chata
Deixar a tarefa da escola que está difícil...
... e ir para o pátio brincar com os colegas.
Estímulos Antecedentes / Comportamento
Multicontingenciado
As respostas não são controladas apenas por suas consequências,
mas também por seus estímulos antecedentes
Comportamento multicontingenciado: cada resposta pode estar
sob controle de vários eventos antecedentes e consequentes
Estímulo Reforçador
Se a escrita de alguém
(comportamento) puder ser lida
por outra pessoa (reforçador),
depois de um tempo sua
caligrafia pouco mudará
TIPOS DE REFORÇADORES: ARBITRÁRIO VS
NATURAL
Reforçador natural: consequência reforçadora é um
produto direto do próprio comportamento
se , então
se , então
ARBITRÁRIO VS NATURAL
É correto usarmos reforçadores arbitrários?
Quando queremos ensinar uma pessoa a gostar de leitura é correto
presentearmos com brinquedos?
Como devemos utilizar o reforço arbitrário?
E na clínica, podemos utilizar reforçadores arbitrários?
Reforçador Primário X Secundário
Reforçador primário ou
incondicionado: não depende de uma
atividade anterior para ser considerado
reforçador – geralmente utilizados para
satisfazer necessidades básicas
Extinção Respondente
Extinção Operante X Respondente
Diminuição da Diminuição da
frequência do magnitude da
comportamento / resposta e aumento
resposta da latência
Resistência à Extinção
Conceito
Aumento na variabilidade da
topografia (forma) da resposta: no
início do processo de extinção, a forma
como o comportamento estava sendo
emitido começa a modificar-se
O QUE É APRENDIDO
Operante:
as pessoas aprendem novos padrões
de comportamento.
Estrutura educacional
Clínica
Escolas
Residência (treinamento da família)
Instituição
ATENDIMENTO DOMICILIAR – FATORES QUE
FAVORECERAM SEU CRESCIMENTO
Fatores políticos e culturais:
Criação do SUS (respaldo na Constituição de 1988): “...parte
da universalização do acesso aos serviços de saúde, e visa a
descentralização unificada, a democratização da gestão, a
integralidade da atenção e a execução mista” (Martins, 2010).
Lei no 10.216 (1999): criação de CAPS, NAPS, hospitais-dia,
Residência Protegida, Centros de Convivência e outros
Modelo biopsicosocial na visão do homem “doente mental”.
ATENDIMENTO DOMICILIAR – FATORES QUE
FAVORECERAM SEU CRESCIMENTO
Fatores terapêuticos:
• Programas de ensino de repertórios relevantes têm se
preocupado não somente em como ou o quê se ensinar,
mas principalmente se aquilo que foi ensino “sobreviverá”
outros contextos sociais e físicos.
• Pesquisas deixaram o contexto de controlado de
laboratório para contexto sociais comuns aos participantes:
escolas, residências, estabelecimentos públicos (Taylor &
Harris, 1995; Williams, Donley, & Keller, 2000).
• Acompanhamento personalizado e individual.
• Redução de custos e independência maior do psicólogo
responsável.
Acesso direto ao terapeuta pelos pais ou responsáveis.
Pesquisas que apontam sucesso no treino de pais na
terapêutica (e.g., Hall, Cristler, Cranston & Tucker, 1970;
Hall e cols., 1971; Hall e cols., 1972).
DESVANTAGENS E QUANDO NÃO SE DEVE INDICAR
ESTE MODELO
Sintoma O sinal
Sinal é patognomônico
o que é o que a
vejo criança por si só faz o
sente diagnóstico
DIAGNÓSTICO FORMAL – DSM-IV, 1994
S R SR
DSM Sistema
Funcional
S : R atenção social.
S : R Itens comestíveis.
S : R Itens manipuláveis.
S : R Sozinho
Iwata et al (1982/1994)
Demanda
Iwata et al (1982/1994)
Demanda
Atenção
Iwata et al (1982/1994)
Iwata, Dorsey, Keith, Bauman e Richman (1982/1994)
Sozinho
Reforçamento automático
REFORÇAMENTO NÃO CONTINGENTE E
AUMENTO DO CUSTO DE RESPOSTA
180
160
140
120
Vocalizações Inapropriadas
100
80
60
40
20
0
1 2 3 4 5
Sessões
Legenda:
■ PTI
▲ Desaprovação social
● Sozinho
Taxa de vocalizações inapropriadas por fases da intervenção
0,60
ABLLS ABLLS + NCR ABLLS + P- ABLLS + NCR + RC
Taxa de vocalizações indesejáveis (por segundos)
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61 66 71 76 81 86 91 96 101 106 111 116 121 126 131 136 141 146 151 156 161
Sessões
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
• Descrever relações funcionais entre fontes de controle (VIs) sobre
os comportamentos (VDs)
Cesar, 2001
AVALIAÇÃO FUNCIONAL: ROTAS DE ENSINO
ABLLS
Lear, 2004
ABLLS – COMPORTAMENTOS TRABALHADOS
Cooperação
Desempenho visual
Linguagem receptiva/expressiva
Imitação motora
Ecóico
Mandos
Intraverbais
Etc...
Lear, 2004
ABLLS – ESTRATÉGIAS DE ENSINO
ABLLS – FOLHA DE REGISTRO
Guimarães, 2010
OBJETIVO
Investigar se é possível:
Participantes:
2 crianças com diagnóstico de autismo (um menino e uma menina).
Local:
A pesquisa foi realizada em uma sala de aula de 2 m2, de uma
escola.
Procedimento:
Avaliação de preferência
Delineamento
linha de base múltipla.
Fase 1. Linha de Base
10 s.
Ausência de
mando de Próxima tentativa
solicitação
Níveis de
fading
Sessões
Figura 2. Número de respostas emitidas frente aos objetos apresentados na ausência de um estímulo verbal
antecedente durante as sessões, em cada topografia, ao longo das sessões de ensino. As linhas pontilhadas
sinalizam o início do ensino de cada nova topografia e as estrelas marcam as sessões de teste de generalização.
Número de Tentativas
Porcentagem
Níveis de Fading
Figura 20. Número de tentativas necessárias para aquisição da resposta para cada topografia
em cada nível de fading e o total de respostas emitidas pelo participante em cada topografia.
No primeiro quadro estão os dados do participante H. e na segundo os dados da participante
A.
Lag 1
12
Topografias
Lag 2 Lag 3
Tentativas
Tentativas
Figura 7, 8, 9, 10. Número acumulado de respostas com as cinco topografias ensinadas e as outras
topografias que foram emitidas na sessão de Lag 1, nas duas sessões de Lag 2 e na sessão de Lag 3 ao
longo das tentativas.
Lag 1 Lag 2 Lag 3
Porcentagem de respostas
Sessões
faca bolo
Etapa 1
Aprendizagem sem erro: Exemplo
Etapa 2
Aprendizagem sem erro: Exemplo
SD S
Discriminação Inicial
Etapas de mudança
gradual
Discriminação Final
Aprendizagem sem erro
Terrace (1963a): Resultados
Desempenhos sem ou com o mínimo de erros
foram obtidos com o procedimento de
modificação gradual do S
Históriade aprendizagem com erros afeta o
desempenho subsequente (“discriminação
defeituosa”) e gera subprodutos emocionais
Aprendizagem sem erro
Terrace (1963b):
Sobreposição de estímulos (Vertical-Vermelho; Horizontal-Verde)
Transferência de controle de estímulo
SD S
Discriminação Inicial
Etapas de mudança
gradual
Discriminação Final
Aprendizagem sem erro
Sidmam & Stoddard (1967):
Crianças normais e com retardo mental
Tarefa: discriminação entre círculo e elipse
Etapa 1
Aprendizagem sem erro
Sidmam & Stoddard (1967):
Crianças normais e retardadas
Tarefa: discriminação entre círculo e elipse
Etapa 2
VÍDEO 1
Criança autista:
Repertório inicial (respostas agressivas,
compreensão verbal rudimentar, ausência de
comportamento verbal, intolerância à
frustrações)
Objetivo: aumentar tolerância à frustração,
melhorar a linguagem receptiva/expressiva,
eliminar operantes agressivos).
Estratégias: dica atrasada, reforçamento
diferencial, extinção para comportamentos
inadequados, tarefas com minimização de erros
VÍDEO 2
Esvanecimento(fading) - Tipos:
Esvanecimento subtrativo: Remoção gradual de
estimulos. Exemplos:
Terrace (1963b)
Casa e desenho da casa
Aprendizagem sem erro
Esvanecimento subtrativo: Remoção gradual de estímulos
Pré-teste
Aprendizagem sem erro
Esvanecimento subtrativo: Remoção gradual de estímulos
Esvanecimento
(remoção) da palavra
Fase de Ensino
(Treino)
Sobreposição
Aprendizagem sem erro
Esvanecimento subtrativo: Remoção gradual de estímulos
Dica atrasada:
Remoção gradual de um prompt (ajuda física
ou verbal. Exemplos:
Ensinar uma criança a levar a colher a boca
Ensinar a pronúncia de uma palavra de uma
língua estrangeira
Aprendizagem sem erro
Modelagem de resposta:
Modificação gradual em dimensões da resposta.
Os estímulos antecedentes permanecem os
mesmos
Esvanecimento e Modelagem de estímulo:
Modificação gradual de dimensões de estímulos
antecedentes. A resposta não muda
PROPOSTA INICIAL – DIVISÃO POR ÁREAS DE DOMÍNIO
Seguimento de instruções básicas
Imitação motora
Linguagem receptiva
Linguagem expressiva
Habilidades pré-acadêmicas
Habilidades de autoajuda/autocuidado
SEGUIMENTO DE INSTRUÇÕES BÁSICAS
gustavo@ibac.com.br