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Seleção por consequências

Introdução ao modelo causal skinneriano


Seleção por consequências
• Modo causal adotado por Skinner para explicação do
comportamento dos indivíduos, análogo à teoria da seleção
natural;

• Processos comuns:

• Variação de características;

• Seleção das características mais adaptativas.


Seleção por
consequências
Variação ocorre nas
características de indivíduos
de qualquer espécie viva;

• Algumas destas
características são
vantajosas, outras não são
vantajosas.

• Estas variações são


genéticas.

Figura retirada de Moreira, M. B. (Org.). (2013). Comportamento e Práticas Culturais. Brasília:


Instituto Walden4.
Seleção por Variação das características
consequências filogenéticas

As características mais
vantajosas são aquelas
que, em relação a um Seleção das características mais
determinado ambiente, vantajosas
produzem maior chance
de sobrevivência;

• Evolução por seleção Estabilidade da população


natural.
Seleção por
consequências
Seleção natural de
comportamentos típicos
da espécie:

• Comportamento
reflexo;

• Padrões fixos de ação.


Seleção por
consequências
Consequências
filogenéticas dependem
de um ambiente muito
estável. O que fazer em
relação a mudanças mais
bruscas?

Fruta
venenosa
Seleção por consequências
• Surgimento de dois tipos de processos que permitem ao
organismo lidar com mudanças bruscas no ambiente:

• Condicionamento respondente;
• Envolve o emparelhamento de estímulos neutros com estímulos
eliciadores incondicionados; Estímulos neutros passam a eliciar respostas
condicionadas.

• Seleção operante.
• Comportamentos aumentam ou diminuem de frequência de acordo com as
consequências reforçadoras/punitivas que produzem.
Seleção por consequências
• Condicionamento respondente e seleção operante:

• Segundo tipo de seleção por consequências – seleção ontogenética;

• Explica o surgimento de padrões de comportamento individuais;

• Analogia ao modelo de seleção natural: variação e seleção de


comportamentos.
Estabelecendo os objetivos
• Objetivos da disciplina:

• Comportamento reflexo inato e aprendido;

• Comportamento operante: importância das consequências;

• Comportamento operante: controle de estímulos.


Comportamento reflexo
Parte I: Reflexo Inato
Análise Experimental do Comportamento
Reflexo de sucção;

Reflexo Inato
Reflexo de retirada.

Organismos nascem
preparados para
responder a Contração pupilar;
determinadas alterações
ambientais:
Reflexo Inato
• Importância evolutiva dos reflexos inatos:

• Tempo necessário para “aprender” tais comportamentos poderia ser


prejudicial à sobrevivência da espécie.

• Reflexos inatos constituem uma “preparação mínima” para


que o organismo possa interagir com o ambiente, tendo mais
chances de sobreviver.
Reflexo Inato
• Comportamento reflexo inato descreve a relação entre
determinados estímulos ambientais e respostas do
organismo;

• Estas relações foram constituídas durante a história


evolutiva da espécie – por isso o termo reflexo inato;

• Também conhecido como reflexo incondicionado ou respondente


incondicionado.
Reflexo Inato
• Estímulo:

• Mudança no ambiente (ou


em parte dele);
Estímulo  Resposta

• Resposta: SR

• Mudança no organismo
(ou em parte dele).
Reflexo Inato
Estímulo (S) Resposta (R)

Relembrando: esta relação foi selecionada durante a história


evolutiva da espécie humana.
Reflexo Inato
• Comportamento Reflexo:

• Relação entre estímulo ambiental e resposta do organismo, na qual o


estímulo elicia a resposta;

• Importante diferença entre respostas eliciadas (reflexas) e respostas


emitidas (operantes).
Reflexo Inato Estímulo (S) Resposta (R)

Nesta relação: o
aumento da luz
ambiente elicia a
resposta de contração
pupilar.
Reflexo Inato
• Leis do reflexo:

• Descrições de características universais das relações S R;

• Importantes para uma descrição científica deste tipo de fenômeno;

• Explicação abrangente a todas as espécies animais (teoria evolutiva).


Reflexo Inato
• Leis do reflexo descrevem relações entre características do
estímulo e da resposta;

• Intensidade do estímulo: propriedades do estímulo (força, tamanho,


etc.);

• Magnitude da resposta: propriedades da resposta (força, velocidade,


etc.).
Reflexo Inato
Leis primárias do reflexo:
Limiar:

Intensidade do Estímulo
Intensidades acima do limiar – respostas sempre são eliciadas

Não são todas as Limiar: às vezes respostas são eliciadas (ainda que
intensidades de estímulos que com baixa magnitude
eliciam respostas reflexas;
Intensidades abaixo do limiar – nunca eliciam respostas
Luzes muito fracas, por
exemplo, não produzem
contração pupilar.
Reflexo Inato

• Lei do limiar: Há uma intensidade mínima para que


um estímulo comece a eliciar uma resposta.
Figura retirada de Moreira, M. B., & Medeiros, C. A. de. (2007). Princípios básicos de
análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed.
Reflexo Inato
• Lei do limiar:

• O limiar é diferente de organismo para organismo (variações


filogenéticas);

• O limiar não é um valor fixo, mas um conjunto de valores na presença


dos quais o reflexo pode ser eliciado ou não.
Reflexo Inato

Leis primárias do reflexo:


Intensidade-magnitude:

• Quanto maior a intensidade do


estímulo, maior a magnitude
da resposta.

Figura retirada de Moreira, M. B., & Medeiros, C. A. de. (2007). Princípios básicos de
análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed.
Reflexo Inato
Leis primárias do reflexo:
latência:

• Lei da latência: Quanto


maior a intensidade do
estímulo, menor a
latência da resposta.

Figura retirada de Moreira, M. B., & Medeiros, C. A. de. (2007). Princípios básicos de
análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed.
Reflexo Inato
• Lei da latência:

• A intensidade do estímulo possui ainda um efeito direto sobre a duração


da resposta:

• Quanto maior a intensidade do estímulo, maior a duração da resposta.


Reflexo Inato
Leis secundárias do reflexo: Habituação
do estímulo:

Quanto um estímulo é apresentado diversas


vezes (na mesma intensidade) em curto
intervalo de tempo, há uma diminuição na
magnitude da resposta eliciada.

Ex. Cortar cebola repetidas vezes; luz


nos olhos repetidas vezes, etc.

Figura retirada de Millenson, J.R. (1970) Princípios de Análise do


Comportamento. Brasília: Coordenada Editora.
Reflexo Inato
Habituação do estímulo:

• Barulho do papel (S) 


Risadas (R)
Reflexo Inato
• Leis secundárias do reflexo: Potencialização do estímulo:

• Apresentações sucessivas do estímulo em intensidades abaixo do limiar


podem eliciar respostas:

• Ex. Cheiro de tinta, barulhos, etc.


Reflexo Inato
• Reflexos e as emoções;

• O que são emoções? Medo, raiva, alegria, nojo, excitação sexual etc.

• Aspectos operantes (que podem ser verbais);

• Aspectos filogenéticos  Reflexos.


Reflexo Inato
• Respostas emocionais são, muitas vezes, relações S  R
que dizem respeito à fisiologia do organismo:

• Medo: sudorese, taquicardia, irrigação sanguínea dos músculos, etc.

• Valor de sobrevivência para a espécie;

• “Respostas emocionais”.
Reflexo Inato
• Por isso dizemos que “é difícil controlar as emoções”;

• Relações eliciadas por estímulos específicos (podem ser


condicionadas – Parte 2);

• Remédios: modificações dos aspectos fisiológicos das


emoções.
Reflexo Inato

• Emoções são nomes que


para relações
comportamentais (que
envolvem relações
reflexas):

Figura retirada de Moreira, M. B., & Medeiros, C. A. de. (2019). Princípios básicos de
análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed.
Reflexo Inato

Este animal está


“sentindo emoções”?
Comportamento reflexo
Parte II: Reflexo Aprendido
Análise Experimental do Comportamento
Reflexo Aprendido
• Reflexo inato (e qualquer característica selecionada
evolutivamente):

• Preparam o organismo para sobreviver em um ambiente muito estável,


que muda muito pouco ao longo das gerações;

• O que acontece quando o ambiente muda bruscamente?


Reflexo
Aprendido

Organismos são capazes


de “aprender” novas
relações reflexas;
• Reflexo Condicionado
(Aprendido);

• Experimentos de Ivan
P. Pavlov.
Reflexo Aprendido
• A descoberta de Pavlov:

S (Comida na boca)  R (Salivação)

Som dos passos  Salivação


Como? Não há componente filogenético!
Reflexo Aprendido
• Procedimento de Pavlov:
S (Comida)  R (Salivação)

S (Som)  R (Outras respostas – sem salivação)


Reflexo Aprendido
• Ou seja:

• A comida é um Etímulo Incondicionado (US) que elicia uma Resposta


Incondicionada (UR) – salivação;

• O som é um Estímulo Neutro (NS) para a resposta de salivação.


Reflexo Aprendido
• Procedimento de Pavlov:

NS (Som) + US (Comida)  R (Salivação)

+ 

Pareamento de
estímulos
Reflexo Aprendido
• Procedimento de Pavlov:

CS (Som)  CR (Salivação)

Estímulo neutro (NS) muda de função, e se torna um Estímulo


Condicionado e passa a eliciar uma Resposta Condicionada
(Salivação).
Reflexo Aprendido

Figura adaptada de Myers, D. G., & DeWall, C. N. de. (2017). Psychology in Everyday Life. New York: Worth Publishers.
Reflexo Aprendido
• Importante:

• Um estímulo é considerado neutro, condicionado ou incondicionado de


forma relativa à resposta;

• O Som é neutro em relação à resposta de Salivação e não a outras


respostas (como mexer as orelhas, por exemplo).
Reflexo Aprendido
• Importante:

• Os organismos não aprendem novas respostas; as respostas


filogeneticamente selecionadas são condicionadas a novos estímulos;

• Novas relações reflexas são aprendidas.


Reflexo Aprendido
• Condicionamento Reflexo e o estudo das emoções;

• Da mesma forma que os organismos aprendem novos reflexos (relações)


também aprendem novas respostas emocionais – como medo;

• Importância prática deste tipo de estudo.


Reflexo
Aprendido NS

Experimento de Watson
(pequeno Albert):
US UR

• Estudo das emoções a


partir da noção de
reflexos condicionados. US+NS
(pareamento)
UR

CS CR
Reflexo
Aprendido
S  R (Medo, magnitude 10)
|

Generalização
|
V

respondente: S  R (Medo, magnitude 8)


|
|
V
• Quanto mais parecido S  R (Medo, magnitude 3)
fisicamente o estímulo
maior a magnitude da
resposta condicionada
eliciada;
Reflexo Pitbull

Aprendido Pastor Alemão

Boxer

Magnitude das respostas de medo


Generalização Vira Lata
respondente:
Pequinês
• Gradiente de
generalização

Intensidade dos estímulos


Reflexo
Aprendido

Generalização: no caso
da pesquisa de Watson...

…estímulos fisicamente
semelhantes ao rato
branco também eliciavam
respostas de medo.
Reflexo Aprendido
• Extinção respondente:

• Quando o estímulo condicionado deixa de ser emparelhado ao


estímulo incondicionado, a resposta condicionada tende a entrar em
extinção (ou diminuir a magnitude);

• Se houver novo emparelhamento, o reflexo pode voltar a ser eliciado:


recuperação expontânea.
Reflexo Aranha Ansiedade/Medo
Aprendido

Contracondicionamento: Contexto da sessão Relaxamento

condicionar uma resposta


contrária àquela eliciada
pelo CS:
Aranha Contexto da sessão Relaxamento

Aranha Relaxamento
Reflexo
Aprendido
Dessensibilização
sistemática:

Tentativa de suavizar o
processo de extinção do
reflexo;

Sem a dessensibilização,
podem haver problemas para
o indivíduo, como no caso de
fobias.

Figura retirada de Moreira, M. B., & Medeiros, C. A. de. (2019). Princípios básicos de
análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed.
Reflexo Aprendido
• Outras aplicações da teoria do reflexo condicionado:

• Estudos sobre abuso de substâncias;

• Overdose: dose da substância acima da tolerada pelo organismo?

• O contexto exerce algum papel?


Fase 2a – Overdose de morfina
Fase 1 – Dose diária Ambiente A
(crescente) de morfina
Reflexo Ambiente A
Grupo controle –
Aprendido Overdose de morfina
(sem doses diárias)

Fase 2b – Overdose de morfina


Siegel, (1982): Overdose Ambiente B
em ratos:

• Respostas eliciadas pelas


“dicas” ambientais;

Grupo Numero de Ratos Mortalidade (%)


• Siegel (1984):
Ambiente A 37 32,4
entrevistas com usuários
de drogas. Ambiente B 42 64,3

Controle 28 96,4

Siegel, S. (1984). Pavlovian conditioning and heroin overdose: Reports by Siegel S, Hinson RE, Krank MS, McCully J. (1982). Heroin "overdose" death:
overdose victims. Bulletin of the Psychonomic Society, 22(5), 428–430. Contribution of drug-associated environmental cues. Science, 216, 436-437.
Reflexo Aprendido
• Outras aplicações da teoria do reflexo condicionado:

• Efeito placebo;

• Entre outras explicações, o efeito placebo pode ser atribuído a processos


de condicionamento reflexo;
Reflexo Remédio (US) Respostas fisiológicas (UR)
Aprendido Pareamento

Wickramasekera
(1980): Contexto
hospitalar/pílula (NS)

• Modelo do efeito
placebo como
resposta reflexa
condicionada.

Placebo (pílula) (CS) Respostas fisiológicas (CR)

Wickramasekera, I. (1980). A conditioned response model of the placebo effect. Biofeedback and
Self-Regulation 5, 5–18.
Comportamento Operante
Análise Experimental do Comportamento
Comportamento
operante

“Os homens agem sobre o


mundo, modificam-no e, por
sua vez, são modificados
pelas consequências de suas
ações” (Skinner, 1957).
Comportamento operante
• Comportamento Reflexo: não abarca toda a complexidade
do comportamento dos organismos;

• Importante, especialmente para o entendimento das emoções;

• Alguns tipos de comportamento mais complexos que os


reflexos produzem consequências no ambiente e são
afetados por elas.
Comportamento Operante
• Comportamento operante:

• Comportamento que “opera” no meio;

• Comportamento que produz consequências ambientais e pode ser afetado


por elas;

• Comportamento operante é o principal interesse de estudo da


Análise do Comportamento.
Comportamento operante

Eliciar: Emitir:
Estímulo provoca a Resposta tem uma
resposta reflexa probabilidade de ocorrer, em
função das consequências

Figura retirada de Moreira, M. B., & Medeiros, C. A. de. (2007). Princípios básicos de
análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed.
Comportamento operante

Relação R  C

Contingência de reforço
Relação de dependência entre eventos

Relação “se...” “...então”

Se determinada resposta ocorrer...então a consequência será produzida


Comportamento Operante
• Exemplos:

• Criança vai ao supermercado e faz birra:

• Situação A: Mãe dá o brinquedo;

• Situação B: Mãe bate;

• O que acontece com a probabilidade do comportamento de birra (em uma próxima ida ao
supermercado) nas situações A e B?

• O brinquedo ou a palmada são consequências da resposta de birra emitida pela criança.


Comportamento Operante
• O importante, nesta análise, é o efeito das consequências
sobre a probabilidade da resposta:

• Se a resposta se tornar mais provável (frequente), dizemos que as


consequências foram reforçadoras;

• Se a resposta se tornar menos provável (frequente), dizemos que as


consequencias foram aversivas (punitivas).
Comportamento
operante

Experimentos sobre
comportamento operante:
Caixa de Skinner;

Instrumento projetado para


registrar comportamento
de organismos não humanos
Comportamento Operante
Parte I: Reforço
Análise Experimental do Comportamento
Comportamento operante
• Procedimento
Modificação
Resposta do ambiental

R C
organismo (consequência)
Aumento na
Consequência
probabilidade da
reforçadora
resposta

“Birra” “Brinquedo”

Depende da história comportamental


do indivíduo
Comportamento operante
• Importância da história comportamental na explicação
analítico-comportamental:
• Por que a criança faz birra?

Explicação analítico-
Explicação tradicional
comportamental
“Por que, no passado, emitiu
comportamentos semelhantes que
“Para ganhar o brinquedo” produziram consequências
reforçadoras”

“A Análise do Comportamento é uma


Explicação voltada para o futuro ciência histórica” (Skinner, 1974)
Comportamento operante
A resposta de pressão à
Caixa de Skinner barra produz...

...uma consequência
especial: gota d’água.
Barra

Bebedouro
(água) Esta relação produz um
efeito: aumento na
probabilidade da
resposta ser emitida no

R
Pressão à
CGota
futuro.

Consequência
barra d`água reforçadora
Comportamento operante
• Novamente:
• Por que o rato pressiona a barra?

Explicação analítico-
Explicação tradicional
comportamental
“Por que, no passado, emitiu
comportamentos semelhantes que
“Para ganhar a gota d`água” produziram consequências
reforçadoras”

“A Análise do Comportamento é uma


Explicação voltada para o futuro ciência histórica” (Skinner, 1974)
Comportamento operante
• Não podemos dizer que um estímulo é reforçador a priori;

• A única maneira de dizer se um estímulo é reforçador ou não,


é por meio da experimentação;

• Se a frequência da classe de respostas aumentar em função


do estímulo consequente, então diz-se que ele tem função
reforçadora.
Comportamento operante
A única maneira de dizer se um dado evento é reforçador ou não para
um dado organismo sob dadas condições é fazer um teste direto.
Observamos a frequência de uma resposta selecionada, depois
tornamos um evento a ela contingente e observamos qualquer
mudança na frequência. Se houver mudança, classificamos o evento
como reforçador para o organismo sob as condições existentes.
(Skinner, 1953/1998; p.80)
Comportamento operante
• Dois tipos de estímulos reforçadores:

• Estímulos reforçadores positivos (SR+):

• Estímulos cuja apresentação produz aumento na probabilidade de emissão das


respostas;

• Ex. Boa nota na prova, beijo da namorada, salário ao final do mês.


Comportamento operante
• Dois tipos de estímulos reforçadores:

• Estímulos reforçadores negativos (SR-):

• Estímulos cuja retirada produz aumento na probabilidade de emissão das


respostas;

• Ex. Chuva, ameaças, nota ruim.


Comportamento operante
• Alguns exemplos:

R S?
Aumento na
frequência R+ Reforçamento
Positivo
da resposta
Birra Chocolate

R S?
Aumento na
frequência R- Reforçamento
da resposta Negativo
Dar o Fim da birra
chocolate
Comportamento operante
• Alguns exemplos:

R S?
Aumento na
frequência R+ Reforçamento
Positivo
da resposta
Automutilação Atenção

R S?
Aumento na
frequência R- Reforçamento
da resposta Negativo
Manter-se Evitar
num ameaças/agressões
relacioname
nto abusivo
Comportamento
operante
Ambos são
reforçadores porque
aumentam a
probabilidade de
ocorrência do
comportamento;

• Reforço ≠
Agradável.
Comportamento operante
• Reforçadores naturais vs. arbitrários:

• Naturais: consequências diretas do comportamento do organismo;

• Arbitrários: consequências indiretas do comportamento do organismo.


Comportamento operante
• Comportamento de estudar:

– Situação A: aumenta de frequência quando as consequências são: nota,


dinheiro, pontos, etc.  reforço arbitrário (situação mais simples de ser
identificada);

– Situação B: aumenta de frequência quando as consequências são:


aprendizado  reforço natural (reforçadores são mais sutis; tendência a
explicar o comportamento por meio de variáveis internas).
Comportamento operante
• Implicações do reforço arbitrário:

• Deve ser utilizado? Devemos “comprar” o comportamento das pessoas?

• O comportamento reforçado arbitrariamente tende a continuar sendo


emitido em alta frequência quando as consequências arbitrárias não
forem mais produzidas?
Comportamento
operante
Outras propriedades do
reforço:

• Diminuição da probabilidade de
outros comportamentos (além
do reforçado):

• Pressão à barra de um rato,


antes e depois do
estabelecimento da relação
resposta-reforçador.

Figura retirada de Moreira, M. B., & Medeiros, C. A. de. (2007). Princípios básicos de
análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed.
Comportamento
operante
Outras propriedades do reforço:
• Diminuição na variabilidade
topográfica da resposta
reforçada.

• Respostas passam a ser mais


estereotipadas;

• Comportamento de dirigir,
por exemplo.

Figura retirada de Moreira, M. B., & Medeiros, C. A. de. (2019). Princípios básicos de
análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed.
Comportamento operante
• Seleção comportamental por meio do reforço:

• Método eficaz de seleção de novos comportamentos (aprendizagem);

• No caso de contingências de reforço positivo, observam-se poucos sub-


produtos.
Comportamento
operante
Atraso do reforço: quando mais
contíguo o reforço, maior a
probabilidade de seleção
comportamental;

• Contiguidade: relação
temporal, neste caso entre a
emissão da resposta e a
apresentação da consequência
reforçadora;

Figura retirada de Azzi, R., Fix, D. S. R., Keller, F. S., & Rocha e Silva, M. I. (1964). Exteroceptive control
of response under delayed reinforcement. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 7, 159-162.
Comportamento
operante R Proximidade
SR+/- Contingência +
contiguidade
temporal

Eventos contíguos, R ... Evento ambiental Comportamento


Apenas
contiguidade
mas não Proximidade
temporal
supersticioso
contingentes, podem
selecionar
comportamentos:
comportamento
R Distância temporal
SR+/- Apenas
contingência

supersticioso.
R ... Evento ambiental Nem contingência
nem contiguidade
Distância temporal
Comportamento operante
• Ou seja: um reforçador, para ser efetivo, deve ser:

• Contingente à resposta, isto é, produzido pela resposta (relação de


dependência);

• Contíguo à resposta, isto é, ser apresentado próximo temporalmente à


emissão da resposta.
Comportamento operante
• A seleção de “novos operantes” pode ser facilitada;

– Observação: “novos” operantes é uma expressão que sugere “tudo ou


nada”. Ou o comportamento faz parte do repertório, ou não;

• O comportamento é contínuo: não há nada que possa ser descrito como “nova
resposta”  variações de operantes já selecionados.
Comportamento operante
• Um operante não aparece em sua “forma final” no momento de
sua seleção;

• É selecionado a partir de um processo contínuo e gradual de


modelagem;

– “Em nenhum ponto emerge algo que seja muito diferente do que o
precedeu… Um operante não é algo que surja totalmente desenvolvido no
comportamento do organismo. É o resultado de um contínuo processo de
modelagem.” (Skinner, 1953/2003; p. 101)
Skinner, B. F. (2003). Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes.
Comportamento operante
• Modelagem: reforçamento diferencial por aproximações
sucessivas.

• PROCESSO: reforçamento de aspectos levemente diferentes do


comportamento semelhantes à forma final do comportamento a ser
modelado.
Comportamento operante
Caixa de Skinner

Barra

Bebedouro
(água)

Resposta 1: aproximar-se da barra: SR+


Reforçamento Resposta “inicial” mais simples
Resposta 2: erguer-se em direção à barra: S R+
diferencial por
aproximações
Resposta 3: colocar a pata sobre a barra: SR+
sucessivas Resposta “final”  mais complexa
Resposta 4: pressionar a barra: SR+
Comportamento operante
• Modelagem é importante pois o comportamento “final” é
muito improvável de ser emitido;

• Sem a modelagem, ensinar padrões complexos de comportamento pode


ser muito difícil ou mesmo impossível.
Comportamento operante
• Por exemplo, resolver uma conta aritmética complicada
como:

√4
Comportamento operante
Aproximações sucessivas;

 1+1 = 2 (reforço, comportamento selecionado)

 5-2=3 (reforço, comportamento selecionado)

 3x3=9 (reforço, comportamento selecionado)

 4/2=2 (reforço, comportamento selecionado)

√4 = 2
 Até que....
Comportamento operante
• Funções da Modelagem:

• Selecionar “novas” respostas: explicar e facilitar a seleção de novos


padrões de comportamento;
• “Saber como fazer alguma coisa”;

• Tornar uma resposta mais eficiente;


• “Fazer bem alguma coisa”  habilidade.
Comportamento operante
• Contingências de reforço podem selecionar, muitas vezes, padrões de
comportamentos considerados “indesejáveis”:
– Birra, manha, bagunça, agressividade, dependência…

• Isto ocorre por que as contingências no dia a dia não são programadas.
Algumas respostas são reforçadas por contingências acidentais.
– “Aquilo que denominamos comportamento incômodo é em geral aquele
comportamento especialmente eficaz em fazer outra pessoa agir.” (Skinner,
1953/2003; p. 108)

Skinner, B. F. (2003). Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes.


Comportamento operante
• Nem sempre as contingências de reforço são claras para a pessoa
controlada por elas;

• Ex. Experimento da estimulação elétrica;

• Isso significa dizer que o comportamento pode ser controlado por


variáveis que o indivíduo ao menos considera.
Comportamento operante
• Não podemos nos livrar deste levantamento simplesmente
perguntando a uma pessoa o que a reforça. A resposta pode
ter algum valor, mas de modo algum será necessariamente
digna de confiança. Uma conexão reforçadora não precisa ser
óbvia para o indivíduo reforçado. (Skinner, 1953/2003; p.83)

Skinner, B. F. (2003). Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes.


Comportamento operante
• Algumas considerações importantes:

• Estímulos reforçadores variam entre as espécies, o que é reforçador para uma


espécie pode não ser para outra;

• Ainda considerando a mesma espécie, parece que em última análise o que


estabelece o valor reforçador dos estímulos é a história de reforçamento
diferencial pela qual o organismo passa.
Comportamento operante
• O estímulo que é reforçador para um indivíduo pode não ter
a mesma função em outra situação;

• Há, é lógico, amplas diferenças entre indivíduos, quanto aos eventos que
se provam reforçadores. As diferenças entre espécies são grandes demais
para despertar interesse; evidentemente, o que é reforçador para um
cavalo não precisa ser reforçador para um cão ou homem. Entre os
membros de uma espécie, as diferenças extensas parecem menos ser
devidas a dons hereditários, e podem ser retraçadas devido a
circunstâncias na história do indivíduo (Skinner, 1953/2003; p.83).

Skinner, B. F. (2003). Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes.


Comportamento operante
• O que acontece quando as respostas operantes
deixam de produzir as consequências que as
mantêm?

EXTINÇÃO: Quebra da relação resposta-


consequência já estabelecida previamente.

A consequência é retirada da relação.


Comportamento operante
• Aspectos que compõem a extinção:

• 1) Uma relação entre resposta e reforço previamente estabelecida;

• 2) A quebra dessa relação;

• 3) As alterações no responder produzidas por esta ruptura.


Extinção operante
O que acontece com a
frequencia de
respostas?
RC
Três efeitos importantes:

a) Declínio gradual um tanto irregular na frequência de respostas 


momentos em que a resposta é emitida em alta frequência;

b) Aumento na variabilidade topográfica e da magnitude da resposta;

c) Respostas emocionais reflexas e operantes;


Extinção operante
• “O não reforçamento de uma resposta leva não
somente à extinção, mas também a uma reação
comumente chamada de frustração ou raiva. (…) A
criança cujo velocípede não mais responde ao pedalar,
não apenas para de pedalar, mas também exibe
comportamento possivelmente violento (…) Na
medida em que outras respostas (...) ocorrerem sem
reforço, outros episódios emocionais podem acontecer.
Sob tais circunstâncias, as curvas de extinção mostram
uma oscilação cíclica à medida que as respostas
emocionais surgem, desaparecem e surgem
novamente” Skinner (1953/2003; p. 69-70)
Skinner, B. F. (2003). Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes.
Extinção operante 50

45
“Burst” de respostas

40

Frequência de respostas
35

Declínio gradual (irregular) 30


Qu
e da
g ra
na frequência de respostas; 25 du
al
ei
20 rre
g u la
15 r

Dados hipotéticos (curva 10

5 Platô da extinção
extinção): 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 101112131415161718192021222324252627282930313233343536373839404142434445

Sessões
Extinção operante
• As dimensões envolvidas nestas alterações dependem da
história anterior de reforçamento;

• A operação de extinção operante só pode ser realizada quando a relação


resposta-reforçador já foi estabelecida anteriormente.
Extinção operante
• Fatores que podem influenciar a extinção:

• Número de reforços anteriores;

• Quanto maior o número de reforçadores produzidos pelo comportamento durante


a história, maior será a resistência à extinção.
Extinção operante
Fatores que podem
influenciar a extinção:

• Custo da resposta:
Mowrer e Jones (1943);

• Quanto maior o esforço


necessário para a emissão
da resposta, menor a
resistência à extinção.

Figura retirada de Mower, O. H., & Jones, H. M. (1943). Extinction and behavior variability as functions of effortfulness of
task. Journal of Experimental Psychology, 33(5), 369-386.
Extinção operante
• A seleção é rápida demais para ser observada. Já a extinção
ocorre lentamente permitindo uma observação mais rigorosa
dos efeitos do reforçamento;

• “Uma vez que a extinção operante ocorre muito mais lentamente que o
condicionamento operante, o processo pode ser seguido mais facilmente.
Em condições apropriadas curvas regulares podem ser obtidas, nas quais a
taxa de resposta declina lentamente, talvez em um período de muitas
horas… As curvas revelam propriedades que possivelmente não poderiam
ser observadas por meio de inspeção casual” Skinner (1953/2003; p. 70).

Skinner, B. F. (2003). Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes.


Comportamento Operante
Parte I: Controle Aversivo
Análise Experimental do Comportamento
Controle aversivo do comportamento
• Contingências de Reforçamento negativo:

• Aumentam a probabilidade do comportamento pela remoção de um


estímulo aversivo;

• Dor de cabeça  Tomar remédio  Fim da dor

• Aumento da probabilidade da resposta de tomar o remédio em


situações futuras.
Controle aversivo do comportamento
• Tipos de contingências de reforçamento negativo:

• Comportamento de fuga: emissão da resposta quando o estímulo


aversivo está presente;

• Comportamento de esquiva: emissão de respostas que evitem a


apresentação do estímulo aversivo (na presença de aversivos
condicionados).
Comportamento de fuga

Pular a barreira:
Desliga o choque

Resultado: Aumento da probabilidade da


Piso Eletrificado resposta de pular pela remoção do estímulo
Choque a cada 30 s aversivo (choque).
Comportamento de esquiva
Luz acesa: 5 s
antes do choque

Pular a barreira:
Adia o choque

Resultado: Aumento da probabilidade da


Piso Eletrificado resposta de pular pela não apresentação do
estímulo aversivo (choque).
Controle aversivo do comportamento
• Em ambos os casos, houve AUMENTO na probabilidade do
comportamento;

• Importante lembrar que a luz torna-se um estímulo aversivo


condicionado por preceder o estímulo aversivo original (choque);

• Neste sentido, o aprendizado do comportamento de fuga precede o do


comportamento de esquiva.
Controle aversivo
do comportamento

Comportamento de fuga
antecede o comportamento
de esquiva:

R SR- R SR-
Retirar a Alívio da Evitar Não sentir
mão do fogo dor colocar a dor
mão do fogo
Controle aversivo do comportamento

• CUIDADO! Não confundir reforçamento negativo com


punição;

• Processos comportamentais distintos!


Controle aversivo do comportamento

REFORÇAMENTO PUNIÇÃO

Seleção e manutenção do Supressão do comportamento


comportamento

Aumento da probabilidade de Diminuição da probabilidade de


emitir uma dada resposta emissão de uma dada resposta
Controle aversivo do comportamento
• Procedimento da punição (dois tipos de punição):

• Punição Positiva (apresentação de um SR-):

• Dar um beliscão em uma criança que foi mal educada;

R S
Diminuição
na R-
frequência
da resposta Birra Beliscão
Controle aversivo do comportamento
• Procedimento da punição (dois tipos de punição):

• Punição Negativa (retirada de um SR+):

• Tomar o brinquedo de uma criança que foi mal educada;

R S
Diminuição
na R+
frequência
da resposta Birra Tomar o
brinquedo
Controle aversivo do comportamento
• A punição funciona?

• Seu efeito não é permanente: supressão temporária do comportamento;

• Pode produzir alguns sub-produtos indesejáveis (como respostas


emocionais) e aumenta a probabilidade de comportamentos que a evitem
(reforçamento negativo).
Controle aversivo do comportamento
• Punição (principalmente punição social) pode produzir
contracontrole:

• Em diversas ocasiões, o contracontrole pode ocorrer de forma violenta,


mas não necessariamente;

• O contracontrole também pode ser consequenciado via punição...


Comportamento Operante
Parte III: Controle de estímulos
Análise Experimental do Comportamento
Controle de estímulos
• Contingência de reforço: R  Consequência

Bicar o disco Alimento


Controle de estímulos
• Modelo de seleção por consequências ressalta a
relação entre a resposta do organismo e as
consequências que alteram sua
probabilidade;

Antecedentes
(Discriminativos)
R  Consequência

Contingência
(relação de dependência entre eventos)
Controle de estímulos
• Contingência de três termos: Antecedentes – Resposta 
Consequências;

Disco vermelho Bicar o disco Alimento

Antecedente Resposta Consequência

SD = Estímulo discriminativo
Controle de estímulos
• Tríplice contingência (unidade de análise na
AC):

SD – R  Consequência
Serve de ocasião para a emissão da
resposta; ≠ Eliciar

Função controladora.
Controle de estímulos
• O SD adquire função controladora,
que serve de ocasião para que o
comportamento ocorra;

Controle de estímulos;
Controle de estímulos
História Comportamental

SD – R  Consequência
Por que o SD adquire função controladora?

As consequências do comportamento alteram a


função do estímulo antecedente.
Controle de estímulos
• SD: sinaliza que o comportamento provavelmente produzirá
reforço (reforço durante a história comportamental);

• S∆: sinaliza que o comportamento provavelmente não


produzirá reforço (extinção durante a história
comportamental);
Controle de estímulos
SD – R  Consequência
SD

Disco vermelho Bicar o disco Alimento

S∆

Disco branco Bicar o disco Extinção


Controle de estímulos
• Reforçamento diferencial:

• Reforçar o comportamento na presença do SD;

• Colocar o comportamento em extinção na presença do S ∆;


Controle de estímulos
SDΔ: Luz vermelha Resposta: pisar no
Resposta: pisar no
acelerador
freio

SΔD: Luz verde


Controle de estímulos
Generalização de estímulos
• Organismo responde de maneira semelhante a estímulos
fisicamente semelhantes:
Pisar no acelerador;
Pisar no freio;
Dirigir Pisar na embreagem;
Ligar os faróis;
Ligar a seta.
Controle de estímulos
• Vantagem evolutiva da generalização:

• E se tivéssemos que “aprender” sempre o mesmo


comportamento ao entrar em contato com
contingências semelhantes?
Controle de estímulos
• Organismo responde de maneira semelhante a estímulos
fisicamente semelhantes: :

• Generalização: Bola, jogadores, campo: futebol.


Controle de estímulos
• Gradiente de generalização

Reforço na Extinção na
história do história do
organismo organismo
Controle de estímulos
• Generalização = comportamento de generalizar;

• Não é o indivíudo (agente) que generaliza; o comportamento fica sob


controle dos estímulos semelhantes;

• Sua probabilidade depende da história comportamental do indivíduo;


Controle de estímulos
• Porém, na presença de estímulos fisicamente
diferentes, observa-se um processo conhecido como
discriminação de estímulos:

Disco vermelho Bicar o disco Alimento

Disco verde Girar Alimento


Controle de estímulos
• A partir de discriminações simples, podem ocorrer
outras discriminações, mais refinadas (também a partir
de reforçamento diferencial):

GOL!
De quem?

Gol do Glorioso Clube


Gol do São Paulo Gol do Londrina
Atlético Mineiro
Controle de estímulos
• Discriminação = comportamento discriminativo;

• Não é o indivíudo (agente) que discrimina; o comportamento fica sob


controle dos estímulos discriminativos;

• Sua probabilidade depende da história comportamental do indivíduo;


Atenção e abstração
• Atenção no senso comum ou em teorias estruturalistas:
agente que “filtra” a informação sensorial;

• Como funciona este “filtro”?

• Esta explicação, para Skinner, não descreve bem o


mecanismo comportamental  Atentar.
Atenção e abstração

X
Atenção (processo mental)  estímulo “atentado”.

Comportamento sob controle de estímulos específicos

= Relação, ou seja, depende da História do indivíduo.


Controle de estímulos
• Mágica...

• - colocou-se uma foto do rosto enigmático do ilusionista no canto superior direito


e este acompanha todos os slides;
•     - o fundo preto com as letras grandes ajudam a desviar a atenção e dificultam a
memorização das seis cartas;
•     - 4 slides separam as primeiras cartas das últimas, com isso ganha-se tempo para
que as primeiras cartas não sirvam de controle de estímulo;
Reynolds
Atenção e abstração
• Comportamento fica sob controle de aspectos específicos do
ambiente (cor para um pombo, forma para outro);

• Como “refinar” o comportamento de atenção?

• Reforçando diferencialmente o responder na presença de aspectos mais


específicos ainda: ABSTRAÇÃO.
Atenção e abstração
• Abstração: comportamento sob controle de alguns aspectos
“relevantes” e não de aspectos “irrelevantes”;

• Formação de “conceitos”.
Atenção e abstração
• No caso dos pombos de Reynolds:
Reforço

Dimensão comum (SD):

Extinção
Atenção e abstração
• Watanabe, Sakamoto, e Wakita (1995):

• Pombos emitindo discriminações entre Picasso e Monet (reforço nos


quadros de Picasso e extinção nos de Monet);

• Formação dos “conceitos” cubismo e impressionismo (generalização de


estímulos).

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