Psicologia Experimental

do Comportamento
Profa. Dra. Juliana Cristina de Carvalho Giolo
Diferenças na nomenclatura

Behaviorismo

Comportamental

Psicologia Experimental

Análise Funcional do
Comportamento

Análise Experimental do
Comportamento
• Para o Behaviorismo, o comportamento é derivado de
condições ambientais (ontogenética), biológicas (filogenética)
e culturais.

• Os três níveis aos quais analistas do comportamento aplicam

o princípio de seleção são (a) filogenético, para o
desenvolvimento de um repertório inato em uma espécie; (b)
ontogenético, para o desenvolvimento de um repertório
operante durante o tempo de vida de um organismo individual;
e (c) cultural, para o desenvolvimento de práticas culturais em
um grupo social. 
Darwin reconheceu a possibilidade da evolução comportamental em vários de
seus trabalhos, como On the Origin of Species (A Origem das Espécies,
Darwin, 1859), The Descent of Man (A Descendência do Homem, Darwin,
1871) e The Expression of the Emotions in Man and Animals (A Expressão
das Emoções no Homem e nos Animais, Darwin, 1872).

As emoções lhe eram de especial interesse, porque Darwin pensava que elas
refletiam uma continuidade não apenas da evolução comportamental, mas
também mental. Contudo, ele não escreveu tão extensivamente sobre evolução
comportamental e mental quanto sobre morfologia e especiação via seleção
natural.

Tanto o comportamento humano quanto o não - humano são selecionados pela

interação com o ambiente nos níveis filogenético e ontogenético.
Reconhecendo que o assunto é muito debatido, para os presentes propósitos
restringiremos a seleção no nível cultural aos humanos.
• Interpretações voltadas para o presente, passado e futuro.

• Comportamentos são aprendidos na relação do indivíduo com o

ambiente.

• O Behaviorismo não ignora a consciência, os pensamentos, os

sentimentos e os estados mentais.

• Skinner é contra a invenção de entidades cognitivas tais como

intenção, propósito ou desejo para explicar as causas do
comportamento.

• Conceitos teóricos aplicados a qualquer e toda patologia.

• Trabalha com animais e com pessoas.

• Os resultados, obtidos nas condições controladas de um

laboratório, podem ser reproduzidos na vida diária.

• Por que se usam ratos de laboratório e não seres humanos nas

disciplinas de Psicologia Experimental dos cursos de
psicologia?
Banaco (1990) pontua que o uso do rato torna prático o trabalho
no laboratório experimental, pois é possível conhecer a história
prévia do sujeito e, em alguma medida, exercer controle sobre
certas variáveis desta história.
• Falsa crença de que o Behaviorismo (ou Análise do
Comportamento, Análise Experimental do Comportamento,
Análise Funcional do Comportamento, Análise Aplicada do
Comportamento ou Psicologia Experimental) não se preocupa
com o mundo privado (mente).

• Behaviorismo reconhece que existe um mundo interno mas

não faz distinção entre corpo e mente (dualismo).

• O Behaviorismo rejeita explicações “mentalistas” porque

acredita que a explicação do comportamento não deve ser
justificada por um evento interno. Lembrar, raciocinar, escutar,
prestar atenção, sentir, sonhar etc é comportamento.
“... modelo causal de ciência: (a) o indivíduo passivo recebe
impressões do mundo; (b) estas impressões são impressas na sua
mente constituindo sua consciência; (c) que é então a entidade
agente responsável por, ou local onde ocorrem processos
responsáveis por nossas ações” (MATOS, 1993, p. 1 – grifo acrescentado).

MATOS, M. A. Behaviorismo Metodológico e Behaviorismo Radical. II Encontro Brasileiro de Psicoterapia e Medicina Comportamental,
Campinas, out/93. Versão revisada encontra-se publicada em: Bernard Rangé (org) Psicoterapia comportamental e cognitiva: pesquisa, prática,
aplicações e problemas. Campinas, Editorial PSY, 1995.
 • Análise - explícita que o objetivo dessa ciência está
estreitamente vinculado a uma tradição reducionista e
indutiva, ou seja, acessar o complexo a partir da investigação
minuciosa das partes.
• Experimental - adota um planejamento de manipulação de
variáveis em um contexto controlado e deliberadamente
simplificado e artificial.
• Comportamento - objeto de estudo alvo na “Análise
Experimental”.

Skinner (1953) define comportamento como a atividade contínua e coerente

de um organismo integral.
Análise do Comportamento opera esses sobre esses recortes do fluxo
comportamental.
 Conceitos Behavioristas
• Estímulos
• Respostas
• Comportamento
• Ambiente
• Operante / Respondente
• Estímulo incondicionado/condicionado
• Condicionamento reflexo e operante
• Comportamento privado ou encoberto
• Reforço (primário, secundário, intrínseco,
extrínseco, positivo, negativo, arbitrário,
social, diferencial, contínuo, intermitente,
razão fixa, razão variável, intervalo fixo,
intervalo variável, composto, encadeado,
encadeado concorrente, misto múltiplo,
progressivo etc)
• Generalização de estímulos
• Discriminação de estímulos
• Discriminação condicional
• Extinção (operante e respondente)
• Variabilidade comportamental
• Comportamento verbal
• Equivalência de estímulos
• Operação estabelecedora/motivadora
(condicionada, incondicionada,
condicionada reflexiva, condicionada
substituta, condicionada transitiva)
• Comportamento governado por regra
e por contingências
• Comportamento supersticioso
 Conceitos Behavioristas
Custo de resposta • Metacontingência
Desamparo aprendido • Mentalismo
Controle aversivo e suas agências • Modelação
controladoras (religião, economia, • Modelagem
cultura, terapia e educação) • Contingência de
Controle de estímulos reforçamento/história de
Contracontrole reforçamento
Punição (positiva e negativa) • Operante livre/Tentativa discreta
Fuga/Esquiva • Privação/Saciação
Fading in/Fading out • Relação funcional
Taxa de repostas x Latência x Magnitude • Repertório
Match-to-sample • Seleção por consequências
Classe de estímulos/Classe de respostas • Variável dependente/independente
• Autocontrole
 Alguns livros de Skinner
• Comportamento dos Organismos • Tecnologia de Ensino (1968)
(1938)
• Contingências de Reforçamento
• Walden II (1948) (1969)

• Ciência e Comportamento • Beyond Freedom and Dignity

Humano (1953) (1971)

• Comportamento Verbal (1957) • Sobre o Behaviorismo (1974)

• Cumulative Record (1959)

Atividades de laboratório
• B. F. Skinner (1904-1990) realizou a maioria de suas
experiências com animais inferiores, principalmente com ratos
brancos e o pombos, devido à sua preocupação com controles
científicos estritos.

• Desenvolveu o que se tornou conhecido por "Caixa de

Skinner" como aparelho adequado para estudo animal.
Sniffy Pro - Software
• Sniffy Pro - O Rato Virtual é um programa de computador,
acompanhado de um manual de laboratório.

• É um instrumento de aprendizagem.

• Tem como proposta servir de recurso didático aplicado ao

ensino introdutório de Análise Experimental do
Comportamento.
• Algumas universidades preferem substituir o laboratório com
organismos vivos, realizando os experimentos em computador.
Isso ocorre por dois motivos: custos e questões éticas.

• Este material foi desenvolvido por Greg Wilson, sob a

orientação de três psicólogos (Tom Alloway, Jeff Graham e
Lester Kramer), na Universidade de Toronto - EUA, em 2000.

• A proposta é ser utilizado como recurso didático, substituindo

o sujeito experimental vivo e a caixa de Skinner, apresentando
uma economia de tempo, custo, além da facilidade do
manuseio da nova tecnologia (Tomanari e Eckerman, 2002).
• Este programa acompanha um manual de laboratório que
instrui o aluno a realizar uma série de exercícios tendo como
base um curso de laboratório que se destinaria a alunos de
graduação trabalhando com um rato de experimentação.

• Objetivo: observar e analisar o comportamento e sua relação

com o ambiente (eventos que antecedem o comportamento, o
comportamento e os eventos que sucedem o comportamento).
REFERÊNCIAS

SKINNER, B. F. Ciência e comportamento humano. Tradução de João Carlos

Todorov e Rodolpho Azzi. 7º ed. São Paulo: Martins Fontes, 1953/1989.

TOMANARI, G. Y.; ECKERMAN, D. A. O Rato Sniffy Vai à Escola. Psicologia:

Teoria e Pesquisa. Brasília, v. 19 n. 2, p. 159-164, 2003.