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Punição Funciona?

Análise do Comportamento:
Processos Básicos
Por que usamos Punição?
• A principal razão é controlar outras
pessoas;
• Baseados na crença de que, assim,
elas se comportarão de forma
diferente;
• Para evitar ações particulares;
• Em nossa sociedade toleramos a
punição e incentivamos pouco,
outros tipos de controle;
Por que usamos Punição?
• Exigimos dos governos leis mais severas,
multas, prisões e até a pena capital;
• Punição é sinônimo de justiça;
• A punição é a única forma que aprendemos
para controlar comportamentos;
Por que usamos Punição?
• É uma resposta que sofre reforçamento
imediato. Quando a punição é aplicada, o seu
efeito sobre o comportamento da pessoa que a
recebe é, no geral, rapidamente observável:
ocorre uma supressão do comportamento
punido;
• Os estímulos punitivos não sofrem dos efeitos
da saciação;
• É menos trabalhoso do que reforçar. Aqui, é
importante lembrar que é necessário treino para
saber reforçar direito;
• É reforçado socialmente;
Punição Funciona?
• Mas ela funciona? É efetiva para
seus propósitos ?
• A resposta é complexa, não pode ser
respondida simplesmente por “sim”
ou “não”?
• Nossa sociedade apresenta diversos
exemplos complexos onde a
efetividade da punição é
comprovada ou refutada dependo do
ponto de vista;
• Lembrando funciona não significa
que é bom ou mal, mas que cumpre
com o seu objetivo;
Como a ciência do comportamento
pode ajudar?
• A ciência do comportamento vai
fornecer dados objetivos sobre a
eficiência da punição no controle do
comportamento;
• Dividir as variáveis, observar
isoladamente como cada variável
afeta o comportamento;
• A ciência não vai representar o nossa
opinião, desejo, nossas crenças
morais ou religiosas;
Punição do comportamento
• As pesquisas tem apontado
que a punição funciona
efetivamente no controle do
comportamento;
• Porém, ela apresenta uma
serie de desvantagens que
precisam ser estudadas;
Punição do comportamento
Imagine a seguinte situação:
 Rato pressiona a barra e recebe
alimento;
 Rato vai continuar pressionando a
barra?
 Agora pressiona a barra e além de
receber alimento recebe um choque
no piso da caixa
 Ele vai continuar pressionando a
barra?
Punição do comportamento
 Temos uma situação que é diferente
daquelas que já estudadas;
 Porque ocorrem 2 consequências ao
mesmo tempo (em paralelo), Reforço
e Punição;
 Qual consequência será mais
reforçadora? (o que é melhor?)
 Inicialmente o rato para de
pressionar a barra (supressão)
Punição do comportamento
 A Punição funciona. (SQN)
 Em um segundo momento o
rato volta a pressionar a barra.
Mesmo que receba o choque.
(Rato masoquista?)
 O choque permitiu a queda da
resposta (PB) por apenas alguns
momentos. Se tivéssemos
observado apenas o primeiro
momento chegaríamos a
conclusão que a punição foi
efetiva;
Punição do comportamento
 Por que isso aconteceu?
 Alimento e choque estavam em
competição direta;
 Quanto mais tempo o animal parou de
pressionar a barra, mais tempo ficou
faminto (privado);
 O reforço positivo se tornou mais
poderoso que a punição;
 Animal voltou a pressionar a barra porque
era a única maneira de obter o alimento.
Punição do comportamento
 Na prática pensem nas formas de punição
de nosso sociedade:
 A prisão seria uma forma de punição, o
individuo por um tempo não voltaria a
cometer um crime;
 Porém, muitas vezes ocorre reincidência
do crime;
 Punição e Reforço positivo ocorrem ao
mesmo tempo, porém a com a privação
reforço se torna mais poderoso;
 Novamente o individuo volta a cometer o
crime pois é a única forma que ele conhece
para obter o reforço;
Punição do comportamento
 O ambiente de trabalho oferece tanto
reforço quanto punição;
 Por que, mesmo depois de ser punido
pelo patrão, as pessoas continuam a
trabalhar?
 As pessoas continuam a trabalhar
porque precisam, o trabalho além de
produzir uma punição (humilhação do
chefe) produz reforçadores ($_$);
 A pessoa continua no trabalho pois
essa é a única forma que conhece para
obter o reforço.
Aumento da Punição
 A solução não seria o aumento da
punição;
 Voltando ao nosso experimento, se
aumentarmos a voltagem do choque,
aumentamos o tempo de supressão de
PB, podemos aumentar isso até que o
sujeito pare de pressionar a barra;
 Porém se o sujeito parar de pressionar
a barra ele não produz alimento;
 Se a punição for forte ela pode por fim
a reforçadores positivos, necessário a
vida
Extinção da punição
• Voltando ao nosso rato. Se extinguirmos tanto
o reforço quanto a punição, ocorrerá a
supressão de pressão da barra;
• Porém se voltarmos a punir a pressão a barra o
rato voltará a pressionar a barra mesmo não
recebendo reforço!!!
Punição se tornando um Reforço
• Como podemos explicar isso?
• O choque se tornou um reforçador positivo!!!
• A punição pode gerar condutas patológicas
autodestrutivas;
• Exemplo: um pai que pune severamente o filho
e depois arrependido cobrem a criança de
afeto. O que a criança aprende? Que a forma
de conseguir afeto é antes receber uma
punição.
Efeitos colaterais da Punição
• Além de suprimir a conduta
indesejada a punição faz outras
coisas;
• Por exemplo: o código de
Hammurabi, o médico que fracassasse
teria o mesmo destino que o paciente;
• Ao invés de buscar melhores
tratamentos aos pacientes, os médicos
se recusavam a tratar aqueles cujas
doenças eram graves (Esquiva);
Tornando-se um choque
• Outro efeito colateral da punição envolve o
conceito da punição condicionada;
• Antes de avançar na discussão, é importante dizer
que os estímulos punidores não são punidores per
si. – não existe um estímulo “naturalmente”
punidor.
• Os estímulos punidores são caracterizados como
qualquer estimulação excessiva, incomum,
dolorosa ou perigosa a um organismo;
• Alguns estímulos são conhecidos punidores em
nossa sociedade (Punidores incondicionados);
Relembrando
• Incondicionado: • Condicionado:
• Selecionada no processo • Selecionada no processo de
de seleção natural seleção pelas consequências
(filogênese); (ontogênese);
• Não requer • Requer aprendizagem
aprendizagem prévia; prévia;
• Compartilhada pela • Varia de sujeito para sujeito
espécie da mesma espécie
Tornando-se um choque
• Os estímulos punidores incondicionados, em linhas
gerais, seriam qualquer estimulação que ameaça a
sobrevivência de uma espécie e, portanto,
selecionada ao longo da história filogenética do
organismo.
• São denominados de punidores incondicionados
porque seus efeitos sobre o comportamento não
dependem de qualquer circunstância. Exemplos de
estímulos punidores incondicionados seriam:
furacões, vírus, fogo, terremotos, etc...
• Porém alguns tipos de punição são aprendidos ao
longo da nossa vida como a palavra “NÃO”.
Tornando-se um choque
• Assim como no comportamento
respondente ocorre um processo de
condicionamento e estímulos antes neutros
se tornam reforçadores ou punidores;

“Como qualquer estímulo condicionado, o


punidor condicionado é selecionado
através da história de vida de um
indivíduo. Já os punidores incondicionados
são selecionados através da história da
espécie (CATANIA, 1999. p.403)”
Tornando-se um choque
• Por essa razão a palavra
“NÃO”, que antes era
neutra, ao ser dita junto
com uma punição
incondicionada adquire
as propriedades punitivas
do estímulo;
• Os estímulos que
antecedem a
consequência “NÃO”
também adquirem essas
propriedades.
Tornando-se um choque
• Na prática aquele que aplica punição
também se torna um estímulo
punitivo;
• Exemplo: Um pai que aplica punição
física no filho. Ao fazer isso
inicialmente a punição é dor física,
porém, punição também é aplicada
com palavrões, tanto os palavrões,
quanto o pai, que eram estímulos
neutros se tornam estímulos
punitivos, pois foram pareados com a
dor da punição física aplicada
Tornando-se um choque
• Assim como uma namorada
controladora, inicialmente, a
namorada é um estímulo neutro
ou um reforço positivo;
• Porém a medida que ela aplica
punição, ela adquire propriedades
aversivas. A simples visão da
namorada já provoca
respondentes !!!
Tornando-se um choque
• Eliciar respostas emocionais
(comportamento respondente)
também é um efeito colateral da
punição;
• Essas respostas se iniciam
imediatamente após a punição.
Exemplo: choro, ruborização,
tremores, paralisação, raiva, etc ;
• Tais respostas afetam o
comportamento dos indivíduos.
Efeitos colaterais da punição
No geral, a punição, apresenta 3 efeitos
colaterais:
1) Fuga ou esquiva (contra controle): Próxima
aula;
2) Punição condicionada: quem aplica a punição
se torna a punição;
3) Respondentes: punição gera respostas
emocionais;
Assinale a alternativa correta a respeito do conceito
Punição para Sidman:

A. Punição é a única forma de coerção;


B. Punição e reforço negativo são formas de
controle coercitivo;
C. Quando um organismo emite um comportamento
não desejável, devemos aumentar a intensidade
da punição;
D. Punição é uma forma de coerção apenas quando
usamos com intenção de controlar as pessoas;
E. Devemos usar punição apenas para educar;
Fuga e Esquiva
• Fuga e Esquiva são exemplos
de Reforço negativo;
• No reforço negativo a ação
subtrai ou elimina algo;
• Nesse tipo de controle
evitamos ou fugimos de
situações perturbadores,
perigosos ou ameaçadores;
Fuga
Fuga: todo comportamento mantido por
reforçamento negativo no qual o estímulo
punitivo é retirado (eliminado) pelo responder
Esquiva
Esquiva: Todo comportamento mantido por
reforçamento negativo que evita (adia) a
apresentação de um estímulo punitivo.
Fuga
• Tipo de reforçador negativo;
• Se caracteriza pela
apresentação do estímulo
punitivo;
• O organismo se comporta para
retirada desse estímulo
punitivo;
• Exemplo: Durante a
apresentação de um choque o
animal foge do choque
(choque para) ao pressionar a
barra.
Fuga
• Fuga é um efeito colateral da
punição;
• Fugimos do estímulo punidor;
• Exemplo: Ao encontrar o ex-
namorado em uma festa, ao invés
de cumprimentá-lo, sair da festa.
• O ex-namorado é o estímulo
punitivo;
• A situação permite que você encare o
ex-namorado (punição) ou arrume
uma rota de fuga (sair da festa).
Fuga
• O problema está no fato dessa resposta (fugir) ser
reforçada;
• Logo a probabilidade desse comportamento
ocorrer novamente aumenta;
• Quando encontramos um reforçador negativo,
fazemos de tudo que podemos para o desligarmos,
para escapar dele;
• Se o encontrarmos novamente, faremos o que
funcionou antes;
• A fuga é, acima de tudo, uma resposta
adaptativa a punição !!!
Fuga
• Reforçadores negativos e punidores, portanto, são os
mesmos eventos funcionando de maneiras diferentes.
• Podemos fazer o namorado desaparecer (reforçamento
negativo) ou podemos falar com ele (punição);
• Assim, punição, além do seu efeito habitual (reduzir a
conduta indesejável) também aumenta a probabilidade
de outro comportamento: se possível, aquele que recebe
punição irá desligá-la ou fugir.
Fuga
• Todo estímulo pareado com um reforçador negativo
também assume funções reforçadoras (-).
• Ao acompanhar o reforçador negativo, um estímulo
originalmente neutro pode adquirir as mesmas funções.
• No exemplo do laboratório, se apresentarmos
constantemente uma luz juntamente com o choque e,
em seguida, suspender a apresentação do choque,
observaremos que as pressões a barra são mantidas pela
eliminação da luz. Nesse caso, a luz é reforçador
negativo condicionado.
Fuga
Exemplo: Um funcionário que foi punido pelo patrão e
agora vive constantemente fugindo dele. A princípio, o
estímulo punitivo poderá ser o patrão. Com o tempo,
outros estímulos no ambiente também adquirem
funções reforçadores negativas, como a sala, o colega,
ou até a própria emprego. Inicialmente, o funcionário
fugia apenas da presença do patrão; agora foge dessa
série de estímulos que foram pareados com o patrão.
Fuga
• Aprendemos via fuga? Controlados
via reforçamento negativo, estamos
apenas preocupados com eliminar
ou evitar o pior.
• Se o rato na caixa de Skinner
recebesse um choque imprevisível,
dificilmente sairia de perto da
barra;
• No reforçamento positivo, nos
preocupamos em melhorar o que
fazemos;
Fuga
• Na nossa vida cotidiana é assim
também.
• E aqui temos um dos grandes
problemas da educação: os alunos,
não estão preocupados em melhorar
o desempenho;
• Estão apenas preocupados em não
levar choques (broncas de
professores, situações vexaminosas
em sala, notas baixas, chegar
atrasado).
Rotas de Fuga
• Sidman (2009) alerta sobre os problemas das
rotas de fuga;
• Para Sidman fugir ou postergar um problema
está controle da consequência imediata;
• Porém tal comportamento pode ser prejudicial
a longo prazo;
• Exemplo: Um especialistas em resolução de
crises, serve apenas para resolver os problemas
imediatos;
Rotas de Fuga
• Apertar um botão
para ligar ou
desligar o choque
Rotas de Fuga
Rotas de Fuga
Desistindo da Sociedade
• Jovens rejeitam a sociedade para isso adotam
formas de vida não aceitas pela sociedade;
• Alguns são vistos como párias da sociedade;
• Desistentes muitas vezes jamais foram aceitos em
grupos;
Desistindo da Sociedade
• Por sofrerem punição e reforçamento negativos
descobrem os abusos e hipocrisias da sociedade;
• Trocam uma situação aversiva por outra;
• Trazer a ira da sociedade vira o reforço;
Rotas de Fuga
Desistindo da Vida
• Para Sidman em uma
situação extrema o individuo
decide desistir da vida;
• Suicídio fruto de coerção
pode também ser uma forma
de coerção;
• Ameaçar se suicidar pode
controlar o comportamento
de familiares;
Rotas de Fuga
Esquiva
• A esquiva é uma fuga elaborada, um
comportamento mais adaptativo do que a fuga;
• Ela é, provavelmente, o comportamento mais
emitido ao longo do seu cotidiano;
• No comportamento de esquiva procuramos evitar
um problema;
Esquiva
• Esquiva é geralmente um ajustamento mais
adaptativo a punição do que a fuga;
• Faz mais sentido impedir um choque do que
escapar depois que ele tenha começado.
Esquiva
• Um bom exemplo de esquiva é do aluno
que foge da aula: entra na sala apenas
para responder chamada, ou assim que
responde, sai. Até aqui, é
comportamento de fuga. Mas, com o
passar do tempo, ele descobre que é
mais efetivo não vir para a aula:
esquiva;
• Na clinica, um bom possível exemplo
de esquiva ocorre quando o cliente não
aparece na sessão sistematicamente;
Esquiva
Voltando aos exemplos anteriores
• No caso do ex- namorado, na próxima vez que
ocorrer um evento, você vai se certificar de que o ex
namorado não estará nesse evento. Caso ele esteja,
provavelmente não irá ao evento (esquiva) para não
encontrar o ex namorado (estímulo punitivo);
• O funcionário insatisfeito com o seu patrão, ao invés
de fugir do patrão na empresa, percebe que é muito
mais eficiente inventar que está doente e assim não
encontrar o patrão e o ambiente que foi condicionado
com o patrão;
Esquiva
• Podemos perceber a esquiva inicialmente começou
como uma fuga, as consequências aversivas
modelaram esse comportamento;
• O comportamento se tornou mais efetivo e adaptativo
mediante ao estímulo punitivo;
Esquiva
• Vamos imaginar o seguinte arranjo com um rato na
caixa experimental. Ocasionalmente uma lâmpada é
acesa no alto da caixa, com uma duração de cinco
segundos. Quando ela apaga, é apresentado um
choque. Mas, se o rato responder na presença da luz,
ele evita o choque.

• Luz (SPA) – PB(R)  adiamento do choque (SR-).


Esquiva
• Esse sinal de aviso é um punidor condicionado.
No laboratório, a luz que acendia antes do
estímulo punitivo ser apresentado seria um
punidor condicionado: ao ser pareado (associado)
com o choque, a luz também assume funções
punitivas. Esse punidor condicionado é
denominado de estímulo pré aversivo (SPA);
• O conhecimento de que o ex-namorado estará
presente em um evento funciona como um SPA;
• Assim a lembrança do trabalho também pode
funcionar como um SPA;
O que aprendemos com a Esquiva?
• A esquiva nos ensina que mediante a volta do
estímulo punitivo podemos nos comportar para
evitar o aparecimento deste estímulo;
• Aprendemos que devemos evitar qualquer
comportamento possa gerar punição;
• Nos comportamos apenas para evitar essa
punição;
• Tais ameaças afetam nosso potencial de aprender
novos comportamentos (experimentar novas
oportunidades);
O que aprendemos com a Esquiva?
• Apostamos no que é certo e tememos o que é
duvidoso;
• Exemplo: Em uma escola os alunos se preocupam
mais em evitar nota baixa do que tirar nota alta,
evitando qualquer forma de exposição que pode
gerar uma punição dos professores e dos colegas.
O que aprendemos com a Esquiva?
• Não incentivamos as
pessoas a serem
criativas, ousadas;
• Contingências de
esquiva criam
especialistas em
esquivas (vulgo chefe);
O que aprendemos com a Esquiva?
• Superstições;
• A esquiva bem sucedida
impede que algo
aconteça;
• Podemos nos comportar
sem nunca receber a
consequência;
O que aprendemos com a Esquiva?
• Psicopatologias;
• Alto custo para manter uma
esquiva que funcione;
• Esquivamos para evitar
uma situação que não
ocorre;
• Esquiva bem sucedida
mantem os choques
afastados tornando difícil
de identifica-los;
O que aprendemos com a Esquiva?
• Fobias;
• Obsessão e compulsão;
• Desordens de conversão;
• Amnésia;
• Múltiplas personalidades;
Por que nos esquivamos?
• Por evitarmos choques futuros,
temos, a falsa ilusão, que as
causas da esquiva parecem ser
diminuir esses choques (manter
os choques futuros afastados).
• Mas, as causas da esquiva estão
no passado (nos choques que
levamos e aprendemos a
esquivar) e no presente (na
frequência reduzida de choques
que levamos).
Por que nos esquivamos?
• Para qualquer organismo, é
fundamental saber quando será
punido. Se ele puder evitar o
choque, ao invés de fugir, ele o
fará. Mas, pela quantidade de
punição que ocorre no mundo,
muitos organismos
desenvolveram formas
complexas de esquivas, de
vários tipos.
Não assumindo responsabilidade
• Nos esquivamos de assumir qualquer
responsabilidade com a sociedade;
• Reclamamos que não temos em quem
votar, mas não nos envolvemos em
política com medo da punição;
• Voto nulo para não tomar posição;
• Não tomamos posição para evitar sofrer
punições de quem pensa diferente;
• Ignorar a miséria humana é uma forma
de se distanciar emocionalmente da
sociedade, considerando os menos
afortunados como preguiçosos e
ignorantes;
Delegando responsabilidade
• Deixamos nas mãos de outros a
responsabilidade de denunciar maus
profissionais ou crimes;
• Não denunciamos casos de violência
domestica e com crianças com a justificativa
de que não devemos nos envolver nos
problemas dos outros;
• A visão do dedo-duro, “cagueta” como um ser
desprezível pela sociedade;
Concluindo
• Reforço negativo se difere da punição pela
forma como é aplicado, mas tem as mesmos
efeitos coercivos;
• Reforço negativo pode ser usado como uma
punição no sentido de ameaça;
• Reforço negativo pode ser classificado como
Fuga ou Esquiva;
Concluindo
• A diferença entre fuga e esquiva está no fato de que na
primeira o comportamento é mantido para retirada do
estímulo punitivo e na segunda o comportamento é
mantido para adiar o estímulo punitivo;
• Fuga é um comportamento mantido por reforçadores
imediatos;
• A esquiva é uma evolução natural da fuga, o
comportamento se torna adaptativo mediante a
adiamento do estímulo aversivo;
• A esquiva é um comportamento necessário para a
sobrevivência da espécie, porém, não deixa de ser um
comportamento mantido por coerção.
Segundo Sidman, como pode ser classificado o
reforço negativo?

A. O reforço negativo pode ser classificado como


Fuga e Esquiva;
B. O reforço negativo pode ser classificado como
Punição e Fuga;
C. O reforço negativo pode ser classificado como
Extinção e Esquiva;
D. O reforço negativo pode ser classificado como
Punição e Esquiva;
E. O reforço negativo pode ser classificado como
Coerção e Controle.

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